A PERCEPÇÃO DE DISCENTES SOBRE A SUSTENTABILIDADE EM PROJETOS ARQUITETÔNICOS: CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR E DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL



Julia Brepohl Benedicto1, Ana Paula da Silva Siqueira2, Catherine Menegaldi Silva3, Edneia Aparecida de Souza Paccola4, Regiane da Silva Macuch5, Rute Grossi Milani6.

1 Acadêmica do curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Bolsista PIBIC/Funadesp. E-mail: juliabrepohl@gmail.com

2 Psicóloga, mestre no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias Limpas do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR, Maringá (PR). Bolsista Capes. E-mail: contatopsianasiqueira@gmail.com

3 Psicóloga, mestranda no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Promoção da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR, Maringá (PR). Bolsista Capes. E-mail: catherinemenegaldi@gmail.com

4 Bióloga, doutora em Agronomia, docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias Limpas do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Pesquisadora do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação – ICETI, Bolsista Produtividade em Pesquisa do ICETI. Maringá (PR). E-mail: edneia.paccola@unicesumar.edu.br

5 Educadora, doutora em Ciências da Educação, docente dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Promoção da Saúde e em Gestão do Conhecimento do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Pesquisadora do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação – ICETI, Bolsista Produtividade em Pesquisa do ICETI, Maringá (PR). E-mail: regiane.macuch@unicesumar.edu.br.

6 Psicóloga, doutora em Medicina (Saúde Mental), docente dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias Limpas e Promoção da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Pesquisadora do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação – ICETI, Bolsista Produtividade em Pesquisa do ICETI. Maringá (PR). E-mail: rute.milani@unicesumar.edu.br



RESUMO: Na percepção dos discentes sobre a sustentabilidade em projetos arquitetônicos o conforto ambiental foi o principal fator apontado, entretanto, quanto ao uso de materiais reciclados e ecológicos, os participantes não se consideraram aptos e/ou com recursos suficientes para a incorporação em seus projetos. Em relação ao comportamento pró-ambiental foi demonstrado que não existe preocupação com o ativismo-consumo pelos participantes. Este estudo evidencia a necessidade de incluir disciplinas práticas que estimulem o desenvolvimento pró-ambiental dos discentes para que eles possam associar os projetos arquitetônicos aos princípios sustentáveis, em prol da construção de ambientes saudáveis.

Palavras-chave: Educação Ambiental; Projetos Arquitetônicos; Bem-viver; Ambientes saudáveis.



ABSTRACT: In the perception of the university students about the sustainability in architectural projects the environmental comfort has the major fact indicated, however, about the use of recycled and ecological materials, the participants do not consider themselves ready or with enough resources for the integration in his projects. About the behavioral in favor of environmental was established that there is no concern with activism and consumerism by the participants. This study emphasizes the need of include practical disciplines that stimulate the student’s development in favor of environmental so they can have associated the architectural projects to sustainable principles, in favor of the making healthy environments.

Keywords: Environmental Education; Architectural projects; Well-Live; Healthy Environments.



1 INTRODUÇÃO

A escassez de recursos naturais e a geração de resíduos sólidos são temas que ganham cada vez mais destaque no cenário atual, exigindo a participação da sociedade na integração das responsabilidades individuais e coletivas. Onesko et al. (2017) ressaltam que uma das grandes preocupações mundiais é a geração dos resíduos sólidos urbanos. A deposição irregular desses resíduos causa degradação ambiental, erosões e enchentes que propiciam a proliferação de vetores nocivos à saúde, como a Dengue e outras doenças (JOHN; AGOPYAN, 2013; RIBEIRO, KITRON, 2016).

O Ministério do Meio Ambiente, com base na Lei 12.305/10, implementou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) com o objetivo de prevenir e reduzir a geração de resíduos e proporcionar instrumentos para sua reciclagem e reutilização (BRASIL, 2010). A reciclagem é compreendida como um conjunto de técnicas de reaproveitamento de materiais com o intuito de reintroduzi-los no ciclo produtivo, constituindo alternativa profícua, em relação à questão ambiental e social (BRASIL, 2014).

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE (2016), em 2016 foram geradas 22.581 toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. Destes, 0,56 kg representa o valor médio coletado por habitante dia oriundo de construções e demolições.

