PESQUISAS SOBRE AGROTÓXICOS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

Thayanna Maria Medeiros Santos1, Israel Soares da Silva2, Maria de Fátima de Souza Guilherme3, Valdelúcia de França Costa3, Habyhabanne Maia de Oliveira3, Carolina dos Santos Guedes3, Edevaldo da Silva4*

 

1Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal da Paraíba.

2Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Paraíba.

3 Especialistas em Ecologia e Educação Ambiental, Universidade Federal de Campina Grande.

4Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade Federal de Campina Grande*edevaldos@yahoo.com.br

 

 

 

RESUMO

 

Após a inovação tecnológica na agricultura, foi possível constatar uma significativa mudança na produção agrícola. Entretanto, essa evolução também promoveu o elevado consumo de agrotóxicos. Esta pesquisa objetivou realizar uma revisão de literatura sobre os agrotóxicos e a importância desse tema ser abordado na perspectiva mais ampla da Educação Ambiental. O uso de agrotóxicos pode resultar em prejuízos ecossistêmicos e efeitos a médio e longo prazo sobre a saúde humana, caracterizando-se como uma atividade prejudicial ao meio ambiente e a saúde. Num cenário de mudança, as pesquisas envolvendo os agrotóxicos passam a adotar novos caminhos, nesse aspecto a Educação Ambiental tem a grande missão de provocar uma sensibilização a fim de promover reflexões para o uso consciente. Uma das principias propostas da Educação Ambiental para conscientizar sobre os agrotóxicos é por meio da inserção desta problemática na escola, desenvolvendo o tema através de estratégias como hortas, muros verdes, produção orgânica e alimentação saudável. De modo geral, muitas pessoas ainda não têm consciência dos riscos do uso de agrotóxicos, se fazendo importantes mais pesquisas de Educação Ambiental para aprofundar a temática e mudar esse cenário.

 

Palavras-chave: meio ambiente, solo, produto químico, agricultura, ensino.

 

 

INTRODUÇÃO

Segundo Cavalcanti et al. (2010, p.8) “Os agrotóxicos podem ser definidos como produtos químicos usados na lavoura, na pecuária e mesmo no ambiente doméstico: inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas, herbicidas, bactericidas, vermífugos”.

Na atual agricultura brasileira, os agrotóxicos estão na base para o ganho produtivo, sendo o principal instrumento de produção. Os agrotóxicos são regulados no Brasil desde a promulgação do Decreto nº24.114 de 1934, que estabeleceu as diretrizes e obrigações para a produção, importação, exportação, comercialização e uso no Brasil, como afirma Rebelo & Caldas (2014). 

O homem é responsável por grande parte das modificações na natureza, dentre elas, o impacto causado pelo lançamento de agrotóxicos no ambiente. O desenvolvimento dessas substâncias foi impulsionado pelo anseio do homem em melhorar sua condição de vida, procurando aumentar a produção dos alimentos (Braibante & Zappe, 2012). No entanto, o seu uso improprio e inadequado tem ocasionado problemas ambientais e prejuízos a saúde dos organismos, especialmente a saúde humana.

As denúncias dos impactos externos decorrentes do uso de agrotóxicos já ocorrem há décadas, sejam impactos sociais, ambientais e sanitário, estas denúncias, não são incorporados pela cadeia produtiva, e mais importante, ocasionando doenças e mortes que poderiam ser evitadas (Porto &Soares, 2012).

Andrade et al. (2016), afirmam que é neste contexto que se exige cidadãos bem informados e capazes de decidir e atuar sobre essas questões no seu cotidiano. No caso do tema ‘agrotóxicos’, o exercício da cidadania bem informada depende da compreensão dos fatores políticos, sociais e econômicos que envolvem o uso desses produtos em larga escala, o que inclui explicitar diferentes interesses e relações de poder.

Diante desta problemática a educação se configura como a “ação social capaz de oferecer elementos formativos que podem ampliar a dimensão ambiental” (Cassiano & Echeverría, 2014). O termo agrotóxicos, constitui um tema que pode ser bastante contextualizado, podendo levar o aluno a refletir sobre o uso desses produtos no seu dia a dia. São muitos os impactos que os agrotóxicos podem causar ao meio ambiente, como também problemas ligados à saúde humana, que   estão sendo descobertos e analisados cada vez mais.

Quando se fala acerca da Educação Ambiental como possibilidade de transformações, consideramos a vertente crítica da Educação Ambiental, a qual procura“[...] contextualizar e politizar o debate ambiental, articular as diversas dimensões da sustentabilidade e problematizar as contradições dos modelos de desenvolvimento e de sociedade que experimentamos local e globalmente” (Layrargues &Lima, 2011, p. 11), vertente essa que caminha em direção oposta às tendências conservadoras e comportamentais.

Santos et al. (2013), afirmam que a Educação Ambiental tem um papel fundamental, de unir os conhecimentos científicos, sociais, culturais, políticos, econômicos em uma única situação, possibilitando ao cidadão a compreensão dos problemas ambientais que ocorrem dentro da sua comunidade e do mundo como, por exemplo, os descartes de resíduos sólidos, o aquecimento global, o saneamento básico etc. As questões ambientais relacionam-se com as ciências sociais e da natureza, levando em consideração a construção do conhecimento nas interfaces do desenvolvimento da sociedade.

