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FACULDADE VALE DO CRICARÉ



HORTA NA ESCOLA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA PROMOÇÃO DA SAÚDE, ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PRESERVAÇÃO AO MEIO AMBIENTE

Sandra Noelia da Silva Souza¹, Drº Marcus Antonius da Costa Nunes²

Estudante em Mestrado de Ciências, Tecnologia e Educação - sandransc@hotmail.com

2 Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica – marcaonunes@hotmail.com








RESUMO

Este artigo apresenta a importância da horta na escola e suas contribuições para o desenvolvimento do hábito da alimentação saudável e a sensibilização a preservação e respeito ao meio ambiente com os alunos da Unidade Municipal de Educação Infantil Amilton da Silva em Vila Velha - ES. Dessa forma foi desenvolvido o projeto “Horta na Escola” com o objetivo de promover a interação entre escola, familiares e a comunidade local através atividades pedagógicas interdisciplinares envolvendo a todos de forma contextualizada e prazerosa. A horta foi implantada ao lado da escola, no espaço no qual a comunidade despejava o lixo doméstico, trazendo vários transtornos para dentro da escola como: mosquitos, ratos, baratas e o mau cheiro que incomodava a todos os alunos e funcionários, além disso, as crianças eram as que mais sofriam com as doenças transmitidas por esses insetos. Esse trabalho também aborda uma construção de práticas justificável no qual, a equipe escolar se empenhou em buscar soluções para mudar essa realidade. Esse projeto envolveu alunos, as famílias e a comunidade impactando a todos com mudanças de hábitos alimentares saudáveis e o despertamento de um novo olhar para os problemas de devastação do meio ambiente.

Palavras-chave: Horta escolar. Alimentação Saudável. Meio ambiente.





Abstract

This article presents the importance of the garden in the school and its contributions to the development of the habit of healthy eating and awareness of preservation and respect for the environment with the students of the Amilton da Silva Municipal Infant Education Unit in Vila Velha - ES. In this way the "Horta na Escola" project was developed with the objective of promoting the interaction between school, family and the local community through interdisciplinary pedagogical activities involving all in a contextualized and pleasant way. The vegetable garden was implanted next to the school, in the space where the community dumped the household trash, bringing several disorders into the school like: mosquitoes, rats, cockroaches and the bad smell that bothered all students and employees, the children suffered the most from the diseases transmitted by these insects. This work also addresses a justifiable construction of practices in which the school team has endeavored to seek solutions to change this reality. This project involved students, families and the community impacting everyone with changes in healthy eating habits and the awakening of a new look at the problems of devastation of the environment.

Keywords: School vegetable garden. Healthy eating. Environment.



INTRODUÇÃO

Acreditamos, que no início da década de 60, já se percebiam problemas de degradação ambiental motivados pela irracionalidade do modelo econômico, mas ainda não se falava em Educação Ambiental. Somente em março de 1965, na Conferência de Educação da Universidade de Keele, na Inglaterra, colocou-se pela primeira vez a expressão Educação Ambiental, com a recomendação de que ela deveria se tornar uma parte essencial de educação de todos os cidadãos.

Todavia, no ano de 1972, ocorreram os eventos mais decisivos para a evolução da abordagem ambiental no mundo. Segundo Dias (1991), a Organização das Nações Unidas promoveu, do dia 5 a16 de julho, na Suécia, a “Conferência da ONU” sobre o Ambiente Humano, (ou Conferência de Estocolmo), como ficou consagrada. Entretanto, foi considerado um marco histórico-político internacional, onde a Conferência estabeleceu um “Plano de Ação Mundial” e, em particular, recomendou que devesse ser estabelecido um Programa Internacional de Educação Ambiental. Foi onde que a educação ambiental passou a ser considerada como campo de ação pedagógica, adquirindo relevância e vigência internacional.

No entanto, no ano de 1975, a UNESCO promoveu em Belgrado, Iugoslávia, o Encontro Internacional sobre Educação Ambiental, unindo especialistas de 65 países. Nesse encontro, foram formulados princípios e orientações para um Programa Internacional de educação ambiental, que deveria ser contínua, multidisciplinar, integrada ás diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais.