Bescorovaine et al. (2016) ressaltam que os resíduos gerados pela construção civil são um grave problema ambiental, principalmente pelo seu descarte inadequado. Além da geração de resíduos, a indústria da construção civil abrange cerca de 50% do consumo de recursos naturais, com risco de esgotamento de alguns destes recursos (CARELI, 2008). Consequentemente, o fomento de pesquisas na área e materiais construtivos reciclados passaram a ser disponibilizados no mercado. John e Agopyan (2013) destacam a necessidade de melhorar a qualidade da construção, reduzindo a manutenção causada pela correção de defeitos, além de projetos flexíveis que permitam a reutilização de componentes e o aumento da vida útil física dos componentes e estruturas. O desenvolvimento da reciclagem, ou reutilização de resíduos, proporciona uma redução dos custos de construção e também dos impactos ambientais gerados por esta atividade (TESSARO; SÁ; SCREMIN, 2012).

Simultaneamente, é preciso que engenheiros, designers de interiores e, principalmente, arquitetos incluam esses produtos em seus projetos. Silva e Haetinger (2012) discorrem que, mediante o cenário econômico e ambiental, torna-se fundamental a formação de profissionais capacitados para implementar práticas sustentáveis com o uso racional dos recursos naturais e de proteção ambiental. A Educação Ambiental possui papel fundamental para se atingir esse objetivo, pois proporciona conhecimento e estimula ações positivas em prol da preservação ambiental (ONESKO et al., 2017).

A atitude de reciclar se constitui um desafio, pois suscita uma complexidade de fatores sociais e variáveis comportamentais, exigindo uma Educação Ambiental crítica e emancipatória, voltada para a ética e solidariedade, capaz de formar cidadãos conscientes de sua condição humana e de sua dependência da natureza (LOUREIRO, 2005; MORAES; CRUZ, 2015).

De acordo com Arruda et al. (2017), a Educação Ambiental no ensino superior pode contribuir para a formação de profissionais mais participativos e conscientes em relação a uma economia sustentável. As universidades são polos geradores de conhecimento e o trabalho na interface saúde e ambiente pode contribuir “tanto a nível acadêmico como em projetos de extensão e em capacitação para professores ou outros profissionais (CASSOL; PIMENTEL, 2012, P. 2059). E como resultado desta parceria é possível a melhoria no ambiente, na qualidade de vida e na saúde da população.

Ressalta-se que esta não deve se restringir apenas a um acréscimo no currículo, mas ser um requisito fundamental para a formação dos futuros profissionais, favorecendo discussões e atividades práticas de forma a proporcionar conhecimentos reais (SILVA; HAETINGER, 2012). Desse modo, faz-se necessário criar uma cultura voltada à saúde partindo das instituições de ensino superior (CASSOL; PIMENTEL, 2012, P. 2058).

Bescorovaine et al. (2016) destaca que um programa de Educação Ambiental deve promover mudanças psicossociais, o que, por conseguinte, suscitará comportamentos ambientais mais positivos. Portanto, faz-se necessário entender os aspectos psicossociais das vivências cognitivas, emocionais, afetivas e sociais, assim como os valores e significados que são estabelecidos culturalmente, a fim proporcionar uma Educação Ambiental mais efetiva “como forma de possibilitar às populações o conhecimento necessário para que se possam implementar as mais diversas atividades e ações relacionadas à preservação do meio ambiente” (SAMPAIO 1998, p. 282).

Segundo Pato (2004), para se alcançar uma Educação Ambiental efetiva, deve ser levado em consideração o comportamento ecológico, pois o comportamento humano é um dos problemas centrais na questão ambiental. Ademais, para que a mudança de atitude aconteça, é necessário compreender que a percepção que o indivíduo possui do ambiente em que vive contribui para a relação que estabelece com o ambiente, pois as vivências humanas são influenciadas pelo meio. Do mesmo modo, o ambiente é capaz de orientar o comportamento do sujeito, uma vez que este pode ser percebido como um local atrativo ou repulsivo, permitindo ao indivíduo escolher incluir-se ou excluir-se dele (ZACARIAS; HIGUCHI, 2017). Portanto, ambientes que dispõe de uma boa estética, oportunizam o desencadeamento de sensações agradáveis e sentimentos de bem-estar, resultando no desenvolvimento do vínculo afetivo com este (CORADINI, 2008). É por meio do vínculo que os indivíduos se relacionam com o local que habitam, tanto emocional, quanto culturalmente, dado que cada lugar possui sua identidade e seus símbolos, permitindo que as pessoas e grupos agreguem significados simbólicos e afetivos a ele, estabelecendo desse modo o comportamento ambiental com aquele espaço (WACHHOLZ, 2013).