Neste sentido, a Educação Ambiental desempenha um papel muito importante na capacitação de estudantes de zona rural para atuarem como multiplicadores, pois estes convivem direta ou indiretamente com a agricultura, na maioria das vezes trabalham na plantação e na colheita, porém não tem o hábito de questionar a forma pela qual estas são realizadas (Gregoliset al., 2012).

Deste modo, a relevância dos assuntos supracitados, torna-se ainda mais clara diante da abordagem dada por Muenchen & Auler (2007, p.23) “Nos dias atuais, existe a necessidade da elaboração de currículos sensíveis a temas sociais, que problematizem a relação entre ciência e tecnologia, tendo em vista a influência que estas podem trazer para o ambiente e para a vida em sociedade”

Esta pesquisa objetivou realizar uma revisão de literatura sobre os agrotóxicos e a importância desse tema ser abordado na perspectiva mais ampla da Educação Ambiental.

 

METODOLOGIA

Quantos aos aspectos metodológicos desta pesquisa, trata-se de uma pesquisa de revisão literária, na qual, tópicos importantes sobre o tema são analisados, e discutidos de forma contextual.

Segundo Porto, Cavalheiro & Nishijima (2011) de acordo com a técnica metodológica empregada, é necessário a sistematização, síntese e reelaboração das ideias a partir da reflexão crítica, para que assim sustente-se as questões sobre o tema. Todavia, para tanto, afirma Costa & Batista (2016), é preciso a determinação do tema, bem como da questão que norteará a pesquisa, relacionando e interpretando os dados, deste modo, foi realizado neste trabalho.

Para realização da busca literária, utilizou-se diversas fontes (livros, dissertações e teses, artigos científicos). Quanto aos periódicos, foram selecionados os indexados nas bases SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Agrotóxicos: A salvação da lavoura?

 

O crescimento da população humana está acelerado, e com isso, as necessidades de novas tecnologias também aumentam, como, por exemplo, para suprir a demanda tecnológica para que intensifique a produção agrícola. Nesse contexto, um dos recursos utilizado é a aplicação de diversos agrotóxicos na agricultura, mesmo que sejam em detrimento à problemasambientais e à saúde humana.

De acordo com a Lei 7.802 de 11 de julho de 1989, Art. 2º, agrotóxicos são:

a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.

O uso de agrotóxicos no Brasil foi intensificado a partir da Segunda Guerra Mundial, quando surgiram as primeiras indústrias de agrotóxicos, que, segundo Terra (2008, p. 14), foi “quando as grandes corporações químicas internacionais criaram subsidiárias produtoras de agrotóxicos, visando aproveitar as moléculas químicas desenvolvidas para fins bélicos”.

A partir da década de 50, quando se iniciou a chamada “Revolução Verde”, foi possível observar profundas mudanças no processo tradicional da produção agrícola, bem como nos impactos dessa atividade sobre o ambiente e a saúde humana (Ribas & Matsumura, 2009). Isso ocorreu devido ao intenso uso dos produtos químicos utilizados nas lavouras, de forma repentina e em grande escala, através de novas tecnologias que foram repassadas aos agricultores visando “a salvação da lavoura”, com o significativo aumento da produtividade agrícola.

A ação esperada do agrotóxico ocorre pela presença em sua composição de uma molécula química tóxica que incide sobre a atividade biológica normal dos seres vivos sensíveis a ela (Terra, 2008).

As principais ações dos agrotóxicos estão relacionadas com a eliminação de pragas nas lavouras e ervas daninhas (Sousa et al., 2016). São um dos maiores poluidores do meio ambiente, e classificados em quatro classes de acordo com os perigos que eles podem representar para os seres humanos, Classe I - Extremamente tóxico - Faixa Vermelha; Classe II - Altamente tóxico – Faixa Amarela; Classe III - Mediamente tóxico - Faixa Azul; Classe IV - Pouco tóxico – Faixa Verde (Braibante & Zappe, 2012).

Quanto ao perigo que causa ao ambiente, os agrotóxicos podem ser classificados em quatro classes: produtos altamente perigosos ao meio ambiente (Classe I), como a maioria dos organoclorados; produtos muito perigosos ao meio ambiente (Classe II), como o malation; produtos perigosos ao meio ambiente (Classe III), como o carbaril e o glifosato; e produtos pouco perigosos ao meio ambiente (Classe IV), como os derivados de óleos minerais (Braibante & Zappe, 2012).

Os agrotóxicos são substâncias químicas que formam grupos químicos orgânicos e inorgânicos sintéticos (Sousa et al., 2016), que apresentam diferentes categorias de uso ou classes, por exemplo, acaricidas, herbicidas, fungicidas, inseticidas, entre outros, e grupos químicos, como, organoclorados, orgafosforados, carbamatos e piretróides (Duavía et al., 2015), que fazem parte da classe dos inseticidas (Socoloski et al., 2016).

