RIO SERENO

 

As águas do rio correm mansas, serenas
Se espraiando sobre pedras escorregadias
E, sobre elas, a chapinhar
Meus pés descalços e molhados

O burburinho do líquido fresquinho e límpido em curso
Soa como terna melodia
Estar só, por este rio, é necessário
Urge afastar-me do caos da urbe

A mata ciliar que circunda o rio
Em cumplicidade me esconde do inconveniente de intrusos
E, magnânima, me presenteia
Com o burburinho dos pássaros
Que ali habitam

Doce momento de plena serenidade
De reencontro visceral com meus sentidos
Nas calmas águas do rio...

(Luciane Jamacaru - 08/02/2017)