Dessa forma, a Psicologia Ambiental busca compreender a relação pessoa-ambiente, constituindo-se em importante ferramenta para essa. Dentro da diversidade de temas referentes à Psicologia Ambiental, o comportamento ecológico, ou comportamento pró-ambiental pode ser considerado um tema central no que se refere às principais variáveis para a promoção da sustentabilidade. O comportamento pró-ambiental é definido como toda ação humana que tem por objetivo “contribuir para proteger o meio ambiente ou para minimizar o impacto ambiental de outras atividades. Pode ser intencional ou não, e, ainda, ser aprendido e aplicado à vida cotidiana” (PATO; CAMPOS, 2011, p.122).

Destarte, este estudo caracteriza o comportamento pró-ambiental de discentes de Arquitetura e Urbanismo com ênfase na reciclagem de resíduos da construção civil e na percepção de sustentabilidade em projetos arquitetônicos.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, de abordagem quantitativa.

2.1 Área de estudo

A pesquisa foi realizada em uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada, da cidade de Maringá, Paraná, no sul do Brasil. A cidade, fundada em 1947, possui uma estimativa populacional de 406. 693 mil habitantes segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017).

O município é um polo de uma região macroeconômica que abrange 25 municípios e mais de um milhão de habitantes (MARINGÁ, 2016). A economia é fundamentada na agricultura, na pecuária, na atividade comercial, nos setores agroindustrial, de confecções, educação e saúde, sendo a terceira maior cidade do Paraná, e a quinta maior da Região Sul do Brasil (MARINGÁ, 2016). A cidade possui um índice de qualidade de vida (IDH) de 0,841 que é considerado um índice elevado, superior ao do Paraná e do Brasil, e apresenta o correspondente a 25,47 m² de área verde por habitante, além de manter e conservar 17 bosques de mata nativa, com total de 217,8 ha (VIDIGAL FILHO; VIDIGAL, 2016).

A cidade possui oito IES que ofertam cursos em diversas áreas de conhecimento, sendo considerada um pólo educacional, conforme dados divulgados pela Companhia de Desenvolvimento de Maringá (Codem) com base nos dados do IBGE, sendo que 10% da população do município é formada por estudantes do ensino superior (MARINGÁ, 2016).

2.2 Participantes

A população de amostra se compôs de 176 discentes universitários de ambos os sexos, matriculados no 3º e 4º anos no curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo de uma (IES) na cidade de Maringá (PR). A escolha da amostra ocorreu devido ao fato dos participantes já terem cursado, nas séries iniciais, disciplinas que se relacionam ao tema pesquisado: estudos ambientais; técnicas e sistemas construtivos; conforto ambiental I e II; ecoeficiência na arquitetura e urbanismo; planejamento e custos.

2.3 Instrumentos

Aplicou-se um questionário autodirigido, desenvolvido para o estudo, contendo seis questões sobre a reutilização de resíduos da construção civil; o conhecimento, a aceitação desses produtos, as percepções sobre a reciclagem e o engajamento ambiental dos estudantes. As questões podiam ter mais de uma alternativa assinalada, fazendo com que os percentuais de resposta fossem superiores a 100%.

Juntamente com o questionário, aplicou-se a Escala de Comportamento Ecológico - ECE (PATO; TAMAYO, 2006) com o intuito de avaliar o comportamento pró-ambiental dos participantes. Esta baseia-se na escala de comportamento pró-ambiental de Karp (1996), possuindo 29 itens divididos em quatro fatores: limpeza urbana (5), economia de água e energia (12), ativismo-consumismo (9) e reciclagem (3). Esta se utiliza da escala de frequência tipo Likert, composta de seis variáveis, de 1=nunca a 6=sempre.

