EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CAMPO: ENFATIZANDO ÁGUAS SUPERFICIAS EM UMA ESCOLA DO SUDESTE PARAENSE
Alderuth da Silva Carvalho1, Josué Uchoa Teixeira2, Romildo Rocha da Silva2, Lelis Araújo de Oliveira3, Gustavo Francesco de Morais Dias4, Liuzeli Abreu Caripuna4
1Docente IFPA, mestre em Ciências Ambientais.
2Especialista em Educação do campo, agricultura familiar e sustentabilidade.
3Docente IFPA, mestre em Geociências.
4Mestre em Ciências Ambientais.
Resumo
Ao praticar Educação Ambiental em zona rural, devemos priorizar ações que respeitem e se adequem a realidade do campo. Dessa forma, foi realizada com os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Adão Machado da Silva, localizada na zona rural do Município de Marabá – Sudeste Paraense, uma sequência didática que teve como objetivo sensibilizar os alunos sobre a degradação de águas superficiais e suas consequências locais e globais. A pesquisa foi do tipo participante, descritiva. Para análise dos dados usamos o método qualitativo do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Como resultado, observamos que os alunos perceberam os impactos aos riachos da região e foram sensibilizados para os prejuízos atuais e futuros.
Palavras-chaves: Impactos ambientais. Escola do campo. Recursos hídricos. Sequência didática.
Abstract
When practicing Environmental Education in rural areas, we must prioritize actions that respect and suit the reality of the field. Thus, a didactic teaching was developed with the students of the Public School of Primary Education Adão Machado da Silva, located in the rural area of Marabá city- Southeast Paraense, whose objective was to sensitize students about a degradation of water surface and its local and global consequences. The research was done by type of participation, descriptive. For data analysis we used the qualitative method of Collective Subject Discourse (CSD). As a result, we noted that students perceived the impacts in the streams of the region and they were sensitized to current and future damage.
Keywords: Environmental impacts. School of the field. Water resources. Didactic of teaching.
Introdução
O estudo da Educação Ambiental (EA) historicamente é recente, data da década de 70, onde uma primeira abordagem sobre aconteceu no evento realizado pelas Nações Unidas sobre Meio Ambiente ocorrida na Suécia (MEDINA, 1997). Durante esse período foram realizados vários eventos, inclusive no Brasil, e em um desses eventos um passo importante para a fundamentação da EA foi dado, com o desenvolvimento dos Princípios da EA para as Sociedades, sendo a principal preocupação, a prática da EA sobre os problemas ambientais.
Intrinsecamente ligada e integrada ao contexto atual entende-se por Educação Ambiental:
“os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." (BRASIL, 1999. p. 1).
Inferimos que EA é a principal ferramenta na construção e envolvimento socioambiental, principalmente em áreas que já carregam um histórico de degradação ambiental, como por exemplo, em áreas da zona rural do sudeste paraense, através do desmatamento das florestas e poluição dos rios.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental em seu Art. 2° expõe qual a dimensão e prática dos centros de educação para com o meio ambiente, tratando que:
“A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental. ” (BRASIL, 2012, p.70).
Observa-se que no cenário atual há uma grande necessidade de inserir a EA nos planos educativos, principalmente nas escolas rurais, onde por muito tempo se limitou ao modelo urbano/industrial sem uma preocupação/consciência ambiental, porém as tentativas de incorporação nos currículos escolares ainda é bem reduzida o número de pesquisas e ações voltadas, principalmente em áreas como citadas anteriormente (ZAKRZEVSKI, 2004).
As escolas rurais necessitam de uma EA diferenciada que, baseada em um contexto próprio, veicule um saber significativo, crítico, contextualizado, do qual se extraem indicadores para a ação, reforçando um projeto-político-pedagógico vinculado a uma cultura política transformadora, baseada em valores que agregam a proteção, identidade e a diversidade (SOARES, 2007).
Diante dessa realidade, o objetivo deste trabalho é sensibilizar os alunos da Escola Adão Machado da Silva, da Vila Três Poderes localizada na zona rural do Município de Marabá- Sudeste do Pará, sobre a degradação dos recursos hídricos mais especificamente de águas superficiais, através da Educação Ambiental utilizando uma sequência didática. Bem como mostrar a importância da primeira como prática pedagógica no contexto dos impactos ambientais.
O processo de EA para o desenvolvimento consciente é necessário à inclusão permanente do processo de aprendizagem baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação valoriza ações que contribuem para a transformação de sociedades locais e para uma vida social ecologicamente equilibrada, considerando a diversidade individual e coletiva.
