DENGUE: FATORES DE PROLIFERAÇÃO, INCIDÊNCIA E QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS
Maria de Nazaré Souza da Silva1; Viviane Vidal da Silva2; Milton Cesar Costa Campos3; Fabiana Soares Fernandes4; Marcos André Braz Vaz5.
1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amazonas – UFAM (dynna_souza@hotmail.com).
2 Doutora em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amazonas – UFAM (silvavv@gmail.com).
³ Doutor em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amazonas – UFAM (mcesarsolos@gmail.com).
4 Doutora do Programa Doutoral em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amazonas – UFAM (fabianafernandes2801@gmail.com).
5 Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Santa Maria, Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amazonas – UFAM (brazvaz@yahoo.com.br).
RESUMO: O objetivo deste artigo é apresentar fatores que influenciam no processo da proliferação do mosquito da dengue, abordando questões sociais e ambientais. Foi possível verificar que os fatores ambientais e socioeconômicos condicionam a ocorrência da doença, somados ao crescimento populacional e urbanização descontrolada.
Palavras-chave: Vetor, Áreas de abrangência, Aspectos condicionantes.
ABSTRACT: This article's aim is to present factors that influente dengue's mosquito's proliferation process, approaching social and environmental issues.
It was possible verifying that socioeconomic and environmental factors condition the disease's occurrence, addedd to population growth and uncontrolled urbanization.
Keywords: Vector. Scope areas. Conditioning aspects.
1 INTRODUÇÃO
As discussões em torno da dengue são amplas e complexas. Dentre essa temática se busca compreender os mecanismos que viabiliza o aumento de casos prováveis de dengue, a expansão geográfica, o ambiente antrópico, as características do mosquito, as medidas preventivas e a busca pela disponibilização de uma vacina eficaz no combate do vetor.
A dengue é caracterizada como sendo uma doença infecciosa febril causada por um vírus. Sua abrangência a configurou como um problema de saúde pública mundial. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti que é o principal vetor da doença. Este mosquito está adaptado a se reproduzir nos ambientes domésticos, utilizando-se de água parada contida em reservatórios como caixas d’água, baldes, bacias, garrafas, mas também pode estar presente nos depósitos descartáveis de forma irregular que acumulam água de chuvas, comumente encontrados nos lixos das cidades (TAIUL, 2001). Para Nascimento et al. (2015) as regiões tropicais possuem condições ambientais que favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito vetor.
A gravidade da dengue se destaca pela presença dos quatro sorotipos diferentes (1, 2, 3 e 4) que podem causar a Dengue Clássica (DC) e Febre de Dengue Hemorrágica (FDH) e que podem se intensificar na medida em que acomete novos casos (BRASIL, 2002). Todavia, cada vez mais são notificados e confirmados casos oriundos do vetor da dengue. Diante disso, o Brasil destaca-se por apresentar características ideias para o aumento desses agravos, primeiramente por possuir as condições climáticas que favorecem a proliferação e posteriormente pela sua extensão e migração territorial.
Como resultado desse processo extensivo a incidência da doença aumentou significativamente nos últimos 50 anos, devido à ampliação da extensão geográfica para novos países. A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que, a cada ano, a dengue acomete mais de 50 milhões de pessoas e, atualmente, 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco de transmissão da doença (OMS, 2000). Dentre os fatores integrados ao aumento da densidade dos vetores de doenças como a dengue, pode-se destacar as alterações climáticas, impactos ambientais nas paisagens e nos ecossistemas, predomínio de novos modelos e estilos de vida da população, desenvolvimento e concentração demográfica, enfraquecimento dos serviços de saúde pública (FAPPI, 2014).
Segundo Tauil (2001) em um estudo sobre urbanização e ecologia da dengue, considera que na grande maioria dos países a disseminação da dengue tem ocorrido devido uma deteriorização da infraestrutura de saúde pública, reduzindo os recursos humanos e financeiros, onde as autoridades sanitárias têm privilegiado ações emergenciais de combate às epidemias da doença, prejudicando assim a sua prevenção.
Entre os fatores relacionados à expansão geográfica da doença, estudos têm mostrado que condições climáticas, caracterizadas pelas precipitações atmosféricas e temperaturas elevadas, mostram relação positiva com a transmissão de dengue (FORATTINI, 2002). Em estudo realizado no Estado de São Paulo, Glasser & Gomes (2000) observaram que quanto menor a temperatura, mais lento foi o processo de expansão geográfica da população de Aedes aegypti. Isto demonstra como as condições ambientais são importantes na proliferação do vetor. Sob o mesmo ponto de vista Zarpelon (2008) analisou os fatores de risco que contribuíram tanto para a introdução da dengue, quanto sua permanência no município de Maringá – PR, com intuito de avaliar ações adequadas para prevenir epidemias futuras. Assim, verificou-se que a manutenção da dengue em área urbana é consequência de uma associação de fatores climáticos, topográficos e sociais e a atuação da população são determinantes diretos da prevalência da doença nas comunidades humanas.
