Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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19/09/2003 (Nº 3) CEMITÉRIO E MEIO AMBIENTE
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BRÁULIO MIRANDA DOS REIS SOBRINHO


CEMITÉRIO E MEIO AMBIENTE


IV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO AMBIENTAL


UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
SALVADOR – BAHIA
2002

BRÁULIO MIRANDA DOS REIS SOBRINHO



CEMITÉRIO E MEIO AMBIENTE


Monografia apresentada como requisito para obtenção do título de especialista, no IV Curso de Especialização em Gerenciamento Ambiental, da Universidade Católica do Salvador.
Professor orientador: Julio Cesar de Sá da Rocha.



Salvador
2002



Dedicatória


“Aos amigos, Dr. Sc. PHd. Welligton Figueiredo e Dr. Sc. Roberto Guimarães, que me levaram com apoio e coração aberto a desenvolver o aprendizado na carreira científica, meu eterno agradecimento”.


Agradecimentos



Ao Engenheiro Lincoln Cunha Bittencourt pelo elevado nível dado ao desenvolvimento do trabalho.


Ao Engenheiro João Meirelles pelo seu apoio e intervenção ao amigo comum Lincoln, grande destaque neste trabalho.

Ao amigo Engenheiro Luciano Daltro, pela iniciativa a continuidade de meus estudos.

A Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, através do Departamento de Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana – MEAU, na pessoa do amigo e ilustre Professor Dr. Luis Edmundo Prado de Campos.

Aos meus filhos, André, Carolina e Bráulio, que me deram forças para continuar na minha vida profissional.

A minha esposa Liliana e minha irmã Sônia, pela boa vontade e gratidão dispensada.

Ao Dr. e amigo Fabio Pires, o meu muito obrigado pelos aconselhamentos.

Ao meu Professor orientador, Julio Cesar de Sá da Rocha, pelo apoio dado ao tema, deixando-me bem tranqüilo para o desenvolvimento do trabalho.

A todos professores e colegas do IV Curso de Especialização em Gerenciamento Ambiental da Universidade Católica do Salvador, pelos novos conhecimentos adquiridos.


SUMÁRIO


1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 07
1.1– Considerações Iniciais ....................................................................... 07
1.2 – Breve histórico ................................................................................. 09
2. ESTUDO DE CASO: CEMITÉRIO PARQUE ....................................... 11
2.1 – Filosofia e Finalidade do Cemitério Parque ..................................... 11
2.2 – Aspectos Legais ................................................................................ 11
2.3 – Instalações ......................................................................................... 12
2.4 – Aspectos Técnicos ............................................................................. 14
2.4.1 – Levantamento topográfico do terreno .................................... 14
2.4.2 – Metodologia de Sepultamento .............................................. 14
2.4.3 – Coleta de efluentes ................................................................. 15
2.4.4 – Ventilação ............................................................................... 15
2.4.5 – Rede de esgoto ........................................................................ 16
2.4.6 – Tratamento de esgoto ............................................................. 16
2.4.7 – Destinação final do efluente ................................................... 16
2.4.8 – Drenagem ................................................................................ 17
2.5 – Operacionalização do Empreendimento ............................................ 17
3. PROCESSO DE DECOMPOSIÇÃO DOS CORPOS ................................ 19
3.1- Fenômenos destrutivos ........................................................................ 19
3.2 – Período de coloração .......................................................................... 19
3.3 – Período gasosos ................................................................................. 20
3.4 – Período de coliquativo ...................................................................... 20
3.5 – Período de esqueletização .................................................................. 21



4. FENÔMENOS CONSERVADORES ........................................................ 22
4.1 – Mumificação ...................................................................................... 22
4.2 – Necro-chorume ................................................................................. 22
5. RECURSOS HIDRICOS............................................................................ 24
5.1 – Problemática na construção de cemitérios em meio urbano ............. 24
6. PROGRAMAS AMBIENTAIS ................................................................. 25
6.1 – Paisagismo ......................................................................................... 25
6.2 – Garantia do controle ambiental .......................................................... 25
6.3 – Educação Ambiental .......................................................................... 26
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 28
ANEXOS








1. INTRODUÇÃO

1.1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS


Este trabalho monográfico foi desenvolvido a partir de uma percepção a respeito da necessidade de se estabelecer e ampliar discussões sobre a instalação de cemitérios no meio urbano e os seus impactos ambientais. Os cemitérios, até então, pouco estudados e discutidos, podem causar danos ao meio ambiente, em particular às águas subterrâneas, pela ação de microorganismos patógenos, resultantes de decomposição de cadáveres.

Objetivando mostrar que podemos interagir o cemitério com o meio ambiente e que ambos fazem parte de nossa realidade, é que decidi escrever sobre os cemitérios parques, mas particularmente, o Cemitério Parque Bosque da Paz, localizado no km 7,5 da Estrada Velha do Aeroporto, Salvador-Bahia.

A localização de cemitérios ocorre, preferencialmente, em áreas afastadas dos centros urbanos. Nas grandes cidades, devido ao intenso e desordenado processo de urbanização, é comum encontrar atualmente, cemitérios integrados à malha urbana, até mesmo em suas áreas centrais.

