a INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS: concepções e ações
André dos Santos1, Manoel Lucas Bezerra de Lima², Luana Mikaela das Neves Loureiro Maciel³, Marília Carolina Pereira da Paz4, Ronilson José da Paz5
¹Aluno do Curso de Especialização em Ensino da Biologia. Universidade de Pernambuco (UPE). Licenciado em Ciências Biológicas (FAMASUL 2010). Professor da Escola de Referência em Ensino Médio Frei Epifânio. São Joaquim do Monte-PE (CEP 55670-000). Brasil. E-mail: biologistsantosandre@gmail.com
²Aluno do curso de graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas. Universidade Federal de Pernambuco. Chã Grande-PE (CEP 55636-000). Brasil. E-mail: manoel.lucas88@gmail.com
³Especialista em Análises Clínicas. Faculdade Escritor Osman da Costa Lins (FACOL 2012). Licenciada em Ciências Biológicas (FAMASUL, 2010). Professora da Escola Estadual Maquinista Amaro Monteiro. Palmares-PE (CEP 55540-000). Brasil. E-mail: luanamika@hotmail.com
4Aluna do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa-PB (CEP 58051-900). Brasil. E-mail: marilia_carolina@msn.com
5Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio (PRODEMA). Universidade Federal da Paraíba. Professor da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Gonçalves Dias. Analista Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA-PB. Caixa Postal 5063. João Pessoa-PB (CEP 58051-900). Brasil. E-mail: ronilsonpaz4@gmail.com
RESUMO
Com o intuito de estudar a interdisciplinaridade da educação ambiental, especificamente para descobrir de que forma a escola aborda questões ecológicas e de sustentabilidade em seu cotidiano, 49 professores e gestores escolares, da Escola de Referência em Ensino Médio Frei Epifânio e da Escola Municipal José de Andrade Guedes, localizadas no Município de São Joaquim do Monte, Estado de Pernambuco, foram entrevistados através de questionários semi-estruturados. Ao final da pesquisa, pode-se concluir que as dificuldades para promover nas escolas estudadas uma abordagem interdisciplinar no ensino de educação ambiental são semelhantes às encontradas em outras escolas do Brasil e em outros países.
Palavras-chave: Educação ambiental, Educação formal, Práticas pedagógicas, Ensino de Ciências, Ensino de Biologia.
ABSTRACT
With the purpose of studying the interdisciplinarity of environmental education, specifically to find out how the school addresses ecological and sustainability issues in its daily life, 49 teachers and school administrators, in the Escola de Referência em Ensino Médio Frei Epifânio and in the Escola Municipal José de Andrade Guedes, located in the Municipality of São Joaquim do Monte, State of Pernambuco, Brazil, were interviewed through semi-structured form. At the end of the research, it can be concluded that the difficulties to promote an interdisciplinary approach in the teaching of environmental education are similar to those found in other schools in Brazil and in other countries.
Keywords: Environmental Education, Formal Teaching, Pedagogical practices, Science teaching, Teaching of Biology.
1. INTRODUÇÃO
Desde o surgimento do Homo sapiens, o meio ambiente vem sofrendo as consequências de suas ações. Inicialmente apresentando baixíssima densidade demográfica e com pouca tecnologia, o homem primitivo vivia da colheita de frutos e fragmentos vegetais e da caça de animais de fácil captura, causava poucos impactos ao meio ambiente, como bem mencionaram Dorst (1973) e Paz (2006).
Com o passar do tempo, os humanos domesticaram o fogo e apropriaram-se de vários instrumentos e tecnologias, que permitiram a caça e a pesca com mais efetividade, provocando alterações mais significativas no meio ambiente. A partir de então, o homem deixou de ser um simples caçador-coletor, chegando ao ponto de, quando chegou ao Continente Australiano, deliberadamente queimou grandes áreas de florestas densas e bosques impenetráveis, com o intuito de criar campos abertos, para atrair os animais para caçá-lo com mais facilidade (HARARI, 2015, p. 78), como também se tornou agricultor, que exigiu o domínio do solo, com desflorestamento de grandes áreas para o cultivo inicialmente de monoculturas. Além disso, houve o interesse em forjar o metal, para a fabricação de inúmeros utensílios, provocando a degradação dos solos, que eram revolvidos pelas minerações. À medida que os grupos de humanos tornaram-se mais numerosos, aprenderam a cultivar plantas selecionadas para a produção de alimentos para subsistência e a possibilidade de guardar o excedente culminou com as trocas de mercadorias e o surgimento do comércio.