Os compostos organoclorados causam sérios problemas ao ambiente, apresentam um longo tempo de degradação no ambiente e alto poder biocumulativo nos tecidos de animais e plantas, causando danos à saúde humana (Cassiano & Melo, 2014). Dentre os compostos organoclorados, destaca-se 1,1,1-tricloro-2,2-di(ρ-clorofenil) etano, conhecido como DDT, formado por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e cloro (Cl) (Braibante & Zappe, 2012). Outros compostos organoclorados são aldrin, dieldrin, heptacloro e toxafeno (Braibante & Zappe, 2012).

Os organofosforados são derivados do ácido fosfórico, que pode em sua composição, átomos de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), enxofre (S), nitrogênio (N) e fósforo (P) (Braibante & Zappe, 2012). São compostos de apresentam um grau de persistência menor do que os compostos organoclorados, sendo degradados em um curto período de tempo, tendo como exemplos de organofosforados, o herbicida glifosato e os inseticidas malation, paration e dissulfoton (Braibante & Zappe, 2012).

Os carbamatos são inseticidas muito utilizados para o controle de pragas indesejáveis, possuem pouca persistência e elevada toxicidade (Marques; Marques & Nunes, 2006). Dentre os compostos carbamatos, os mais utilizados atualmente são, o carbaril, o carbofuram e o aldicarb (Braibante & Zappe, 2012).

Os piretróides são inseticidas de origem vegetal (Marthe et al., 2010), que possuem baixa persistência no ambiente, sendo desta forma considerado mais seguro e comparativamente menos tóxico para mamíferos, possui uma bioeficácia, sendo altamente efetivo mesmo em baixas concentrações, fácil degradação (Montanha & Pimpão, 2012).

Atualmente, o Brasil ocupa a posição de principal consumidor mundial de agrotóxicos, devido principalmente às políticas de isenção fiscal e tributária atribuídas às empresas multinacionais pelo governo brasileiro, que pouco incentiva ações contrárias ao uso dos agrotóxicos, tendo estabelecido até os dias atuais a abertura do comércio brasileiro para o comércio internacional de agrotóxicos (Andrade et al., 2016).

Nesse contexto, observa-se que o consumo de agrotóxicos nos últimos anos cresceu exponencialmente (Sousa et al., 2016). Entre os anos de 2001 e 2008 a venda de venenos agrícolas no Brasil saltou de pouco mais de US$ 2 bilhões para mais US$ 7 bilhões, ocupando a posição de maior consumidor mundial de venenos, e na última década, o uso de agrotóxicos no país foi de 986,5 mil toneladas de agrotóxicos aplicados, levando o mercado brasileiro de agrotóxicos crescer 190% (Londres, 2015). E as perspectivas do mercado no médio e longo prazo é que ao longo dos próximos anos o consumo seja ainda maior (Sousa et al., 2016).

O Brasil é o principal país que nos últimos anos, usa nas lavouras brasileiras pelo menos dez produtos proibidos no exterior, estes são: Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram (Londres, 2015). Nos últimos 5 anos, o país comercializou uma média de 300 mil toneladas de agrotóxicos (Chiarello et al., 2017).

O uso de agrotóxicos pode resultar em extraordinários em termos de lucratividade e controle de pragas nas lavouras. É um produto que vem a se caracterizar nesses termos como a “Salvação da lavoura”. Mas, e as contaminações ambientais e problemas à saúde da sociedade? É importante destacar os perigos acarretados pela contaminação do ambiente, plantas e animais, as doenças que se desenvolvem nos organismos e que podem matar devagar. A expansão do uso inadequado e desenfreado de agrotóxicos está contaminando alimentos, água, ar, evidenciando a outra face dos agrotóxicos, “veneno”.

 

Os impactos ambientais dos agrotóxicos

Um dos setores que mais se desenvolveu nas últimas décadas foi o da agricultura, o investimento em tecnologia e mão de obra tem fomentado em grande parte esse crescimento (Rocha; Khan& Lima, 2015). O modo de produção atual está baseado no modelo globalizado de produzir e comercializar para acompanhar as demandas de mercado, esse agronegócio vem investindo cada vez mais no aumento da produtividade e diminuição das perdas (Neto; Lacaz& Pignati, 2014).

O uso dos agrotóxicos nas lavouras é um bom exemplo de minimização de perdas na produção, e, muito embora essa prática favoreça o produtor, ela compromete seriamente o produto final, tanto do ponto de vista nutricional, quanto do ponto de vista de saúde (Nobre; Prochnow&Farias, 2015).

Pesquisas vêm reportando que, no meio ambiente, as substâncias presentes nos agrotóxicos são absorvidas pela matéria orgânica no solo (Lopes et al., 2002), água (Britto et al., 2015) e muitas delas são voláteis e em contato com o vento são levadas para longas distâncias (Annibelli, 2004). Esses diferentes meios de dispersão aumentam o potencial de perda natural, refletindo diretamente no ciclo das espécies (Gouvêa et al., 2015). Quando em maior escala e por grandes períodos de tempo, essas substâncias aumentam consideravelmente o risco de poluição química (Alves et al., 2013).     