A presença de cemitérios nas imediações ou interior das cidades pode gerar impactos psicológicos e físicos. Os impactos psicológicos podem se resumir no medo da morte e outras supertições que afastam as pessoas de quererem residir em locais próximos a esses. Como forma de evitar os impactos psicológicos, é que atualmente a construção de cemitérios parques, em extensas áreas verdes, tem por objetivo transmitir paz e tranqüilidade ao local e consequentemente, melhorar a aceitabilidade da convivência com a proximidade urbana.

O impacto físico mais significativo é o risco de contaminação das águas superficiais e subterrâneas, por microorganismos que se proliferam no decorrer da decomposição dos corpos.

Quase sempre, a implantação de cemitérios é feita em terrenos de baixo valor imobiliário ou com condições de relevo inadequadas para outro tipo de uso, levando em conta o fator geológico e hidrogeológico. Assim sendo, poderão ocorrer impactos ambientais primários e secundários e fenômenos biológicos que modificarão ou impedirão os processos de decomposição e transformação dos cadáveres.

Os impactos ambientais tem lugar com a formação de maus cheiros na área dos cemitérios, provocados pela emanação dos gazes funerários, como conseqüência da má confecção das sepulturas por inumação, isto é, profundidade de enterramento insuficiente e cobertura de terra inadequada, quanto à altura e tipo de solo. Nos jazigos também podem ocorrer odores, quando nestas construções aparecem fendas.

A metodologia empregada foi a pesquisa analítica, bibliográfica, entrevistas, informações de órgãos não governamentais.

Os cemitérios parque são criados para guardar os mortos e para bem receber e servir aos vivos, podendo estes dignamente visitar e homenagear seus entes queridos que já partiram. Toda a infra-estrutura é montada para criar um ambiente de paz e serenidade, onde a beleza da natureza é um fator predominante.

Viver dois sentimentos opostos, num mesmo coração pode parecer uma utopia, mas é assim que muitas vezes acontece ao ser humano. Para aqueles que buscam relação com a divindade, é como Deus vê a morte de seus filhos, uma dor imensa pela perda de quem nos é precioso em meio à alegria e certeza da vida eterna. Com efeito, quando todos os caminhos humanos falham entra a intimidade com o criador.

Por que não oferecer, ao corpo já sem vida dos entes queridos, um lugar digno de serem lembrados, pelas alegrias que proporcionaram? É muito triste não saber depois de algum tempo, que fim levou os restos mortais daqueles com quem compartilhamos tantos momentos importantes. Dar a quem nós amamos e a nós mesmos a dignidade de sermos lembrados com respeito e admiração, por aqueles que passaram e passarão por esse caminho.
1.2 - BREVE HISTÓRICO


A palavra cemitério (do grego koumetérion, de kmão, eu durmo), designava, a princípio, o lugar onde se dorme, quarto, dormitório. Foi sob a influência do cristianismo que o termo tomou o sentido de “campo de descanso após a morte”. Tem como sinônimos; necrópole, carneiro, sepulcrário, campo santo, “cidade dos pés juntos” e “última moradia”.


Só se pode falar realmente em cemitérios a partir da Idade Média, quando se enterravam os mortos nas igrejas paróquias, abadiais, mosterios, conventos, colégios, seminários e hospitais. Contudo, foi somente a partir do século XVIII, que a palavra começou a ter o sentido atual, quando por razões sanitárias, os sepultamentos passaram a ser feitos ao ar livre, em cemitérios campais localizados o mais longe possível das áreas urbanas.


Nos últimos anos tem sido publicados livros e ocorrido seminários e outros eventos sobre a história e a sociologia da morte. Em relação à questão cemitérios e meio ambiente as pesquisas ainda são incipientes, principalmente, por mero preconceito.


Em geral, os sepultamentos de cadáveres humanos em cemitérios são feitos por inumação , e por entumulação . Consequentemente, as necrópoles são laboratórios de decomposição de matéria orgânica, representando um risco potencial para o ambiente e saúde pública. Por isso, é inquestionável a necessidade de maiores preocupações com a localização e operação deste tipo de construção.



A partir da Proclamação da República, quando feita uma separação entre o poder civil e o poder religioso (Igreja Católica Apostólica Romana), a disposição dos cadáveres passou a ser um problema gerenciado pelas prefeituras, respeitando-se ações isoladas de grupos religiosos (católicos, evangélicos, judeus) e de grupos particulares. Historicamente em qualquer caso a disposição de restos humanos tem trazido problemas urbanos envolvendo:

§ Uso de áreas amplas, com facilidade de acesso
§ Problema de saúde pública
§ Localização e área

Contudo, quanto ao uso de áreas, quando de implantação de cemitérios, sua localização foi geralmente algo que procurou-se afastar do centro urbano para permitir a essas áreas mas com custo não proibitivo. Com o crescer da cidade os cemitérios deixam de fazer parte da periferia e se voltam para os centro urbanos.

Atualmente a área do cemitério deve ser calculada para conter locais das sepulturas e eventuais ossários, sistema de circulação interna, jardins, salas de velórios com sanitários, unidades de apoio, administração e sala de cultos religiosos.

