IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA E LOGÍSTICA REVERSA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO



IMPLEMENTATION OF SELECTIVE COLLECT AND REVERSAL LOGISTIC IN A PUBLIC SCHOOL OF RIO DE JANEIRO



Leonardo Lopes de Campos1, Alexsandra Machado da Silva dos Santos2, Maria Geralda de Miranda3, Reis Friede4, Patricia Maria Dusek5,

Kátia Eliane Santos Avelar6



1Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta, UNISUAM. Docente do Centro Universitário Augusto Motta, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: leolopes.rio@gmail.com.



2Doutora em Letras pela PUC-RIO. Professora Titular do Curso de Tecnólogo em

Logística, Centro Universitário Augusto Motta, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: alexiam100@hotmail.com.



3Pós doutora em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ. Docente e Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: mgeraldamiranda@gmail.com.



4Doutor em Direito Político pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente e Pesquisador do Programa de Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta, UNISUAM. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: reisfriede@hotmail.com.



5Pós doutora em Justiça Constitucional pela Università di Pisa. Coordenadora, Docente e Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: patricia.dusek@unisuam.edu.br.



6Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: katia.avelar@gmail.com.





RESUMO

Este estudo teve por objetivo evidenciar os benefícios da metodologia 5S e a logística reversa em uma escola pública do Rio de Janeiro. A aplicação do 5S gerou hábitos ambientalmente saudáveis aos envolvidos com a ampliação dos resultados além dos muros da escola, como uma proposta de educação ambiental.

Palavras-chave: Resíduos sólidos; Meio ambiente; 5S; Sustentabilidade.



ABSTRACT

This study aimed to highlight the benefits of the 5S methodology and the reverse logistics in a public school in Rio de Janeiro. The application of 5S generated environmentally healthy habits to those involved with the expansion of results beyond the walls of the school, as a proposal of environmental education.

Keywords: Solid waste; Environment; 5S; Sustainability.



1 INTRODUÇÃO

A grande concentração de pessoas nas zonas urbanas seguido do estilo de vida moderno traz como consequência um aumento da produção de resíduos inorgânicos, com impactos desta ação antropológica ao meio ambiente. Estes resíduos, quando manejados e destinados de maneira inadequada, podem gerar adversidades que vão além do âmbito ambiental, com a geração de problemas econômicos, sociais e de saúde pública (OLIVEIRA; GALVÃO JUNIOR, 2016).

Nos últimos anos, diversas iniciativas têm se formado na sociedade civil na busca por soluções para o problema do lixo, frente ao desafio de reduzir a poluição ao meio ambiente. Leite (2017) chama a atenção para as necessidades ambientais de sensibilidade ecológica, e pontua que seu crescimento nas empresas e governos se justifica - em grande parte - pela procura de meios para amenizar os efeitos negativos ao ambiente em todas as etapas dos processos produtivos.

Em paralelo, grupos se desenvolvem direcionando suas ações ao bem-estar comum de forma altruísta e muitas vezes sem apoio governamental ou de grandes organizações, unidos por um aumento da parcela da população engajada com práticas de consumo consideradas ambientalmente amigáveis, o novo padrão de “consumidores verdes” (MCCARTHY; LIU, 2017).

Frente à necessidade de engajamento das esferas públicas, no Brasil, o desenvolvimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (BRASIL, 2010) trouxe consigo determinações com metas aos governantes municipais e estaduais, referentes à implantação efetiva de medidas para redução do problema do lixo através da gestão de resíduos sólidos em seu território. Entre essas medidas estão a implantação e gestão de sistemas de coleta seletiva na rede de limpeza pública dos municípios. Chaves; dos Santos Jr.; Rocha, (2014), apontam os programas de coleta seletiva das cidades como uma das questões de maior importância para o atingimento pleno dos objetivos da PNRS.

Contudo, mesmo diante dessa realidade alarmante, como apresentado na pesquisa bianual CICLOSOFT realizada pela associação CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem), em 2016 foi constatado que apenas 1055 munícipios brasileiros (aproximadamente 18%) operavam programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2016).

Esse cenário de baixa atenção do Estado incentiva indiretamente mobilizações de grupos de pessoas e empresas que estão preocupadas com os problemas que afligem seu cotidiano. É neste contexto, que está inserido o Colégio Estadual que foi o locus deste estudo. A escola está localizada no município de Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde não há nenhum programa de coleta seletiva municipal (CEMPRE, 2016) e, além disso, o local ainda sofre com deficiências na coleta pública direta de lixo. Neste colégio, por iniciativa particular de um grupo da gestão administrativa, foi proposto um programa de Logística Reversa, tendo como orientação teórica das ações, os princípios da metodologia 5S.