Os agrotóxicos constituem uma séria ameaça ambiental (Bohner et al., 2014) que vêm acometendo prejuízos ecossistêmicos em escala local, regional e global. Diante desse quadro, percebe-se que o seu uso prolongado e em grande concentração, acelera a acidez dos solos e contaminaa água, provocando a morte das comunidades aquáticas, e dos mananciais, além de comprometer o ar e comunidades florestais (Schmitz; Hahn& Brühl, 2014), induzindo uma série de efeitos cascatas no ambiente, promovendo muitas vezes danos irreparáveis.

Da mesma forma, novas pesquisas têm apontado o desaparecimento de muitos polinizadores como as abelhas, em consequências do uso dos agrotóxicos, o que preocupa governos do mundo, por ameaçar a produção de muitas culturas e florestas mundiais (Thompson, 2003; Potts et al., 2010; Kennedy et al., 2013).

A aplicação do agrotóxico no solo, pode influenciar toda a sua composição química, fazendo com que o equilíbrio dos micro e macros nutrientes sejam perdidos, consequentemente, interferindo no equilíbrio biológico das cadeias tróficas. Muito embora essa ação dependa do tipo do componente presente, seus efeitos negativos agem diretamente no solo em toda a comunidade adjacente (Riah et al., 2014). Com as chuvas, os seus produtos químicos podem facilmente chegar aos rios e mananciais, contaminando a água e todos os que dela dependem, além de agir sobre outras atividades como pesca e pecuária, caracterizando-se como uma atividade prejudicial ao meio ambiente e ao homem (Alves et al., 2013).     

O uso de agrotóxicos traz, para a saúde humana, diversos problemas, devido a falta de informação e proteção ao usar esses produtos intensivamente na agricultura (Silva et al., 2009). Em pesquisa de Alves et al. (2013), com agricultores de Capitão Poço, Pará, 26% deles relataram já terem sofrido os efeitos decorrentes da utilização de agrotóxicos durante o cultivo.

Os danos causados por esses produtos são diversos, podendo atingir o ser humano de forma direta e indireta, durante a aplicação, na contaminação do solo e posteriormente, nas águas subterrâneas, por meio da reutilização das embalagens e nos produtos provenientes da agricultura com resíduos aderidos (Alves et al., 2013). Os mesmos autores, verificaram que 32% dos agricultores reutilizaram as embalagens para outros fins, somente lavando o recipiente, o que eleva, em algum nível, a exposição humana a resíduos proficientes dos recipientes.

Os agrotóxicos têm efeitos a médio e longo prazo sobre a saúde humana, tais como dores de cabeça, alergias e problemas de pele, tais aspectos são preocupantes e observados diariamente em milhares de pessoas em todo o mundo, que muitas vezes não entram em contato direto com estes produtos, sendo transcorrido da ingestão de alimentos ou água contaminada por resíduos (Silva et al, 2009; Pignati; Oliveira & Silva, 2014).

De acordo com o Sistema Nacional de Informações Toxico-farmacológicas (SINITOX), dentre os 1907 casos de intoxicação por agrotóxicos agrícolas no Brasil registrados em 2013, cerca de 75 deles vieram a óbito, o que corresponde ao maior causador de morte (3,93%) de letalidade para o país (SINITOX, 2013), sendo a região Sudoeste o que apresentou o maior número de casos (1090) e, a região Nordeste, a maior em letalidade (8,12%).

Os efeitos crônicos, relacionados com exposições por longos períodos e em baixas concentrações, são de reconhecimento clínico bem mais difícil, principalmente quando há exposição a múltiplos contaminantes, situação bastante comum no trabalho agrícola (Alves et al., 2013).     

A contaminação dos sistemas hídricos, próximos a cultivos agrícolas, está diretamente ligada aos agrotóxicos, o que agrava as condições ambientais naquela localidade, os organismos que não interferem no cultivo e toda a população abastecida por esta água contaminada (Bohner et al., 2014). Um dos efeitos ambientais indesejáveis dos agrotóxicos é a contaminação de espécies que não interferem no processo de produção que se tenta controlar (espécies não-alvos), dentre as quais se inclui a espécie humana (Peres & Moreira, 2007).

Os pesticidas agrícolas foram criados para ser tóxicos, direcionados a certos tipos de insetos, animais, plantas e fungos (Silva et al., 2009), mais as pragas agrícolas têm se tornado cada vez mais resistentes e motivando o aumento na quantidade de agrotóxicos aplicados, deixando os agricultores dependentes, degradando mais o ambiente (Silva et al., 2009; Nobre; Prochnow &Farias, 2015) e potencializando a química contida nos agrotóxicos tornando-os mais fortes e tóxicos ao meio ambiente e ao ser humano.

