O MUNDO (D)ESCRITO PELO PIXO
Cláudia Mariza Mattos Brandão[i]
RESUMO: Neste artigo trago uma crônica visual narrativa como registro de questões fundamentais para a reflexão acerca das relações humanas com o meio sociocultural na contemporaneidade.
As cidades ao longo dos últimos anos têm seus processos de urbanização acompanhados por complexas transformações que abarcam o âmbito sociopolítico, assim como o artístico-cultural. Nesse contexto, as formas expressivas e comunicativas da pixação ganham um estatuto diferenciado, pois traduzem através de seus signos, símbolos e culturas próprias os conflitos e tensões sociais dos espaços urbanos contemporâneos. Muitas vezes tais práticas dão visibilidade a discursos que traduzem o mal-estar gerado pela vida em sociedade, mesmo assim o pixo é estigmatizado como vandalismo.
Nesta edição a revista traz como tema a Educação Ambiental associada à responsabilidade social, abrindo espaço para a reflexão aqui proposta, a de pensarmos sobre as relações humanas com o meio sociocultural através das escritas urbanas. Uma análise visual de um mundo conturbado através de registros fotográficos de minha autoria, realizados nas cidades de Pelotas (RS, Brasil) (Figuras 1 a 6) e Montevideo (Uruguay) (Figuras 7 a 11), entre os meses de março e maio de 2016, numa demonstração de que muitos discursos/reivindicações ultrapassam as fronteiras geográficas e ganham força na visualidade do pixo.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
Figura 11
[i] Doutora em Educação, mestre em Educação Ambiental, professora do Centro de Artes, Artes Visuais – Licenciatura, da Universidade Federal de Pelotas. É coordenadora do PhotoGraphein - Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação( UFPel/CNPq). attos@vetorial.net