Mais tarde, o surgimento da industrialização trouxe consequências ainda mais desastrosas para o meio ambiente, que afetou em vários aspectos a espécie humana. Foi o reconhecimento dessas consequências que provocou a tomada de uma série de medidas, inclusive legais, no intuito de promover o uso racional e sustentável dos recursos naturais, garantindo-os para as gerações futuras (PAZ e LUNA, 2010), a partir da definição do termo Ecologia, por Ernst Haeckel, em 1869, o interesse nos meios acadêmicos para estudar as interações dos organismos vivos, inclusive o homem, com o meio ambiente, proporcionou a compreensão das causas e das consequências da degradação ambiental.
Mas só foi a partir da década de 1960, com a publicação do livro “Primavera Silenciosa”, em 1962 (CARSON, 2010), que começou a haver a conscientização de que o modelo produtivo das grandes nações eram conseguidos às custas da deterioração dos recursos ambientais e a exclusão social e econômica da maior parte dos países, aumentando a preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade da vida para as presentes e futuras gerações (HENRIQUES, 2010).
Com a preocupação cada vez maior com o meio ambiente em meio a tantas espécies da fauna e da flora extintas todos os anos, em meio à percepção das mudanças climáticas que ocorrem na atualidade, o mundo vem despertando para a educação ambiental como estratégia de desenvolvimento sustentável, que consiste em criar um modelo econômico capaz de gerar riqueza e bem-estar, enquanto promove a coesão social e impede a destruição do meio ambiente, visando a promover a harmonia entre os seres humanos e a natureza (PAZ, 2006).
Através da educação ambiental, buscam-se meios que possa viabilizar uma tomada de consciência, para que parte dos problemas existentes seja solucionado, para isso e necessário uma transformação social por parte de todos, no intuito de uma nova construção de relacionamento entre o homem e a natureza. Neste sentido é notável que a maioria das práticas de educação ambiental que perpetuam nas escolas relacionadas à conscientização ambiental, são feitas por professores de biologia com alunos do ensino fundamental ou médio (SOUZA, 2010).
Cabe também à educação ambiental formar uma população mundial consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas a ele relacionados, e que tenha conhecimento, aptidão, atitude, motivação e compromisso para trabalhar individual e coletivamente na busca de soluções para os problemas existentes, bem como para prevenir novos (PAZ, 2006).
O art. 2º, da Lei nº 9.795/1999 (BRASIL, 1999) estabelece que a educação ambiental deve ser um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Esta determinação impõe certos desafios aos educadores, considerando que, de acordo com Lacombe (1999), o ato de aprender está associado a uma interação afetiva que deve valorizar e respeitar a subjetividade de cada ator social envolvido no processo de forma dialógica.
Na maioria das vezes, a educação ambiental é desenvolvida nas escolas de forma ainda tímida, algumas atividades são abordadas de forma pontuais, sugerindo apenas a preservação e a conservação do meio ambiente e da biodiversidade, se atendo timidamente à discussão das causas e efeitos dos fenômenos naturais. Para Matos (2006) a escola precisa oferecer condições de estudo e aperfeiçoamento, promovendo, entre outras ações, seminários e cursos com especialistas na área.