Dessa forma, pensando na educação ambiental como parte essencial de educação de todos os cidadãos e na escola como um espaço de interação, socialização, aprendizagem atrativa e inclusiva foi desenvolvido o projeto Horta escolar, contemplando em suas atividades pedagógicas interdisciplinares os temas meio ambiente, saúde e alimentação saudável, levando às famílias a comunidade e os alunos a participarem de forma prazerosa das atividades que levam a sensibilização sobre a importância do cuidado e respeito ao meio ambiente.

O objetivo principal desta pesquisa é apresentar a realidade de hoje e estimular o hábito da alimentação saudável e promoção da saúde que através de atividades lúdicas como o teatro, músicas brincadeiras, nas instituições de ensino, além de tudo, as histórias sobre alimentação saudável e os perigos da utilização dos agrotóxicos tanto para a saúde como para o meio ambiente serve para proporcionar as crianças o senso de responsabilidade de seu dia a dia, com valores e compromissos estabelecendo relações saudáveis com a meio ambiente tomando para si a consciência da necessidade do respeito, do cuidado e da preservação. De acordo com Grun (1996), uma educação que não for ambiental, não poderá ser considerada educação de jeito nenhum.


A horta escolar na Educação Ambiental


Acreditamos que a Educação Ambiental, enfatiza o interesse de uma educação voltado ao bem-estar da comunidade escolar. A inovação e conceitos abrangem de forma bastante expressiva as práticas de um desenvolvimento sustentável, no qual garante para o futuro de nossas nações uma perspectiva de vida presente na vida de cada criança. A prática é simples, sustentável, dinâmica e atende as necessidades de cada um. Com isso, os alunos percebem a importância da união e a relação do meio ambiente nas escolas. A Educação Ambiental fortalece o vinculo que os alunos podem ter na natureza e no ambiente do dia a dia, alias, é um projeto voltado a mudanças da degradação socioambiental, além do mais, aprender com a diversidade cultural, é uma forma de entender alguns comportamentos e interesse da sociedade. Doutro modo também, a horta escolar tornou-se capaz de desenvolver temas voltados à educação ambiental e também a educação alimentar, auxiliando no processo de ensino e aprendizagem e desenvolvendo os conteúdos de forma interdisciplinar. (TAVARES, et al., 2012).

Porém, encontramos algumas definições para educação ambiental, dentre as quais podemos citar: é o processo que deveria objetivar a formação de cidadãos, definição de 1969, já em 1970, a Internacional Union for the Conservation of Nature (IUCN) definiu a EA como um processo de reconhecimento de valores e clarificação de conceitos, voltado para o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias à compreensão e apreciação das inter-relações entre o homem, sua cultura e seu entorno biofísico. Entretanto, Mellows em 1972 apresentou como um processo no qual deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, baseado em um complexo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente e a sua volta, já a conferência realizada em Tbilisi em 1977, definiu a educação ambiental como uma dimensão dada ao conteúdo e a prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade.

Doutro modo também, em 1996, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), definiu a educação ambiental como um processo de formação e informação, orientada para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais e de atividade que levem a participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.

Todavia, no período de 1992, elaborados pela Comissão Internacional para preparação do Rio-92, a educação ambiental se caracteriza por incorporar a dimensão socioeconômica, política, cultural e histórica, não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e o estágio de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva holística. Conforme ressalta Dias (1991), a evolução dos conceitos de educação ambiental esteve diretamente relacionada à evolução do conceito de meio ambiente e ao modo de como era percebido.

Dessa forma, quando se promove um projeto em Educação Ambiental pensa-se em contribuir para a maior cooperação entre as espécies que convivem em dado ecossistema; pensa-se no respeito e na preservação, na redução de impactos, no maior esclarecimento quanto ao perigo da devastação; pensa-se no rio poluído que clama por limpeza e vida, o que nos leva a estar diante de vários desafios. No entanto, a Educação Ambiental se constrói também com a percepção que se tem do ambiente, quanto mais se desperta o aluno ou o cidadão em sua percepção, mais se favorece o entendimento sobre as questões emergentes que o rodeia. Diante desse conceito, tornou-se primordial que a espécie humana repensasse em suas atitudes e comportamentos, estabelecendo uma relação de preservação com o meio ambiente, podendo-se assim promover um modelo de desenvolvimento sustentável. (MOREIRA, SILVA e LUZ, 2009).