Assim, o objetivo deste trabalho foi evidenciar os benefícios atingidos pela implantação da logística reversa, juntamente com a metodologia 5S, por meio da educação ambiental, bem como os impactos sustentáveis e de desenvolvimento local atingidos pela coleta seletiva, em uma escola pública do Rio de Janeiro. Para atingir o objetivo, a estrutura deste trabalho se divide em uma breve revisão sobre os conceitos teóricos de logística reversa e coleta seletiva a partir da PNRS, com destaque da importância para as cidades. Em seguida, foram apresentados os princípios do método 5S, e a sua contribuição para a implantação da coleta seletiva na escola. Por fim, para a avaliação dos resultados do projeto, em alinhamento com a educação ambiental, foi analisado o engajamento dos estudantes, por meio de uma comparação com os conceitos descritos na Política Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 1999), assim como os conceitos propostos por Schäfer (2009) e praticados por Costa et al. (2018).

2 O PROBLEMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

“O lixo, quando não tratado adequadamente, pode ser responsável por impactos ambientais graves” (MUCELIN; BELLINI, 2008, p.117). O consumo constante de produtos industrializados é um dos principais responsáveis pela produção de lixo urbano. A intensidade desta produção torna impossível conceber uma cidade sem considerar a problemática gerada pelos resíduos sólidos.

Os atuais padrões de consumo, em todo o mundo, particularmente em economias de rápido crescimento, geram uma quantidade de resíduos que não podem mais prescindir de tratamento organizado e planejado para que seja economicamente eficiente (ELSAID; AGHEZZAF, 2016).

Assim, observa-se no decorrer dos anos, um aumento da preocupação coletiva com este problema, motivada pelos pesados impactos, cada vez mais perceptíveis à sociedade, como degradação do solo, poluição do ar e comprometimento dos recursos hídricos (TORRES-GARCIA et al., 2015).

No cenário mundial, os esforços para o planejamento das cidades têm sido influenciados, significativamente, pelas tentativas de reparo dos efeitos prejudiciais da urbanização em grande escala, como a degradação ambiental, as desigualdades sociais e problemas econômicos relacionados à expansão urbana (JOSS, 2010).

A importância das facetas sociais e econômicas é apontada por Gutberlet (2016), ao ilustrar o confronto entre a percepção do lixo por quem o produz e por quem o usa como fonte de renda.

O lixo incorpora racionalidades conflitantes, por exemplo, entre aqueles que percebem os resíduos como recursos de propriedade comum e aqueles que o veem como mercadoria lucrativa. Objetos feitos de recursos naturais e transformados através de processos industriais podem se tornar ameaças ao meio ambiente, à saúde humana e à sustentabilidade, uma vez descartados. Ao mesmo tempo, esses objetos e materiais tornam-se recursos para aqueles que os coletam, separam e os transformam (GUTBERLET, 2016, tradução dos autores).

2.1 A Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS

A lei n. 12.305 de 2 de agosto de 2010, em seu artigo 1º, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e dispões sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre suas diretrizes relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos, inclusive os perigosos (exceto os radioativos), às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis (BRASIL, 2010).

O Art. 3º, inciso X, define o gerenciamento de resíduos sólidos como:

Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei (BRASIL, 2010, p. 1).

A importância desta lei fica evidente por imputar consideração de responsabilidade aos geradores e ao poder público quanto à destinação ambientalmente correta do resíduo gerado.

O Art. 7°, inciso II, define os objetivos da PNRS como não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, assim como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. São chamados de rejeitos os resíduos sólidos que tiveram todas as suas possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem esgotadas, restando apenas o aterro sanitário ou a incineração como destinações finais plausíveis.

Segundo observação de Oliveira; Galvão Junior (2016), a não geração, redução, e a reutilização somente atingem resultados de longo prazo, pois estão fortemente relacionadas com a adoção de comportamentos ambientalmente adequados pela sociedade. Por sua vez, a reciclagem, que já é realizada de formas não organizadas pelo país, possui grandes potenciais de crescimento com os incentivos da PNRS.

Para melhores ações de destinação do lixo, os métodos de reaproveitamento são os mais indicados por causarem menor impacto, contudo necessitam de uma gestão eficiente junto à uma preocupação ambiental autêntica (CAETANO; DEPIZZOL; REIS, 2017).

Joss (2010), destaca que uma cidade para o futuro deve buscar desenvolver-se em prol do atendimento das necessidades ambientais, através do desenvolvimento de processos orientados para o cumprimento das metas e visões da sustentabilidade urbana. Esses processos devem estimular e facilitar a inovação, melhorando a cooperação e a coordenação entre diversos atores e oferecendo incentivos políticos e regulatórios.

A implantação de políticas públicas para mitigar os impactos socioambientais da destinação inadequada dos rejeitos é de ampla importância para todos. Contudo, ressalta-se que o poder público não deve ser o único responsável por toda cadeia dos resíduos sólidos. Produtores e consumidores também precisam se engajar e participar efetivamente do processo.