O Brasil é o maior consumidor global de insumos químicos para agricultura, boa parte da produção agrícola está vinculada ao território brasileiro. Somos a lixeira toxica do planeta (Kugler, 2012). De acordo com o trabalho citado, os agrotóxicos podem ser caracterizados como um problema de grande escala, pois, atingem os organismos que vivem no ambiente rural como produtores e consumidores e os sujeitos do meio urbano enquanto consumidores desses produtos vindo da agricultura (Fernandes& Stuani, 2015).

 

O cenário atual das pesquisas sobre agrotóxicos

 

Durante muito tempo a responsabilidade ambiental sobre a utilização dos agrotóxicos foi negligenciada, as empresas, movidas pelo capitalismo emergente financiavam o marketing de mercado, e a sociedade a por sua vez, não conhecia os riscos do uso a sua saúde e a saúde do ambiente (Moura, 2015). Nesse aspecto, as pesquisas levantadas nas últimas décadas revelaram resultados significativos que acenderam um sinal de alerta na sociedade (Ferreira, 2015), começava então uma profunda reflexão sobre a redução de impactos causados e as novas estratégias e alternativas a se adotar. 

Num cenário de mudança, as pesquisas envolvendo os agrotóxicos passam a adotar novos caminhos que reduzem seus efeitos e não ameacem os recursos naturais e a qualidade de vida. A adoção de legislações que estipulem os valores mínimos e os componentes menos nocivos dos agrotóxicos ao ambiente foi uma grande conquista nesse aspecto (Ferreira, 2015).

Novas técnicas têm sido desenvolvidas para determinar as concentrações de agrotóxicos na água, a fim de melhor detectar o envenenamento precoce dos recursos hídricos (Dias et al., 2016). Uma outra linha de pesquisa que parece ser bem promissora é a produção com base nos sistemas agroflorestais, onde o ambiente é poupado da exploração e contaminação por produtos químicos, como os agrotóxicos por exemplo, outro ponto interessante nesse processo é que a monocultura é substituída por um sistema que integra várias culturas e áreas naturais, minimizando o ataque de pragas pelo controle ecológico natural, valorizando tanto o potencial ambiental, quanto o social (Kirsch et al., 2016).

Nesse contexto, vários estudos vêm mostrando que o controle biológico de pragas é uma técnica eficaz que pode substituir o uso dos agrotóxicos nas lavouras (Gravena, 1992; Filho et al., 2003; Araújo et al., 2015), da mesma forma, a utilização de extratos e preparados de plantas para minimizar ataques e fazer o controle nas culturas é uma linha de pesquisa em constante crescimento (Carvalho et al., 2017). 

Quando uma área torna-se contaminada, existem técnicas no mercado que fazem o processo de remoção dos contaminantes, mas são processos caros e não tão eficientes, foram então desenvolvidas alternativas equivalentes com o uso de biorremediadores (Berticelli et al., 2016). Nesse processo, são usados microrganismos ou compostos nutritivos para remediar o impacto causado numa área, nos últimos anos essa técnica vem sendo melhor investigada e disseminada nas lavouras (Faria et al., 2017).   

No preparo do solo, a substituição dos fertilizantes industriais por fertilizantes naturais a base de resíduos da decomposição de matéria orgânica vêm mostrando resultados positivos (Roel, 2002), por meio da compostagem são produzidos os biofertilizantes e biossólidos usados nas atividades agrícolas de diversas culturas, e diferentemente dos industriais, esses fertilizantes aumentam o desempenho produtivo sem comprometer o solo e sua microbiota (Filho et al., 2007; Corrêia et al., 2007).       

Muitas pesquisas vêm apontando que parte da população não tem conhecimento das reais consequências ambientais e de saúde que o uso e o consumo de agrotóxicos podem trazer (Santos et al., 2013). Nesse contexto, a Educação Ambiental tem a grande missão de provocar uma sensibilização a fim de promover reflexões para o uso consciente dos recursos naturais, além de estimular novas práticas como o desenvolvimento sustentável, a agroecologia e a produção de orgânicos (Martins; Tozetti& Ferreira, 2016).

Vários são os estudos com tema agrotóxicos, realizados para publicações, teses, dissertações e monografias, principalmente em cima dos agravos a saúde e dos efeitos que os defensivos causam a saúde e ao meio ambiente (Tabela 1).

 


Tabela 1Pesquisasatuais que reportam efeitos e ou implicações dos agrotóxicos no meio ambiente ou ao ser humano.

Cidade e estado

Público amostral

Tema/ Objetivo

Síntese dos resultados

Referência

Região Nordeste

Trabalhadores agrícolas

Agronegócio e agrotóxicos: impactos à saúde

Fortalecimento do agronegócio e aumento do número de casos de intoxicação por agrotóxicos, principalmente no Nordeste, que apresenta as maiores taxas de letalidade de intoxicação por agrotóxicos no Brasil, afetando trabalhadores agrícolas.

 

Araújo & Oliveira (2017)

Cambuci, Rio de Janeiro

Tomaticultores

Manejo e práticas na produção convencional de tomates

Manejo inadequado dos defensivos agrícolas. Ausência do uso dos EPIs. Uso de 53 marcas de agrotóxicos (média 12 produtos por lavoura). 70% achavam impossíveis os sistemas sustentáveis alternativos. O baixo nível educacional dos produtores e a modernização atrelada ao uso de defensivos dificultam as utilizações de práticas alternativas e tecnologias sustentáveis.