Nesse sentido, este artigo tem como o objetivo apresentar uma revisão bibliográfica acerca do tema sobre a dengue, salientando alguns fatores que influenciam no processo da proliferação do vetor Aedes aegypti, além de abordar questões sociais e ambientais que podem influenciar no agravo e presença da doença.
2 CARACTERÍSTICAS DA DENGUE
Segundo a Fundação Nacional de Saúde a dengue é considerada a mais importante arbovirose que afeta o ser humano e constitui-se em um sério problema de saúde pública. O vírus na qual a doença é transmitida é um Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencentes à família Flaviridae (BRASIL, 2002). O gênero da dengue é compreendido por mais de 70 vírus, sendo muitos deles causadores de patologias humanas transmitidas por artrópodes e por isso, são classificados como arbovírus (LINDENBACH et al. 2007). Devido a essa situação as arboviroses têm se tornado importante e constante ameaça em regiões tropicais devido às rápidas mudanças climáticas, desmatamentos, migração populacional, ocupação desordenada de áreas urbanas, precariedade das condições sanitárias (RUTS, 2012).
É importante destacar que a transmissão da dengue se faz pela picada do mosquito fêmea e não por contato direto com o doente ou de suas secreções, com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento. Este processo infeccioso só ocorre se o mosquito vetor estiver com o vírus no organismo e assim picar uma pessoa sadia (BRASIL, 2002). O ciclo de vida que envolve o Aedes aegypti possui quatro estágios (ovo, larva, pupa e mosquito). Primeiramente o mosquito fêmea adulto sai à procura de sangue para maturação dos ovos, este hábito hematófago confere sua importância como vetor e transmissor da doença, enquanto isso os machos saem à procura do néctar de flores e alimentos açucarados para sua nutrição. Nos ambientes com casas muito próximas, os mosquitos voam em torno de 40 a 50 metros de distância, no entanto podem voar por áreas mais distantes (OLIVEIRA, 2012).
O primeiro estágio a fêmea do mosquito da dengue deposita seus ovos um pouco acima da superfície da água e eclodem assim que completam seu desenvolvimento embrionário. Os ovos têm aspecto alongado e suas extremidades são mais estreitas, se tornam rígidos e escuros em cerca de três horas após a postura e pode resistir por longos períodos (REZENDE et al. 2008).
No segundo estágio surge a larva, que são insetos aquáticos e que chegam a esta etapa aproximadamente após 14 dias após ser posto nos recipientes. Sua alimentação é basicamente dos microorganismos encontrados na água principalmente nos vasos de plantas. No terceiro estágio do Aedes aegypti surgem às pupas, estas vivem na água, mas não se alimentam. O período pupal dura de 2 a 3 dias. Quando chega à fase adulta o mosquito sai da parede do recipiente em poucas horas após emergir da fase pupal. Nesta fase os mosquitos apresentam-se com coloração escura e listas brancas o que pode facilitar seu reconhecimento nos ambientes urbanos e diferencia-los dos demais mosquitos. O mosquito demora em média dez a doze dias para passar da fase de ovo para adulto. A vida média do mosquito é em torno de quarenta e cinco dias. A fêmea infectada pelo vírus permanece desta forma até o fim da vida. A temperatura mais favorável para o desenvolvimento da larva é entre 25 a 30º C. (PEREIRA et al. 2004).
O vírus da dengue causa Dengue Clássica (DC) e Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), mas para que a pessoa corra risco de ser contaminada pelo vírus da dengue ela deve ser picada por um mosquito que esteja infectado, ou estar em local de áreas de risco onde os casos de dengue estejam sendo notificados e confirmados semanalmente. As manifestações da DC é febre alta (39º a 40ºC), seguida de cefaleia, anorexia, náuseas, vômitos. A doença tem duração de 5 a 7 dias, mas o período pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas. Com isso, os sintomas da FHD são semelhantes aos do DC, porém há um agravamento no quadro, no terceiro dia ou quarto dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e de colapso circulatório, podendo levar a pessoa ao óbito em 12 a 24 horas (BRASIL, 2002).
O diagnóstico da dengue é laboratorial, uma vez que os sintomas clínicos podem ser confundidos facilmente com outras doenças. A infecção por um sorotipo de dengue torna o indivíduo imune a este sorotipo, mas estes continuam susceptíveis aos outros sorotipos virais. Assim que ocorre uma infecção subsequente com um segundo sorotipo, o indivíduo se torna mais susceptível ao desenvolvimento de FHD, o que tem se tornado um empecilho bastante grave, principalmente na confecção de uma vacina contra a dengue (LEYTMEYER et al. 1999).
3 DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA DENGUE
De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), a ocorrência do Aedes aegypti foi descrito pela primeira vez em 1972, denominado de Culex aegypti. Culex significa “mosquito” e aegypti, egípcio. Em vista disso se denominou o “mosquito egípcio”. O nome definitivo veio em 1818, após a descrição do gênero Aedes, sendo assim, o nome Culex foi alterado devido as características morfológicas e biológicas serem semelhantes às de espécies do gênero Aedes.