2.4 Procedimentos

Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 1.939.529, no ano de 2017. A aplicação dos instrumentos foi realizada em sala de aula, em questionário impresso, após esclarecimento dos objetivos da pesquisa, destacando o sigilo em relação aos dados e garantindo a liberdade de escolha de participação. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, sendo calculadas as frequências e porcentagens das respostas obtidas por meio do questionário e, de acordo com a distribuição das variáveis, as médias e desvios padrões da escala de comportamento, além de análises descritivas para verificar a influência da desejabilidade social sobre as respostas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como pode ser observado na tabela 1, dentre os discentes avaliados, verificou-se que, em sua maioria, os alunos possuem idade de 19-24 anos (84,66%) e são solteiros (92,05%), dentre esses, o sexo feminino prevaleceu em ambos os anos, representando 67,05% (n=118) da amostra, enquanto o sexo masculino representou apenas 32,95% (n=58). No estudo de Arruda et al. (2016), as mulheres apresentaram um desempenho maior relacionado à reciclagem quando comparado aos homens, o que pode favorecer o engajamento às práticas de sustentabilidade no público feminino.

Tabela 1: Distribuição de frequência e de porcentagem dos participantes

A escolha da amostra contemplou as séries nas quais os alunos já haviam cursado disciplinas teóricas e tido acesso às informações sobre o uso de materiais recicláveis em projetos e responsabilidade socioambiental, como: estudos ambientais; técnicas e sistemas construtivos; conforto ambiental I e II; ecoeficiência na Arquitetura e Urbanismo; planejamento e custos.

Tabela 2: Distribuição de frequência das questões abordando o uso de materiais reciclados no curso de Arquitetura

Conforme tabela 2, 89,77% dos discentes concordam que a utilização de materiais reciclados nos projetos pode alterar o modo como os usuários entendem e se relacionam com o ambiente. Por outro lado, os alunos destacam, dentre os motivos impeditivos ao uso desses materiais reciclados, a falta de conhecimento (85,23%). O custo (24,43%) e a estética (23,86%) também tiveram destaque dentre os motivos que poderiam impedir o uso de reciclado. Edwards (2008) ressalta que os princípios ecológicos devem ser um requisito inicial de projeto, a fim de minimizar os custos da edificação, defendendo que a incorporação destes gera edifícios singulares e de maior beleza.

Verifica-se na tabela 3, que os materiais destacados pelos estudantes como reutilizáveis foram madeira (96,02%) e perfil metálico (67,05%), seguidos do gesso (34,66%), alvenaria (34,09%) e concreto (30,68%). Segundo Morand e Santos (2016), os materiais reciclados são utilizados principalmente na pavimentação e como agregados para concreto e argamassa, e podem ser aplicados em diversas áreas, como no preenchimento de rasgos de paredes para tubulações hidráulicas e elétricas, chumbamento de caixas elétricas e tubulações, sistemas de drenagem, aterramento de valetas e outros.

Tabela 3: Distribuição das questões abordadas sobre conhecimento dos resíduos da construção civil, engajamento ambiental na arquitetura e vida pessoal.

Para a Associação Brasileira do Drywall (2009), a reciclagem do gesso é tecnicamente possível e economicamente viável. Esta é feita após sua separação de outros resíduos, em que o gesso readquire as características químicas da gipsita, seu minério de origem. Os métodos de reciclagem já avançaram de forma significativa em três frentes: da indústria cimenteira como retardante de pega, do setor agrícola como corretivo de acidez e da indústria de transformação do gesso, reincorporando seus resíduos em seus processos de produção. Teske, Gonçalves e Nagalli (2015) transformaram resíduos de PET e gesso em telhas de cobertura que, além de ecológicas, geram maior conforto térmico e, consequentemente, menores gastos energéticos. Portanto, vários estudos destacam que, seja como aglomerante retardante, elemento estético ou em forma de outros produtos da construção civil, o gesso é considerado um material passível de reutilização.

Dentre os discentes que afirmaram utilizar materiais reciclados (61,93%), sobressaem as falas que consideraram o diferencial dado ao projeto pelo uso desses materiais, identificando a sustentabilidade como uma tendência atual e futura. Estas respostas vão ao encontro dos objetivos explicitados por Edwards (2008) no que se refere a integração destes materiais a projetos arquitetônicos. Por outro lado, nota-se que 37,50% (Tabela 3) afirmaram a não utilização de recursos reciclados ou ecológicos na elaboração de seus projetos arquitetônicos. Pode-se compreender que apesar de a grade curricular oferecer conteúdos que contemplem assuntos sobre educação ambiental e responsabilidade sócio ambiental, ainda existe uma grande porcentagem de estudantes que não aderem à prática da reciclagem e sustentabilidade em seus projetos arquitetônicos. A esse respeito alguns alunos referiram como dificuldades a falta de tempo e de embasamento, ausência de estímulo e liberdade de projeto durante a graduação, e limitação dos softwares utilizados.