A forma holística pela qual deveria ser tratada a educação ambiental fica ausente ou, ainda, sem ser compreendida pela escola e pelos educadores. Na verdade, a abordagem interdisciplinar defende a superação da fragmentação do saber, a realização conjunta de atividades em diferentes áreas de estudo ou disciplinas e o esforço coletivo da gestão escolar e do corpo docente, bem como da família e a comunidade. A educação ambiental assim compreendida é uma alternativa de ensino que oferece à escola uma grande chance de renovação (MIRANDA et al., 2010) e propicia a formação de uma população consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas a ele relacionado (PAZ, 2006).
Ainda de acordo com Souza (2010), é importante que haja uma transformação social consciente em todos para que se resolva parte dos problemas existentes sobre a educação ambiental. Essa afirmação eleva o interesse de intensificar a interdisciplinaridade na sala de aula, com ênfase na educação ambiental, principalmente porque, de acordo com Dunkley (2016), é a única oportunidade de explorar as conexões cultura-natureza.
Assim, este artigo tem como proposta estudar a interdisciplinaridade da educação ambiental, através de uma pesquisa de campo, dentro de uma abordagem quantitativa e qualitativa, investigando como se processa a relação com as outras áreas do conhecimento, sob o ponto de vista de professores com base na educação ambiental, especificamente para descobrir de que forma a escola aborda questões ecológicas e sustentáveis em seu cotidiano.
2. METODOLOGIA
2.1. Estudo e universo da amostra
O estudo enquadra-se como uma pesquisa de campo com universo definido. A pesquisa foi desenvolvida na Escola de Referência em Ensino Médio Frei Epifânio e na Escola Municipal José de Andrade Guedes, ambas localizadas no Município de São Joaquim do Monte, Estado de Pernambuco. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram coleta de dados, através de questionários.
2.2. Coleta de dados
Para a coleta dos dados e a construção da análise em relação à interdisciplinaridade na educação ambiental, foram aplicados questionários com as seguintes indagações: (a) O que é educação ambiental? (b) O que é interdisciplinaridade? (c) Como se relacionam as áreas de Ciências Biológicas e as outras disciplinas no contexto de sala de aula? (d) como acontece a inclusão da educação ambiental na conscientização e valorização da natureza? (e) A educação ambiental ensinada nas escolas tem contribuído para que haja preservação da vida no planeta?
Os questionários foram aplicados, entre julho e agosto de 2016, junto a 49 profissionais, entre docentes do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio, bem como profissionais envolvidos na gestão escolar, As perguntas foram estruturadas com respostas única que deveriam ser assinaladas com um “x”.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao analisar os resultados provenientes dos questionários aplicados aos educadores e profissionais envolvidos na gestão escolar, foram observados aspectos que indicam como eles lidam com a questão interdisciplinar, envolvendo a educação ambiental nas escolas investigadas.
Na Tabela 1 pode ser encontrada a síntese dos resultados obtidos na pesquisa.
Tabela 1. Síntese dos resultados obtidos na pesquisa.
Questionamento |
Percentagem |
Sexo |
|
Masculino |
18% |
Feminino |
82% |
Nível de instrução |
|
Nível superior |
100% |
Definição de Educação Ambiental |
|
Processos pelos quais se constroem valores e competências voltados para a conservação do meio ambiente |
90% |
Trata de tudo que está ao nosso redor. |
10% |
Definição de interdisciplinaridade |
|
Conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente sem a interligação entre elas |
23% |
Método de pesquisa e de ensino voltado para a interação de duas ou mais disciplinas |
75% |
Não sabe responder |
2% |
Como as áreas das Ciências Biológicas relacionam-se com outras disciplinas no contexto da sala de aula |
|
Não existe |
13% |
Acontece de forma satisfatória |
18% |
Acontece de forma pontuada e insatisfatória |
69% |
Como acontece a inclusão da educação ambiental dentro da sala de aula |
|
Através de desenvolvimento de projetos, palestras, textos |
43% |
Não trabalham em sala de aula, mas acompanham projetos de outros professores |
45% |
Não trabalham a questão ambiental em sala de aula |
12% |
O que é necessário para a inclusão da Educação Ambiental nas escolas |
|
Capacitar melhor os professores |
37% |
Desenvolver projetos que visem à participação de todos (escola e a comunidade) |
55% |
Não sabiam |
8% |
Como a educação ambiental ensinada nas escolas tem contribuído para que haja conservação da vida no planeta |
|
De maneira satisfatória |
24% |
Insatisfatoriamente |
74% |
Não sabem ou não quiseram opinar |
2% |
|
|
A pesquisa alcançou 49 profissionais, que lecionam no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e no Ensino Médio, bem como profissionais envolvidos na gestão escolar, todos com nível superior completo, sendo que 82% dos entrevistados são do sexo feminino e 18% masculino.