As teorias mais aceitas em relação a origem da espécie Aedes aegypti é que este provavelmente tem relação ao continente africano, possivelmente na região da Etiópia, tendo sua dispersão ocorrida em função da expansão da navegação marítima, que aportaram no Brasil para o tráfico de escravos o que possibilitou, também, a introdução desses mosquitos no continente americano (OLIVEIRA, 2013).
Atualmente a dengue abrange mais de 100 países nas regiões tropicais e subtropicais do mundo incluindo países da África, Sudeste Asiático, Pacífico e Américas (DEROUICH et al. 2003). Nas Américas, o Aedes aegypti é um dos vetores mais eficientes para arbovírus, por ser altamente antropofílico prosperando em proximidade com o homem e, geralmente, sobrevivendo em ambientes fechados e úmidos (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2001). No Brasil esse quadro epidemiológico da dengue caracteriza-se pela ampla distribuição do Aedes aegypti em todas as regiões, com uma complexa dinâmica de dispersão do seu vírus e circulação simultânea de seus sorotipos virais. (BRASIL, 2009).
Segundo Gluber (1989), nas últimas décadas a dengue obteve um crescimento significativo. Este aumento tem relação com as alterações ambientais e o intenso deslocamento humano, somados ao acelerado e contínuo crescimento populacional e urbanização descontrolada. As pessoas atingidas pela doença, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e pelo menos 20 mil morrem em decorrência de complicações (SILVA JUNIOR e PIMENTA JUNIOR, 2008).
Para Pereira Duarte (2007) o risco de contaminação é entendido pela epidemiologia como a “probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito, ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora) em uma população ou grupo durante um período de tempo determinado”. Neste sentido a epidemiologia debruça-se sobre os problemas de saúde em grupos de pessoas, às vezes grupos pequenos, mas na maioria das vezes estes estudos envolvem populações numerosas. Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), em seu Guia de Métodos de Ensino define epidemiologia, como o estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1973).
A primeira grande epidemia de Febre Hemorrágica de Dengue - FHD nas Américas foi registrada no ano de 1981 em Cuba, com um total de 344.203 casos notificados, dos quais 10.312 foram classificados como FHD. Houve 116.143 hospitalizações, 158 óbitos. Para Martínez (2006), esta febre epidêmica que afetou Cuba, em 1981, é considerada como evento de extrema importância na história da dengue nas Américas. Essa epidemia foi causada pelo sorotipo 2, tendo sido o primeiro relato de febre hemorrágica da dengue, ocorrido fora do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental. Em seguida ocorreu o segundo surto na Venezuela no ano de 1989. Em 2006 no Brasil, foram confirmados 628 casos de febre hemorrágica da dengue e a ocorrência de 67 óbitos (BRASIL, 2006).
Segundo Figueiredo e Fonseca (2005) a distribuição da dengue no Brasil surge desde 1916. Porém estes relatos de que as primeiras manifestações e surtos epidêmicos de dengue datam bem antes, ou seja, no ano de 1846 no Rio de Janeiro, 1896 em Curitiba, 1917 no Rio Grande do Sul, no entanto esses relatos não foram diagnosticados em laboratório, diferentes dos surtos epidêmicos que aconteceram em Boa Vista – Roraima, onde se documentou laboratorialmente em 1981 – 1982 a ocorrência do sorotipo 1 e 4 causando doença febril indiferenciada ou febre clássica da dengue em 11.000 indivíduos, sendo estes sorotipos considerados os mais perigosos (OSANAI, et al. 1983). Em 1986, identificou-se a ocorrência da circulação do sorotipo 1, inicialmente no estado do Rio de Janeiro, disseminando-se para outros estados até 1990. Nesse ano foi identificada a circulação do sorotipo 2.
Entre os anos de 1990 e 2000, várias epidemias foram registradas no território nacional, sobretudo nos grandes centros urbanos das regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. Essa dispersão do vetor foi seguida pela disseminação dos sorotipos 1 e 2 para os 20 dos 27 estados do país. Em dezembro de 2000 foi identificada pela primeira vez a circulação do sorotipo 3 no Estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, no Estado de Roraima, em novembro de 2001. Nos primeiros meses de 2002, o sorotipo 3 é detectado em quase todo o território nacional (BRASIL, 2002).
Em 1987 no Brasil houve 89.394 casos notificados e em 1991 registraram-se 97.209 casos, para 56.621 casos notificados em 1994. No ano de 1998 o número de casos notificados saiu de 128.619 para 528.000 até que em 2002 o número de casos subiu para 794.219 casos notificados, o que representou na época um estado hiperendêmico de dengue em nível nacional, sem precedentes na história do Brasil. Em 1995 o Brasil apresentava 1753 municípios infestados enquanto que no ano de 2008 já totalizavam 4006 municípios com presença de Aedes aegypti confirmada (AGUIAR, 2009).