Ainda na tabela 3 podem ser observadas as premissas que os discentes adotaram em seus projetos acadêmicos, são elas: conforto ambiental (94,89%,), projeto racionalizado (50,57%), materiais com menos resíduos após vida atual e materiais ecologicamente corretos (46,02%) e, com menor utilização, elementos pré-existentes (27,84%). O conforto ambiental se utiliza da ergonomia, ventilação, iluminação e acústica para produzir ambientes adequados aos usuários, sendo destacado por Edwards (2008) como um forte requisito para a adequada prática da arquitetura, essencial para se projetar ambientes saudáveis. Ambientes físicos prazerosos propiciam experiências que auxiliam na redução do estresse por desencadear emoções positivas, proporcionam o estado de atenção não vigilante, diminuindo os pensamentos negativos e viabilizando o retorno à excitação fisiológica para níveis mais moderados (GRESSLER; GUNTHER, 2013).

Tavares (2010) explicita que a preocupação com o conforto ambiental e consumo de recursos naturais têm incentivado a busca por soluções estratégicas que minimizem a degradação ambiental. Conciliar o conforto ambiental ao uso de materiais ecologicamente corretos é primordial, pois este visa oferecer condições favoráveis de habitabilidade, utilizando racionalmente os recursos e valorizando o uso dos materiais por meio de boas decisões em projetos arquitetônicos (SCOPEL, 2015).

Para Fuão (2008), a profissão do arquiteto se coloca no meio da divergência entre trabalho científico e artístico, ressaltando que estes precisam fazer com que a criatividade seja deslocada das questões estéticas para as necessidades e para uma ética da criatividade. É necessário que o papel criativo do arquiteto se conjugue ao uso dos materiais reciclados, pois este deve buscar soluções criativas, técnicas e esteticamente atraentes, gerando maior qualidade de vida e cultura para os usuários (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESIGN, 2012).

Os projetos racionalizados, assinalados por pouco mais da metade dos estudantes, são essenciais para que se atinja a sustentabilidade na indústria da construção civil, pois este é responsável pela economia do uso de materiais. Pode ser observado que menos da metade dos estudantes citaram a utilização de elementos pré-existentes, materiais com menos resíduos após vida útil e materiais ecologicamente corretos. Estes dados demonstram a carência de comportamentos em prol do ambiente nos estudantes participantes. Este fato corrobora o explicitado por Bescorovaine et al. (2016) referente à necessidade de implementação de propostas pedagógicas em Educação Ambiental, que reforcem a responsabilidade do indivíduo enquanto cidadão a partir de projetos que modifiquem crenças e valores dos estudantes, de forma a propiciar o comportamento pró-ambiental.

Referente à participação em programas que incentivem a preservação do ambiente, apenas 6,82% responderam que sim, mencionando participações em ações de organizações não-governamentais (ONGs) internacionais como a Greenpeace e World Wide Fund for Nature (WWF). Esse dado revela a necessidade de haver ações diretamente ligadas às realidades locais que visem desenvolver o comportamento pró-ambiental, fundamentadas em práticas comunitárias, para que, por intermédio destas, haja planejamento de ações e políticas públicas que se aproximem da realidade dos cidadãos e sejam efetivas à comunidade (BATESON et al., 2015; SCHAWB; HARTON; CULLUM, 2014).

Segundo Gurgel e Almeida (2018), a responsabilidade socioambiental consiste em ações espontâneas que são desenvolvidas visando a preservação ambiental, porém, para que haja uma iniciativa espontânea por parte dos alunos, é necessário que a instituição de ensino prepare discentes e docentes para trabalhar com a temática ambiental, atribuindo conteúdos teóricos, valores e habilidades direcionados à procura de soluções éticas para os problemas ambientais vivenciados (SOUZA, 2016).

Tabela 4: Distribuição das médias e desvio padrão das variáveis avaliadas da escala do comportamento ecológico, baseado na escala de frequência tipo Likert 1=nunca, 2=quase nunca, 3=algumas vezes, 4=muitas vezes, 5=quase sempre, 6=sempre.