2.2 Educação ambiental

Para Costa et al. (2018), a educação ambiental possui um papel fundamental na minimização do quadro emergencial de degradação do meio ambiente, que é cada vez mais notório na sociedade. Essa capacidade da educação ambiental se dá por sua prática que possibilita a formação de indivíduos que saibam valorizar o ambiente seja no contexto natural ou cultural.

Schäfer (2009) apresenta a educação ambiental como um processo de aprendizagem participativa onde o indivíduo participa efetivamente das ações e reflexões a respeito dos problemas ambientais e consequentemente o desenvolvimento de soluções. Semelhante a este conceito, Roos e Becker (2012) desenvolvem o entendimento da educação ambiental como uma metodologia conjunta em que cada pessoa envolvida pode desenvolver habilidades e competências para vir a assumir um papel de agente responsável pela análise e multiplicador de atitudes que provoquem melhorias nos problemas ambientais no meio em que vivem e possuem poder de mudança, tornando assim os próprios cidadãos em agentes transformadores.

Desta forma, a temática ambiental e sua importância devem ser desenvolvidas de modo que as pessoas tenham capacidade de tomar atitudes éticas em relação à comunidade e ao meio, que conduzam à uma melhora da qualidade de vida para o coletivo.

2.3 A contribuição da Logística reversa para a educação ambiental

Para a logística empresarial convencional, os canais de distribuição diretos são constituídos pelas diversas etapas que os bens comercializados passam de sua produção até o consumidor final, seja uma empresa ou uma pessoa física. Segundo Ballou (2007), embora seja fácil pensar na logística apenas como este gerenciamento de fluxo de produtos até os clientes, para muitas empresas há ainda um canal reverso que deve ser gerenciado, pois a vida de um produto, do ponto de vista logístico, não se encerra com a sua entrega ao cliente.

Insere-se neste cenário a logística reversa, responsável pelo planejamento, implantação e gerenciamento dos processos de que envolvem o fluxo material e econômico que acontecem após ou durante a etapa de consumo do bem (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 2001).

Ratificando esta visão, a definição de Leite (2017) apresenta a logística reversa como uma área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações dos canais por onde os produtos, ou parte deles, retornam ao ciclo produtivo sendo reutilizados, reaproveitados em outras finalidades, reciclados ou seguem para destinação final adequada.

Desenvolvendo melhorias nas maneiras de operar o fluxo de materiais após o consumo, esta área do conhecimento vem se expandido mundialmente, acabando por envolver todas as camadas de cadeias de suprimento em diferentes setores da economia.

As colocações a respeito da logística reversa são um ponto importante da PNRS. Uma de suas atribuições incluída na PNRS, é que a Logística Reversa é um “instrumento de desenvolvimento econômico e social” (BRASIL, 2010, p. 1). Isso se dá por conta dos benefícios que podem ser alcançados em sua aplicação adequada, como viabilizar a coleta e a destinação adequada de resíduos nos processos reversos de pós-consumo ou pós-venda (LEITE, 2017).

Esta divisão nos tipos de processos reversos é definida conforme as diferentes decisões no retorno dos produtos após a venda ou após seu uso pelo consumidor. São alguns exemplos de destinação do produto: retorno ao fornecedor, reciclagem (completa ou em partes), revenda, doação, desmanche para aproveitamento de componentes, descarte final adequado (aterros ou incineração), dentre outros (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 2001; GOVINDAN; SOLEIMANI; KANNAN, 2014).

Figura 1 – Processo resumido da logística reversa

Fonte: GOVINDAN; SOLEIMANI; KANNAN, 2014, com modificação.

Conforme apresentado por Fernandes et al. (2017), alguns fatores têm contribuído para o aumento no interesse da comunidade empresarial na implantação da logística reversa, como as questões ambientais, os fatores econômicos e as exigências legais. A busca por soluções para o encaminhamento adequado dos resíduos de pós-consumo tem constituído um significativo desafio contemporâneo, sobretudo no que se refere à prevenção da poluição originada pelo problema do lixo (OLIVEIRA; GALVÃO JUNIOR, 2016).

2.4 O Processo de Coleta seletiva

Os resíduos sólidos podem ser classificados ou não em sua origem (pós-consumo). Resíduos não classificados devem passar por um processo de triagem para separação de materiais que podem ser recuperáveis aos ciclos reversos. Papel, vidro, plástico e metal são alguns dos principais materiais recicláveis ​​que podem ser reutilizados ou reciclados encontrados no lixo urbano (ELSAID; AGHEZZAF, 2016).

Entende-se por coleta seletiva o processo de captação dos resíduos sólidos e separação entre materiais recicláveis e rejeitados. Um programa de coleta seletiva deve ser norteado pela busca de melhorias na conjuntura ambiental através da reciclagem, reduzindo o volume de resíduos dispostos em situações inadequadas e, quando possível, destinando-os à transformação em matéria prima para redução da extração de recursos naturais (PINTO; MONDELLI, 2017).

