CONTRIBUIÇÕES DE MARCOS REIGOTA E DE PAULO FREIRE À PRÁXIS PEDAGÓGICA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA



Josaphat Soares Neto, josasoaresneto@gmail.com

(INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ – IFCE)

Raphael Alves Feitosa, raphael.biologia@gmail.com

(UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC)

Gilberto Santos Cerqueira, giufarmacia@hotmail.com

(UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC)



RESUMO

A formação de sujeitos críticos-reflexivos e transformadores requer uma visão de educação que compreenda aspectos como a problematização, a contextualização e a interdisciplinaridade. É preciso uma escola com bases modernas que tenha como princípios primordiais a possibilidade para o desenvolvimento de uma educação voltada para a construção de novos saberes, atitudes, comportamentos e valores dos profissionais que lidam com o processo educacional, em especial, os professores. Neste artigo apresentamos reflexões sobre as ideias de práxis de Reigota e Freire, bem como, suas contribuições para a práxis pedagógica dos professores no âmbito da Educação Ambiental. Para tanto, nossas reflexões foram embasadas a partir da Educação Crítica, Dialógica, Emancipatória e Libertadora dos referidos autores. Esse texto traz um breve recorte de uma pesquisa em nível de mestrado, e trata-se de numa abordagem qualitativa, de cunho bibliográfico. A coleta e análise dos resultados apresentados deram-se mediante as concepções metodológicas que validam uma pesquisa bibliografia, e nesse sentido, foram realizadas buscas em sites, periódicos e documentos oficiais, considerando sempre como epicentro à Educação Ambiental. As análises apontaram que as concepções Reigotianas e Freireanas são relevantes na formação de uma educação ambiental com caráter, crítico e reflexivo envolvendo nesse trabalho não só professores e alunos, mas toda a comunidade escolar. Por conseguinte, considera-se que a Educação Ambiental é parte indissociável da formação do professor e, portanto, as ideias de Freire e Reigota são fundamentais na transformação da práxis pedagógica.



Palavras-chave: Práxis, Educação Ambiental Crítica, Formação de professores.



ABSTRACT

The formation of critical-reflexive and transforming subjects requires a vision of education that includes aspects such as problematization, contextualization and interdisciplinarity. It is necessary a school with modern bases that has as primordial principles the possibility for the development of an education focused on the construction of new knowledge, attitudes, behaviors and values ​​of the professionals that deal with the educational process, especially the teachers. In this article we present reflections on the praxis ideas of Reigota and Freire, as well as their contributions to the pedagogical praxis of teachers in the ambit of Environmental Education. For that, our reflections were based on the Critical, Dialogical, Emancipatory and Liberating Education of these authors. This text brings a brief cut of a masters level research, and it is a qualitative, bibliographical approach. The collection and analysis of the presented results were based on the methodological conceptions that validate a bibliography research, and in that sense, searches were done on sites, periodicals and official documents, always considering as epicenter the Environmental Education. The analyzes pointed out that the Reigotian and Freirean conceptions are relevant in the formation of a critical, reflective and environmental education involving not only teachers and students but also the whole school community. Therefore, it is considered that Environmental Education is an inseparable part of teacher education, and therefore the ideas of Freire and Reigota are fundamental in the transformation of pedagogical praxis.



Keywords: Praxis, Critical Environmental Education, Teacher training.





INTRODUÇÃO

O artigo aborda as contribuições de Reigota e Freire para o desenvolvimento de uma Educação Ambiental (EA) de caráter crítico, com a formação de sujeitos críticos-reflexivos e transformadores, mas para isso, se faz necessário uma visão de educação que compreenda aspectos como a problematização, a contextualização e a interdisciplinaridade.

Partindo inicialmente com a problemática ambiental, a exploração constante e desenfreada dos recursos naturais tem deixado um saldo de devastação profunda no meio-ambiente. Grande parte destes desastres ambientais foi potencializada pelo aquecimento global de nosso planeta, causado por uma maior concentração de gases de efeito estufa presentes na atmosfera.