Quando indagados sobre como definiria a educação ambiental, 90% responderam que são processos pelos quais se constroem valores e competências voltados para a conservação do meio ambiente, e 10% responderam que se trata de tudo que está ao nosso redor.
Ao serem inquiridos sobre a interdisciplinaridade, 23% responderam que seria o conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente sem a interligação entre elas, 75% afirmaram que a interdisciplinaridade trata de método de pesquisa e de ensino voltado para a interação de duas ou mais disciplinas, e 2% nada sabiam responder.
Este dado é um pouco preocupante tendo em vista que a Lei nº 9.795/1999 (BRASIL, 1999), determina que a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Embora Alexandar e Poyyamoli (2014) considere que a abordagem de ensino ativo é a mais eficaz para facilitar a educação ambiental para o desenvolvimento sustentável entre as crianças da escola, a imposição legal brasileira implica que a educação ambiental deve ser desenvolvida como um tema transversal, sem constituir disciplina específica, como uma prática educativa integrada, contínua e permanente, em todos os níveis e modalidades do ensino formal. Para alcançar essa característica da educação ambiental, todos os professores deverão ser treinados para incluir o tema nos diversos assuntos tratados em sala de aula, devendo, na atual fase da educação brasileira estar familiarizados com o conceito de interdisciplinaridade.
Na questão sobre como as áreas das Ciências Biológicas relacionam-se com as outras disciplinas no contexto da sala de aula, 13% dos entrevistados informaram não existir essa relação, 18% afirmaram que acontece de forma satisfatória e 69% disseram que essa relação acontece de forma pontuada e de modo insatisfatório.
Ressalta-se que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) destacam que o aprendizado deve ser planejado, desde uma perspectiva a um só tempo multidisciplinar e interdisciplinar, ou seja, os assuntos devem ser propostos e tratados desde uma compreensão global, articulando as competências que serão desenvolvidas em cada disciplina e no conjunto de disciplinas, em cada área e no conjunto das áreas (MEC, 1999). Mesmo dentro de uma determinada disciplina, uma perspectiva mais abrangente pode transbordar os limites dos assuntos, tornando mais eficiente o processo ensino-aprendizagem, quando os fenômenos estudados passam a ser correlacionados.
Com relação à questão que trata da inclusão da educação ambiental na conscientização e na valorização da Natureza dentro de sala de aula, a opção que afirma que a inclusão acontece através de desenvolvimento de projetos, palestra, textos, obteve 43% das respostas, e 45% afirmaram que não trabalham essa metodologia em sala de aula, mas que acompanham os projetos desenvolvidos por outros professores, e 12% afirmaram que não trabalham a questão ambiental em sala de aula. As respostas mais uma vez contradizem o que preceitua os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e a Lei nº 9.795/1999 (BRASIL, 1999; MEC, 1999), os quais determinam a inclusão da temática ambiental em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Quando questionados sobre o que seria necessário para a inclusão da educação ambiental nas escolas, 37% afirmaram a necessidade de melhor capacitação dos professores, 55% apontaram o desenvolvimento de projetos que visem à participação de todos (escola e a comunidade) e 8% afirmaram que não sabiam.
A inserção da educação ambiental na educação formal, por meio de investigação e desenvolvimento de projetos ambientais articulados entre diferentes disciplinas, pode desencadear uma expressiva interação na comunidade escolar, principalmente nas etapas de planejamento e de execução de ações coletivas pautadas no diálogo. De acordo com Couto et al. (2017), este tipo de prática pedagógica, que se distancia de um ensino tradicional formal, possibilita um maior envolvimento dos autores no espaço educativo.