Numa perspectiva contemporânea, o modelo de cemitério parque foi significamente incorporada em várias cidades. O Cemitério Parque, pela sua própria concepção arquitetônica, tem um espaço livre de ampla vegetação de copa e espécies rasteiras, com um enorme jardim, apresentando as mais diversas espécies de flores silvestres. Água encanada, acesso fácil a qualquer ponto, bancos ao ar livre, iluminação, floriculturas, lanchonetes, banheiros modernos, salas de atendimento, capelas mortuárias com salas de repouso, entre outros.

2. ESTUDO DE CASO: CEMITÉRIO PARQUE


2.1. - FILOSOFIA E FINALIDADE DO CEMITÉRIO PARQUE

o Cemitério Parque tem como filosofia: a igualdade absoluta entre os homens na derradeira morada. Sem distinção econômica, social, de raça, credo religioso ou qualquer natureza; a ausência de ostentação e de gosto duvidoso como a construção de túmulos, mausoléus. Criar ambiente próprio para os momentos de evocação e saudade, em ambiente que possa ser visitado por crianças, eliminando o medo e os traumas provocados pelos cemitérios convencionais; fazer do campo santo um belo jardim natural, nivelando a todos pelo verde dos gramados singelamente identificados por uma lápide de granito.

Por meu ver podem ser destacados como finalidades: solucionar o problema de escassez de área para sepultamentos nas cidades de maior densidade demográfica; estabelecer um meio termo entre a ostentação santuária do cemitério convencional e a frieza dos cemitérios verticais; possibilitar às pessoas inteligentes e civilizadas, a previsão e provisão de toda assistência necessária ao momento de dor que a todas atingirá; contribuir para uma solução digna e moderna de tão antigo problema, oferecendo também toda a assistência às famílias enlutadas para que possam se dedicar inteiramente nos últimos instantes aos que se vão; aumentar a área verde da cidade colaborando assim com o equilíbrio ecológico, e dar novos parques verdes à cidade.


2.2 - ASPECTOS LEGAIS

A inexistência de legislação federal específica que regulamente a implantação e operação de necrópoles no Brasil tem contribuído para que as mesmas sejam instaladas em áreas diversas, e geralmente inadequadas, sem a necessária realização prévia de estudos ambientais.

Dentro de uma política ambiental que objetiva preservar o solo e os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, ressalta-se a necessidade de normas técnicas para a implantação de empreendimentos com potencial poluidor.
Neste contexto, os cemitérios envolvem uma problemática intrinsecamente vinculada à saúde pública e à quantidade ambiental, dado o comprometimento potencial a que estão sujeitos os solos e as águas.

No âmbito Federal não há legislação específica referente à instalação de necrópoles. A Resolução CONAMA 001/86 estabelece a necessidade de realização de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental para atividades modificadoras do meio ambiente, porém não inclui os cemitérios no elenco de empreendimentos. Todavia, se tem entendido que a listagem oferecida pela resolução é meramente exemplificativa.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), Órgão Ambiental do Estado de São Paulo, possui a Norma Técnica L. 1040/98, que estabelece requisitos técnicos e condições para a implantação dos cemitérios destinados ao sepultamento no solo, no que tange à proteção e à preservação do ambiente, em particular das águas subterrâneas. Nesta norma dá-se ênfase à necessidade de estudos geológicos e hidrogeológicos a fim de identificar a aptidão de áreas para instalação das necróploes. Vale ressaltar que os resíduos sólidos relacionados à exumação dos corpos, tais como urnas e material descartável (luvas e sacos plásticos) deverão ter, preferencialmente, o mesmo tratamento dado aos resíduos sólidos gerados pelos serviços de saúde, de acordo com a legislação vigente (resolução CONAMA nº 05, de 1993 e, no caso de incineração local, Norma CETESB E 15.011).

Por último, o Decreto Estadual 7.967, de 05.07.2001, que regulamenta a Política Estadual de Administração de Recursos Ambientais (Bahia), determina em seu art. 180, que os serviços funerários são passíveis de Licença Ambiental; possibilitando que o Órgão Ambiental (CRA) passe a controlar efetivamente estas atividades.

2.3 – INSTALAÇÕES DO CEMITÉRIO PARQUE

O Cemitério Parque foi constituído tendo como filosofia básica o princípio espiritualista de igualidade entre os homens, sem distinção econômica, social, racial, religiosa, ou de qualquer outra natureza, preocupando-se apenas em transformar a idéia do cemitério em um jardim, criado para ser um ambiente aprazível, natural, arborizado com muitas flores, próprio para as evocações e respeito. Supera-se a noção de um lugar fúnebre, de medo, cheio de preconceitos, superstições que traumatizam, rodeado de túmulos e mausoléus.

Para a implantação do cemitério parque, numa área de aproximadamente 90.000 m2, foram integralmente respeitadas as normas e recomendações técnicas da Prefeitura Municipal de Salvador.

O projeto contempla um cinturão verde com 50 metros de largura, em todo o perímetro do terreno, onde foi realizado um reflorestamento visando recuperar fragmentos de Mata Atlântica ainda existentes, de acordo com as recomendações da Diretoria de Desenvolvimento Florestal – DDF, da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia.