A coleta seletiva consiste em uma das principais ferramentas para o gerenciamento dos resíduos sólidos, de acordo com a PNRS (BRASIL, 2010). Quando praticada adequadamente, com participação de todos, a separação adequada acontece ainda no elo de consumo, assim reduzindo os custos com segregação e minimizando os resíduos destinados aos aterros (PINTO; MONDELLI, 2017).

Porém, esta é uma realidade vista em pouquíssimos municípios brasileiros, onde até 2016, apenas 18% dos municípios operavam programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2016). Segundo Bernardo; Lima (2017), os custos orçamentários de implantação e da manutenção da coleta seletiva municipal somados à cultura ambiental do município, são as principais restrições que dificultam a adoção efetiva dos programas.

Neste cenário, as cooperativas de catadores se tornam personagens importantes na operacionalidade da logística reversa de pós-consumo nas áreas urbanas. Estima-se que o aumento de políticas públicas e ações de organizações privadas com intuito de integrar a força dos catadores, seja um caminho estratégico na implantação eficiente da coleta seletiva.

2.5 O programa 5S

Originário no Japão, o programa 5S é historicamente aplicado junto ao desenvolvimento de sistemas de qualidade na melhoria de ambientes de trabalho (KARDEC; NASCIF, 2009). Seu conceito também pode ser encontrado em literaturas como Prática da Qualidade Ambiental (MAHZAN; AISHAH, 2015) ou Housekeeping (LOBO, 2010). Segundo Mahzan; Aishah (2015), sua prática tem sido adotada em organizações que buscam uma maneira de alcançar o Gerenciamento de Qualidade Total (TQM) e a excelência nos negócios.

O nome 5S deriva dos 5 ideogramas que definem os princípios e atividades do programa: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke. No Brasil, estes ideogramas originais são equivalentes, respectivamente, aos sensos de: utilização, organização, limpeza, saúde e disciplina (KARDEC; NASCIF, 2009; LOBO, 2010), conforme pode ser visualizado na Figura 2, abaixo.

Figura 2 – Ciclo do 5S e seus significados

Fonte: Elaborada pelos autores, conforme definições de Lobo, 2010.

O senso de utilização entende as necessidades para manter apenas o imprescindível. O que não é necessário deve ser descartado. Busca-se melhorar a disposição do espaço de maneira racional, considerando a rotina de utilização dos materiais. Sendo também de possível aplicação em processos, conforme apresentado e executado por Dewi; Setiawan; Nugroho (2013), o senso de utilização dá ênfase para a estratificação de atividades necessárias e desnecessárias, permitindo identificar perdas intangíveis.

O senso de organização envolve a facilitação de acesso aos materiais, atuando no local de uso, de estocagem e de abastecimento, considerando a rotina do local. Também é tratado neste senso, a identificação clara e correta para evitar desentendimentos.

O senso de limpeza preza pelo cuidado do local, buscando realizar e melhorar a limpeza do espaço. Ambientes limpos facilitam a detecção de anormalidades e motivam os envolvidos em prolongar a arrumação.

O senso de saúde trata dos cuidados com a higiene e com o asseio do ambiente para as pessoas, preservando sua saúde física e mental. Também está relacionado com o atendimento às normas e definição de padrões para os demais sensos.

O senso de disciplina envolve as relações interpessoais, o comprometimento com a organização e sua missão, a participação engajada no programa e a busca pela melhoria contínua. Este senso também trata da validação dos demais, geralmente realizada através de auditorias do cumprimento das diretrizes do programa. Para Lobo (2010, p.83), a efetividade do Shitsuke constata-se “ao observar e avaliar a rotina estabelecida na implantação dos outros quatro sensos”.

Auxiliando na educação para constituição de um melhor ambiente, “o 5S pode ser definido como uma estratégia para potencializar e desenvolver as pessoas a pensarem no bem comum” (KARDEC; NASCIF, 2009, p. 188).



3 MATERIAIS E MÉTODOS

O método de análise e desenvolvimento empregado neste estudo foi o de estudo de caso, abordando a situação real por meio de investigações. O estudo trata a análise dos resultados com uma abordagem qualitativa, a fim de se observar os resultados obtidos com a implantação do projeto na escola alvo do estudo. Para os embasamentos teóricos a respeito das técnicas de implantação do programa na escola, foram utilizadas revisões de publicações nacionais e internacionais, pesquisadas nas bases de dados Scielo, base ENEGEP, Research Gate e Emerald Insight.

A utilização da metodologia 5S na escola para implantação do programa seguiu os conceitos apresentados anteriormente, conforme Kardec e Nascif (2009), Lobo (2010) e Dewi, Setiawan e Nugroho (2013). As etapas para implantação do projeto de coleta seletiva com uso do método foram:

a) conhecer os resíduos gerados, de acordo com o senso Seiri;

b) definir quais lixeiras necessárias e locais de instalação, de acordo com o senso Seiton;

c) limpar e montar lixeiras com os próprios resíduos, de acordo com o senso Seisou;

d) padronizar locais de armazenamento, de acordo com os sensos Seiton e Seiketsu;

e) desenvolver ações de educação ambiental com professores e alunos, de acordo com o senso Shitsuke;

f) sensibilizar equipes de limpeza, de acordo com os sensos Seiketsu e Shitsuke; e

g) monitorar a coleta seletiva, de acordo com o senso Shitsuke.