No questionamento sobre como a educação ambiental ensinada nas escolas tem contribuído para a conservação da vida no planeta, 24% dos entrevistados responderam de maneira satisfatória, 74% insatisfatoriamente e 2% não sabem ou não quiseram opinar.
As respostas aos questionamentos corroboram com as obtidas em outros estudos, como observou Paz (2006). Por exemplo, Paraskevopoulos et al. (1998) constataram a falta de conhecimento ecológico entre os professores gregos, Mafra (2010), ao estudar a formação em educação ambiental no Município de Navegantes-SC, observou que muitos professores enfrentam situações nas escolas onde lecionam, como o problema da resistência dos colegas em trabalhar a interdisciplinaridade, promovendo ações isoladas, ficando a temática sob a responsabilidade de um ou alguns educadores, e Esa (2010), observou na Malásia a necessidade de um esforço mais aprimorado na formação de professores para melhor atuação no seu papel de educador ambiental, Alves e Alves (2013), estudando os professores de escolas públicas de Santa Maria-RS, que a educação ambiental era apenas mais um item na lista de conteúdos da disciplina Ciências, basicamente ensinada usando as técnicas da educação tradicional, e Bastos (2016), analisando as práticas de educação ambiental em escolas públicas da Cidade da Praia, Cabo Verde, observou um conjunto de fatores, como desconhecimento dos gestores com relação aos programas de governo, as escolas não possuem material escolar, ou bibliotecas que dificultam a efetivação das práticas de educação para a sustentabilidade no país.
4. CONCLUSÃO
Com base nas respostas aos questionários aplicados foi possível considerar que os educadores das escolas e equipe de gestão apresentam dificuldade e falta de informação específica em relação à interdisciplinaridade do tema Educação Ambiental.
Atualmente, a questão ambiental é um dos temas mais debatidos pelos profissionais de educação. A razão dessa discussão é devido à importância desse tema na vida escolar, para o meio ambiente e sua interferência direta na qualidade de vida.
Deste modo, faz-se necessário à implantação de programas abrangentes para a informação de educadores que orientem as práticas metodológicas adequadas na vida escolar.
A preservação e conservação do meio ambiente e da biodiversidade para essa e para as gerações futuras, dependem de uma consciência ecológica e a formação dessa consciência depende em grande parte da educação.
Portanto é preciso uma educação que possibilite a continuidade da vida na Terra e a educação ambiental contribui para o desenvolvimento sustentável, ao promover uma vida consciente.
Neste estudo ficou evidenciado que é preciso conhecer e conhecer-se para poder agir e com isso se transformar e transformar. É saber para poder fazer e acontecer, de modo cidadão, ético, ecológico e pleno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDAR, R.; POYYAMOLI, G. The effectiveness of environmental education for sustainable development based on active teaching and learning at high school level: a case study from Puducherry and Cuddalore Regions, India. Journal of Sustainability Education, v. 7, p. 1-20, 2014. Disponível em: <http://www.jsedimensions.org/wordpress/wp-content/uploads/2014/12/Alexandar-Poyyamoli-JSE-Vol-7-Dec2014.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2017.
ALVES, M. A.; ALVES, C. R. S. R. A temática ambiental no contexto escolar: concepções de professores dos anos iniciais. Revista Educação Ambiental em Ação, n. 44, 2013. Disponível em: <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1526>. Acesso em: 24 jun. 2017.
BASTOS, A. P. P. Práticas de Educação Ambiental em escolas públicas de Praia, Cabo Verde. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 3, n. 5, p. 113-121, 2016. http://dx.doi.org/10.21438/rbgas.030502
BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm>. Acesso em: 01 maio 2017.
CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo: Gaia, 2010.