Na área central do terreno, onde são construídos os jazigos, está prevista a implantação de um amplo gramado irrigado através de sistema computadorizado, com bordados e ilhas de vegetação de pequeno e médio portes. Esta área, associada ao cinturão verde, garantirá a perenização de quase 90.000 m2 de área verde na cidade, com interessante contribuição ao meio ambiente e ao equilíbrio ecológico da região.

A concepção do empreendimento levou em conta que, as pessoas que se dirigem ao cemitério, portam sentimentos de saudade, homenagem, igualdade, respeito e recordação. Assim, a preservação da natureza, associada a uma preocupação constante com a busca de equilíbrio e da beleza ambiental, pode minimizar os sentimentos de tristeza pela perda de entes queridos. Por isso foi igualmente prevista a implantação de praças com música ambiente, destinadas à contemplação.

Ainda no contexto ambiental, os empreendedores previram a utilização de energia lima (solar) onde for esta justificada técnica e economicamente, inclusive nos veículos para transportes dos esquifes.

As demais edificações comportam salas para velório, templo ecumênico, portaria, serviços administrativos, lanchonete, florista e loja de artigos funerários. Nelas são utilizados materiais de primeira qualidade com decoração sóbria. Os ambientes são atendidos com iluminação indireta, ar condicionado, música ambiente e telefone.


2.4 ASPECTOS TÉCNICOS

2.4.1 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DO TERRENO


Foram realizados os levantamentos planimétrico e plani-altimétrico, objetivando definir um projeto com uma concepção arquitetônica que associasse modernidade, funcionabilidade, beleza e conservação ambiental.

O levantamento topográfico e os estudos em sistemas CAD em três dimensões mostraram um terreno bastante acidentado, provocando, desta forma, uma aprofundada análise para se estabelecer uma metodologia que permitisse o maior número possível de sepultamentos.

Na primeira etapa o cemitério oferece uma capacidade para 6.000 sepultamentos, e todas as obras de infra-estrutura e edificações já mencionados. Enquanto isso, as áreas de expansão futura permanecerão arborizadas para propiciar uma harmonia perfeita com o visual da etapa construída.


2.4.2 - METODOLOGIA DE SEPULTAMENTO

O túmulo de dois níveis superpostos sob os quais é acrescentado um nível para ossuário, é coberto por uma camada permanente de terra ajardinada e tem acesso pelas extremidades, com tampas individuais para cada nível.

O sepultamento é efetuado com a remoção prévia das placas pré-moldadas no alinhamento do túmulo e a abertura do nível almejado. O caixão é então abaixado na alameda e deslizado para dentro do túmulo. A tampa é recolocada e a cerimônia encerrada. As placas da alameda são recolocadas posteriormente.

O processo de sepultamento pode ainda ser agilizado e simplificado com o uso de dispositivo de abaixamento tipo plataforma leve sobre rodas, dispensando o uso de cordas e outros implementos convencionais.

2.4.3 - COLETA DE EFLUENTES

Todo o efluente de esgoto sanitário foi coletado a partir dos banheiros existentes, das áreas comerciais de alimentação e da lavagem de pisos operacionais, os quais, em decorrência do tipo de negócio pode vir a conter uma patogenia maior que a maioria dos empreendimentos usuais.

Todos os pontos de coleta foram efetuados por meio de equipamentos com fecho hídrico indicado pela norma brasileira (sifonados) – esgoto secundário, que por sua vez são lançados na rede de esgoto primário do empreendimento.

2.4.4 - VENTILAÇÃO

Todo o esgoto primário foi adequadamente ventilado, obedecendo aos ditames em vigor, utilizando-se materiais adequados, direcionando gases para altura superior a cobertura do empreendimento e observando as distâncias máximas dos desconectores ao ramal de ventilação.

Este elemento é tão importante em uma instalação que corresponde, individualmente, a maioria absoluta do texto da norma brasileira em vigor, apesar de não ser levado em consideração nas instalações usuais, gerando ruptura de fechos hídricos, emanações de gases primários e contaminações dos ambientes de utilização.


2.4.5 - REDE DE ESGOTO

Toda rede de esgoto foi executada em tubos de PVC, material inerte e perfeitamente adequado ao uso, com detalhamento de montagem de acordo com a norma, em rede subterrânea, evitando a contaminação do lençol por infiltração do efluente.

Para garantir o perfeito carreamento dos materiais sólidos e evitar que ocorram disposições de sólidos e/ou líquidos no interior da rede, as declividades mínimas de norma indicadas para cada diâmetro foram rigorosamente obedecidas.


2.4.6 - TRATAMENTO DE ESGOTO

Para garantir a balneabilidade do local, todo o efluente de esgoto sanitário foi devidamente tratado, com o efluente decorrente do processo infiltrado diretamente no solo.

No caso específico, optou-se por não usar simples fossa séptica seguida de sumidouro em virtude da baixa redução da DBO e DQO e da grande possibilidade de contaminação do lençol, aí sim, em virtude da elevada concentração de patogênicos e do grande volume de água necessário.