O desenvolvimento de cada etapa desta pode ser analisado no item resultados e discussão.

Quanto a análise de adequação do projeto à educação ambiental, verificou-se por meio de observação seu alinhamento com determinados requisitos, propostos a partir dos conceitos descritos na Política Nacional de Educação Ambiental (1999), assim como os conceitos propostos por Schäfer (2009) e praticados por Costa et al. (2018). Os requisitos de adequação com a educação ambiental são:

a) o projeto atuou de maneira a minimizar os dados ao meio ambiente naquele meio?

b) houve transformação de valores e atitudes nos alunos e professores que permitiram a continuidade do projeto com equipes (e gerações) futuras?

c) os alunos desenvolveram atividades éticas voltadas para o benefício coletivo da comunidade?

d) a equipe do projeto proporcionou atividades que desenvolvessem conhecimento para conservação do ambiente?

e) o projeto de alguma maneira proporcionou benefícios sociais, mesmo que indiretamente?

f) a equipe adquiriu competências para se tornar agente multiplicadora das atividades ambientais do projeto?

3.1 O ambiente de estudo: a escola

Devido à solicitação durante a coleta de dados, não será apresentado no estudo o nome da escola pública, cenário deste estudo, limitando-se apenas a situá-lo geograficamente. A escola está localizada no bairro Parque São Francisco, no município de Nova Iguaçu, estado do Rio de Janeiro. Apesar de ser um município da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu é uma das cidades da Baixada Fluminense que não apresenta um programa municipal de coleta seletiva (CEMPRE, 2016). Devido à localização da escola, na periferia da cidade de Nova Iguaçu, grande parcela dos alunos são moradores das proximidades e originários de famílias de baixa renda. É pertinente destacar que pela falta de infraestrutura na localidade, como asfalto e calçamento, o acesso à unidade escolar se torna difícil nos dias de chuva, dificultando a chegada dos alunos e professores. Somando-se a essas deficiências de ordem pública, a coleta municipal de lixo na área é irregular.

Apesar da deficiência na infraestrutura, a escola é um referencial de cidadania para as famílias da região. Neste ambiente, foi desenvolvido pela equipe de gestão do colégio um programa de adoção de práticas provenientes da administração empresarial e científica à rotina do colégio. Entre estas, a implantação do 5S no colégio. No decorrer dos levantamentos de ações e possíveis resultados, vislumbrou-se a possibilidade da integração do 5S com um canal reverso dos resíduos gerados no ambiente escolar.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 A implantação do Programa 5S na escola

Considerado um instrumento eficaz para a formação de hábitos saudáveis, o programa 5S foi implantado no colégio a fim de alcançar professores, prestadores de serviços, alunos e inclusive a comunidade. As etapas práticas de utilização do método serão ilustradas no decorrer do estudo de caso apresentado.

Para a reunião de informações sobre o histórico do ambiente de estudo e o desenvolvimento do projeto, foi realizada uma entrevista semiestruturada com uma das professoras e coordenadoras, que tiveram participação desde o início das atividades. Esta modalidade de entrevista foi escolhida, por possibilitar perguntas previamente estabelecidas, com respostas abertas, permitindo também a inclusão de questões no decorrer da entrevista, que não haviam sido planejadas.

Registros em fotos e vídeos de eventos associados ao projeto foram utilizados durante a análise das etapas do projeto e de seus resultados. Também foi realizada visita técnica ao colégio para observação das contribuições do projeto.

4.2 Realização do Estudo de caso sobre a implantação da coleta seletiva e o programa 5S

No ano de 2010, iniciou-se neste colégio, uma série de iniciativas pautadas em práticas conhecidas da administração empresarial, com finalidade de otimizar a gestão da unidade. Uma das propostas apresentada pela comissão de orientadores foi a inserção do 5S na rotina do colégio.

A metodologia foi bem recebida e acompanhada da proposta para expansão da área administrativa para todo o colégio, incluindo as áreas da cozinha, pátio e salas de aulas. Sob as perspectivas dos sensos de organização e limpeza da filosofia 5S, o descarte adequado de lixo foi evidenciado como um dos itens mais importantes para prosseguir com o projeto. Nesta necessidade, a logística reversa para gerenciamento dos resíduos sólidos se mostrou como uma ótima oportunidade a ser explorada. Logo no ano seguinte, iniciou-se a implantação de um canal reverso alinhado ao atendimento dos sensos do 5S, servindo ainda como instrumento de redução do impacto ambiental.