De acordo com Dias (1991, p. 3) “na década de 60, o homem experimentou uma bruta queda de qualidade de vida ocasionada pela rápida degradação ambiental”. Entende-se que isso levou a sociedade e governos de vários países a repensar a educação ambiental e foram organizadas diversas conferências mundiais para debater os problemas ambientais.


Em 1962 a jornalista Rachel Carson em seu livro Primavera Silenciosa, alertou sobre uma seqüência de desastres ambientais, em várias partes do mundo causado por absoluto descuido dos setores industriais. Buscado em sucessivas edições por um público já alimentado por perdas de qualidade ambiental, o livro se tornaria um clássico dos movimentos preservacionista, ambientalista e ecologista em todo o mundo, e provocaria uma grande inquietação internacional sobre o tema. (DIAS, 1991, p. 3).


É preciso destacar que em 1983, em Assembléia Geral da ONU, é criada a comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Entretanto, essa Comissão é presidida pela sra.Gro Harlem Brundtland e tem o objetivo de pesquisar os problemas ambientais em uma perspectiva global. Porém, após seis anos de trabalho, em 1989, a comissão publica os resultados no “Relatório Brundtland’’, ou como é também conhecido, ”Our Common Future”. Dois importantes conceitos são cunhados no “Relatório Brundtland”, “desenvolvimento sustentado” “e nova ordem mundial”. Este relatório caracteriza-se por uma mudança de enfoque, apontado para a conciliação entre conservação da natureza e crescimento econômico. O “Relatório Brundtland” preparou o terreno para a “Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentado e em julho de 1992, no Rio de Janeiro, ocorreu à maior reunião com fins pacífica já realizada na história humana, contando com a presença de 180 chefes de Estado e a participação de todos os países do mundo.

Conforme se nota, no Brasil a educação ambiental foi regulamentada pela Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que estabelece e define seus princípios básicos, incorporando oficialmente a Educação Ambiental nos sistemas de ensino, em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal. Contudo, a horta inserida no ambiente escolar pode ser um laboratório vivo que possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em educação ambiental e alimentar unindo teoria e prática de forma contextualizada, (MORGANO, 2006).

Vale lembrar, que o projeto horta na escola tem o objetivo de sensibilizar os alunos, família, funcionários e a comunidade local sobre a importância que tem os alimentos cultivados nela para a saúde, e a preservar e respeitar o meio ambiente. Assim pretende-se incluir a todos nas atividades desenvolvidas nesse projeto de maneira que se sintam co-autores das ações de promoção a saúde, alimentação saudável a preservação e respeito ao meio ambiente e contribuir para o bem-estar de todos os envolvidos. Além disso, esse projeto contribuirá e beneficiará muitos alunos que sonham em transformar uma educação voltada para uma aprendizagem e variada alternativas ao ensino da Educação Ambiental.


Material e Método

O projeto horta na escola foi desenvolvido na Unidade Municipal de Educação Infantil Amilton da Silva no município de Vila Velha, pela então diretora da UMEI e atual aluna dos cursos de Mestrado em Ciências Tecnologia e Educação da Faculdade Vale do Cricaré e Especialização em Educação Ambiental e Recursos Hídricos da Universidade Federal de São Paulo UFSCAR, juntamente com a equipe de professores dos turnos matutino e vespertino. Contudo, foi utilizado o terreno baldio ao lado da escola que era deposito de lixo da comunidade, iniciou com uma reunião com a comunidade para apresentar o projeto e informar sobre os benefícios da horta para a saúde das crianças, a comunidade e ao meio ambiente. Com a aprovação da comunidade foi iniciado as atividades de limpeza do terreno e todos prontamente se propuseram ajudar a retirar o lixo do local de plantio, e participar cuidando e preservando no sentido de não jogar mais lixos. Iniciou-se a construção dos canteiros com o auxílio do Técnico Agrícola encaminhado pela secretaria de educação do município, que orientou sobre as formas corretas de plantio, adubos orgânicos, cuidados e o manejo correto, facilidade de plantio, a resistência às “pragas”, e os aspectos que influenciam no desenvolvimento das plantas. Os materiais para cercar o espaço com alambrado, pregos, madeiras e ferramentas foi doado pala diretora da escola com sementes e estercos e foram doados pelas famílias dos alunos, .