Entre 2001 e 2005, foram notificados 2.879.926 casos de dengue, sendo 65.235 de dengue hemorrágica, com 789 óbitos. Essas epidemias determinam uma carga aos serviços de saúde e a economia dos países. Esse custo aproxima-se U$ 1,8 bilhão, somente com despesas ambulatoriais e hospitalares, sem incluir os custos com as atividades de vigilância, controle de vetores e mobilização da população (BRASIL, 2009).
Em 2011, o Estado do Amazonas apresentou a maior epidemia de dengue de sua história, registrando 57.809 casos. Só no município de Manaus, em apenas 20 semanas, apresentou um total de 42.249 casos confirmados. Este aumento ocorreu pela presença do vírus da dengue do tipo 4 no Estado, que segundo o Ministério da Saúde – MS, não era notificado no Brasil há 30 anos (PES/DEPLAN/SUSAM, 2015). Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil em diversas regiões de forma continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes ou alteração do sorotipo predominante.
Sabendo que há 30 anos não era notificado casos de dengue (tipo 4) no Brasil. A pergunta é, quais as deficiências que levaram esse quadro da doença tornar-se endêmico nas diversas regiões do país? Cabe aqui destacar as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue que reconhece que o problema é de difícil solução, isso ocorre devido seu caráter de atuação global, que transcende o setor de saúde. Com isso, o procedimento a ser adotado para o combate da doença são as medidas preventivas e a redução do impacto da dengue sobre a saúde da população brasileira. Em consequência disso se faz necessário a parceria dos estados, municípios e população (BRASIL, 2009).
4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA PROLIFERAÇÃO DO VETOR
Segundo Zarpelon (2008) a dengue é considerada uma doença tropical, onde a interação entre fatores ambientais e socioeconômicos contribui para a introdução e permanência da doença em uma população. No Brasil a dengue é considerada como uma doença endêmica. Este processo endêmico muitas vezes se fortalece por falta de políticas públicas aplicada para combater determinado evento. Segundo a pesquisa de Oliveira (2013), intitulada “Condições microclimáticas e a proliferação de vetores da dengue e febre amarela em uma escola de Cuiabá-MT” o aumento expressivo de habitantes em Cuiabá desencadeou um crescimento desordenado da cidade, acompanhado de uma infraestrutura e saneamento básicos deficientes, estabelecendo assim condições favoráveis à proliferação de vetores, como a dengue e febre amarela.
Os resultados da pesquisa citada anteriormente indicaram que a precipitação foi o único fator microclimático a influenciar a proliferação do vetor da dengue na escola. No entanto, foram verificadas diferenças significativas para o número de ovos coletados na estação chuvosa em relação à estação seca, porém indicando que mesmo no período de seca a incidência da espécie pode ser elevada. Neste sentido podemos salientar que a atenção ao mosquito da dengue deve ser levada em consideração tanto na estação chuvosa como na estação seca.
Teixeira (2002) explica que os centros urbanos se configuram como favorecedores da dispersão e aumento da densidade do mosquito, já que o espaço social organizado influencia a interação entre o vetor, vírus e homem. Segundo Tauil (2001) destaca-se como fatores fundamentais para definir o padrão de transmissão o crescimento populacional, migrações, viagens aéreas, urbanização inadequada, mau funcionamento dos sistemas de saúde e densidade populacional. Essas correntes de migração produziram grandes alterações ambientais, entre as quais se incluem as de habitação e de saneamento básico, ocasionando novos focos de doenças.
Forattini e Brito (2003) mencionam que a existência de reservatórios domésticos pode fornecer condições propícias à manutenção de populações do vetor, mesmo em períodos de baixas precipitações. Essa relação entre a precipitação de casos de dengue é evidente, devido à preferência do mesmo por períodos de maiores precipitações pluviométricos, pois neste período a temperatura torna-se ideal para o desenvolvimento do mosquito (FORATTINI, 2002).
Segundo Catão (2011) um dos principais fatores sociais que influencia na distribuição e na densidade do Aedes aegypti são os depósitos de água nos domicílios ou em áreas de uso coletivo como cemitérios, borracharias, depósitos de lixo comum que servem como locais de criadouros para os mosquitos. Ainda segundo o autor, os depósitos antrópicos não são apenas os produzidos pelo homem, mas também aqueles naturais selecionados pelo homem por atribuição cultural por se localizar dentro ou ao redor dos domicílios, como bromélias, árvores e rochas. Para Consoli & Oliveira (1994) os criadouros preferenciais da dengue são os recipientes artificiais abandonados pelo homem ou utilizados pelo mesmo no uso doméstico, como pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d’água tonéis, latões, cisternas e etc.