Ao analisar os resultados da Escala de Comportamento Ecológico – ECE, pelos discentes, na tabela 4, a variável limpeza urbana apresentou a maior média 4,11, que é considerada um alto escore. O município de Maringá, onde se situa a IES do presente estudo, caracteriza-se por seu planejamento urbano, com ênfase na arborização, criação de cinturões verdes, a valorização do paisagismo e natureza local, tal realidade pode ter contribuído positivamente no comportamento pró-ambiental de limpeza urbana.

A menor média foi referente ao ativismo e consumo com o score médio de 2,23. Resultado semelhante ao encontrado por Bescorovaine et al. (2016), que também aplicou a escala em estudantes de Arquitetura e Urbanismo e obteve a maior média referente a limpeza urbana e a menor em ativismo e consumo. Em um estudo realizado por Pato (2004), a maior média encontrada foi referente ao fator limpeza urbana, diferenciando no menor score, que no caso, foi o referente à reciclagem.

Segundo Pato e Tamoyo (2006), os itens de desejabilidade social da ECE foram construídos dentro do contexto da temática ambiental com o objetivo de testar a influência do viés de resposta no autorrelato de comportamento ecológico. Os resultados indicaram que não houve influência da desejabilidade social na maneira como os participantes responderam à pesquisa. A média desses itens foi de 2,38, indicando que os discentes nunca ou quase nunca demonstram esse tipo de comportamento (PATO; TAMOYO, 2006).

Destarte, pode-se concluir que os discentes possuem comportamento pró-ambiental mais voltado à limpeza urbana, à reciclagem e economia de água e energia, havendo um déficit comportamental na participação ativa. Apenas 6,82%, ou seja, 12 discentes dos 176 participantes responderam positivamente quando questionados às participações em ações de organizações não-governamentais em prol do ambiente. Pato (2005) ressalta que os comportamentos de limpeza urbana e economia de água estão presentes no cotidiano dos brasileiros, sendo considerados comportamentos de simples realização. O comportamento de reciclagem, de ativismo e consumo requer um nível maior de consciência e informação. A falta de informação é um indício de que são necessárias intervenções educativas com o intuito de garantir atitudes que contribuam para a promoção de comportamentos pró-ambientais (ARRUDA et al., 2016). Ainda, a falta de relação entre as aulas teóricas e práticas em ateliês de projeto resultam em dificuldades na cooperação entre a sustentabilidade e a indústria da construção civil (EDWARDS, 2008).

A inserção da Educação Ambiental e de docentes habilitados em práticas sustentáveis no ensino de arquitetura se faz necessária e indispensável, visando ampliar a consciência ambiental dos alunos e aumentar seus conhecimentos práticos na área, pois quanto mais positiva for a percepção das pessoas sobre a natureza, maior será a propensão a consumir produtos e serviços sustentáveis (CAVALLI, 2015; KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Para isso, além do conhecimento técnico especializado na área da arquitetura, a interdisciplinaridade vem contribuir para a reflexão crítica, com união de diferentes saberes em busca da compreensão e resolução de problemas ambientais (KATAOKA; AFFONSO; SANTOS; 2017).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a atuação consciente de profissionais da construção civil é de suma importância, tendo em vista o alto impacto desta sobre o meio ambiente. Analisando o comportamento dos discentes participantes deste estudo, foi observado que apesar do interesse no uso dos materiais ecológicos e reciclados, eles não se sentem preparados ou com recursos suficientes para sua incorporação em projetos. Ademais, constatou-se a necessidade de incentivo ao ativismo e consumo sustentável, o que pode ser realizado por meio da sensibilização ambiental e da educação ambiental no decorrer da formação universitária, estimulando o desenvolvimento do comportamento pró-ambiental em interface com o bem-estar humano e a criação de ambientes positivos. Desse modo, em meio às práticas de arquitetura, além de considerar o conforto ambiental, devem ser seguidos os princípios sustentáveis, essenciais para se projetar ambientes que promovam a saúde da população.

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AGRADECIMENTOS

Ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Cesumar (PROBIC), Centro Universitário de Maringá (Unicesumar) - Bolsa PIBIC/Funadesp; e à Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio financeiro e ao ICETI.