O tratamento dado a EA não pode ser distanciado da realidade dos educandos, deve ser parte integrante do processor de ensino-aprendizagem e de suas vidas também. É importante que o tratamento seja no sentido de conscientização e apelo para a preservação do Meio Ambiente, onde afinal todos são parte integrante dele e é preciso que todos os seus recursos e bens naturais estejam sempre preservados. Conscientizar quanto à preservação e conservação dos diferentes ecossistemas deve fazer parte desde cedo do currículo dos educandos, para que seja mais fácil dos indivíduos compreenderem a importância da preservação dos ambientes do qual também são responsáveis pela manutenção.
Referencial teórico
O conceito de EA vem evoluindo. Apesar de historicamente estar ligado aos conceitos ou representações atribuídas ao meio ambiente, nas últimas décadas, vem se consolidando e tornando-se um parâmetro no estabelecimento de novas concepções sobre educação no seu conjunto (SOARES, 2007).
Dias (2004) assinala a EA como um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornem aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e futuros.
De forma geral as preocupações ambientais não se iniciaram a partir da agricultura e do campo e sim da poluição industrial, porém ao longo dos debates, a agricultura e seus produtos, os recursos naturais renováveis (a água em particular, mas também os solos, as florestas etc.), e o espaço rural não tardaram a entrar em cena, e a ocupar um lugar notório no tema ambiente (JOLLIVET, 1998), se tornando paulatinamente um dos focos da EA.
No contexto rural, é evidenciada principalmente na segunda metade do século XX, a materialização de muitos conflitos sociais e ambientais advindos principalmente da revolução verde, do agronegócio que exibem uma forma produtiva concentradora e um desenvolvimento desigual e contraditório (MAZZALA NETO & BERGAMASTO, 2012).
Ainda nesse cenário, Bozza (2006) atenta principalmente para as matas ciliares, que têm importância na manutenção dos recursos hídricos, e sofrem pressão antrópica por uma série de fatores como a construção de hidrelétricas, abertura de estradas, implantação de culturas agrícolas e de pastagens, ressaltando que para os pecuaristas, representam obstáculos de acesso do gado ao curso d'água.
Assim, a EA no campo, ganha espaço e abordagens de essência própria com desafio de estimular um processo de reflexão sobre modelos de desenvolvimento rural que sejam responsáveis, economicamente viáveis e socialmente aceitáveis. Que colaborem para a redução da pobreza, para a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, para a transformação dos problemas socioambientais fortalecendo as comunidades (ZAKRZEVSKI, 2007).
Ainda que os impactos ambientais não tenham influência apenas local, para Demichei (2011) a preocupação com os problemas ambientais locais ajuda a criar um novo espaço de relações entre a escola, a comunidade e a realidade socioambiental que os envolve. As problemáticas ambientais locais são, portanto, um ponto de partida para efetivação da EA.
Por fim, a EA que queremos nas escolas do campo além de abordar aspectos intelectuais, cognitivos e éticos também deve estar comprometida com o empoderamento social (ZAKRZEVSKI, 2007).
Metodologia
O trabalho consistiu na aplicação de uma sequência didática de práticas de EA desenvolvidas Escola Municipal de Ensino Fundamental Adão Machado da Silva, localizada em Vila Três Poderes, à aproximadamente 130 quilômetros da Sede do Município de Marabá, Sudeste do Pará. Contou com a participação de discentes da turma do 5º ano, composta por 26 alunos com faixa etária entre 10 e 13 anos.
A pesquisa foi do tipo participante, qualitativa e descritiva, executada em 5 (cinco) momentos, enumeradas neste artigo de 1 a 5, contando com coleta dados por aplicação entrevista e registro das aulas por fotos e anotações.
Para análise dos dados usamos o método qualitativo do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), onde expressões dos entrevistados são analisadas e agrupadas por sentido semelhante a fim de formar um depoimento, escrito na primeira pessoa do singular, retratando o coletivo (LEFEVRE, 2014).
A sequência didática
1. Momento diagnóstico – Participação da comunidade escolar.
Após conversa prévia com a diretoria da escola, foi convocada uma reunião com alunos e seus responsáveis, professores atuantes na turma e coordenações da escola. Com o objetivo de apresentação do trabalho e entrevista coletiva para que eles apontassem dentre os impactos ambientais qual era mais perceptível ou trazia mais prejuízos para comunidade.
A comunidade indicou degradação e seca dos rios como um dos impactos mais visíveis na sua localidade. Esse resultado direcionou as ações de formulação da sequência didática de EA.
Houve a necessidade de confecção e entrega de folders informativos para os alunos, para que os mesmos pudessem levar para os seus pais e responsáveis todo cronograma de atividades e objetivos das mesmas.