Para o Sistema do Programa Nacional do Controle da Dengue – SisPNCD, os recipientes são inspecionados por tipo. Estes tipos de recipientes são identificados e listados pelos agentes de saúde com base no Registro Diário do Serviço Ante vetorial existente no município de Humaitá/AM. O formulário traz consigo informações sobre a data de visita, o endereço completo e os procedimentos adotados durante a inspeção do imóvel. Os tipos de recipientes são identificados por meio do trabalho de campo, sendo estes representados como:
A1: Caixa d’água elevado;
A2: Outros armazenamentos de água baixo;
B: Pequenos depósitos móveis;
C: Depósitos fixos;
D1: Pneus e outros materiais rodantes;
D2: Lixos (recipientes plásticos, latas, sucatas, entulhos.);
E: Depósitos naturais (como oco de plantas, pedras).
Para Forattini et al. (1998) a presença de lixo em quintais e terrenos baldios acaba tornando propício o desenvolvimento do vetor da dengue, principalmente no período de altas precipitações pluviométricas. Contudo, Donalisio (1999), afirma que no verão, apesar das condições mais favoráveis de temperatura e umidade, outros fatores como hábitos de estocagem de água e deslocamentos para certas áreas também influenciam na modificação do padrão de ocorrência da doença.
As condições socioambientais, aliadas à baixa efetividade dos programas de combate ao vetor, favorecem a dispersão do Aedes aegypti (TEIXEIRA, 2005; TAUL, 2001). Segundo Flauzino et al. (2009) os estudos que buscam associar a ocorrência de dengue com as condições socioeconômicas e ambientais nem sempre encontram resultados concordantes. Alguns autores abordam a relação entre variáveis relacionadas às condições de vida da população e a ocorrência da dengue, porém os resultados encontrados apresentam diferença. Medronho (1995), utilizando pioneiramente técnicas de geoprocessamento, demonstrou no Rio de Janeiro associações favoráveis de risco de dengue com áreas de favelas e principais vias de transporte.
Para Araújo Luísa et al. (2015) no trabalho “Dengue e condições de saneamento básico na área urbana do município de Riacho de Santana-Bahia” analisa as relações entre a ocorrência de dengue e o saneamento básico na área urbana. Para obtenção dos resultados a autora realizou-se análise exploratória dos dados, análise temporal e espacial, no intuito de observar a dinâmica da ocorrência de dengue. Assim, a maior ocorrência de dengue era acompanhada pelos maiores valores de Índice de Infestação Predial, menores valores para renda média, maior taxa de ocupação domiciliar.
Para Leite (2010) a análise da ocorrência e a distribuição da dengue no espaço devem ser realizadas integrando indicadores socioambientais, isto é, as variáveis ambientais ou sociais não devem ser consideradas isoladamente. O autor citado busca analisar a correlação entre dengue e indicadores sociais a partir do SIG. Como resultado da pesquisa no que tange a densidade de domicílios e de moradores, esses permitem afirmar que as áreas de menor número de moradores têm menores casos de dengue.
Neste sentido, a pesquisa realizada por Costa e Natal (1998) objetivou analisar a incidência de dengue na cidade de São José do Rio Preto, São Paulo em função de áreas geográficas (unidades ambientais urbanas) definidas através de variáveis econômico-sociais. Os autores definiram as unidades ambientais a partir de variáveis socioeconômicas, tendo como base a distribuição de renda e o nível educacional. O resultado da pesquisa de Costa e Natal (1998) indicou que a incidência de dengue variou de forma inversa com o padrão socioeconômico, ou seja, as áreas mais densas e com menor renda os casos de dengue foi maior em relação às áreas menos densa e com maior poder aquisitivo, destacando assim que as áreas com maior adensamento populacional é um fator de risco para a ocorrência de dengue.
O estudo realizado por Araújo Mirelia et al. (2014) no qual buscou compreender a distribuição da incidência de dengue e sua relação com a variável renda nos bairros que envolvem a cidade de Manaus, estado do Amazonas durante o período de 2000 a 2010. Para o autor, além da localização da região, existem outros fatores determinantes e condicionantes para infecção, como por exemplo, aspectos socioeconômicos e variações do microclima local. O resultado proveniente desta pesquisa mostrou que a distribuição da incidência de dengue no espaço urbano de Manaus ocorreu de forma heterogênea, ou seja, de forma distinta e sem influência do rendimento per capita.
Um dos estudos que diverge dos resultados citados anteriormente consiste na pesquisa de Barcelos et al. (2005) onde os locais com maior potencial de transmissão de dengue em Porto Alegre através de técnicas de geoprocessamento foram os setores que possuem características de alta renda. Por outro lado, nos setores com a presença de vetor são verificadas a predominância de casas e boa infraestrutura de saneamento. Esses setores têm menor proporção de responsáveis da família com baixa renda e maior proporção de pessoas com nível de instrução de segundo grau. Quanto aos indicadores de habitação, os setores apresentam menor proporção de casas e menos pessoas por domicílio, além de ter maior proporção de domicílios ligados à rede geral de coleta de esgotos, o que concorda com Vasconcelos et al. (1999). Porém no trabalho realizado na ilha de São Luiz, foi constatada a maior soro prevalência de dengue em moradores de áreas de maior renda.