Carvalho; Ponciano & Souza (2016)

Santa Catarina

Coleta de informações em dados secundários (boletins técnicos, relatórios, etc).

Histórico do percepção/uso de agrotóxicos no Estado (1950-2000)

O uso e a percepção dos agrotóxicos passaram por diferentes fases em Santa Catarina, e as atitudes mudaram quanto às experiências individuais de técnicos e agricultores, como na influência do contexto cultural mais amplo da circulação das ideiasambientalistas a partir dos anos 80.

Carvalho; Nodari& Nodari (2017)

Santa Maria, Santa Catarina

Cultivos de arroz

Analisar resíduos de agrotóxicos em grãos de arroz

Não foram detectados fungicidas ou resíduos de inseticidas em amostras de grãos de arroz, mais na casca foi encontrado resíduos de azoxistrobina e cipermetrina foram detectados nas amostras.

Teló et al. (2017)

Fortaleza, Ceará

Dados sobre casos registrados (2013)sobre intoxicações por agrotóxicos

Tentativas de suicídio por exposição a agentes tóxicos

Foram registrados 410 casos; a maioria (86,4%) residia em áreas urbanas e 67,2% em Fortaleza.Os agentes tóxicos mais envolvidos nos casos foram praguicidas (42,9%), principalmente agrotóxicos (30,2%), das 16 tentativas de suicídio que resultaram em óbito, 15 foram ocasionadas por agrotóxicos.

Gondim et al.(2017)

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Importância e efeitos de agrotóxicos sobre parasitoides, predadores e fungos

O novo desafio para a pesquisa neste campo é ir além da descrição dos efeitos letal e sub-letal de pesticidas em agentes de controle natural e também considerar a estrutura ecológica dentro dos agroecossistemas. Necessidade de melhor conhecimento da diversidade de espécies de controle biológico e como os pesticidas afetam sua eficácia.

Bueno et al. (2017)

Mato Grosso

Levantamento histórico da região

Comportamento da saúde da população em função das alterações ambientais

Sugere-se que, na fronteira agrícola amazônica de Mato Grosso, a degradação e a contaminação dos ecossistemas estão relacionadas à emergência de novas doenças. A crescente abertura da fronteira ao mercado global consolida a geração de riscos industriais, contribuindo com o aumento da incidência de doenças crônico degenerativas

 

Weihsi; Sayagoii & Tourrand (2017)

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O campesinato como modo de trabalho (produção e organização da vida)

A agroecologia ainda é marginal, e com políticas recentes. Mas, acredita-se ser possível deixar de ser “pequenas experiências” e dar o salto quali e quantitativo para ser o sistema de produção para o Bem-Viver. É necessário ética e política junto a uma outra postura epistemológica das pessoas, dos governos (Estado) e das instituições.

Conte & Boff (2015)

Barro, Ceará

Agricultores

Investigou se os produtores estão usando os agrotóxicos de forma correta.

A maior parte dos agricultores não entendem as informações no que diz respeito a bula e receituário agronômico, assim como não armazenam os agrotóxicos de forma correta, não usam equipamento de proteção ambiental e por isso alguns produtores estão contaminados. Conclui-se que os agricultores não usam os agrotóxicos de forma correta sendo passível de contaminaçãoe consequente problemas de saúde.

 

Sousa et al. (2016)

Rio Grande do Sul

Desenvolvido com 15 trabalhadores rurais em um distrito rural do interior do Rio Grande do Sul

O uso dos agrotóxicos e os efeitos na saúde do trabalhador rural

Evidenciou-se que os agricultores conhecem os riscos relacionados ao uso de agrotóxicos para sua saúde e a não utilização dos equipamentos de proteção individual. Não há adoção de medidas preventivas pelos participantes, com a necessidade de ações direcionadas à saúde destes trabalhadores

Viero et al. (2016)

Uberlândia

Os agrotóxicos e a distância das gotículas

Distância percorrida pelas gotas de tamanho conhecido

Nas condições avaliadas, a distância horizontal máxima percorrida pelas gotas foi inferior a 40 m

Cunha (2008)

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Revisão sobre o agrotóxico Metamidofós

Análise dos riscos à saúde, dificuldades sanitáriase de seu gerenciamento

Os agricultores se acostumaram ao uso doMetamidofós e a sua reavaliação ameaçou interesses econômicos. O controle sanitário identifica distorções e há informações e evidências sobre os riscos para a saúde e ambiente.

Oliveira (2016)

Candelária, Rio Grande do Sul

Os alunos do 3° ano do Ensino Médio

Planejamento e aplicação de cinco oficinas que abordam a temática agrotóxicos naescola

As oficinas proporcionaram diversas competências e aprendizado de química e o desenvolvimento da cidadania através da valorização da aprendizagem de química, da postura do educador e da abordagem de um tema social. O educador influenciou positivamente a participação dos alunos. Percebeu-se o desenvolvimento de tomada consciente de decisões, elementos da postura cidadã.

