LIXO ELETRÔNICO NO BRASIL

                                                -MÁRCIA STEFANELLOFISCHBORN¹

                                           -ODINAN ALVES VIEIRA ARAUJO¹

                               -SIMONE DA PENHA PEDROSA PALCICH¹

                                               -LILIAN PITTOL FIRME DE OLIVEIRA2

 

-Professora de língua portuguesa com atuação no ensino fundamental e médio. E-mail: mstefanello20@hotmail.com. tel. (27) 98867-7170

-Professor de geografia com atuação no ensino fundamental e médio. E-mail: odinanaraujo@gmail.com. tel. (27) 9920-4179

-Pedagoga com atuação como intérprete de libras E-mail: simonepedrosa79@hotmail.com;

-Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa, mestrado em Agronomia (Ciência do Solo) pela Universidade de São Paulo-USP.  Doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) pela Universidade de São Paulo, Brasil- USP. Coordenadora do Instituto Desenvolvimento Educacional Cultural e Pesquisa Vale do Cricaré- São Mateus. ES. http://lattes.cnpq.br/5048256470280700

 

 

RESUMO

O Brasil, como muitos países emergentes, é um grande produtor de lixo eletrônico e não está preparado para seu descarte, causando a poluição do meio ambiente. A ONU já advertiu sobre o problema e a população não está preparada, nem informada de como se faz o descarte. Existe a Lei nº 12.305/010, que proíbe o descarte de qualquer lixo em locais inadequados. A solução para esse problema é a conscientização e atitudes corretas de descarte ou reutilização desses eletrônicos em comunidades carentes.

Palavras Chaves= Lixo eletrônico-problema –  população- conscientização.

 

 

INTRODUÇÂO

O lixo eletrônico é composto por resíduo material, resultado do descarte de equipamentos eletrônicos. Atualmente, devido ao grande número de equipamentos eletrônicos que se convive diariamente, surge a necessidade de se tomar atitudes que não causem danos ao meio ambiente, pois grande parte desse lixo não é descartado corretamente.

Podem-se citar como exemplos de lixo eletrônico aparelhos celulares,  baterias, televisores, notebooks e computadores em geral, impressoras, câmeras fotográficas entre outros. Esses resíduos devem ser descartados de forma correta para evitar problemas para o meio ambiente.Também é necessária a conscientização dos perigos que esses lixos jogados na natureza podem causar à saúde do homem.

 

LIXO ELETRÔNICO NO BRASIL

O Brasil é um dos países emergentes que mais produz lixo eletrônico (TVs, celulares, impressoras, etc). São abandonados, a cada ano, por esses países( Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com exceção da China, toneladas desse lixo em lugares impróprios. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil não tem estratégia para amenizar o problema do lixo eletrônico, pois na confecção desses aparelhos são utilizados produtos tóxicos que prejudicam o meio ambiente e também a saúde do ser humano. Não só o Brasil, mas em todo o mundo são necessárias regras adequadas para enfrentar as crescentes montanhas de lixo eletrônico, principalmente nos países desenvolvidos (Estadão, 2010).

Ainda, segundo a reportagem, as empresas que fabricam computadores e celulares pretendiam vender cerca de 14 milhões de computadores e 68 milhões de celulares em 2014. Com estes números de vendas, o volume de lixo será maior nos próximos anos. Como forma de conscientização, sugere-se que os materiais ou eletrônicos que ainda têm utilidade sejam enviados para as escolas públicas e comunidades carentes, onde seriam usados em cursos técnicos, nas aulas práticas. E aqueles que não têm mais utilidade seriam enviados para as empresas certificadas de reciclagem.

Segundo dados do site Estadão (2014), o Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que lançou seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nenhuma estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria brasileira. Por ano, cada brasileiro descarta 0,5 kg de lixo eletrônico. Informações sobre o lixo eletrônico ainda são escassas, tornando a população brasileira leiga neste assunto.

Grande parte da população não sabe lidar com esse problema. Diante desta verdade, a ONU pede para que cada país comece a adequar estratégias para acabar com o crescimento desse material prejudicial ao meio ambiente. Este tipo de lixo é denominado lixo eletrônico, lixo tecnológico, queéproveniente de equipamentos eletrônicos que o ser humano passa grande parte de sua vida em constante contato com eles, MACIEL, ( 2011).