A ausência de serviços de saneamento obriga moradores a estocar água em quantidade suficiente para garantir o suprimento, principalmente em períodos de seca. Para Barcelos et al. (2005) o acesso e qualidade dos serviços de abastecimento de água têm sido também apontados como determinantes da transmissão de dengue. Esses reservatórios têm sido apontados como um fator favorável à procriação do vetor em áreas urbanas (PONTES et al. 2000).
Dessa forma, os aspectos socioeconômicos e ambientais que envolvem a transmissão de dengue divergem com base nos autores citados. Alguns afirmam que áreas com maiores concentrações de pessoas e menos condições de vida acabam tornando-se mais vulneráveis, enquanto outros autores destacam que em áreas onde residem pessoas com maior poder aquisitivo a incidência da doença é significativa.
6 PREVENÇÃO E CONTROLE DA DENGUE
Para enfrentar o desafio colocado por doenças transmitidas por vetores, a OMS destaca a necessidade de:
Fornece a melhor evidência para controlar vetores e proteger as pessoas contra a infecção;
Fornece assistência técnica e orientação aos países, para que possam efetivamente tratar casos e surtos;
Apoia os países a melhorar seus sistemas de comunicação e registra o verdadeiro peso da doença;
Oferece treinamento em manejo clínico, diagnóstico e controle de vetores em conjunto com alguns de seus centros colaboradores em todo o mundo; e
Desenvolve novas ferramentas para combater os vetores e lidar com a doença, por exemplo, inseticidas e tecnologias de pulverização.
Segundo Claro et al. (2004) o Aedes aegypti é um mosquito de hábitos doméstico e diurno, utilizando-se preferencialmente de reservatórios de água limpa para deposição dos ovos, os quais têm uma alta capacidade de resistir à dessecação. Porém, o único método utilizado, no País, para monitorar a presença do Aedes aegypti é a procura das larvas em criadouros. Esse método é pouco eficiente, porque é realizado a cada três meses, tempo suficiente para aumentar a população do mosquito e surgir novas epidemias (PEREIRA et al. 2004). Neste sentido a mudança de comportamento é um elemento crucial no que diz respeito às doenças transmitidas por vetores.
A prevenção se torna uma tarefa difícil de ser realizada, mas a participação da população juntamente com os órgãos competentes pode de fato contribuir para o controle da proliferação do vetor da dengue. A comunicação das campanhas educativas, através da televisão, rádios e outros contribuem para uma melhor divulgação sobre como evitar que a doença se intensifique nas localidades endêmicas. Segundo Tauil (2001) existem soluções para o enfrentamento da dengue além de folhetos, cartazes e out doors como é o caso, principalmente, de palestras comunitárias.
Segundo Lima et al. (2006) para o controle da doença, a vigilância conta com aplicação de inseticidas, utilizados na eliminação do vetor, no entanto, essa alternativa quando utilizada indiscriminadamente, causa a resistência de populações do mosquito da dengue. Segundo Paumgartten (1993) substâncias químicas podem causar desequilíbrios ambientais mediante a eliminação de insetos benéficos e causar a contaminação do meio ambiente.
Apesar dos inúmeros esforços para desenvolver uma vacina que seja capaz de imunizar toda a população aos quatro sorotipos da dengue, ainda não existe uma vacina disponível publicamente. No entanto houve alguns avanços em relação a disponibilização da vacina. Este avanço se destacou pela "Dengvaxia". A "Dengvaxia" é uma vacina contra a dengue, a mesma foi aprovada em dezembro de 2015 e passou a ser distribuída em julho do ano seguinte. Ela não é oferecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas está disponível para o estado do paraná. Até o momento, a vacina é a única aprovada por órgãos regulatórios no mundo. Mas existem outras vacinas em estudo. A que está em fase mais avançada é a que foi desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH), que já deu início à última fase de testes clínicos antes
A prevenção desta doença é feita primariamente através do controle dos vetores responsáveis pela transmissão do vírus. Afinal, na falta de uma vacina a eliminação dos focos se tornam mais eficazes para o controle da doença. Sob esta questão se faz importante ressaltar a importância do papel de agentes de endemias que atuam nas diversas cidades brasileiras em busca de eliminar os focos nos domicílios.
Para a prevenção domiciliar estão os cuidados com todos os objetos que podem acumular água. Tais objetos podem ser os vasos de plantas, pneus, reservatório de água, garrafas, calhas, ralo dentre outros materiais que de certa forma podem acumular águas e favorecer o desenvolvimento do vetor.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa se propôs apresentar alguns fatores que influencia no processo da proliferação do vetor Aedes aegypti, abordando questões sociais e ambientais que podem influenciar no agravo e presença da doença. Estudos mostram que as questões socioeconômicas e ambientais também são fatores que contribuem com a presença do vetor. Do mesmo modo, a deficiência do saneamento básico, descartes de lixo em locais inadequados, urbanização desordenada, hábitos da população como: depósito de água, cultivo de plantas e recipiente de animais contribuem com este fator. Neste sentido, são necessários estudos que buscam entender como o espaço urbanizado pode influenciar nas diversas doenças que surgem e afetam a população, em especial as transmitidas por vetores, como é o caso da dengue.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, Z. N. Dengue. In: Aguiar, Z. N. Ribeiro, M. C. S. Doenças Transmissíveis. 3. ed. São Paulo: Martinari, 2009. 95-109p.