Zappe &Braibante(2015)

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Riscos da pulverização aérea de agrotóxicos

Apresenta a legislação brasileira pertinente, propondo, em decorrência do princípio da prevenção, a necessidade urgente de proibir a modalidade de aplicação de agrotóxicos por meio de pulverização aérea.

Ferreira (2015)


Numa perspectiva futura, é difícil afirmar qual caminho será percorrido pelas pesquisas sobre agrotóxicos, uma vez que a sociedade moderna é cada vez mais dinâmica e passa a cobrar do setor industrial e governamental medidas eficazes quanto ao uso desses insumos químicos no campo. O que se enxerga é uma maior tendência para a inserção da Educação Ambiental como componente principal na sensibilização para que haja uma mudança profunda no modo de produção (Costa, Santos& Gomes, 2013). Em parte, as pesquisas constituem uma base sólida para que esse processo ocorra, muito embora novas pesquisas envolvendo o conhecimento e tecnologias viáveis são sempre bem-vindas (Andrade et al., 2016).

 

Agrotóxicos sob a ótica da Educação Ambiental

 

A Educação Ambiental é um processo educativo que compete aos valores e atitudes que promovem ações individuais ou coletivas que contribuem de forma significativa para a prevenção e conscientização da sociedade dos problemas ambientais (Santos Sobrinho; Mota, 2016; Alves et al., 2013), provocados pelas ações antrópicas que ameaçam o futuro do planeta e dessa forma, torna-se indispensável uma educação voltada a sensibilização das pessoas em relação ao ambiente em que vivem (Santos & Oliveira, 2015).

Nesse contexto, a Educação ambiental vem tendo destaque, contribuindo de forma significativa com a adição de valores e ações para a conscientização e preservação ecológica do ambiente (Alves et al., 2013).

A população do campo vem sofrendo com os impactos provocados pelo uso de agrotóxicos nas culturas agrícolas, que tem tomado grandes proporções, e sido responsável pela contaminação do ambiente e desenvolvimento de doenças nos agricultores e nos consumidores de alimentos contaminados (Ferreira & Antunes, 2014).

Um dos principiais problemas enfrentados pelos produtores rurais é a falta de conhecimento sobre os agrotóxicos, sua composição e os problemas que seu uso provoca no ambiente. Muitos desconhecem os riscos ambientais que essa prática provoca no solo e nos recursos hídricos (Alves et al., 2013).

Os estudos sobre contaminação rural por agrotóxicos no Brasil não avalia os riscos à exposição desses produtos químicos (Santos et al., 2013), e diante disso, a Educação Ambiental pode ser utilizada como uma alternativa na redução do uso intenso de agrotóxicos, proporcionando o desenvolvimento de formas mais sustentáveis e ecologicamente corretas para o cultivo, destacando os efeitos negativos do uso inapropriado de agrotóxicos e  promovendo a sensibilização da população (Santos & Oliveira, 2015).

É necessário um maior investimento em políticas públicas que visem a conscientização das pessoas, a possibilidade de adquirir habilidades e atitudes em prol do uso sustentável dos recursos naturais e da qualidade de vida para todos os seres vivos, possibilitando assim que as gerações futuras possam usufruir do mesmo espaço e recurso que utilizamos atualmente (Alves et al., 2013).

Uma das principias propostas da Educação ambiental para conscientizar as pessoas sobre os agrotóxicos, é por meio da inserção desta problemática na escola, visando construir cidadãos responsáveis e sensibilizados para com o meio ambiente (Ferreira & Antunes, 2014).

Há diversas pesquisas que reportam a necessidade a abordagem sobre os agrotóxicos, em um contexto da Educação Ambiental (Tabela 2). Em algumas dessas pesquisas, tal como a publicada por Galvão (2006),essa abordagem já é uma realidade e tem trazido bons resultados, aonde uma comunidade de agricultores já insere a Educação Ambiental no uso de suas terras, aplicando a agroecologia. Outras pesquisas (Cassiano & Melo, 2014; Fernandes & Stuani, 2015; Chisté & Có, 2003), sugerem que a inserção da Educação Ambiental no conhecimento sobre os agrotóxicos poderia trazer uma visão mais ampla para as pessoas pesquisadas.


Tabela 2 – Relação de pesquisas que reportam a importância da Educação Ambiental aplicada ao conhecimento sobre agrotóxicos.

Cidade/Estado

Público amostral

Estratégia/Vivência

Síntese dos resultados

Referência

Pindoba, Maranhão

Produtores familiares da região

Pesquisa de caráter exploratório e descritivo, com coleta de dados por meio de questionário.

Pouco se tem feito na prática, em relação à Educação Ambiental. Verificou a necessidade de integração entre o saber e ação entre o agricultor, a comunidade para que o potencial educativo seja de fato explorado.

Costa et al. (2017)

Coaraci, Bahia

Estudantes do Ensino Médio de Escola Rural

Abordaram sobre agrotóxicos com vivências didáticas (filmagens), entrevistas e aplicação de questionários.