Neste caso, optou-se pelo uso de Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente (DAFA), calculado para uma redução mínima de 85% da DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio, enquanto uma fossa séptica atinge no máximo 35% seguida de infiltração no subsolo, por meio de valas de infiltrações horizontais.


2.4.7 - DESTINAÇÃO FINAL DO EFLUENTE

Após o tratamento secundário (DAFA), o efluente final será diretamente infiltrado no solo, por meio de valas de infiltração, garantindo-se o afastamento do lençol freático, que nesse caso é de fácil solução em virtude da elevada profundidade do mesmo.
O comprimento destas valas foi calculado em função da contribuição do esgoto, e do ensaio de absorção efetuado por empresa e profissional qualificado, buscando-se sempre garantir a total e perfeita infiltração do efluente, mesmo no momento de pico de utilização do equipamento.


2.4.8 - DRENAGEM

A metodologia adotada para o sistema de drenagem da área de sepultamento visa atingir dois objetivos: proteção das câmaras mortuárias (carneiras), evitando infiltrações que prolongam desnecessariamente o tempo de decomposição; e, separação entre a drenagem pluvial e a drenagem dos túmulos propriamente ditos, evitando a contaminação das águas pluviais e do lençol freático por necro-chorume.

O sistema executado compreendeu a captação, condução e direcionamento das águas pluviais, um bem como claramente disposto no código de águas em vigor é de domínio da união, buscando-se manter a qualidade da água recebida, disponibilizando para os terrenos à jusante com o mesmo nível de potabilidade recebido à montante, ressalvadas as águas de infiltração no solo.

2.5 - OPERACIONALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A operacionalização do cemitério seguira os padrões estabelecidos no processo de inumação, com a disposição das urnas em jazigos superpostos (dois a dois) no subsolo, a uma profundidade máxima de 1,70 m da cota da superfície.

O jazigo é constituído de uma caixa mortuária construída em concreto armado com espessura de 4, cm e, dimensões externas de 2,35 x 0,94 m e altura de 1,40 m, além de uma camada de terra de 0,50 m de recobrimento da referida caixa.

O encaixe das paredes lateral da câmara superior com a inferior, é feito através de um sistema especial de juntas, de tal forma que evitem a condução de águas pluviais para o interior da caixa.
Para implantação das quadras de sepultamento é seguido o relevo natural de terreno, aproveitando-se inclusive o acesso já existente, limitando-se os cortes e reafeiçoamento do terreno a um caimento em torno de 10%, sendo o volume de terra proveniente deste processo, colocado nas quadras de corte menor.

Os projetos paisagísticos e florestal prevêem a implantação de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, com indicação do local, forma de plantio e manutenção das mesmas.

A composição de um projeto paisagístico com árvores, arbustos e herbáceas, distribuídas ao longo de bosques, canteiros, e gramados, merece cuidados constantes dos indivíduos vegetais que o compõe, através de uma rotina de rega, adubação, controle fitossanitário, poda e replantio. A sua manutenção tem interferência direta com a qualidade aprazível do campo cemiterial, edificações e jazigos, servindo além de elementos ornamental para a uma boa drenagem do terreno e fixação dos solos das áreas sujeitas a erosão.

Há variantes que interferem no processo de decomposição, da matéria orgânica animal, concorrendo para sua evolução ou retardo. Podem ser de natureza intrínseca, pertinente ao corpo, como constituição física, idade e “causa mortis”, ou extrínsecas, ligadas ao ambiente em que está o corpo, como temperatura, umidade, natureza do solo, ventilação.



3. - PROCESSO DE DECOMPOSIÇÃO DOS CORPOS

3.1 - FENÔMENOS DESTRUTIVOS


Nos processos transformativos ocorrem reações fisico-químicas motivadas pela ação dos microorganismos aeróbios e facultativos, e que resultam na decomposição e estabilização dos componentes orgânicos.

Na condições normais a decomposição dos cadáveres efetua-se em quatro fases, que na prática podem se processar simultaneamente em várias áreas do corpo: período de coloração, período gasoso, período coliquativo ou humoroso e período de esqueletização. As características de cada uma dessas fases serão abordadas de modo sucinto a seguir, dando enfoque aos tópicos de interesse do estudo.

3.2 - PERÍODO DE COLORAÇÃO

A putrefação se inicia com a manifestação das bactérias intestinais (enterobactérias), do tipo saprófitas, em meio anaeróbico. Exterioriza-se através de manchas verdes a altura da fossa ilíaca, onde de acumulam gases no começo, se difundido posteriormente pelo abdômen, tórax, cabeça e membros. A coloração verde dos tegumentos deve-se a reação do gás sulfídrico com a hemoglobina, formando a sulfometemglobina. O ceco, porção inicial do intestino grosso, é onde ocorre maior acúmulo de gases, que por estar muito próximo da parede abdominal da fossa ilíaca direta , determina o aparecimento da “mancha verde abdominal”.

O tempo de aparecimento das manchas está condicionado a diversos fatores relacionados ao próprio corpo e ao meio externo. Este primeiro período pode durar até sete dias, sendo mais moroso nos cadáveres inumados dos que conservados ao ar livre.

Os fatores intrínsecos (pertinentes ao próprio corpo, tais como: idade, constituição física e “causa-mortis”) e extrínsecos (pertinentes ao ambiente onde o corpo foi depositado: temperatura, umidade, aeração, constituição mineralógica e permeabilidade), influem no tempo necessário para o surgimento da referida mancha. Desenvolve-se mais lentamente nos cadáveres inumados do que nos conservados ao ar livre, sendo mais rápida na água.


3.3 - PERÍODO GASOSO

Nesta fase os gases originados na cavidade abdominal, começam a se difundir por todo o corpo, originando a formação de bolhas cheias de líquido nos tegumentos e a um enfisema putrefativo facilmente visível.

Em decorrência do acúmulo desses gases, o corpo vai se avolumando, ficando com aspecto de gigantismo devido a forte pressão dos gases putrefativos, o sangue já alterado é profelido para a periferia, ficando os vasos desenhados nos tegumentos. Por fim, dada a força dos gases, pode-se desencadear o fenômeno de ruptura das paredes abdominais.


3.4 - PERÍODO COLIQUATIVO


Denominado também de fase humorosa, é quando se dá a dissolução pútida, com a formação de um líquido denso e escuro, o necro-chorume. As partes moles tem seu volume reduzido devido à desintegração dos tecidos. Os gases se exalam, ficando o corpo reduzido a uma “massa” de odor fétido, perdendo pouco a pouco a sua forma. Nesse período, além dos microorganismos putrefativos, há grande participação de larvas de insetos em quantidade, que concorrem na destruição do cadáver.

Esse período tem duração de 6 a 8 meses após o sepultamento, numa faixa de temperatura de 18 a 25 oC, a depender das condições de resistência do corpo e da agressividade do meio externo.
A ação continuada das bactérias, insetos e acarianos em conjunto com as condições ambientais, reduz consequentemente o volume e conduz a matéria orgânica ao estado pulverulento, deixando livre o esqueleto (ossos limpos).


3.5 - PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO

Neste período o residual de matéria orgânica dos ossos costuma liberar o fósforo sob a forma de fosfina, que reage com o oxigênio atmosférico, dando origem a um fenômeno luminoso de curtíssima duração e de observação fortuita, conhecido como “fogo fátuo”.

Os cabelos e ossos podem resistir por muitos anos. Os ossos podem resistir por dezenas de anos, perdendo a sua estrutura e resistência, com a extinção da osseína, ficando presente apenas o CaCO3 (porção mineral), tornando-se friáveis, frágeis, quebradiços e mais leves.

Em geral, ao ser desmontado o esqueleto, a massa cadavérica é reduzida a 18 ou 20 Kg decorridos dois anos e meio a três anos de sepultamento. Esse período pode durar de vários meses a vários anos, dependendo das condições do meio.

Quando da ocorrência de fenômenos conservativos (saponificação ou mumificação), não se completará a destruição do corpo e a esqueletização não é atendida.



4. FENÔMENOS CONSERVADORES

São fenômenos transformativos conservadores que ocorrem, normalmente provocados por interferências externas, interrompendo ou modificando os processos putrefáticos normais.


4.1 - MUMIFICAÇÃO

Ocorre geralmente em ambientes onde predominam baixas unidades e temperatura elevada, não proporcionando condições satisfatórias ao desenvolvimento dos germes putrefativos, especialmente as bactérias aeróbias. Há perda dos líquidos, com redução do peso corpóreo em cerca de 50% a 70% do total, e a ocorrências de certas transformações orgânicas do tecido por conta da metamorfose química.

A mumificação é o ato de mumificar, que pode ser natural ou artificial, esta já praticada pelos antigos egípcios.


4.2 - NECRO-CHORUME


O necro-chorume é um líquido humoroso liberado em quantidades equivalentes a 0,601/kg , o que corresponde a 30 a 40 litros para um cadáver com peso médio de 70 kg. A geração desses líquidos se dá no período humoroso do fenômeno putrefativo, e ocorre de forma intermitente e mais significativa durante os primeiros 5 a 8 meses de sepultamento.

Esses líquidos têm coloração castanho – acizentada, odor forte e desagradável. É constituído de 60 % da sua fração por água, 30 % por sais minerais e 10 % por substâncias complexas, como putrescina e cadaverina. Têm densidade da ordem de 1,23 g/cm3, sendo bastante solúvel em água e pH variando de 5 a 9, em temperatura de 23º a 28º C.

Possui viscosidade crescente ao longo do período e se polimeriza com facilidade, originando um resíduo pulverulento inócuo, de coloração variando de esbranquiçada a amarelada. Apresenta toxidade elevada em decorrência da presença de venenos complexos e de agentes patogênicos (bactérias e vírus).

Após 2,0 m do solo em relação ao lençol freático, os níveis de contaminação são quase inexistentes, uma vez que o solo funciona como um filtro. O cadáver deve permanecer por um período mínimo de três anos em atendimento a legislação vigente, permitindo dessa forma a decomposição completa do corpo.

Os resíduos provenientes do processo de exumação e limpeza dos ossos (restos de cabelo, roupas e caixão), serão dispostos em um pequeno forno a fim de se realizar a sua cremação, vale ressaltar que estes fornos dispõem de filtros, não permitindo, portanto a contaminação do ar pela emissão de particulados provenientes desse processo.





