Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Dinâmicas e Recursos Pedagógicos
09/03/2005 (Nº 12) “Tsunami Pessoal”
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Dinâmica:

 

 

“Tsunami Pessoal”

 

No final de 2004, presenciamos um acontecimento estarrecedor, mais precisamente em 26 de dezembro de 2004, um terremoto nas profundezas do oceano provocou um TSUNAMI. Uma enorme onda com uma força e uma velocidade espantosa, que lavou e levou casas, carros, barcos, famílias...

Chegou assim sem avisar... não questionou se podia entrar... chegou arrebentando tudo, pouco importando quem estava pela frente; ricos ou pobres, executivos de grandes empresas, embaixadores, embaixatrizes, moradores da região ou estrangeiros, se estavam trabalhando ou curtindo merecidas férias...

Simplesmente veio com uma força estarrecedora, devastadora, assustadora.

E da mesma maneira que chegou se foi... deixando um rastro de dor.

Mas a ajuda logo veio de todos os cantos do mundo, a solidariedade estava alerta, e fez-se mais uma vez presente, fazendo surgir em todos aquela força que não sabemos possuir , até que precisamos dela.

Depois deste acontecimento, eu me peguei pensando em quantos “tsunamis pessoais” vivemos durante nossa existência, pode vir em forma de briga com os pais, em forma de troca de emprego, em forma de morte de algum parente, mudança de cidade, mudança de estado civil, por entrar ou sair da faculdade, filhos saindo de casa, dívidas, um novo amor... ou até vários destes fatores acontecendo simultaneamente.

Quando nos percebemos, já estamos “arregaçando as mangas” e torcendo para que “a poeira assente” o mais rápido possível, para voltarmos a viver em paz até que outro acontecimento nos pegue de surpresa e comece tudo de novo.

No entanto existem momentos em que a vida nos dá indícios de que o terremoto está por vir, e aí precisamos agir antes da devastação.

Pois bem a natureza está nos avisando que não é possível viver sem lhe dar a devida atenção, nenhum animal selvagem morreu, eles puderam “prever” este acontecimento e se precaveram.

Somos seres humanos, e temos dentro de nós esta intuição que os animais possuem; a diferença, é que não sabemos mais como ouvir a esta intuição.

 

Desta forma o exercício que proponho hoje, é o seguinte:

Que tal reaprendermos a ouvir o nosso “coração”, nosso “grilo falante”?

Para começar,

Entre em seu quarto apague a luz, sente-se no meio do quarto, feche os olhos, respire fundo, acalme-se... e tente lembrar de alguns itens de seu quarto com a sua localização EXATA (tipo, travesseiro em cima da cama, livro de capa vermelho em cima do criado mudo ao lado do abajur).

Abra os olhos e verifique se acertou ou errou. Você pode optar por escrever as anotações ou não.

Se acertar mais da metade, passe para a próxima etapa, se não refaça.

Lembre-se que este é um exercício pessoal, ninguém vai cobrar resultados, você é quem vai percebê-los ou não.

Agora, sente-se num jardim ou em uma praça, feche os olhos, respire, concentre-se, tente identificar cada ruído, de que lado ele vem, e o quê é.

Confira.

Assim, com o tempo, você vai aprendendo a se acalmar e deve começar a ouvir a sua voz interior, aquela mesma que nos diz que atitude devemos tomar antes, durante ou depois dos “tsunamis pessoais”.

 

Boa sorte!

 

MSc. Marina Strachman é Arquiteta e Urbanista, Especialista em educação ambiental e Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. marinastrachman@yahoo.com.br
Ilustrações: Silvana Santos