ARAÚJO LUÍSA. M.; BORJA, P. C.; MORAES, L. R. S. Dengue e condições de saneamento básico na área urbana do município de Riacho de Santana-Bahia. XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas – MG.
BARCELLOS, C.; PUSTAI, A. K.; WEBER, M. A.; BRITO, V. M. R. Identificação de locais com potencial de transmissão de dengue em Porto Alegre através de técnicas de geoprocessamento. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v38, n.3, p. 246-250, mai. /Jun. 2005.
BRASIL, Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 5. ed. Brasília: FUNASA, 2002. 842p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Boletim - SVS. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boletim_dengue_dez2006.pdf> -. Acessado em 11 de Julho 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 160 p.
CATAO, R. C. Dengue no Brasil: abordagem geográfica em escala nacional. São Paulo: cultura acadêmica. 2011. 169 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, 2011.
CLARO, L. B. L.; TOMASSINI, H. C. B.; ROSA, M. L. G. Prevenção e controle do dengue: uma revisão de estudos sobre conhecimentos, crenças e práticas da população. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 6, p. 1447-1457, 2004.
CONSOLI, R. A. G. B.; OLIVEIRA, R.L. 1994. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 228p.
COSTA A. I. P.; NATAL D. Distribuição espacial da dengue e determinantes socioeconômicos em localidade urbana no sudeste do Brasil. Revista Saúde Pública.;32(3):232-6 (1998).
DEROUICH, M. et al. A model of dengue fever. Biomedical engineering online, London, v. 2, p. 4, Feb 19 2003.
DONALÍSIO, M. R. O dengue no espaço habitado. São Paulo: Hucitec: 1999.
FAPPI, D. A. A Problemática Socioambiental Urbana da Dengue no Município de Missal. 2014. 37 f. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental em Municípios). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2014.
FIGUEREIDO, L. T. M.; FONSECA, B. A. L.. Dengue. In: Roberto Focaccia. Tratado de infectologia. 3ª Ed. p.345-358. São Paulo: Atheneu, 2005.
FLAUZINO R. F.; SOUZA-SANTOS R.; OLIVEIRA R. M. Dengue, geoprocessamento e indicadores socioeconômicos e ambientais: um estudo de revisão. Rev Panam Salud Publica. 2009;25(5):456–61.
FORATINI, O. P. Culicidologia médica: identificação, biologia, epidemiologia. 2.ed. São Paulo: Edusp, 2002.
FORATTINI, O. et al. Significado epidemiológico dos criadouros de Aedes Albopictus em bromélias. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 1998. v. 32, n. 2, 523-530p.
FORATTINI, O.; BRITO, M. Reservatórios domiciliares de água e controle do Aedes aegypti. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2003 v. 37, n 5, 676- 677p.
GLASSER, C.M.; GOMES, A.C. Infestação do estado de São Paulo por Aedes Aegypti e Aedes Albopictus. Ver. Saúde Publica 2000; 34(6): 570-577.
GUBLER, D. J. Aedes aegypti and aegypti-borne disease control in the 1990s: top down or bottom up. Am j trop Med Hyg, 40: 571-8, 1989.
LEITE, M. E. Análise da correlação entre dengue e indicadores sociais a partir do sig. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde - Hygeia 6(11):44 - 59, Dez/2010.
LEITMEYER, K. C. ; VAUGHN, D. W.; WATTS, D. M.; SALAS, R.; VILLALOBOS DE CHACON, I.; RAMOS, C; RICO-HESSE, R. Dengue vírus structural differences that correlate with pathogenesis. Journal of Virology, v. 73(6), p. 4738-4747, 1999.
LIMA, E. P.; OLIVEIRA FILHO, A. M.; LIMA, J. W. O.; RAMOS JÚNIOR, A. N.; CAVALCANTI, L. P. G.; PONTES, R. J. S. Resistência do Aedes aegypti ao temefós em Municípios do Estado do Ceará. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.39.n.3, p. 259-263, 2006.
LINDENBACH, B. D; THIEL, H. J; RICE, C. M. Flaviviridae: Th viruses and their replication. In DM Knipe, PM Howley, Fields Virology, Lippincott Williams and Wilkins. p. 1101-1152. Philadelphia (2007).
MARTÍNEZ, E. Temas de actualidad. Current topics. Ver Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health, 20(1), 2006.
MEDRONHO, R. A. Geoprocessamento e saúde uma nova abordagem do espaço no processo saúde doença. Editora. FIOCRUZ/Cict/Nect. Rio de Janeiro, 1995.
NASCIMENTO, J. C; GOULART, J; ROSSI, J. C. N; PORTES, M. G. T; ROSSINI, M. A; VIVIAN, P. A. F. Guia de orientação para treinamento de técnicos de laboratório de entomologia. Santa Catarina – SC, 2015.
OLIVEIRA, T. E. S. Condições Microclimáticas e a Proliferação de Vetores da Dengue e Febre Amarela em uma Escola de Cuiabá-MT. 2013. 48 f. Dissertação (Mestrado em Física Ambiental) - Programa de Pós-Graduação em Física Ambiental, Cuiabá, 2013.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. Strengthening the implementation of the global strategy for dengue fever/dengue hemorrhagic fever prevention and control, Genéve, 2000.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diagnóstico, Tratamento, Prevenção e Controle. In: Dengue Hemorrágica, 2001. p.25-33.
ORGANIZACIÓN MULDIAL DE LA SALUD. Epidemiologia: guia de metodos de enseñanza. Washington, DC, 1973.
OSANAI, C. H.; TRAVASSOS DA ROSA, A. P.; TANG, A. T.; DO AMARAL, R. S.; PASSOS, A. D.; TAUIL, P. L. Dengue outbreak in Boa Vista, Roraima. Preliminary report. Ver Inst med Trop São Paulo, 25 (1): 53-4, 1983.
PAIM, J. S. Abordagens teórico-conceituais em estudos de condições de vida e saúde: notas para reflexão e ação. In: Barata RB, organizador. Condições de vida e situação de saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO. p. 7-30; 1997.
PAUMGARTTEN, F. J. R. Risk assessment for chemical substances: the link between toxicology and public health. Caderno de Saúde Pública, v. 9, n.4, p. 439-447, 1993.
PEREIRA, S. D. Conceitos e Definições da Saúde e Epidemiologia usados na vigilância sanitária. (Revisão bibliográfica) São Paulo, março de 2007.
PEREIRA, T. G. R.; ALENCAR, A. M. de; BARBOSA, H. A. M.; SOARES, L.T.; MONTEIRO, P. de F. Levantamento sobre a Incidência de Dengue e seu Controle em Campina Grande, PB. In: Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte – 12 a 15 de setembro de 2004.
PLANO ESTADUAL DE SAÚDE (PES) 2012-2015. Elaboração Departamento de Planejamento e Gestão (DEPLAN) e Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM).
PONTES R. J.; FREEMAN, J.; OLIVEIRA-LIMA J. W.; HODGSON J.C.; SPIELMAN A. Vector densities that potentiate dengue outbreaks in a Brazilian city. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene v.32, p. 378-383, 2000.
REZENDE, G. L., MARTINS, A. J., GENTILE, C., FARNESI, L. C., PELAJO-MACHADO, M., PEIXOTO, A. A., VALLE, D. Embryonic desiccation resistance in Aedes aegypti: presumptive role of the chitinized Serosal Cuticle. BMC Develop. Biol. (Online), 8(1):82. 2008.
ROSE, R. I. Pesticides and public health: integrated methods of mosquito management. Emerg. Infec. Dis., 7(1):17-23. 2001.
RUST, R. S. Human arboviral encephalitis. Semin Pediatr Neurol. 2012 Sep;19(3):130-51. Doi: 10.1016/j.spen.2012.03.002.
SILVA JÚNIOR, J. B.; PIMENTA J. F. G. Epidemiologia da dengue. In: Sousa, L. J. Dengue - diagnóstico, tratamento e prevenção. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed: Rubio , p.11-35, 2008.
TAUIL P. L. Urbanização e ecologia do dengue. Cad. Saúde Pública. 17(Supl): 99-102. 2001.
TEIXEIRA J. C.; PUNGIRUM M. E. M. C. Análise da associação entre saneamento e saúde nos países da América Latina e do Caribe, empregando dados secundários do banco de dados da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS. Rev Bras Epidemiol 2005; 8:365-76.
TEIXEIRA, M. G. et al. Dynamics of dengue virus circulation: a silent epidemic in a complex urban area. Tropical Medicine International Health, vol. 7, n. 9, p. 757-762, 2002.
VASCONCELOS, P. F. da C.; LIMA J. W. O.; RAPOSO, M. L.; RODRIGUES S. G.; ROSA, J. F. S. da; AMORIM, S. M. C.; ROSA, E. S. T. da; MOURA C. M. P.; FONSECA, N.; ROSA, A. P. A. T. da. Inquérito sorológico na Ilha de São Luiz durante uma epidemia de dengue no Maranhão. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical v. 32, n. 3, p. 171-179, 1999.
ZARPELON, A. C.; RIBAS, R. C.; RIBEIRO, F. H. M. Alerta epidemiológico: dengue em Maringá – PR; a epidemia de 2007 pode ser apenas a primeira. IV Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica do Cesumar 20 a 24 de outubro de 2008. Centro Universitário de Maringá – Paraná – Brasil.