5. RECURSOS HÍDRICOS

5.1 - PROBLEMÁTICA DA CONSTRUÇÃO DE CEMITÉRIOS EM MEIO URBANO


Tendo em vista o risco de contaminação microbiológica, a construção de cemitérios em meio urbano deve levar em conta basicamente três fatores: a profundidade do nível de d’água, a capacidade do solo de reter microorganismos e a topografia. Quanto mais superficial for o nível do lençol freático, maior será o risco de contaminação. Este fator é especialmente importante em regiões baixas, tais como várzeas, onde os níveis de água são geralmente rasos.

Com relação ao mecanismo de retenção de microorganismo pelo solo, os processos mais importantes são a filtração mecânica, a aeração e absorção. De uma maneira geral, numerosos estudos tem mostrado que o solo é extremamente atuante na retenção ou inativação de microorganismos patogênicos.

Através do processo de filtração mecânica e da presença de um ambiente em geral hostil, um grande número de organismos são retidos. Os resultados mostram que esta retenção ocorre em distâncias relativamente curtas, muitas vezes em menos de 3,0 m. Por outro lado, esta retenção rápida ocorre na zona não saturada, porém, ao atingirem a zona saturada, os microorganismos encontram condições mais favoráveis de mobilização e também de sobrevida.

Com relação à topografia, as áreas com declividade acentuada causam graves problemas. Nas épocas de chuva, devido à intensa erosão, ocorre o arraste de material terrígeo, expondo as sepulturas à superfície do terreno.



6. PROGRAMAS AMBIENTAIS


Tomando-se como base os resultados da avaliação ambiental das diferentes atividades a serem desenvolvidas para a implantação e operacionalização, existe necessidade de implantação de programas ambientais, visando à garantia da qualidade ambiental na área do empreendimento.


6.1 - PAISAGISMO


Um dos principais elementos que compõe um empreendimento desta natureza é o paisagismo. Para tanto, a sua manutenção é fator indispensável ao bom nível da qualidade dos serviços prestados.

A composição de um projeto paisagístico com árvores, arbustos e herbáceas distribuídas ao longo de bosques, canteiros e gramados, merece cuidados constante dos indivíduos vegetais que o compõe, através de uma rotina de rega, adubação, controle fitossanitário, pode e replantio.


6.2 - GARANTIA DO CONTROLE AMBIENTAL


Um sistema moderno de gestão ambiental deve ser realizado através de acompanhamento sistemático da qualidade dos serviços prestados, levando em consideração o público e a manutenção dos recursos naturais.

A informação aos órgãos responsáveis e as comunidades diretamente beneficiadas com o tipo de empreendimento é fator indispensável, na condução do projeto, os quais aliados as variáveis ambientais compõe uma estreita cadeira de elementos no processo de gerenciamento.

6.3 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL


O programa de Educação Ambiental visa a conscientização de visitantes, funcionários e da própria comunidade do entorno do Cemitério Parque, no sentido de conscientizar para a conservação do meio ambiente como forma da própria sobrevivência do Cemitério Parque, o que foi iniciado deste a montagem do canteiro de obras, para a construção do empreendimento.

Hoje, após uma evolução rápida e um profundo crescimento, a Educação Ambiental está ligada à problematização do chamado desenvolvimento sustentável. A ênfase nos processos educativos formais e não formais mostra uma nova perspectiva: uso de metodologias participativas e interdisciplinares; geração de conhecimento transdisciplinar, sendo capaz de oferecer soluções para problemas do meio ambiente; visão sistêmica e ampla do meio natural, incluindo o social, político, cultural e econômico. Abandonando o ponto de vista antropocêntrico, valoriza diversos tipos de conhecimentos mas também valores, comportamentos e atitudes.


7. CONSIDERAÇÕES FINAIS



O tema “Cemitério e Meio Ambiente” impõe um acompanhamento contínuo do poder público e processos de auto-monitoramento do empreendedor. Por sua vez, o Cemitério Parque Bosque da Paz possui um saldo ambiental satisfatório, mas que ao longo do tempo novas aplicações deverão ser feitas, com base na Lei Ambiental e em novas tecnologias, mitigando possíveis desequilíbrios da atividade ambiental. Enfim, é preciso construir a noção de que o “Desenvolvimento Sustentável” pode ser implantado em cemitérios, possibilitando que mesmo após o fechamento dos olhos consigamos colaborar com a proteção da natureza e o meio ambiente, para que futuras gerações orgulhem-se de seus antepassados.




REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOTELHO, Manoel Henrique Campos. Manual de Primeiros Socorros do Engenheiro e do Arquiteto. São Paulo: ed. experimental, Ed. Edgard Blücher, 1984.

BRANCO, Samuel M. et al. Hodrologia Ambiental. São Paulo: Coleção ABRRH de Recursos Hídricos, , v. 3, Ed. Universidade de São Paulo, 1991.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Implantação e Operação de Cemitérios: procedimentos. São Paulo: CETESB, 6 p. 1999.

DELMONTE, C. Putrefação e suas conseqüências para o meio ambiente. São Paulo. Palestra proferida no Primeiro Seminário Nacional Cemitério e Meio Ambiente. 1995.