COUTO, M. S. D. S.; GUIMARÃES, C. S.; PEREIRA, M. F. Contribuições de uma experiência pedagógica em educação ambiental. Pesquisa em Educação Ambiental, v. 12, n. 1, p. 26-41, 2017. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/pea/article/viewFile/131062/127502>. Acesso em: 14 abr. 2017.
DORST, J. Antes que a Natureza morra: por uma Ecologia política. São Paulo: Edgard Blücher, EDUSP, 1973.
DUNKLEY, R. A. Learning at eco-attractions: exploring the bifurcation of nature and culture through experiential environmental education. The Journal of Environmental Education, v. 47, n. 3, p. 213-321, 2016. http://dx.doi.org/10.1080/00958964.2016.1164113
ESA, N. Environmental knowledge, attitude and practices of student teachers. International Research in Geographical and Environmental Education, v. 19, n. 1, p. 39-50, 2010. http://dx.doi.org/10.1080/10382040903545534
HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. São Paulo: L&PM, 2015.
HENRIQUES, R.; TRAJBER, R.; MELLO, S.; LIPAI, E. M.; CHAMUSCA, A. (Org.). Educação ambiental: aprendizes de sustentabilidade. Brasília: Ministério da Educação, 2007. (Cadernos SECAD, 1).
LACOMBE, M. Aprender, uma composição em três cores: desapego, confiança e respeito. Revista Unifieo, v. 1, n. 1, p. 81-86, 1999.
MAFRA, A. I. A formação em educação ambiental no Município de Navegantes-SC: entre o desejável e o possível. Itajaí: UNIVALI, 2010. (Dissertação de Mestrado em Educação). Disponível em: <https://siaiap39.univali.br/repositorio/handle/repositorio/1825>. Acesso em: 01 maio 2017.
MATTOS, S. A educação ambiental na escola: teoria x prática sob o ponto de vista interdisciplinar. II Fórum Ambiental da Alta Paulista, 25-28 de outubro de 2006. Disponível em: <http://www.amigosdanatureza.org.br>. Acesso em: 20 abr. 2017.
MEC - Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Ciências da Natureza Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.
MELLO, S. S.; TRAJBER, R. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: Ministério da Educação, Ministério do Meio Ambiente, UNESCO, 2007.
MIRANDA, F. H. F.; MIRANDA, J. A.; RAVAGLIA, R. Abordagem interdisciplinar em educação ambiental. Revista Praxis, v. 2, n. 4, p. 11-16, 2016. Disponível em: <http://web.unifoa.edu.br/praxis/numeros/04/11.pdf>. Acesso em: 08 maio 2017.
PAZ, R. J. Meio ambiente, ecologia e ensino. In: PAZ, R. J. (Org.). Fundamentos, reflexões e experiências em Educação Ambiental. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB. 2006. p. 19-41.
PAZ, R. J.; LUNA, R. G. Introdução: a gestão ambiental numa abordagem multidisciplinar. In: PAZ, R. J.; LUNA, R. G.; FARIAS, T. Q. (Org.). Gestão ambiental: o caminho para a sustentabilidade. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2010. p. 15-20.
PARASKEVOPOULOS, S.; PADELIADU, S.; ZAFIROPOULOS, K. Environmental knowledge of elementary school students in Greece. The Journal of Environmental Education, v. 29, n. 3, p. 55-60, 1998. http://dx.doi.org/10.1080/00958969809599119
REIS, L. C. L.; SEMÊDO, L. T. A. S.; GOMES, R. C. Conscientização ambiental: da educação formal a não formal. Revista Fluminense de Extensão Universitária, Vassouras, v. 2, n. 1, p. 47-60, 2012. Disponível em: <http://www.uss.br/pages/revistas/revistafluminense/v2n12012/pdf/005-Ambiental.pdf>. Acesso em: 08 maio 2017.
SOUZA, D. C. Cartografia da educação ambiental nas pós-graduações stricto sensu brasileiras (2003-2007): ênfase na pesquisa das áreas de Educação e de Ensino de Ciências sobre formação de professores. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2010. (Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática).