DESENVOLVIMENTO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE MEIO AMBIENTE NA PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA



OLIVEIRA, Lilia Aparecida1; CAMARGOS, Tania Silvia Carvalho2; SANTOS, Mirley Luciene3; SANTOS, Solange Xavier3; DE-CARVALHO, Plauto Simão3,4



¹Mestranda no Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências, Universidade Estadual de Goiás – Campus CCET, Anápolis Goiás, livia.oliveira@seduc.go.gov.br 2Docente da rede pública na Secretaria Estadual de Educação de Goiás e rede pública Municipal da Educação de São Simão Goiás, tcarvalhocamargos@gmail.com 3DOCENTES do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências (PPEC) da Universidade Estadual de Goiás, Campus CCET, Anápolis, GO, mirley.santos@ueg.br, solxav@yahoo.com.br, 4Professor Orientador, plauto.carvalho@ueg.br.

Resumo

O trabalho relata a aplicação de uma Sequência Didática, (SD) na perspectiva da aprendizagem significativa para uma turma do 5º ano. O objetivo foi promover o desenvolvimento de Educação Ambiental por meio de atividades interdisciplinares em sala de aula. A SD constou de sete encontros.

Palavras chave: Saneamento básico, meio ambiente, aprendizagem significativa.

Abstract

The paper reports the application of a Didactic Sequence, (SD) in the perspective of meaningful learning for a 5th grade class. The objective was to promote the development of Environmental Education through interdisciplinary activities in the classroom. SD consisted of seven meetings.

Key words: Basic sanitation, environment, meaningful learning.

    1. Introdução

O ensino de Ciências nos anos iniciais tem sido foco de vários estudos realizados na atualidade que objetivam, de modo geral, contribuir para a melhoria da qualidade desse ensino, oferecendo ao professor suporte didático por meio de estratégias diversificadas de aprendizagem (CAMARGO, BLASZKO e UJIIE, 2015). Neste contexto é importante mencionar o fato de que é comum professores dos anos iniciais ministrar várias disciplinas na mesma turma, mesmo estas não sendo de sua área de formação. Para Camargo, Blaszko e Ujiie (2015, p. 2213) “soma-se ao exposto que devido à grande demanda de trabalho, os educadores dificilmente desenvolvem atividades atrativas”. Sobremaneira, ao reconhecer que esta situação não seja superada em curto prazo, faz-se necessário auxiliar o professor com ferramentas de ensino que possam resultar em uma experiência de ensino-aprendizagem mais atrativa.

Estas ferramentas pedagógicas podem reduzir a angústia na busca de práticas interativas como suporte aos professores dos anos iniciais em vistas à atualizá-los e ajudá-los na preparação do planejamento a ser executado. O ato de ensinar é um desafio aos profissionais docentes que necessitam de metodologias que permitam incentivar a participação e proporcionar aprendizagem dos conteúdos ministrados (MORAN, 2015), sobretudo dos fenômenos da natureza. Os alunos dos anos iniciais demonstram curiosidade em estudar os fenômenos da natureza, o que contribui para gerar aprendizagem. Por esse motivo, o professor deve estar atento à inovação na sala de aula.



    1. Educação Ambiental: A importância de trabalhar meio ambiente nos anos iniciais

Desde os anos iniciais é importante trabalhar a formação da cidadania com as crianças através de atividades que relacionam os estudantes entre si e com o meio ambiente (SANTANA FILHO; SANTANA; CAMPOS, 2011). Quando se fala em meio ambiente, evidencia-se, de acordo com Sauvé (2005, p. 317) que “deram-se conta de que o meio ambiente não é simplesmente um objeto de estudo [...], é a trama da própria vida, ali onde se encontram natureza e cultura”.

Portanto, esse tema deve ser abordado na escola com maestria. O professor precisa buscar meios de trabalhar o meio ambiente de forma interdisciplinar. As crianças dos anos iniciais estão em fase de desenvolvimento, contudo é a época mais apropriada para se trabalhar a Educação Ambiental (EA), já que por meio da EA se estuda a relação humana com a natureza (SAUVÉ, 2005, p. 317).