EIA/RIMA CEMITÉRIO. Parque das Bouganvilles – Prognóstico Ambiental. Aracaju: v. III, FBHC, jul.1995.

FÁVERO, Flamínio. Medicina Legal. São Paulo: v. II, ed. Martins, 1972.

MARINHO, A.M.C.P. Contaminação de aqüíferos por instalação de cemitérios. Estudo de caso do cemitério São João Batista. Fortaleza. 1998. 88 f. Dissertação (Mestrado) Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará.

MARTINS, M.T. et al. Qualidade bacteriológica de águas subterrâneas em cemitérios. Revista de Saúde Pública, v.25, n.1, p-47-52.

MIOTTO, S.L. Aspectos geológico-geotécnicos da determinação da adequabilidade de áreas para a implantação de cemitérios. 1990. 116 f. Dissertação (Mestrado) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro-SP

PACHECO, A.; MENDES, J.M.B. Cemitérios e Meio Ambiente. Revista Tecnológica do Ambiente. Lisboa, Portugal, ano 7, n.33, p.13-15. 2000.

SOBRINHO, Bráulio Miranda dos Reis. Enquete e Pesquisas em Cemitérios, 2002.





Dados Pessoais
Nome Braulio Miranda dos Reis Sobrinho
Nacionalidade Brasileira
Estado Civil Casado
Endereco Avenida Sete/No4347/Ed.Mar Grande,Ap 1101,CEP 40140-110,
Farol da Barra,Salvador-Bahia.
Telefones 2646644,2645483,Cel 99857024
Escolaridade
Mestrando Universidade Federal da Bahia/ MEAU / MEIO AMBIENTE,2002
Especialista Gerenciamento Ambiental,Universidade Catolica,2002
Pos Graduacao Gerenciamento Ambiental,Uni. Catolica2001/2002
Superior Universidade Federal da Bahia,1968

Cursos de Aperfeicoamento Profissional
Implantacao de Projetos Industriais- ONU -Organizacoes das Nacoes Unidas,1970
Aplicacoes de Mecanica dos Solos a Engenharia Civil-Clube de Eng. da Bahia,1973
Escola Superior de Guerra,Adesg-Ba-Ciclo de Estudos sobre Seguranca e Desenvolvimento,1984
Escola Superior de Guerra,Adesg-Ba-Ciclo de Conferencias Sobre Ciencia e Tecnologia,1985
Projetos e Obras Sobre Saneamento Basico-CETESB-S.PAULO,envolvendo cursos Estacoes Elevatorias de Agua,1975
e Esgoto.Reservacao e principios de tecnologia avancada via Geoprocessamento,Aguas de Chuva.1995
Diversos cursos de tratamentos simplificados de Esgoto.1980
Coleta e tratamento de lixo domesticos,outros.
Curso de Irrigacao.
Cursos completo de coleta,transporte tratamento e destino final,atraves de EM-Submarino,de esgoto
domesticos e industriais.1990
Cursos completo de captacao,aducao,reservacao,tratamento e distribuicao de agua para uso domestico.
Pocos tubulares para abastecimento de agua para uso domestico e servico.
Principios de incineracao de lixos perigosos,de poluicao atmosferica e radioativa.2000
Curso de relacoes humanas--ASBAT-Analise Transacional 101,1984

Trabalhos Principais
Calculos estruturais,construcoes domiciliares-PMS-Escritorio particular.1968-1970
Participacao como eng.projetista de saneamento,na Serete SA-Engenharia,com sede principal em S.Paulo,
, em dezenas de projetos de abastecimento de agua,no interior da Bahia,micro- regioes de Jacobina e Extremo
sul da Bahia,p/ EMBASA.
Trabalhos em solos,classificacoes e sondagens ,obras de terra e fundacoes,como eng. da Geotecnica SA,Engenharia.
COOPEC- COMPLEXO PETROQUIMICO DE CAMACARI-Orgao de economia mixta,executor de toda infra estrutura
da petroquimica,como engenheiro chefe de saneamento e um dos coordenadores do projeto CETREL,bem como
de sua implantacao.Coordenador de projeto semelhante para o Centro Industrial de Aratu,atraves da Secretaria de Ind. e
Comercio e consultor da Cetrel.
Apos retorno a CETREL,como gerente executivo de operacao,apos executivo de obras ,presidente de concorrencias,
assessor do Presidente,e presidente da CIPA.
Retorno ao COOPEC,que entrou em extincao,formando com o CIA,e outros orgaos a SUDIC,em seguida aposentadoria
por tempo de servico.
Dei continuidade aos estudos,bem como a formacao cultural,me preparando razoavelmente em Ingles,Alemao,Espanhol.
Tendo morado por alguns meses na Alemanha ,Munique,onde tirei quase todos os diplomas do idioma Alemao
frequentando tambem a Universidade de Eng. de Munique para obter conhecimentos em novas tecnologias.

Braulio Miranda dos Reis Sobrinho
CPF 23700005-97
CREA 3201-D 3Regiao
Tel 99857024/2645483
E Mail braulio.miranda@terra.com.br




Ilustrações: Silvana Santos