4.3 Garantia de apoio da escola

Fez-se de grande importância que a direção da escola participasse do projeto de coleta seletiva para auxiliar na garantia de apoio. Almejando ações duradouras, foi necessário mobilizar não só professores e alunos, mas todos os funcionários da escola, com atenção a equipe da limpeza e da cozinha.

Para tal, a participação da diretoria pesou na quebra da resistência inicial, junto com a criação de uma comissão interna encarregada de planejar as ações e gerenciar os recursos. Esta comissão era composta por professores, funcionários operacionais e, principalmente, por alunos eleitos representantes, oriundos de diferentes turmas.

Definidos os pré-requisitos internos, prosseguiu-se com o desenvolvimento do projeto alinhado em atender os sensos do 5S. A tabela 1 ilustra a relação do 5S com as etapas:

Tabela 1 – Relação das etapas do projeto com o programa 5S

Fonte: Elaborada pelos autores.

4.4 Conhecimento sobre os resíduos gerados

O trabalho se iniciou com o conhecimento dos tipos e quantidades de resíduos produzidos no colégio, com intuito de definir de forma mais adequada os materiais que devem ser separados em cada tipo de reciclagem, reuso ou descarte como rejeito (por exemplo, resíduos úmidos). Em resumo, constatou-se quais os tipos de materiais compunham o lixo gerado na instituição. Estes dados foram tabelados e utilizados nas etapas seguintes.

4.5 Definição das lixeiras necessárias e locais de instalação

Organização das lixeiras necessárias para os tipos de resíduos de acordo com sua estimativa de produção, considerando ainda o movimento de pessoas, a facilitação de trabalho para as equipes de limpeza e a estimativa de quantidade.

4.6 Montagem de lixeiras recicladas, limpeza e armazenamento

Quase todas as lixeiras utilizadas no projeto já eram lixeiras antigas do colégio que foram recuperadas (manutenção e pintura) e identificadas conforme a matéria prima reciclada.

Nesta etapa a logística reversa se mostrou novamente presente. Foram montadas lixeiras para uso interno reaproveitando diversos recipientes, como caixas de papelão, garrafões de plástico e latas, que foram trabalhados artesanalmente, identificados e preparados para receber o lixo.

Com as lixeiras montadas e organizadas, as rotinas de limpeza passaram a seguir a separação do lixo. Uma área interna foi inicialmente destinada para o armazenamento dos resíduos acumulados até a coleta externa.

4.7 Ações de educação ambiental com professores, alunos e equipes de limpeza

Sensibilizar a comunidade escolar para a colaboração de todos na coleta seletiva foi uma das partes mais importantes do processo. Para tal, foi definida uma semana marco para início prático do projeto de coleta seletiva. Na ocasião, foram realizados eventos de conscientização para a comunidade escolar.

Sendo um elo primordial, as equipes de limpeza foram incluídas como participantes em todos os eventos, com objetivo de conhecerem mais sobre a temática de destinação adequada de resíduos e os benefícios que podiam ser alcançados. Desde então, com objetivo de perpetuar o engajamento com a coleta seletiva, são realizadas culminâncias de projetos com temas envoltos à educação ambiental.

4.8 Monitoramento da coleta seletiva

Para coleta adequada dos resíduos na escola, a comissão interna realizou contato com uma cooperativa de reciclagem relacionada com catadores atuantes no bairro. Foram designados catadores para coleta na escola em dias alternados, que levam os materiais até um pequeno depósito próximo ao colégio - não sendo mais necessária uma armazenagem interna – onde quinzenalmente a cooperativa realiza uma coleta maior.

A comissão interna então passou a monitorar o programa e o atendimento dos requisitos estabelecidos. Também fica à cargo da comissão administrar e apresentar resultados com transparência dos repasses financeiros obtidos das reciclagens, geralmente destinando-os à compra de equipamentos e materiais para o projeto.

4.9 Resultados - Verificação da implantação do projeto na escola e adequação à Educação Ambiental

Como forma de manter o engajamento da comunidade escolar, a comissão divulgava constantemente os resultados da cadeia de coleta seletiva, como os recursos obtidos e toneladas recicladas, estimulando o interesse dos envolvidos ao buscarem saber da evolução do projeto.

Na verificação de funcionamento da coleta seletiva, alinhada ao senso Shitsuke, a iniciativa de se estabelecer uma área interna para separação do lixo até a coleta, apresentou resultados negativos, pois após alguns meses, roedores e insetos começaram a surgir nos arredores do local de armazenamento. Tão logo se noticiou a ocorrência, uma nova solução foi estipulada pela comissão, o lixo passou a ser armazenado em um depósito próximo ao colégio, e recolhido em dias alternados por catadores já atuantes no bairro. Essas pessoas envolvidas com este trabalho puderam arrecadar uma renda adicional advinda de uma parcela dos materiais reciclados. Com a triagem sendo realizada na localidade, a retirada pelo caminhão da cooperativa passou a ser quinzenal.