Figura 1. Terreno onde será implantada a horta da escola

É importante frisar, que a escola possui 6 turmas no matutino e 6 vespertinos com crianças de 1 a 5 anos, foram feitos os canteiros de modo que cada turma pudesse ter seu canteiro e escolhesse o que ia plantar com a ajuda do professor de sala, foi plantado couve, salsa, cebolinha, alface, tomate, repolho, beterraba, cenoura, rabanete, abobora, e cada canteiro recebeu a identificação da turma e partir do número de canteiros, em sala de aula calcula-se junto com os alunos: a quantidade de canteiro e a distância entre eles; a distância entre as covas para colocar as sementes de espécies de plantio definitivo, o número de covas, o número de sementes colocadas em cada cova, o tempo de germinação, o período apropriado para colheita. A irrigação dos canteiros foi realizada todos os dias pela manhã e à tarde pelos alunos, que acompanhavam o crescimento das hortaliças com a colaboração dos funcionários.



Figura 2. Limpeza do terreno e construção dos canteiros.







No entanto, foram realizadas palestras com a nutricionista da secretaria de educação sobre os alimentos industrializados, o valor nutricional de cada alimento cultivado na horta e a importância de cada alimento para a saúde, palestra ministrada pelas equipes do (PSE), Programa Saúde na Escola, que falou sobre a saúde das crianças, a equipe de professores e pedagogos desenvolveram atividades lúdicas interdisciplinares e de sensibilização, preservação e respeito ao meio ambiente, através de histórias, vídeos, músicas, teatros envolvendo as famílias e a comunidade, o projeto encerrou com a festa da colheita onde foi servido saladas, bolos e sucos dos os alimentos colhidos na horta.

Alunos com o técnico agrícola recebendo orientações e iniciando o plantio



Resultados Discussão

Ao analisarmos as finalidades da educação ambiental percebe-se que são fatores de destaque, segundo Dias (1992):

Percebemos que o projeto horta na escola atingiu os princípios, meios e fins da educação ambiental uma vez que possibilitou a participação das famílias da comunidade local e os alunos através das atividades desenvolvidas a compreensão clara da existência e importância dos fatores relacionados ao homem e ao meio ambiente além de possibilitar os conhecimentos dos valores e atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente, através do contato direto com a terra, proporcionando experiências e aprendizados de como preparar o solo, conhecer e associar os ciclos alimentares de semeadura, plantio, cultivo, ter cuidado com as plantas e colhê-las, o valor nutricional dos alimentos e os benefícios que eles trazem a saúde, o cuidado com a terra e a preservação e respeito ao meio ambiente. A educação ambiental está empenhada em realizar seu projeto Teórico/Prático e estabelecer uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Percebe-se a necessidade de pensar a Educação Ambiental/Interdisciplinaridade, em termos de processo de formação total do homem como agente ambiental, onde é preciso sempre partir de um referencial seguro.

A Educação Ambiental está também interligada ao método interdisciplinar, entretanto esse método está compreendido e aplicado numa perspectiva educativa para Reigota (2001),

(...) a Educação Ambiental, como perspectiva educativa, pode estar presente em todas as disciplinas, quando analisa temas que permitem enfocar as relações entre a humanidade e o meio natural, e as relações sociais, sem deixar de lado as suas especificidades. (REIGOTA, 2001, p. 25).

Além do mais, com o desenvolvimento desses projetos, as crianças passaram a aceitar melhor os alimentos servidos na merenda escolar. Os moradores da comunidade passaram a colocar os lixos para fora nos dias e horários em que passa o carro do lixo para recolher, assim as ruas do bairro estão sempre limpas. É notório que as crianças estão freqüentando mais as aulas, pois estão tendo mais saúde devido à higienização do espaço que agora não vemos os transmissores de doenças: ratos, baratas e insetos. Entretanto, as atividades desenvolvidas também auxiliam no desenvolvimento da consciência de que é necessário adotarmos um estilo de vida menos impactante ao meio ambiente que esta diretamente ligada à qualidade de vida e bem-estar com a participação e interação dos alunos sobre a questão ambiental vivenciada a partir da horta na escola que se tornou um laboratório vivo para o aprendizado e a interação.