Os desastres ambientais ocorridos no ano de 1918 surgiram juntamente no período em que líderes, como o presidente americano Donald Trump, desconsideram a ação humana sobre a mudança no clima e prometem rasgar compromissos para impedir o aumento da temperatura da terra, diferentemente as pesquisas científicas evidenciam incontestavelmente que os acidentes naturais continuarão a cobrar vidas e perdas materiais.

Isso pode ser ressaltado com a ocorrência de incêndios em vário países como o ocorrido no norte da Califórnia e na região de Los Angeles que começaram no dia 8 de novembro e se arrastaram por semanas, matando pelo menos 85 pessoas. A cidade de Paradise ficou totalmente destruída. A área do estado atingida pelo fogo equivale a cinco vezes o tamanho de São Francisco. O prejuízo material foi estimado entre 15 e 19 bilhões de dólares (FOLHA DE SP, 2018).

Já no Brasil, ocorreram dois acidentes ambientais que merecem destaque; o primeiro aconteceu em 05 de novembro de 2015, no município de Mariana, em Minas Gerais. Uma barragem (Fundão) da mineradora Samarco, que é controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu e esse rompimento ocasionou um lamaçal que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, provocando à medida que avançou pelo Rio Doce prejuízos naturais e humanos (MARIANA, 2017). Grande parte dos moradores ficaram desabrigados, com pouca água potável. Vale destacar, de modo lastimável que as pessoas não perderam somente seus bens materiais, mas algumas perderam suas vidas. O impacto ambiental foi incalculável e irreversível, no entanto, pouco se fez até o momento para punir os culpados, socorrer as vítimas e restaurar os danos ambientais.

O segundo acidente recente que comoveu o país ocorreu em Brumadinho, que está na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 25 de janeiro de 2019. A Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, rompeu-se, desencadeando uma avalanche de lama, a qual destruiu a comunidade próxima e construções da própria Vale. O terrível mar de lama causou enormes prejuízos ao meio ambiente, como a poluição das águas do rio Paraopeba, afluente do rio São Francisco, grande mortandade de animais e plantas aquáticas, além da morte e o desaparecimento de centenas de pessoas (BRUMADINHO, 2019).

Todos esses acontecimentos trágicos são reflexos do fenômeno deste progresso irracional que provoca alterações na climatologia na biodiversidade das espécies, na composição química da atmosfera, dos mares, e possibilita, em maior escala, o surgimento de doenças, de pragas na agricultura, e muitas outras consequências, além dos desastres ecológicos (WEBER, 2010). Segundo Goldemberg e Villanueva (2003), essa pressão se intensificou após a revolução industrial e durante o século XX e consequentemente, causou um grande impacto sobre a natureza afetando diretamente o próprio ser humano.

Segundo a questão ambiental atualmente tem ganhado um grande espaço nas preocupações da sociedade. O impacto ambiental gerado pela atividade industrial tem sido cada vez mais intenso e notável pela sociedade, fazendo com que a sociedade manifeste interesse pela redução e minimização desses impactos (SOARES NETO; FEITOSA, 2018).

Compreendemos que não haverá desenvolvimento sem um ambiente que ofereça boas condições de vida a todos, desta forma, a Educação Ambiental torna-se uma proposta real de combate à degradação da natureza, e nesse sentido, como um instrumento de fundamental importância para se pensar e agir de forma consciente na resolução das questões ambientais - a Educação Ambiental.

Para que a Educação Ambiental atinja suas finalidades, há necessidade de que esta seja trabalhada de forma mais dinâmica, abrangente e real, tanto no nível da cidadania, da ética e da racionalidade do homem-social moderno, como também, no nível de escola, de educação formal, na formação de um cidadão com consciência ambiental cidadã, capacitado para intervir de forma responsável nas questões ambientais.

Nesta perspectiva, como o professor deve trabalhar essa temática com seus alunos? Para nós a escola é a criadora de condições para reflexões sobre a Educação Ambiental, de modo que, durante o cotidiano escolar, o aluno seja provocado pelo professor a pensar sobre o uso de forma consciente e racional dos recursos naturais, nos métodos e ações de preservação do meio ambiente, e que o mesmo possa desenvolver uma consciência crítica, e que possa agir nesse ambiente, de modo diferenciado.