A EA não foi criada como a salvadora dos problemas ambientais, mas tem o objetivo de promover a discussão dos temas ambientais, através da análise social, para que possa haver a reflexão sobre os fatores socioambientais e a promoção de uma sociedade transformadora e crítica perante a realidade mundial. A EA está amparada pela lei de sua criação (97/95) de 27de Abril de 1999, no pleito do então presidente da República brasileira, Fernando Henrique Cardoso, intitulada de Política Nacional de Educação Ambiental. A EA faz parte dos temas transversais estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Assuntos que envolvem meio ambiente devem ser trabalhados de forma transversal, pois assim, os diversos conteúdos são integrados juntamente com o meio ambiente de forma abrangente (BRASIL, 1997, p.36).

Nesse sentido, a Política Nacional de EA estabelece que:

Nas escolas, a Educação Ambiental deverá estar presente em todos os níveis de ensino, como tema transversal, sem constituir disciplina específica, como uma prática educativa integrada, envolvendo todos os professores, que deverão ser treinados para incluir o tema nos diversos assuntos tratados em sala de aula (BRASIL, 1999).

A EA não pode ser vista como algo a ser trabalhado à parte, mas deve estar inserida em todas as disciplinas de forma transversal construída a partir de uma perspectiva inter e transdisciplinar (BERNARDES E PRIETO, 2010). Nos anos iniciais, em que as aulas são ministradas por um único professor, fica mais fácil partir de um assunto e de forma integrada envolver mais de uma disciplina, buscando tratar de problemas locais.

A temática meio ambiente deve estar presente em todas as modalidades de ensino, desde os anos iniciais pela necessidade que crianças consigam assimilar conceitos ambientais em vistas à consolidação de atitudes ambientalmente corretas (MEDEIROS et al. 2011). Além disto, acredita-se que crianças sejam mais receptivas que adultos quanto à consolidação de uma educação ambientalmente sustentável (MEDEIROS et al. 2011). Por outro lado, com o avanço científico e tecnológico as crianças já não têm mais contato com o meio ambiente natural, muitas vezes elas não percebem de onde vêm a matéria prima para produzir os produtos industrializados, até mesmo são privadas de brincar ao ar livre, em função da violência nos grandes centros. Neste sentido, quando o ambiente escolar oportuniza o debate e o ensino de temas ambientais, os pequenos conseguem perceber alguns problemas ambientais que fazem parte do seu cotidiano. A considerar que desta geração surgirão futuros gestores, educadores e administradores o compromisso socioambiental das escolas toma proporções absolutas. É por meio das atividades escolares que as crianças começam a desenvolver senso crítico para se tornar um adulto capaz de refletir, debater e propor mecanismos que possam interferir nos problemas socioambientais.

A EA se apresenta, portanto, como uma forma de educação que busca propor discussões sobre as ações antrópicas e os problemas que afetam o bem-estar humano. Quando o professor leva para a sala de aula temas ambientais ele pode possibilitar o despertar da consciência dos estudantes para a valorização do ambiente e de sua preservação, especialmente se apropriar-se de metodologias de ensino, como as metodologias ativas e significativas que pode potencializar o processo de ensino-aprendizagem sob uma perspectiva crítico-reflexiva e co-participativa. Práticas diárias como a organização escolar e da sala de aula como mostrar o local adequado de destinação do lixo, de se evitar o desperdício de material escolar e de energia elétrica podem auxiliar na significação de conceitos ambientais.

Por exemplo, entre os diversos temas ambientais mencionados neste estudo sobre EA, a água assume posição de destaque. A escola como instituição de ensino que gera conhecimento, deve inserir o tema água seu currículo, para que possa ser trabalhado desde os anos iniciais. De acordo com Bacci e Pataca (2008), a água pode ser trabalhada em todos os anos escolares:

É possível tratar o tema água desde as primeiras séries do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, com diferentes estratégias e recursos didáticos. Essa abordagem é necessária para atingir os objetivos pretendidos de formar cidadãos conscientes, capazes de julgar e avaliar as atividades humanas que envolvem o uso e a ocupação do ambiente, dentro e fora da comunidade em que estão inseridos (BACCI; PATACA, 2008, p. 217).

Sendo assim, o professor pode inovar o ensino sobre a água utilizando diferentes métodos de ensino desde os primeiros anos da escolaridade até o Ensino Médio. A água não pode mais ser vista como um recurso renovável como era quando se estudava o ciclo hidrológico no passado. Os alunos devem perceber que o uso de modo desordenado desse recurso pode comprometer a quantidade e a qualidade da água potável destinada ao consumo dos animais, inclusive do homem.

As orientações advindas da escola devem ser para a vida toda, proporcionar novos hábitos e não aprendizagem momentânea, mecânica, ou da dita expressão freiriana educação bancária (BERNARDES E PRIETO, 2010; LAYRARGUES, 2004). As atividades que levam à memorização não são capazes de levar à aprendizagem significativa, na memorização os conteúdos ficam retidos por pouco tempo e não geram novos significados cognitivos (AUSUBEL, 2003, p.04). No presente estudo defendemos a ideia de que na perspectiva da aprendizagem significativa, a EA crítica Nesse sentido a aprendizagem por memorização vai ao contrário dos preceitos da EA crítica, os estudantes devem ser preparados para lidar com a EA não apenas dentro da escola, mas na rua, no parque, na igreja e também em casa. Ele precisa fazer uma leitura no meio social que está inserido e perceber que tudo que está à sua volta está relacionado com o meio ambiente.

O aluno precisa perceber que as relações socioambientais dizem respeito à natureza. O lixo jogado nas ruas traz grandes consequências, levando às enchentes; o desmatamento para a construção de cidades e pastagens impacta o ambiente levando à perda de habitats e de espécies; os gases lançados pelas indústrias interferem diretamente na qualidade do ar e nas mudanças climáticas, o que consequentemente acarreta na qualidade de vida no planeta. Essa formação que acontece na escola se dá por meio da EA. Portanto, o professor deve exercer seu papel de líder e trabalhar diferentes atividades em todas as disciplinas, preparando o estudante para ser um adulto consciente e atuante frente aos problemas ambientais.

    1. Sequência Didática: Uma proposta para trabalhar Água e Saneamento Básico

A Sequência Didática (SD) com uma turma do 5º ano surgiu como uma proposta de se trabalhar a EA de forma interdisciplinar, como dispõe a Lei 9795/99 (BRASIL, 1999). Considerando que é função da escola desenvolver meios para que o estudante insira a EA no seu convívio social (SCHIAVETTI, 2013) e que desenvolver um trabalho com temas ambientais de forma interdisciplinar pode ser um desafio para o professor, é que se pensou no desenvolvimento de uma SD com o tema água e saneamento básico. Sabe-se que uma SD pode ser planejada para ser executada ao longo de várias aulas, o que possibilita ao professor desenvolver inúmeras atividades interdisciplinares relacionadas aos temas ambientais.

Segundo Tavares (2016, p.10), uma Sequência Didática pode ser definida como “uma série de atividades interligadas entre si e desenvolvidas em mais de um encontro, com a finalidade de levar o estudante a alcançar determinado objetivo”. O desenvolvimento de uma SD pode facilitar o trabalho do professor, já que ao prepará-la, ele tem um tema em mente para desenvolver que abrange o planejamento de vários momentos, com a possibilidade de alteração, e que envolve ao mesmo tempo várias disciplinas (TAVARES, 2016).

Esse trabalho constitui-se, portanto, em um relato de experiência sobre o desenvolvimento de uma Sequência Didática na qual foi trabalhada a importância da água potável e do saneamento básico para as populações humanas.

    1. Material e Métodos

A SD foi desenvolvida nas aulas de Ciências, Geografia e Língua Portuguesa, com participação de 26 estudantes matriculados no turno vespertino (5º V1), de uma escola municipal de Ensino Fundamental, localizada na cidade de São Simão, Goiás. Para o seu desenvolvimento foram necessários sete encontros, um por semana, utilizando duas aulas semanais, totalizando 14 aulas de 50 minutos cada, nos meses de setembro a outubro de 2017. No decorrer dos encontros foram registradas as falas dos estudantes e imagens fotográficas das atividades com o intuito de analisar a SD e avaliar se as expectativas de aprendizagem foram alcançadas ao final de sua aplicação.

      1. Primeiro encontro: “Uma roda de conversa para analisar os conhecimentos prévios”.

No primeiro encontro foi realizada uma roda de conversa entre as autoras do trabalho e os estudantes, objetivando levantar o conhecimento prévio dos estudantes sobre a importância da utilização de água potável e do saneamento básico. O levantamento se deu por meio de questionamentos direcionados aos estudantes.

      1. Segundo encontro: Elaboração e leitura de Poemas “Bicho homem”

O objetivo desse encontro foi proporcionar aos estudantes a oportunidade de produzir poemas, e socializá-los na sala de aula por meio da leitura. A produção do poema foi uma atividade desenvolvida individualmente.

      1. Terceiro encontro: Confecção de caça palavras sobre o meio ambiente

O caça palavras foi desenvolvido em duplas. No início do encontro, as pesquisadoras explicaram que o mesmo deveria conter palavras relacionadas ao meio ambiente preservado e degradado. Foi explicado também como desenvolver a atividade.

      1. Quarto encontro: Entrevista dos estudantes com o diretor da escola.

Nesse encontro, o diretor da unidade escolar foi convidado pelos estudantes para uma entrevista, cujo objetivo era saber se existe algum problema relacionado à água que abastece a escola. As perguntas da entrevista foram elaboradas pelos próprios estudantes.



      1. Quinto e Sexto encontros: Arquitetando maquetes

O desenvolvimento dessa atividade teve início com os estudantes assistindo a dois vídeos sobre as etapas do tratamento de água e esgoto. No dia anterior a esse encontro foi solicitado aos estudantes que levassem para a sala de aula materiais recicláveis e pedagógicos que tivessem em casa, a fim de serem utilizados no dia seguinte. Após a exposição dos vídeos, os estudantes foram convidados à confeccionarem as maquetes. A turma foi dividida em quatro grupos de seis componentes cada, dois grupos fizeram maquete sobre tratamento de água e dois sobre tratamento de esgoto. Essa atividade foi desenvolvida em dois encontros, já que a confecção das maquetes levou mais tempo.

      1. Sétimo encontro: socialização da SD. Exposição das maquetes e portfólio das atividades.

O sétimo encontro marcou a finalização da SD. Houve exposição das maquetes e dos portfólios construídos por cada estudante. A exposição dos materiais ocorreu no pátio da escola e contou com a presença das demais turmas do turno vespertino. O encontro foi encerrado com os agradecimentos do diretor e das pesquisadoras aos estudantes, pelo brilhante trabalho desenvolvido.

    1. Resultados e discussão

      1. Primeiro encontro

Durante a roda de conversa cujo objetivo era analisar os conhecimentos prévios dos estudantes a respeito da água potável e do saneamento básico, percebeu-se que os estudantes sabiam muito sobre a água, mas apresentavam pouco conhecimento sobre o saneamento básico. Um dos questionamentos que foram direcionados aos estudantes foi: o que é água potável? Diante desse questionamento, a maioria dos estudantes respondeu que se trata de água própria para o consumo humano. Quando indagados sobre a porcentagem de água doce no planeta nenhum soube responder. Segundo a literatura, a quantidade de água utilizada nas atividades industriais, irrigação e atividades humanas aumentam gradativamente no Brasil, enquanto a disponibilidade de água doce não aumenta e tende a diminuir (LEONETI; PRADO; OLIVEIRA, 2011). Também foi questionado sobre o que é água própria para o consumo. A maioria dos estudantes respondeu que é água limpa, sem poluição, água da caixa d’água. Os estudantes foram instigados a falarem sobre as formas de contaminação do recurso natural. Cerca de 15 dos estudantes participantes da atividade responderam que é através do lixo e do esgoto que chegam até os rios.

O conhecimento prévio dos estudantes é uma etapa importantíssima que direciona o professor em qualquer etapa realizada. Por meio dos conhecimentos prévios, o professor consegue perceber as intervenções necessárias a serem feitas. Para Moreira (2011), o conhecimento prévio é o ponto de partida do aprendiz para haver compreensão, introdução de um assunto novo que se juntam aos conhecimentos que estes já possuem (subsunçores). São, portanto, requisitos para se atingir a aprendizagem significativa. Por esse motivo, o primeiro encontro foi destinado a levantar o que os alunos tinham de informações sobre o tema a ser tratado.

Dando continuidade à roda de conversa, foi perguntado aos estudantes sobre o saneamento básico. Evidenciamos que nenhum estudante apresentou conhecimento sobre o assunto. As pesquisadoras aproveitaram a ocasião e explicaram que o esgoto que chega aos rios sem ser tratado é pela falta do saneamento básico. Deu-se continuidade ao debate e foi falado que a ingestão de água contaminada pode transmitir muitas doenças, inclusive verminoses.

A análise da falta de conhecimento dos estudantes sobre saneamento pode ser atrelada à própria falta de saneamento. No Brasil ainda falta muito investimento nessa área. Segundo Leoneti, Prado e Oliveira (2011, p. 335), “o Brasil está marcado por uma grande desigualdade e por um grande déficit ao acesso, principalmente em relação à coleta e tratamento de esgoto”. Percebe-se, no entanto, que saneamento básico além de ser um assunto desconhecido pelos estudantes está associado à falta de oferta desse serviço no Brasil. A falta do mesmo acarreta em vários problemas de saúde. A falta de saneamento básico ainda é maior na população de baixa renda.

Uma medida a ser tomada, para amenizar o uso de água utilizada nas atividades humanas é o investimento em construções de estação de tratamento de água e esgoto (LEONETI; PRADO; OLIVEIRA, 2011). Segundo os mesmos autores, no Brasil houve um investimento nas décadas de 1970 e 1980, com o intuito de diminuir a taxa de mortalidade. Ainda hoje não ficou bem esclarecido quais as demandas específicas em Saneamento Básico para cada esfera governamental.

Em 2006, o índice médio de atendimento urbano mostrava valores relativamente elevados, em termos de abastecimento de água, com um índice médio nacional de 93,1%. Porém, em termos de esgotamento sanitário, o atendimento urbano com coleta era muito escasso, tendo um índice médio nacional de 48,3%, e um índice médio nacional de apenas 32,2% para o tratamento desse esgoto coletado. Destaca-se que, em relação ao atendimento à população de baixa renda, o índice ainda é mais inadequado, e alcançar uma cobertura mais ampla desse benefício é um grande desafio, Sistema Nacional de Informações em Saneamento (Snis) apud (LEONETI; PRADO; OLIVEREIRA, 2011, p.335).

Nesse sentido, a falta de saneamento básico ainda é causa de mortes de crianças no país, havendo a necessidade de mais investimentos nesse setor, além de mais discussões de assuntos como esse nas escolas.

      1. Segundo encontro

Na semana seguinte, os estudantes foram convidados a produzir poemas sobre o meio ambiente, e não apresentaram dificuldades pois já estavam habituados a trabalhar com esse gênero. Os poemas foram intitulados de “Bicho homem”, já que eles trataram de escrever sobre as atividades que o ser humano exerce na natureza causando degradação e prejuízo tanto à fauna quanto à flora.

Ao proporcionar esse momento de produção de texto (poema), foi possível observar que os estudantes são capazes de criar e argumentar. É importante que os estudantes tenham oportunidades como essa de demonstrar os conhecimentos adquiridos. No primeiro encontro em que a roda de conversa foi realizada, os estudantes adquiriram maior compreensão sobre os temas água e saneamento básico por meio do trabalho realizado de relacionar o que eles já sabiam com novas informações. Já no segundo encontro foi possível sistematizar esse conhecimento por meio dos poemas.

Segundo Leite, Macedo e Souza (2016, p.7):

A escola precisa despir-se de alguns mitos de que aluno só copia e estuda. Ele cria. E cria muito bem. A escola não precisa, portanto, mutilar ou fazer consertos na manifestação oral ou escrita do aluno, mas sim, conscientizar-se de que a língua não corresponde inteiramente a nenhum tipo de prestígio alheio ao próprio aluno.

A utilização de poema para tratar do tema meio ambiente mostrou aos estudantes que a EA deve ser trabalhada em parceria com outras disciplinas, inclusive a Língua Portuguesa. Os poemas produzidos descreviam o homem catando lixo, vivendo do lixo (exclusão social), outros citaram a poluição dos rios e os males causados aos animais. Um dos poemas criados é apresentado na Figura 1.

Figura 1. Poema produzido por estudante do 5º ano da escola municipal onde foi desenvolvida a Sequência Didática com o tema água e saneamento básico. Fonte: autores set. 2017.

Percebe-se no poema que o estudante compreendeu que o lixo vai para o leito do rio, prejudicando a fauna aquática. Evidencia-se que houve incorporação de novos conhecimentos. Segundo Leite, Macedo e Souza (2016, p.8) sobre os poemas produzidos por alunos “os poemas dos estudantes resultam da certeza de que se tornaram poetas conscientes e conscientizadores”. Por meio da análise do poema, observa-se que houve aprendizagem significativa pela lógica da descrição feita. O estudante consegue mostrar com segurança que o lixo prejudica os peixes.

Moreira (1997, p. 01) traz o conceito de aprendizagem significativa:

Aprendizagem significativa é o processo através do qual uma nova informação (um novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. É no curso da aprendizagem significativa que o significado lógico do material de aprendizagem se transforma em significado psicológico para o sujeito.



Após a confecção dos poemas foi feita a leitura dos mesmos e posteriormente a correção individual de cada um.

      1. Terceiro encontro

Nesse encontro os estudantes confeccionaram caça palavras sobre o meio ambiente. Primeiramente, explicamos como a atividade deveria ser realizada e que as palavras deveriam ter relação com o assunto tratado nos encontros anteriores. Percebemos que além da descontração que essa atividade trouxe, os estudantes souberam confeccioná-los corretamente. A utilização de brincadeiras, como caça palavras em sala de aula, tem trazido vários resultados satisfatórios nos últimos tempos (KNAUT; RIBAS; SILVA, 2015). Desde a antiguidade as pessoas utilizam jogos. O jogo de caça palavras que trouxe informações sobre o meio ambiente, mostrou que os estudantes ancoraram conceitos compreendidos por meio dos encontros da SD desenvolvida. “No século XX o jogo expande-se na área da educação, hoje ele é de grande importância, algo necessário para a construção do conhecimento” (KNAUT; RIBAS; SILVA, 2015, p.55).

Por meio do jogo proposto, os estudantes puderam associar palavras sobre o meio ambiente ao dia a dia, assim a atividade lúdica trouxe outras experiências. Para os autores op cit., o jogo de caça palavras é um aliado do professor. “Dessa maneira entende-se que os jogos são fundamentais para o desenvolvimento físico e mental das crianças, pois por meio deles os alunos descobrem novas experiências, desenvolvem suas habilidades e seu raciocínio” (op. cit., 2015, p.56).

O meio ambiente é um tema que pode ser trabalhado por meio de diversas estratégias, tornando assim as atividades mais atrativas e interessantes para os estudantes. A SD dá essa oportunidade ao professor por diversificar as metodologias e os recursos didáticos utilizados.

      1. Quarto encontro

Pelo fato de estarmos trabalhando com o tema água, surgiu o interesse de saber sobre o abastecimento de água na escola. Convidamos o gestor da escola, em nome de toda a turma para participar de uma entrevista e explicar a respeito das dificuldades enfrentadas quanto à disponibilidade de água na unidade escolar.

Na ocasião o diretor informou que a escola possui poços artesianos que a abastecem e na época da estiagem o nível de água baixa um pouco, chegando até mesmo a faltar água. É preciso monitorar o abastecimento de água sempre: vazamentos, torneiras abertas, ou seja, o desperdício de água também está presente na escola. Os estudantes participaram ativamente da entrevista, mostraram-se atentos e cheios de dúvidas e fizeram muitas perguntas.

A entrevista foi uma estratégia que mostrou resultados positivos, os estudantes perceberam que o problema hídrico está no nosso meio, e que é tarefa de todos economizar e usar com consciência. O diretor agradeceu pelo trabalho desenvolvido e disse que trabalhar a questão do meio ambiente é tarefa de todos.

      1. Quinto e Sexto encontros

Já no quinto encontro da SD era possível perceber o envolvimento da turma em cada atividade proposta. Os estudantes estavam entusiasmados e curiosos com a atividade seguinte. Eles sabiam que haveriam outras atividades e mostravam-se dispostos a participar. Nesse encontro foi proposta a confecção de maquetes que representassem uma estação de tratamento de água (ETA), e tratamento de esgoto (ETE).

No dia anterior ao quinto encontro foi sugerido que os alunos utilizassem materiais recicláveis, tais como garrafas pet, garrafas de leite pasteurizado, potes de iogurte, caixas de papelão para evitar o uso de isopor, mas um grupo utilizou placa de isopor da unidade escolar. A água dos mananciais foi simulada por anilina dissolvida em água. Os pincéis, tintas e demais materiais utilizados foram disponibilizados pela escola.

A reciclagem pode ser estimulada nessas atividades para se evitar a compra de mais mercadorias, gerando economia e o aproveitamento de alguns materiais que iriam para o lixo. Segundo Silva et al. (2014, p. 05), a “reciclagem consiste em uma forma de reutilização do material que compõe o produto, mas é diferente da reutilização daquele produto”.

No dia seguinte, antes de iniciarem a confecção das maquetes, a turma foi convidada a assistir a dois vídeos sobre ETA e ETE. No final dos vídeos foi promovida uma discussão sobre cada etapa do tratamento de água e esgoto. A confecção das maquetes ocorreu na sala de aula. A turma foi dividida em quatro grupos, no entanto seriam confeccionadas duas maquetes de cada estação.

Quatro aulas distribuídas em dois encontros foram necessárias parar concluir essa atividade. Quando os alunos assistiram aos vídeos eles anotaram os nomes de cada etapa do tratamento de água e esgoto para facilitar o desenvolvimento do trabalho. A confecção das maquetes estimulou a criatividade, proporcionou trabalho em equipe e o mais importante, é que a criação própria exige um maior envolvimento. Percebe-se que por ser uma criação deles, há maior entusiasmo e envolvimento com a atividade. A utilização da maquete como recurso didático favorece a aprendizagem já que o aluno vivencia novas experiências sobre o que está estudando naquele momento.

A maquete é a representação de um objeto de forma reduzida, que oferece ao observador a oportunidade de manipular e observar o que está sendo representado pela maquete (PITANO; ROQUÉ, 2015, p. 274). Ainda segundo os autores, o uso da maquete “propicia a valorização local e a solução de problemas, desde o espaço físico ao social, ligando o ensino da disciplina ao cotidiano do aluno, pois possibilita mostrar a organização e a ocupação do espaço, além da interação com o meio representado na maquete”.

A utilização da maquete foi uma estratégia utilizada para que os estudantes pudessem compreender como ocorre o tratamento de água para torná-la potável, própria ao consumo humano, bem como tratar o esgoto que sai de nossas casas e das indústrias para que o mesmo não polua os mananciais. A poluição dos rios através do lançamento de dejetos industriais e residenciais propicia o surgimento de algumas doenças causadas pela ingestão de água contaminada. No entanto, o investimento em saneamento básico reduz a incidência dessas doenças. Além de oferecer a oportunidade da turma conhecer a função do saneamento básico, o intuito da SD foi mostrar que a prática de hábitos de higiene também evita a incidência de doenças causadas por água contaminada.

Nesse sentido se faz necessário trabalhar os conceitos de saneamento básico como forma de disseminar no meio escolar a sua função como modo de prevenção de doenças veiculadas por água contaminada. De acordo com Leoneti; Prado e Oliveira (2011), o saneamento básico no Brasil, ainda necessita de muitos investimentos nos setores de coleta e tratamento de esgoto. Nessa perspectiva, os alunos trabalharam em grupo e conseguiram construir as maquetes representando como é feito o saneamento básico de forma correta. As imagens das maquetes são apresentadas na Figura 2.

Figura 2. Maquetes construídas pelos alunos de uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal onde foi desenvolvida a Sequência Didática com o tema água e saneamento básico. Fonte: Autores set, 2017.



      1. Sétimo encontro

Nesse encontro ocorreu a socialização do trabalho desenvolvido ao longo de dois meses com a turma do 5º ano. Foi feita a exposição das maquetes e portfólios de cada estudante. A exposição ocorreu no pátio da escola e todos os estudantes das demais turmas do turno vespertino vieram conhecer o trabalho exposto.

Os estudantes do 5º ano estavam entusiasmados e mostraram cada etapa do tratamento de água e esgoto que continha nas maquetes. Por meio da exposição das etapas os estudantes demonstraram que havia compreendido todo o processo utilizado para tratar a água e o esgoto.

Pelo envolvimento dos estudantes e por evidenciar que no início da SD os mesmos não demostraram ter conhecimentos sobre saneamento básico, podemos afirmar por meio da observação de que os estudantes confeccionaram e expuseram as maquetes, que eles adquiriram novos conceitos, até então desconhecidos, e que esses novos conceitos foram assimilados de forma significativa, promovendo assim a aprendizagem.

Pode-se afirmar que houve desenvolvimento de uma aprendizagem significativa e não mecânica já que durante a exposição os estudantes utilizaram palavras ligadas a saneamento básico especificamente relacionadas à estação de tratamento de água e esgoto. Esses novos conceitos foram incorporados à estrutura cognitiva de cada estudante, conceitos estes assimilados com a aplicação da SD.

Segundo Moreira (2011, p. 26) é importante distinguir o tipo de aprendizagem adquirida:

Quando o material de aprendizagem é relacionável à estrutura cognitiva somente de maneira arbitrária e literal que não resulta na aquisição de significados para o sujeito, a aprendizagem é dita mecânica ou automática. A diferença básica entre aprendizagem significativa e aprendizagem mecânica está na racionabilidade à estrutura cognitiva: não arbitrária e substantiva versus arbitrária e literal (ibid.). Não se trata, pois, de uma dicotomia, mas de um contínuo no qual elas ocupam os extremos.



Portanto, a aprendizagem significativa se desenvolve quando o aluno se interessa pela atividade que está sendo proposta por meio da utilização de metodologias que apontam caminhos para adquiri-la.



    1. Considerações finais



Após o término das atividades propostas na SD cujo objetivo era trabalhar os temas água e saneamento básico por meio da construção de uma postura crítica dos estudantes, pode-se concluir que houve aprendizagem significativa evidenciada por vários fatores positivos que ocorreram ao longo da realização do trabalho.

Ao iniciar a aplicação da SD, percebeu-se que os estudantes não demonstraram ter conhecimento em relação à saneamento, apresentando apenas conhecimentos sobre o tema água. Cada atividade desenvolvida contribuiu para a aquisição de novos conhecimentos baseados no levantamento desses conhecimentos prévios.

A turma desenvolveu um ótimo trabalho em equipe, cada grupo trabalhou em harmonia e ajuda mútua, um ponto positivo que gostaríamos de ressaltar no trabalho desenvolvido. Além disso, os estudantes aprenderam a construir uma maquete e ainda utilizaram alguns materiais recicláveis. Eles aprenderam a importância de se reutilizar materiais para evitar o consumo exagerado e para diminuir a produção diária de lixo. Através da entrevista com o diretor da unidade escolar, os estudantes observaram que é necessário utilizar a água com consciência, sendo tarefa de todos zelar pela água, observando vazamentos e torneiras abertas ou estragadas. Por meio da exposição, os estudantes puderam exercitar a capacidade de síntese, da organização das ideias, do falar em público e apresentar com clareza e riqueza de informações o trabalho desenvolvido pela turma.

Nessa perspectiva, o desenvolvimento da SD propiciou momentos interdisciplinares para desenvolver a EA crítica por meio dos vários momentos vivenciados em sala de aula. O planejamento antecipado contribuiu para o trabalho interdisciplinar, como é proposto pela lei 9795/99. Portanto, a utilização da SD para trabalhar a EA de modo interdisciplinar é uma ferramenta interessante para que o professor possa despertar novos conhecimentos sobre o assunto que precisa ser tratado em sala de aula. O professor precisa estar atento para a flexibilidade de algumas atividades, caso seja necessário, e orientar a turma em cada etapa desenvolvida ao longo da SD.



    1. Referências bibliográficas



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