2. Palestra com professor convidado.
O professor convidado, com formação em Geografia, palestrou em sala de aula sobre o tema “Escola Verde” (Figura 1). O objetivo da mesma foi esclarecer aos alunos a espeito da EA em ambiente formal sua função na preservação do meio ambiente, impactos antrópicos e as consequências para as futuras gerações. Em seguida os alunos foram levados a observar os arredores da escola, para apreciação do ambiente como forma de reforçar as informações.
Figura 1 – Palestra intitulada “Escola Verde”.
Fonte: Os autores.
3. Vídeos, fotos e textos ambientais.
Nesse momento os professores fizeram apresentações de vídeos e fotos retratando passado e o presente de rios em diversos estados brasileiros, e distribuição de textos com conteúdos semelhantes (Figura 2). O objetivo foi sensibilizar os alunos sobre a evolução e abrangência dos impactos antrópicos sobre os rios.
Figura 2 – Apresentação de vídeos, imagens e textos.
Fonte: Os autores.
Após apresentações, os alunos foram divididos em equipes para lerem e debaterem os textos, e de posse das informações confeccionassem cartazes (Figura 3) que expressassem suas conclusões sobre as imagens, vídeos e textos e fizessem a socialização com todos os grupos.
Figura 3 – Alunos debatendo para produção de cartazes
Fonte: Os autores.
4. Visitando um rio – Reflexões.
Os alunos foram levados ao campo onde tiveram contato com um rio e algumas grotas (pequenos igarapés) encontradas durante o percurso (Figura 4). Na ocasião a dona de terreno onde passa um trecho do rio foi convidada a fazer um relato sobre passado e presente deste rio e enfatizou que anos atrás o rio teria 30 metros de largura, mas que atualmente mede 6 metros e ainda que na estação de verão amazônico o rio seca.
A largura atual do rio foi comprovada pelos próprios alunos após medição com ajuda do professor, e ainda no local, professores e alunos fizeram uma discussão e reflexão crítica sobre este rio, sua função ambiental e social. Por fim os alunos foram divididos em duplas para formular perguntas para a próxima aula.
Figura 4 – Visita ao rio localizado na comunidade.
Fonte: Os autores.
5. Dúvidas e novas informações.
Os professores planejaram aulas curtas considerando o tópico desmatamento com ênfase em matas ciliares, assoreamento, poluição dos rios e igarapés. O objetivo da aula foi discutir e subsidiar respostas para as perguntas que foram elaboradas pela dupla formada ao final da visita ao rio e apresentadas nesta aula. De posse de novas informações e considerando o momento da visita ao rio, os alunos foram instruídos a construir relatórios que expressassem, além dos passos da visita, o registro de percepção, opiniões, conclusões e novos aprendizados.
Resultados e discussão
A palestra foi o primeiro momento de contato dos alunos com a proposta da EA, nesta os alunos foram instigados a olhar de forma especial para sua escola e localidade, buscando sensibilizá-los de forma a reforçar sua empatia e sentimento de pertencimento ao ambiente e a sua localidade, esse é um passo fundamental para EA, pois para Meyer (1991), é importante que o professor trabalhe estimulando o re-olhar, o redescobrir, o desvendar o ambiente em que vivemos e convivemos e ainda de acordo com Martinho (2007) os alunos necessitam reconhecer que o ser humano não é apenas parte integrante, mas elemento completamente indissociável e dependente do ambiente.
No segundo momento, lançando mão de estratégias audiovisuais. Foram apresentados vídeos, imagens e textos tratando sobre a degradação de rios surgiram comentários de conclusões significativas como “vi que toda essa degradação e até o desaparecimento rios é por causa das atividades do homem”. Demonstrando bastante envolvimento na tarefa de produção de cartazes, os educandos tomaram a iniciativa apresentar alguns rios da região que eles conhecem, relatando suas observações sobre cada um, expondo suas ideias acerca da poluição dos rios, desmatamento de matas ciliares e dos impactos causados à natureza devido atividades antrópicas.
Neste momento percebemos o feito da palestra no sentido de redescobrir seu ambiente e como a introdução de informações contextualizadas pode sensibilizar o aluno para que ele participe de forma ativa das ações. Essa percepção é corroborada por Borges (2010) afirmando que ao executamos uma atividade de Educação Ambiental, cujo objetivo seja oferecer conhecimentos, esse conhecimento adquirido pode levar o indivíduo ou grupo a desenvolver uma habilidade. A aquisição dessa habilidade pode sensibilizá-lo e levá-lo a participar de algumas iniciativas. Como forma de valorizar o conhecimento e produção dos alunos os cartazes formam anexados nos murais da própria escola.