Entendemos os avanços na legislação sobre a Educação Ambiental com a regulamentação do art. 225, §1º, VI, da CF pela Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental, em “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (BRASIL, 1997).

Entretanto, a Educação Ambiental deve ser vista de forma  prazerosa, e não somente porque a legislação trata. Ainda que difícil de ser desenvolvida, pois requer atitudes concretas, como mudanças de comportamento pessoal e comunitário, tendo em vista que as dificuldades são grandes quando se quer trabalhar verdadeiramente a Educação Ambiental, mas precisam ser enfrentadas (NARCIZO, 2009).

Neste trabalho, nosso o objetivo é apresentar as contribuições das ideias Reigotianas e Freirianas como aportes filosóficos-epistemológicos para o desenvolvimento de um pensamento crítico dentro da Educação Ambiental e na práxis pedagógica dos professores envolvidos com a temática ambiental.

Dito isso, destacamos que a presente investigação é do tipo qualitativo, de cunho bibliográfico. Para Minayo (2004, p. 22), a pesquisa qualitativa conecta-se “[...] com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde um espaço mais profundo nas relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis” (MINAYO, 2004, p. 22).

A opção político-metodológica traçada aqui se liga com as obras analisadas dos autores Paulo Freire, em “Educação como prática da liberdade” (1967), “Pedagogia do oprimido” (1970), “Pedagogia da autonomia” (1996), “Política e educação” (2001); e Marcos Reigota, com “O que é Educação Ambiental” (1994); “A Escola e a Floresta: por uma educação ambiental pós-moderna” (1999); e “Meio Ambiente e Representação Social” (2002); pois compreendemos que elas nos permitem pensar numa educação ambiental que se conecte as diversas transformações dos fenômenos naturais e humanos, promovendo uma compreensão ampla dos fatos e relações, incluindo o conhecimento de fatos históricos, contextos sociais.

Vale destaca ainda que os autores colaboram na constituição e no aprofundamento de concepções de EA Crítica, uma vez que ambos abordam aspectos da vida social em contextos diversos, abrangendo, inclusive, a temática da EA em questão.

A pesquisa surge num momento social e culturalmente relevante, pois Paulo Freire vem sofrendo críticas ferrenhas de seus opositores intelectuais, corroborando para o crescimento de uma onda conservadora no Brasil. Tramita no Senado federal a Sugestão n° 47, de 2017, a qual propõe a revogação da Lei que institui Paulo Freire patrono da educação brasileira (Lei 12612). De acordo com o documento original, proposto por Stefanny Papaiano, foi proposta uma consulta popular no site do Senado Federal que recebeu mais de 20.000 votos de apoio. O mote gerador da proposta é a seguinte:

Paulo Freire é considerado filósofo de esquerda e seu método de educação se baseia na luta de classes, o sócio construtivismo é a materialização do marxismo cultural, os resultados são catastróficos e tal método já demonstrou em todas as avaliações internacionais que é um fracasso retumbante. (BRASIL, 2017, p. 3).



Apensar da crítica acima, no meio educacional brasileiro e mundial, Paulo Freire segue sendo um dos educadores mais respeitados. De acordo com o recente levantamento no portal Scholar Google (Google Acadêmico), o livro Pedagogia do Oprimido é uma referência constante em estudos e pesquisa, sendo a terceira mais citada em trabalhos da área de humanas, com 72.359 citações (INSTITUTO PAULO FREIRE, 2016).

Vale ressaltar que embora Freire não tenha se dedicado especificamente ao estudo da questão ambiental, mas suas amplas reflexões abrem possibilidades para refletirmos as relações sociedade-natureza a partir de suas teorias do conhecimento e de seu método pedagógico. Não por acaso, foi o próprio Freire o nome consensual para a abertura da I Jornada Internacional de Educação Ambiental, evento de destaque na área, realizado durante a Rio 92 (LOUREIRO, 2012).

A opção pelo educador Paulo Freire justifica-se, não por ser o escritor mais citado no campo da EA no Brasil, mas porque podemos encontrar em suas obras os pressupostos teóricos para subsidiar esta discussão, pois seu pensamento tem muito a dialogar com a EA crítica vista na sua totalidade (TOZONI-REIS, 2006).