A compreensão da importância da destinação adequada dos resíduos sólidos somada com a aplicação educativa do 5S gerou hábitos ambientalmente agradáveis nos professores e alunos, que consequentemente levaram esses costumes para seus lares e famílias. Inclusive, muitos moradores passaram a realizar a separação de materiais em suas residências, levando os resíduos secos ao depósito, ou disponibilizado para a coleta individualizada.

Dentro do ambiente escolar, o combate aos desperdícios e a sujeira contribuíram para a geração de um ambiente mais satisfatório para o ensino, além de tornar a prestação de serviços de limpeza eficiente e dinâmica. As parcelas restantes das receitas advindas com a reciclagem foram utilizadas para a compra de materiais para a limpeza, conservação ou itens de uso coletivo, sempre de forma transparente, com divulgação nos informativos. Eventualmente, foram realizadas ações sociais comunitárias financiadas com os recursos do advindos do projeto, além da contratação de dentistas e psicólogos para o atendimento da comunidade.

Também foram promovidos, periodicamente, eventos de conscientização ambiental relacionados com o programa, como gincanas educativas, com grande engajamento dos alunos. A comissão interna de coordenação do programa passou a ser um grêmio, com renovação por meio de eleições bienais.

Observou-se que um dos maiores resultados foi obtido na resposta do corpo discente. Os alunos abraçaram o projeto com o sentimento de pertencimento ao colégio, determinados a zelar pela limpeza e a imagem da instituição. Além das rotinas descritas, eles executaram, de maneira voluntária, mutirões de pintura e capina do terreno do colégio. Tais ações, permitiram que as crianças e adolescentes ao participarem ativamente, passassem a enxergar o espaço escolar como uma extensão de suas casas, e a exercerem um cuidado efetivo com tal ambiente, o que é possível de ser observado com o descarte adequado do lixo até a preservação do ambiente como um todo.

Desta forma, é possível atestar que o projeto de implantação de coleta seletiva se adequou com sucesso ao desenvolvimento da educação ambiental nesta escola estadual e na comunidade onde ela está inserida. Conforme os requisitos determinados anteriormente, atesta-se que o projeto atuou de maneira a minimizar os dados ao meio ambiente naquele meio, utilizando como base de implantação a metodologia 5S.

O desenvolvimento do grêmio de gestão do programa por parte dos próprios alunos (com eleições periódicas, com grande concorrência), demonstrou a transformação de valores e atitudes que permitiram a continuidade do projeto. Como apresentado, contatou-se que as atividades realizadas no projeto foram multiplicadas também nas residências de alunos e professores devido ao desenvolvimento do conhecimento sobre a importância da conservação do ambiente e pequenas atitudes que todos poderiam realizar.

Os alunos envolvidos no projeto tornaram-se agentes multiplicadores da educação ambiental, principalmente, por meio do grêmio de gestão que permitiu a criação de uma postura de posse do ambiente escolar, inclusive cobrando atitudes éticas dos alunos novos e para a conservação e a limpeza do espaço comum da escola. Por fim, o projeto proporcionou benefícios sociais diretos e indiretos, tanto na geração de renda por meio da cooperativa parceira da coleta seletiva, quanto pelas ações sociais promovidas com o dinheiro arrecadado com a reciclagem.



5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atestou-se neste estudo, que o programa 5S potencializou a eficácia da implantação bem como auxiliou no monitoramento e preservação do sistema de coleta seletiva no colégio estadual alvo do estudo. Por sua vez, o projeto proporcionou efeitos positivos além dos muros da instituição, contribuindo nos resultados da cooperativa parceira e auxiliando na chegada de uma rota de coleta seletiva ao bairro, trazendo benefícios sociais e econômicos.

A logística reversa por si só, viabilizou a separação e destinação adequada dos resíduos, enquanto as práticas das atividades na perspectiva da filosofia 5S, contribuíram com ações de conscientização sobre a preservação do ambiente escolar.

Como vislumbre de expansão ao projeto, a direção do colégio estuda tornar os atendimentos sociais realizados para a comunidade de forma contínua. Vale destacar que esses atendimentos só foram possíveis devido aos recursos arrecadados pela escola com a reciclagem dos resíduos, o que demonstra o caráter sustentável do projeto.

Como sugestões, para a ampliação do projeto, a escola foi indicada como um depósito PEV (Ponto de Entrega Voluntária) para garrafas PET, vidros, e outros materiais como móveis velhos e óleo de cozinha usado, contribuindo de forma significativa para a coleta adequada dos resíduos sólidos urbanos.



6 REFERÊNCIAS

BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos / logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 616 p.

BERNARDO, M.; LIMA, R.S. Planejamento e implantação de um programa de coleta seletiva: utilização de um sistema de informação geográfica na elaboração das rotas. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v. 9, suppl. 1, p. 385-395, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2175-3369.009.supl1.ao10.

BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1999.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2010.