Percebeu-se o panorama do meio onde os estudantes de uma escola rural vivem e a sua percepção sobre os usos de agrotóxicos.  Os dados sugeriram que a temática abordada contribuiu para a promoção da Educação Ambiental.

Costa; Santos & Gomes (2013)

Chapecó, Santa Cataria

Agricultores

Analisado e avaliado, por meio de entrevistas e visitas técnicas, o conhecimento dos agricultores sobre os produtos químicos na prática da agricultura.

Os agricultores leem o receituário agronômico, compreender as informações na bula dos agrotóxicos. Menos da metade compreende totalmente as tarjas e os desenhos presentes nos rótulos dos agrotóxicos.

Bohner et al. (2014)

Capitão Poço, Pará

Produtores de laranjas

Levantamento da utilização de agrotóxicos na citricultura (com questionário), sob a ótica ambiental e os possíveis impactos desses produtos para o homem do campo.

Os produtores utilizam agrotóxicos, sem assistência técnica, não efetuavam o manejo adequado do destino dos recipientes e não conhecem os problemas ambientais decorrentes desses produtos.

Alves et al. (2013)

João Pessoa, Paraíba

Assentados do Movimento Sem Terra (MST)

Visitas de observação, conversação, fotografia, aplicação de questionário, e análise dos aspectos social, cultural e ambiental da área.

A Educação Ambiental estava presente no assentamento, com a aplicação da Educação Ambiental sendo implementada de maneira massiva e não pontual e usavam a agroecologia nesse contexto.

Galvão (2006)

Vale de São Lurenço em Santa Teresa, Espírito Santo

Comunidade de agricultores

Caracterizou a percepção ambiental de uma comunidade pomerana sobre o uso de agrotóxicos por meio de entrevistas (questionário).

Os agricultores reconheciam os efeitos dos pesticidas à saúde humana e meio ambiente, mas, não influenciava em sua maior prevenção. Os jovens tinham menor cuidado no uso de agrotóxicos. Os pesquisadores sugerem a inserção da Educação Ambiental na escola como processo de conhecimento e sensibilização.

Chisté & Có (2003)

 

 

 

 

 

 

Ijuí, Rio Grande do Sul

Estudantes do ensino médio

Pesquisa-ação em escolas para analisar estratégias de ensino nas disciplinas de química e física quanto a articulação da Educação Ambiental. Foi analisado o Projeto pedagógico, plano de ensino (que inclui o tema agrotóxico), aulas, e livros didáticos.

A pesquisadora sugere que a escola altere a sua cultura, focando na valorização da interação que articule conceitos das disciplinas com a Educação Ambiental. Assim o aluno terá condições de relacionar os diversos temas (como agrotóxicos) com o seu cotidiano.

Uhmann (2011)

Goiânia, Goiás

Alunos do ensino médio

O tema agrotóxico foi abordado relacionando-o à saúde humana, havendo uma vivência didática lúdica em Educação Ambiental.

Os pesquisadores indicam que a abordagem desse tema no contexto da Educação Ambiental, pode proporcionar o senso crítico dos alunos.

Cassiano & Melo (2014)

Florianópolis, Santa Catarina

Licenciandos do curso Educação para o Campo

Analisou, com a aplicação de questionário, o conhecimento, sobre os agrotóxicos, de graduandos do curso Educação para o Campo.

Há a necessidade dos alunos analisar o assunto (agrotóxicos) em uma dimensão mais ampla (aspectos econòmicos, sociais, culturais, ambientais e éticos), sugerindo, dentre outras ações, a Educação Ambiental para essa análise.

Fernandes & Stuani (2015)

 


CONCLUSÕES

 

Os trabalhos revisados mostram que apesar de os agrotóxicos serem usados em larga escala no campo, aqueles que lidam diretamente com eles muitas vezes, não têm o conhecimento adequado quanto às técnicas de manejo e efeitos a saúde e o ambiente, e de modo geral, muitas pessoas ainda não têm consciência dos riscos do uso de agrotóxicos, se fazendo importantes mais pesquisas de Educação Ambiental para aprofundar a temática e mudar esse cenário.

Quanto à abordagem dos agrotóxicos nas pesquisas de Educação Ambiental, muitas pesquisas evidenciaram que esse tema vem sendo, nos últimos anos, mais debatidocom os trabalhadores agrícolas. Entretanto, a ausência Educação Ambiental no campo e na escola ainda é uma realidade e os pesquisadores ressalta a necessidade de sua inserção nesses espaços.

A abordagem da Educação Ambiental dispõe de diversas estratégias que podem inserir o tema no currículo escolar de modo direto e indireto, essas estratégias são fontes inesgotáveis de manter o equilíbrio entre o conhecimento e a prática. Há, portanto,a necessidade de aplicar o novo olhar da Educação Ambiental sobre as pesquisas, seja qual for a temática, ela sempre contribuirá para visão mais ampla, crítica, ética, dentro do contexto ambiental.

 

 

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