Em 2012 constatou-se que o número de computadores existentes no país chegou à marca dos 100 milhões de unidades.Os gráficos das figuras a seguir apresentam a quantidade de lixo eletrônico gerado pelos países emergentes. Estes dados foram extraídos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA, 2014). Nota-se que o Brasil produz 366 milhões de toneladas de lixo por ano. Deste total, 137 mil são de TVs, 96.8 mil de PCs, 115 mil de geladeiras e 17 mil de impressoras.Os dados apresentados nos gráficos retratam bem esta realidade nos países emergentes.

 

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Problemas causados pelo descarte inadequado do lixo eletrônico

A velocidade na inovação dos equipamentos eletrônicos anda junto com a velocidade da luz, nunca conseguiremos acompanhá-los. O descarte é feito quando o equipamento apresenta algum defeito ou se torna obsoleto. Então, o problema começa quando este material é descartado no meio ambiente, pois esses equipamentos possuem substâncias químicas (chumbo, cádmio, mercúrio, berílio, etc.), em suas composições, e podem provocar a contaminação do solo e da água. Quando essa água é ingerida pelos seres vivos causa mutação em suas células. Além de contaminar o meio ambiente, estas substâncias químicas podem provocar doenças graves em pessoas que tem contato direto com o lixo, como os trabalhadores dos lixões, que vivem da reciclagem.  Também é somado aos problemas o tempo de decomposição do plástico, metais e vidro. E geralmente seu destino final são aterros sanitários ou lixões a céu aberto. Isso faz com que aumentem os problemas ambientais e também os riscos a saúde humana.Esse problema não pode ficar no esquecimento, a conscientização é o melhor caminho para a solução da poluição ambiental. (LABIDI, 2011).

O primeiro passo para se evitar a poluição é iniciar a coleta seletiva desse lixonas casas, escolas e empresas. O lixo eletrônico deve sempre ser separado dos resíduos orgânicos e dos materiais recicláveis (papel, plástico, metal). Uma dica para reciclar seu computador da melhor forma possível, caso não haja condições do mesmo ser reutilizado, é dividir e desmontar o computador. Através disso, você poderá separar os componentes de metal e plástico, fazendo com que ambos tenham um destino correto. As empresas de reciclagem nem sempre estão aptas para lidar com vários materiais diferentes, ou seja, só reciclam plásticos ou metais, não os dois juntos. A preocupação é que não se sabe  o tempo exato de sua decomposição no meio ambiente. Alguns estudiosos relatam que pode demorar até 1000 anos para que ocorra a decomposição desses elementos. Esse tempo é suficiente para extinção da vida no meio ambiente.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de um problema sério como o descarte incorreto de lixo eletrônico, a conscientização da população em relação àdisposição ecologicamente correta deste tipo de lixo é essencial, pois além de colaborar com o meio ambiente urbano contribui com as cooperativas de reciclagem. O gerador do lixo é o responsável pelo seu descarte e é importante a conscientização dos cidadãos para que o descarte correto efetivamente ocorra.

 

Referências

BRASIL, Lei nº 12.305, de agosto de 2010.

http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=3935 em 14/06/2016

http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-lixo-eletronico/o-que-fazer-com-o-lixo-eletronico/ em 14/06/2016

http:www.sustentabilidade.estadao.com.br/.../geral,brasil-e-o-campeao-do-lixo-eletronico-entre-em

LABIDI, Sofiane. Desenvolvimento Regional Sustentável. Jornal Pequeno, São Luís, Ano 59, ed. 23,666, maio de 2011. Disponível em: http://jornalpequeno.com.br/edicao/2011/05/01/desenvolvimento-regionalsustentavel/. Acesso em: 01 maio 2014.

MENDES JÚNIOR, O; DOMINGUES, M. O.; MENCONI, V. E. A técnica fractal como uma ferramenta para análise de eletrodinâmica atmosférica. In: Congresso Nacional de Matemática Aplicada e Computacional, 30. (CNMAC)., , Florianópolis, SC. Resumos... 2007. 

Pnuma - Programa da ONU para o Meio Ambiente

 

 

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