CAETANO, M.D.D.E.; DEPIZZOL, D.B.; REIS, A.O. P. Análise do gerenciamento de resíduos sólidos e proposição de melhorias: estudo de caso em uma marcenaria de Cariacica, ES. Gestão & Produção, São Carlos, v. 24, n. 2, p. 382-394, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0104-530x1413-16.

CHAVES, G.L.D.; DOS SANTOS JR., J.L.; ROCHA, S.M.S. The challenges for solid waste management in accordance with Agenda 21: a Brazilian case review. Waste Management & Research, v. 32, suppl. 9, p. 19-31, 2014. DOI: 10.1177/0734242X14541987.

CEMPRE. Compromisso Empresarial Para Reciclagem. Pesquisa CICLOSOFT, 2016.

COSTA, R. D. A. et al. Paradigmas da educação ambiental: análise das percepções e práticas de professors de uma rede pública de ensino. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n. 1, p. 248-262, 2018.

DEWI, S.R.; SETIAWAN, B.; SUSATYO NUGROHO, W.P. 5S program to reduce change-over time on forming department (case study on CV Piranti Works temanggung). IOP Conference Series: Materials Science and Engineering, v. 46, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1088/1757-899X/46/1/012040.

ELSAID, S.; AGHEZZAF, E.H. Designing a Sustainable Waste Management System: The Strategic Planning Model and Related Sustainability Issues. In: 6th International Conference on Information Systems, Logistics and Supply Chain ILS Conference, June 1- 4. Anais. Bordeaux, France, p. 1-14, 2016.

FERNANDES, S.M.; RODRIGUEZ, C.M.T.; BORNIA, A.C.; TRIERWEILLER, A.C.; DA SILVA, S.M.; FREIRE, P.S. REVISÃO sistemática da literatura sobre as formas de mensuração do desempenho da logística reversa. Gestão & Produção, São Carlos, v. 25, n. 1, p. 175-190, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0104-530x3177-16.

GOVINDAN, K.; SOLEIMANI, H.; KANNAN, D. Reverse logistics and closed-loop supply chain: A comprehensive review to explore the future. European Journal of Operational Research, v. 240, n. 3, p. 603-626, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ejor.2014.07.012.

GUTBERLET, J. Urban recycling cooperatives: building resilient communities. Routledge Advances in Regional Economics, Science and Policy, Book 17. New York: Routledge, 2016. p. 1-22.

JOSS, S. Eco-cities: A global survey 2009. WIT Transactions on Ecology and the Environment, v. 129, p. 239-250, 2010. DOI: 10.2495/SC100211.

KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012.

LEITE, P.R. Logística Reversa: Meio ambiente e competitividade. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2017. 250 p.

LOBO, R.N. Gestão da qualidade. São Paulo: Érica, 2010. 192 p.

MAHZAN, N.; AISHAH, N. Internal Audit of Quality in 5s Environment: Perception on Critical Factors, Effectiveness and Impact on Organizational Performance. International Journal of Academic Research in Accounting, Finance and Management Sciences, v. 5, n. 1, p. 92-102, 2015. DOI: 10.6007/IJARAFMS/v5-i1/1471.

MCCARTHY, B.; LIU, H. Waste not, want not: Exploring green consumers’ attitudes towards wasting edible food and actions to tackle food waste. British Food Journal, v. 119, n. 12, p. 2519-2531, 2017. DOI: https://doi.org/10.1108/BFJ-03-2017-0163.

MUCELIN, C.A.; BELLINI, M. Lixo e impactos ambientais perceptíveis no ecossistema urbano. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 20, n. 1: p. 111-124, 2008.

OLIVEIRA, T.B.; GALVÃO JUNIOR, A. C. Planejamento municipal na gestão dos resíduos sólidos urbanos e na organização da coleta seletiva. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 55-64, 2016. DOI: 10.1590/S1413-41520201600100155929.

PINTO, R.A.F.R.; MONDELLI, G. Potencial de recuperação de recicláveis em um condomínio residencial de grande porte de São Caetano do Sul. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 22, n. 4, p. 647-656, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1413-41522017146383.

ROGERS, D.S.; TIBBENLEMBKE, R. An examination of reverse logistics practices. Journal of Business Logistics, v. 22, p. 129-148, 2001.

ROOS, A.; BECKER, E. L. S. Educação ambiental e sustentabilidade. Revista eletrônica em Gestão, Educaçãoe Tecnologia Ambiental REGET/UFSM, v. 5, n. 5, p. 857-866, 2012.

SCHÄFER, A. Fundamentos ecológicos para a educação ambiental. Caxias do Sul: EDUCS, 2009.

TORRES-GARCIA, A.; RODEA-ARAGÓN, O.; LONGORIA-GÁNDARA, O.; SÁNCHEZ-GARCÍA, F.; GONZÁLEZ-JIMÉNEZ, L.E. Intelligent Waste Separator. Computación y Sistemas, México, v. 19, n. 3, p. 487-500, 2015. DOI: 10.13053/CyS-19-3-2254.