Do mesmo modo, afirma Andreola (2000, p. 68):

A aventura de compreender os segredos da vida não pode se reduzir, por isso, a uma tarefa solitária ou ao empreendimento paralelo e estanque das diferentes ciências. A visão do todo, a perspectiva da totalidade impõe como necessidade. A interdisciplinaridade é, pois, um compromisso ético com a vida e uma exigência ontológica, antes ainda de se impor como imperativo epistemológico e metodológico. Quanto mais leio os escritos de Freire, tanto mais o vejo como um pensador interdisciplinar, sob vários pontos de vista, que eu sintetizaria em quatro: a) preocupação interdisciplinar permanente em Freire e trabalho interdisciplinar em equipe. b) dimensões interdisciplinares na pedagogia do oprimido. c) Diálogo interdisciplinar em torno do binômio opressão/libertação. d) Recriação interdisciplinar da proposta epistemológico-política de Freire.



Pitano e Noal (2009) destacam que a análise das obras de Paulo Freire vem contribuindo para o desenvolvimento de uma educação ambiental crítica, haja vista que Freire sustenta a premissa de que somos, concomitantemente, sujeitos e objetos do meio vital que nos cerca. Assim, “[…] como agente determinante da própria transformação, cabe ao homem assumir a responsabilidade sobre seus atos”. (PITANO; NOAL, 2009, p. 292). Em sintonia, Franco e Loureiro (2012) destacam uma importante contribuição freireana que é o Círculo de Cultura, enquanto práxis coletiva de diálogo em diversos espaços educativos, incluindo em ações de EA.

Garrido e Meirelles (2014, p. 673) vão ao encontro da supra indicada conotação, inferindo que Freire “[…] desenvolveu o seu pensamento pedagógico tendo como compromisso a formação crítica do sujeito e a transformação social”. Essas autoras denotam a relação das obras Freireanas com a EA Crítica”.

Indo na mesma direção, Costa e Loureiro (2017) indicam que a leitura Freireana instrumentaliza os educadores para o amadurecimento da EA Crítica como práxis político- educativa, permitindo-se pensar à superação das relações sociais alienadas no Sistema capitalista.

A mesma conotação crítica de EA também pode ser vista nos trabalhos de Reigota (2007, 2012), no qual o autor expos suas percepções sobre o tema. Paulo Freire é citado por Reigota (2012) como um dos intelectuais que contribuíram para o surgimento do campo acadêmico e praxiológico da EA no Brasil. Reigota (2007) descreve que, no Brasil, as pesquisas acadêmicas em EA vem favorecendo a discussão em torno do processo de participação social visando a construção de uma sociedade sustentável, sendo esse último o aspecto político mais enfatizado.

Apesar dos trabalhos acima publicados, notamos que há uma predominâcia de pesquisas que enficam a obra Freireana em detrimento as de Reigota, mesmo vários autores indicando a relevãncia desde ultimo para a consolidação da EA como campo de pequisa e ação política em nosso país (DIAS, 2003; OLIVEIRA, 2007; SATO; PASSOS, 2003; SOARES NETO; FEITOSA, 2018). Assim, é relevante analisar as contribuições das obras desses dois intelectuais – Paulo Freire e Marcos Reigota – para o campo da EA com foco em seu caráter crítico.

Analisando os trabalhos supra indicados (COSTA; LOUREIRO, 2017; GARRIDO; MEIRELLES, 2014; PITANO; NOAL, 2009; FRANCO; LOUREIRO, 2012; REIGOTA, 2007, 2012), podemos inferir que o tema é relevante do ponto de vista social e acadêmico. Contudo, apesar dos trabalhos acima descritos explorarem as relações de Paulo Freire ou Marcos Reigota dentro do campo da educação ambiental, ainda é inédito, ou ao menos não foram encontradas nos portais de pesquisa pelos autores do presente trabalho, investigações que analisam as conexões entre os conceitos e propostas Reigotianas e Freirianas de EA.

Nessa perspectiva, iniciamos o estudo sobre a Educação Ambiental, sua importância, conceitos e concepções. Posteriormente, ressaltaremos as interrelações das obras de Freire e Reigota com a formação de um pensamento crítico à Educação Ambiental no contexto educacional.

A Educação Ambiental: importância, conceitos e concepções no contexto global

A partir da evolução da sociedade, não apenas, no que se refere ao aparato tecnológico e científico, mas, principalmente, nas mudanças que o próprio homem inseriu a natureza, houve mudança no sentido do vocábulo Educação Ambiental, e na perspectiva histórica, o nome Educação Ambiental, passou a ser entendido como forma de caracterizar toda e qualquer prática educativa que esteja intrinsecamente relacionada com a questão ambiental, tais como: o uso indiscriminado dos recursos naturais, a poluição da água, do solo, do ar, desmatamento das florestas, queimadas, o crescimento dos fenômenos do efeito estufa, buracos na camada de ozônio e do aquecimento global, enfim, de modo geral, o homem é responsável pela degradação dos bens naturais fundamentais à sobrevivência dos seres vivos.

Diversas classificações, conceitos e concepções surgiram afim de, caracterizar e preencher com sentido próprio, as práticas pedagógicas relacionadas com a temática ambiental, e com isso, para melhor dimensionamento sobre a importância dessa temática nesse contexto de reflexão, evidenciamos que a EA visa proporcionar a transformação de valores, atitudes e conhecimentos acerca de práticas cotidianas do ser humano que causam impactos ou desequilíbrios ambientais (SATO; PASSOS, 2003).

Entendemos que EA, se dá por um processo que impulsiona de maneira permanente mudanças inseridas no cotidiano da sociedade, portanto, a EA é um processo de aprendizagem permanente que deve desenvolver conhecimento, habilidades e motivações para adquirir valores e atitudes necessárias para lidar e problemas ambientais, e encontrar soluções sustentáveis (DIAS, 2003).

A importância do desenvolvimento crítico da realidade frente à complexidade dos problemas ambientais. Ou seja, “[...] a educação, seja formal, informal, familiar ou ambiental só é completa quando a pessoa pode chegar aos principais momentos de sua vida a pensar por si próprio, agir conforme os seus princípios, viver segundo seus critérios” (REIGOTA, 1998, p.28). Na direção da EA, no meio acadêmico, surgem correntes que defendem que a EA deve ser trabalhada de forma contínua, multidisciplinar e integrada.

Nesta perspectiva, defendemos a necessidade na prática de uma EA que tenha como características principais, um processo de formação dinâmico, permanente e participativo, no qual, as pessoas envolvidas se tornem agentes transformadores, capacitadas em participar ativamente na busca de alternativas que proporcione a redução dos impactos ambientais e para o uso racional dos recursos naturais, no entanto, sabemos que apesar do avanço histórico, a Educação Ambiental, ainda está em processo de transformação, principalmente, no que se refere ao contexto educacional, especialmente, na escola básica.



Contribuições de Freire e Reigota na construção de uma EA crítica

Nossas discussões e inquietações destacam a influência causada pelas ideias de Reigota e Freire, no âmbito da EA Crítica, Dialógica, Emancipatória e Libertadora, na procura por abordagens que contenham um modelo teórico didático-metodológico que priorize a interdisciplinaridade, a transdisciplinaridade, a crítica, a problematização, a contextualização, a transversalidade, assim como, a participação coletiva no processo de transformações sociais, culturais, históricas e políticas.

Para Torres e Delizoicov (2009), os objetivos da educação moderna, intercruzam-se com os objetivos da vertente crítica da Educação Ambiental. Com isso, esses autores, em nosso entendimento, enfatizam que para que os docentes possam desempenhar uma prática pedagógica na perspectiva crítica e transformadora requer a necessidade de investir em procedimentos metodológicos que favoreça a construção de concepções de mundo, ou seja, uma formação pedagógica que esteja voltada para as relações existentes entre o meio ambiente, a sociedade e a cultura.

Com esse entendimento, sugerimos uma EA que não tenha somente o status conteudista ou simplesmente que seja focada na transmissão de informações sobre a natureza e suas particularidades, mas uma EA que estimule ao diálogo, o pensamento crítico, a ética, a cidadania planetária e a política, por meio de ações conscientes e transformadoras sobre os problemas socioambientais que envolvem a sociedade, portanto, estamos falando numa EA que promova “[...] a reflexão na ação, entendida como práxis educativa, e que nos permita identificar problemas e conflitos relativos às nossas ações e à nossa própria presença no planeta”. (OLIVEIRA, 2007, p. 105).

Essa discussão relacionada ao contexto de concepções do meio ambiente e a EA tem por finalidade desenvolver práticas educativas que objetivem inicialmente a conscientização, e dessa maneira, possibilitem o surgimento de um sujeito com atitude crítica, reflexiva e comprometido, por uma ação pedagógica que que tenha como foco não apenas o educando, mas, toda a comunidade escolar.

Tais reflexões partem também dos pensamentos e ideias de Freire e Reigota expostas em suas principais obras, citadas anteriormente. Na construção de uma EA que deve visar a formação de cidadãos críticos, éticos, atuantes e capacitados para atuar de forma consciente e modificadora na sociedade, em que o sujeito está inserido, e ao mesmo tempo em que busca o sentido social de sua existência.

Reigota (1999) em seu livro A Escola e a Floresta: por uma educação ambiental pós-moderna deixa transparecer que com a inclusão da EA no processo educacional, a própria escola, os conteúdos inseridos na matriz curricular e o papel do professor e dos alunos são colocados em uma situação incomum e nova, a exemplo do uso do conhecimento e a sua importância para a nossa participação política cotidiana, já que no processo pedagógico o ato de aprendermos com alguém e não de alguém será uma evidência comum de uma educação de qualidade.

Nessa mesma linha de pensamento, encontramos uma conveniência com Freire, o qual diz que o sujeito é proveniente dos fatores sociais e históricos e mediado pelo mundo e enfatiza,

[...] deve ser entendido como essência da educação, como prática da liberdade, como ato de humildade do sujeito frente a outros sujeitos, pois não há diálogo, se não houver humildade [...] não é só um encontro de dois sujeitos que buscam o significado das coisas, o saber, mas uma relação que se consolida na práxis social transformadora. (FREIRE, 1987, p. 80).





Sobre isso Reigota (2004) informa que a Educação Ambiental está em permanente interação com os aspectos sociais, políticos e culturais. E em sua representação sobre o meio ambiente relata que é um lugar determinado ou percebido, onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e em interação, e que essas relações implicam processos de criação cultural e tecnológica e processos históricos e sociais de transformação do meio natural e construído (REIGOTA, 2004).

  1. As ideias de Reigota dialogam com as inúmeras as contribuições de Paulo Freire que envolve a temática ambiental. É a partir de obras tais como; “Pedagogia do oprimido” (1970), “Educação como prática da liberdade” (1967), “Política e educação” (2001), “ Paulo Freire: sua visão de mundo, de homem e de sociedade” (2001), obras em que trazem também a ideia de práxis educativa na articulação das dimensões da EA.

  2. Freire (1996) relaciona a Educação Ambiental na dimensão socioambiental, que busca, eticamente, práticas de convivência social, tendo como objetivo, a possibilidade de novas interações entre os sujeitos historicamente envolvidos, na construção de uma cidadania mais ativa, frente às desigualdades e à exclusão social. Entretanto, para que isso ocorra se faz necessária a construção de novos conhecimento e formas críticas de intervenção na realidade dos sujeitos envolvidos e do mundo. Freire (2009) ressalta que o diálogo

  3. [...] é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não podemos reduzir a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornarmos simples a troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes (FREIRE, 2009, p. 91).

  4. Observamos por meio das leituras de livros, artigos e textos, que as ideias de Freire têm como princípios fundamentais a reflexão sobre a ação educativa transformadora dos homens e do mundo, contra a opressão e a injustiça social, tendo como horizonte a construção de uma nova sociedade mais justa igualitária e ética

  5. Nesse sentido, o autor defende a idéia de que somos, concomitantemente, sujeitos e objetos do meio em que vivemos. Logo, como agente determinante da própria transformação, cabe ao homem assumir a responsabilidade sobre seus atos. Nesse imperativo reside a “ética universal do ser humano”, que, segundo Freire (1996):

  6. Condena a exploração da força de trabalho do ser humano, que condena acusar por ouvir dizer, afirmar que alguém falou A sabendo que foi dito B, falsear a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e o indefeso, soterrar o sonho e a utopia, prometer sabendo que não cumprirá a promessa [...] é por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar. (FREIRE, 1996, p. 17)



Assim, a ideia que a EA esteja enraizada no contexto global, de acordo com Reigota (1994), nos leva ao questionamento: O que é Educação Ambiental ? O autor defende a ideia de que a mesma não poderia ser considerada como uma simples disciplina dentro do sistema educacional, mas, como uma perspectiva que se insere em todas as disciplinas, ou seja, transitando entre os vários níveis e áreas do conhecimento, trabalhada de forma contextualizada, possibilitando a interação mediadora e a construção de novos conhecimentos de forma colaborativa e dialógica entre professores e alunos. Segundo Reigota (2004), apesar da Educação Ambiental ser ainda caracterizada a partir da transmissão de ideias de conservação e preservação do meio ambiente representada nos ramos ecológicos e da ciências, só poderemos exercer o papel verdadeiro como Educadores da EA.

Ao considerarmos os aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais que envolvem o homem, em sua percepção individual ou como habitante do ambiente global, ou seja, sempre buscando a participação política e social do cidadão, nos favorece a compreendemos a EA como

[...] uma educação política, fundamentada numa filosofia política, da ciência da educação antitotalitária, pacifista e mesmo utópica, no sentido de exigir e chegar aos princípios básicos de justiça social, buscando uma “nova aliança” [...] com a natureza através de práticas pedagógicas dialógicas. (REIGOTA, 1995, p.61).



Assim, a partir das ideias de Reigota e de Freire, podemos refletir e deduzir que a EA, deve ser política, tendo como objetivos, a consolidação da democracia, a solução das questões ambientais e a melhoria na qualidade de vida da sociedade em geral, por meio de ações que visem à exigência da justiça social, da cidadania nacional e planetária, partindo da ética e do diálogo que envolve os diversos sujeitos da sociedade e culturas, tendo como consequência, o desenvolvimento de uma EA Crítica, considerando os processos de intervenção sobre a realidade e de problemas socioambientais em que se inserem aos sujeitos envolvidos. Freire (2001), expõe que a “sua visão de mundo, de homem e de sociedade” envolve um sujeito que era alienado, a-histórico e individualista para a reconstrução e libertação de si próprio e possibilitando dessa maneira, a construção de um novo sujeito ecológico, político, dinâmico, reflexivo, livre da alienação.

Diante deste cenário, percebemos que a proposta educativa de Freire está fundamentada na perspectiva de uma educação libertadora, como também, na dialogicidade e na problematização. Como consequência, Freire (1987), ao abordar em suas obras relacionadas com o processo educacional, a reflexão sobre as práticas da ação transformadora do mundo praticada pela totalidade dos sujeitos, contribui de forma intrínseca, para os que pretende abordar a EA também como uma prática a ser utilizada na mudança do mundo.

Essa contribuição ocorre partir de práticas pedagógicas sustentáveis que se caracterizam por uma práxis docente ligada às questões ambientais, que pressupõe mudanças de hábitos, de atitudes e de comportamento de seus alunos. Segundo (FREIRE, 1987, p.40), “[...] a práxis, porém é ação e reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo, e que precisa ser instigado nos homens, a partir da prática docente, pautada na “responsabilidade ética” (FREIRE, 1996, p.16), possibilitando o desenvolvimento da sua própria autonomia, do respeito às diferenças de cada aluno, em relação ao seu modo de pensar, de agir, de sua linguagem, da capacidade de aprendizagem, favorecendo a construção de um pensamento crítico-reflexivo, e assim, levá-lo a perceber como parte constituinte do meio onde o mesmo está inserido.

Para que essa dinâmica ocorra no processo de reflexão sobre a ação dos sujeitos na transformação do mundo, é necessário à formação de um diálogo que respeite as várias e diferentes formas de percepção do mundo, nisso, ao relacionarmos as ideias de Reigota e Freire, observamos que a pedagogia freireana apresenta um pensamento focado nos aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais que envolvem o homem, em sua percepção individual ou como habitante do ambiente global.

Nessa visão, está sempre buscando a participação política e social do cidadão, por meio da ética e do diálogo, e com isso, a pedagogia de Reigota defende uma Educação Ambiental que vá além da formação de cidadãos políticos, críticos, éticos conscientes e atuantes, mas sim, como uma nova perspectiva de perceber as relações sociais, políticas e culturais, que possibilite o desenvolvimento de uma Educação Ambiental Política, onde há necessidade de pensar no global para agir no local.



Considerações Finais

Nossa sociedade passa por rápidas e mudanças que vão desde a ida do homem ao espaço até grandes tragédias ambientais, ou seja mesmo com todas tecnologia a serviço do homem, ele ainda não conseguiu compreender a importância da preservação do meio ambiente, e consequentemente de uma Educação crítica voltada para a educação planetária que envolve a Educação Ambiental.

Observamos diversos debate sobre os mais diversos aspectos, seja sobre o modo de pensar, de agir, refletir, questionar e criticar, tem a educação formal, por meio da participação da escola, como mola propulsora na conquista de novos desafios que possibilitem desta maneira, a formação de sujeitos críticos, éticos, transformadores, capacitados para agirem de forma consciente e responsável na resolução das questões ambientais.

Reigota traz em sua obra o foco sobre a Educação Ambiental Política, e defende a ideia de que a mesma não poderia ser considerada como uma simples disciplina dentro do sistema educacional, mas, como uma perspectiva que se insere em todas as disciplinas, ou seja, transitando entre as várias áreas do conhecimento e trabalhada de forma contextualizada, possibilitando a interação mediadora e a construção de novos conhecimentos de forma colaborativa e dialógica entre professores e alunos. Já Paulo Freire tem como pensamento central o foco nos aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais que envolvem o homem, ou seja, sempre buscando a participação política e social do cidadão, por meio da ética e do diálogo, possibilitando desta maneira, a reflexão sobre as práticas da ação transformadora do mundo praticada pela totalidade dos sujeitos.

Destacamos que um dos desafios lançados a EA no âmbito escolar, destacamos o de buscar por alternativas teoricometodologicas e propotas pedagógicas que garantam o desenvolvimento de uma EA com a perspectiva interdisciplinar, crítica, problematizadora, contextualizada, com ênfase na transversalidade, nos processos educacionais que visam a participação do coletivo, considerando a articulação entre as dimensões local e global, na produção e na disseminação de materiais didático pedagógicos, promovendo o caráter continuo e permanente de formação pela EA, colaborando para uma avaliação crítica-reflexiva.

Outro ponto importante a ser destacado, foi o fato de que, com as mudanças que ocorrem de forma crescente no mundo, caracterizado pelo modelo capitalista, consumista e competitivo, requer por sua vez, uma educação de qualidade, impondo desta maneira, uma melhor formação do professor, que venha possibilitar o uso de práticas pedagógicas que satisfaçam tanto o sucesso na transmissão e abordagens dos conteúdos, como na aprendizagem dos mesmos pelos alunos. Os pensamentos dos autores envolvidos na temática ambiental contribuem de forma efetiva para a práxis pedagógica dos professores em geral.

Particularmente, observamos pontos chaves nas ideias dos autores que podem contribuir para a práxis pedagógica tais como: a interdisciplinaridade, a contextualização, a mediação, interação colaborativa e dialógica, o estímulo a reflexão crítica dos conteúdos. Tais reflexões sobre as contribuições da Educação Ambiental para um ensino mais crítico-reflexivo é só mais um dos desafios que transversalizam a formação dos sujeitos na escola básica.

Nesta perspectiva, concluímos que os objetivos da pesquisa foram alcançados, a partir das reflexões contruídas na leitura e interpretação das obras dos autores envolvidos na construção de uma EA crítica e na formação de uma práxis pedagógica significativa.



REFERÊNCIAS



ANDREOLA, B. A. Carta-prefácio a Paulo Freire. In: FREIRE, P. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000.

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