Os cuidados com a horta

A construção da horta na escola é gratificante, principalmente para o desenvolvimento psicológico e motor da criança, o Projeto Político Pedagógico contribui com o despertar na inserção de suas atividades e na preocupação da interatividade, onde o interesse em fazer o melhor para a educação ambiental direciona no aprendizado e nas diversas áreas do saber.

É importante ressaltar que nesses plantios não foram utilizados agrotóxicos, além do trabalho em equipe, os alunos aprendem o quão perigoso seria o uso permanente desses produtos. É importante compreender que através da interdisciplinaridade algumas ferramentas básicas podem ser utilizadas pelo professor e a equipe dos envolvidos pelo projeto.

O gráfico demonstra que 97% dos alunos acreditam que é importante o cultivo de uma horta na escola, para que tenha hortaliças todos os dias em suas alimentações. Os 3% são para os alunos que não se alimentam de legumes e verduras. Contudo, com essa aprendizagem, toda a equipe escolar pôde compartilhar saberes, curiosidades, através desse projeto que levou muitas crianças a praticar o cultivo de hortas em suas próprias residências, com a união a família, hoje os alunos acreditam que a saúde vem em primeiro lugar. Assim colocando em prática tudo que aprenderam, suas atividades foram enriquecidas com a diversidade da leitura e algumas curiosidades sobre o aproveitamento da lavoura e a construção das hortas na escola.

CONCLUSAO

Concluímos que a horta na escola contribui para a autoestima de muitos alunos, e qual toda comunidade escolar pode fazer parte desse projeto. Contudo, ajudar alunos a entender a importâncias desses nutrientes nos alimentos faz com que cada uma delas se motive com suas participações e o manuseio de construir um projeto que beneficia a todos. Acreditamos no incentivo das famílias com essa prática em suas casas e nas escolas, além do mais, esse projeto proporcionou conhecimento e interatividade no cultivo de alimentos orgânicos onde muitos profissionais, principalmente aqueles que já trabalham na área se desempenharam e se dedicaram imensamente para que pudéssemos entender mais das hortaliças e ervas medicinal. Entretanto, é importante destacar nesse artigo, que a higienização correta no manuseio das hortaliças foi eficaz para a compreensão dos mesmos. Além disso, o plantio de ervas medicinal foi o destaque desse projeto para que no futuro, a horta possa beneficiar a saúde de cada um e contribuir com uma alimentação mais saudável e totalmente sem conservantes químicos, para que toda a comunidade escolar desfrute e se alimente do que foi plantado com dinamismo, solidariedade e parcerias entre elas. Por fim, precisamos oferecer aos nossos educandos formas de aprendizagens mais dinâmicas para que seus conhecimentos sejam desenvolvidos a partir de diferentes culturas.



























REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, nº 79, Seção 1, p.1-3, 28 abr. 1999.

DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992.

DIAS, Genebaldo Freire. Os quinze anos da educação ambiental no Brasil: um depoimento. 10 ed. Brasília, 1991.

GRÜN, Mauro. Ética e Educação Ambiental – a conexão necessária. São Paulo: Papirus, 1996.

MORGADO, F. S. A horta escolar na educação ambiental e alimentar: Experiência do Projeto Horta Viva nas escolas municipais de Florianópolis. Monografia (Graduação em Agronomia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.

MOREIRA, P.A.A. M; SILVA; LUZ, M.P. Educação ambiental na escola: A realidade do setor público e privado – estudo de caso, Goiânia, 2009.

REIGOTA, M. O que é educação ambiental. 1ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.

TAVARES, A. M. B. N. et al. Educação Ambiental e horta escolar: novas perspectivas de melhorias no ensino de ciências e biologia. In: Encontro Nacional de Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente, 3º ed., 2012, Niterói. Anais... Niterói: UFF, 2012. P 1-11.