No momento destinado a visita ao um rio que passa pela localidade, após observações do rio, seus arredores e conversa com uma moradora da localidade, os alunos construíram diversas indagações como: “O que aconteceu com esse rio que antigamente tinha bastante água limpa, muitos peixes e hoje está quase seco?”, “Como isso ocorreu?”, “Quais as consequências futuras?”, “O que devemos fazer para evitar o desaparecimento de nossa água doce? ” Como as pessoas que ainda vão nascer vão ficar sem esse rio? . Todas essas indagações foram levadas para discussão em sala com todos os alunos.
Depois da apresentação das perguntas, sem que os professores dessem as respostas, foram apresentadas aulas curtas com informações sobre recuperação de matas ciliares, tratamento caseiro de água e assuntos afins, de forma a subsidiar a construção de respostas. Os comentários mais frequentes foram “o desmatamento é que destrói os rios” “a destruição rápida das florestas está fazendo os rios secarem” “as pessoas precisam entender que só preservando a floresta o rio fica cheio”. Para formular o relatório proposto os alunos se despuseram a fazer pesquisa extraclasse para embasar as informações debatidas no relatório.
Nesses discursos, identificamos que foi atingido um dos objetivos dos trabalhos com temas ambientais preconizados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) no sentido de fazer o aluno “observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e positivo para garantir um meio ambiente saudável e boa qualidade de vida”. Sendo essas habilidades fundamentais para um cidadão consciente de seu papel na sociedade.
Percebemos o sucesso das visitas de campo no processo de ensino e aprendizagem como estratégia para EA, visto que surgiram, indagações frutíferas e discurso como: “na visita nas nascentes fiz muitas anotações, elas são muito especiais, elas que levam agua pros rios que tem aqui perto da nossa vila é muito importante pra gente e para os animais” .Nossa percepção é corroborada por Viveiro e Diniz (2009) afirmado que as atividades de campo constituem importante estratégia para o ensino, por serem motivadoras e possibilitarem o contato direto com o ambiente e a melhor compreensão dos fenômenos.
Podemos citar dentre as conclusões dos alunos “a gente precisa da nossa agua, aprendi que tem que cuidar dela, e das plantas”, transparece a finalidade da EA citada por Bozza (2006) no que tange esta agir como ferramenta para que seu importante papel de proteção dos fluxos d’água e voltem a ser considerados e abrangidos pelas pessoas que se beneficiam.
Por fim, o investimento em estratégias didáticas ainda é uma das melhores formas de facilitar a aprendizagem, para qualquer fim. Vygotsky (2008) afirma que a aprendizagem decorre da compreensão do homem como ser que se forma em contato com a sociedade, onde o homem modifica o meio ambiente e o meio ambiente modifica o homem, a interação que cada pessoa estabelece com o meio ambiente produz um significado próprio, formando uma experiência pessoalmente significativa.
Considerações finais
O diagnóstico das necessidades da comunidade e a valorização do conhecimento prévio dos alunos, torna a ação de EA significativa, direcionada e otimiza o processo de execução das estratégias pedagógica e seus resultados.
Os alunos conseguiram perceber a importância das matas ciliares e floresta de forma geral para a manutenção dos rios que é necessário a conscientização das pessoas de forma geral para que haja conservação dos serviços fornecidos pelo rio. No discurso ainda é possível perceber a preocupação com as futuras gerações. Porém quando eles citam o homem notamos que eles não se incluem entre esses protagonistas, fato que deve ser alvo de novas ações.
As aulas teóricas se mostraram importantes para apresentação de informações relevantes de forma sistematizada, estimulando a autonomia crítica dos alunos para formulação de suas próprias respostas, bem como variar as metodologias das aulas foi de relevância imensurável para que todos os alunos participassem, visto que cada estratégia explora um meio de sensibilizar o aluno.
Contudo, a aula crucial foi à aula de campo, pois a observação instiga os alunos ao questionamento e ao debate, construindo o pensamento crítico. Além disso, aula de campo feita na localidade do aluno, traz esclarecimento sobre sua realidade, fortalece o sentimento de pertencimento e identidade, potencializando o efeito social do impacto ambiental e dando significado concreto ao objetivo de sensibilização da EA.
Concluímos que não há como fazer Educação ambiental de forma linear e restrita a uma única área de conhecimento, nos possibilitando vislumbrar o conceito da transversalidade e interdisciplinaridade inerentes a EA, daí a indispensável contribuição de outros profissionais até mesmo depoimentos de moradores na execução deste projeto. Fazendo uma análise generalizada deste trabalho podemos afirmar que não há como fazer EA sem a participação de vários atores sociais. As questões ambientais devem ser pensadas e problematizadas com todos.
Por fim, a iminente necessidade de operacionalizar soluções para os problemas ambientais conta com a ferramenta EA, e para que se torne efetiva é necessário que seja fortalecida no campo pedagógico, dessa forma chegue a todos por meio da educação formal e não-formal, fazendo a diferença na construção de uma sociedade consciente e responsável.
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