EDUCAÇÃO AMBIENTAL CONTEXTUALIZADA COM ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE POÇO JOSÉ DE MOURA-PB: UMA PROPOSTA DE DESCOLONIZAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO NO SEMIÁRIDO



Aywsca Leylane Gonçalves Rolim1 Hugo da Silva Florentino2



1Especialista do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento no Semiárido da Universidade Federal de Campina Grande (CFP/UFCG). E-mail: aywscalr@gmail.com

2Doutor em Educação (PPGE/UFPB), Professor Adjunto I do Centro de Formação de Professores (CFP/UFCG). E-mail: hugoxtr@hotmail.com



Resumo:



Objetivou-se analisar a percepção ambiental de alunos do 8º ano de uma escola pública em Poço de José de Moura–PB. Dados obtidos por observação, questionários, atividade interventiva. Resultados indicam uma visão limitada dos alunos sobre o SAB, mas com a educação contextualizada apresentaram melhorias.



Palavras-chaves: Convivência. Contextualização. Semiárido. Escola.



Abstract:



There aimed to analyse the environmental perception of pupils of the 8th year of a public school in Well of José de Moura-PB PB. Data obtained by observation, questionnaires, activity interventiva. Results indicate a limited vision of the pupils on the SAB, but with the education contextualizada they presented improvements.



Keywords: Familiarity. Contextualization. Semiarid. School.

  1. INTRODUÇÃO



A região semiárida estende-se por uma vasta área do Nordeste brasileiro e compreende uma área de 1,03 milhões de km², corresponde a cerca de 12% do território nacional, com 1.262 municípios e aproximadamente 27 milhões de habitantes (ASA, [200-]b). Em número de municípios, os estados com maior quantidade são Bahia (278), Paraíba (194), Piauí (185), Ceará (175), Rio Grande do Norte (147) e Pernambuco (123). O Maranhão passou a fazer parte do Semiárido Legal em 2017 (BRASIL, 2017).

A maior parte do Semiárido situa-se no Nordeste do país e também se estende pela parte setentrional de Minas Gerais (o Norte mineiro e o Vale do Jequitinhonha), ocupando cerca de 18% do território do estado, dos nove estados que compõem a região, metade tem mais de 85% de sua área caracterizada como semiárida (BRASIL, 2017).

Farias e Marquesan (2016, p. 2) afirmam que

O termo “semiárido” faz referência à ideia de aridez; condição essa que é causada não só por aspectos naturais, como o fator climático e a irregularidade das chuvas, mas também pela forma como a região é explorada; por vezes, a partir de práticas que podem envolver desmatamento e queimadas da vegetação que compõe o bioma caatinga, além da provável contaminação do solo e da água com agrotóxicos nos locais onde se pode praticar algum tipo de agricultura.

Entretanto, as pesquisas realizadas no Semiárido Brasileiro (SAB) estão quase sempre relacionadas com as características climáticas da região marcada por altas temperaturas, escassez e má distribuição das chuvas no decorrer dos anos. “A descrição do semiárido brasileiro, portanto, não deve se restringir às características de seu clima e solo, pois se trata de uma região multifacetada, tanto por suas características físicas como por uma riqueza de aspectos socioculturais” (FARIAS; MARQUESAN, 2016, p. 3).

O SAB sempre enfrentou problemas de ordem ambiental e carência de ações públicas que visem uma melhor convivência da população com essa região.

O antigo paradigma do combate à seca está intimamente ligado à ideia de indústria da seca, pois faz uso de métodos emergenciais como o emprego de carros-pipas, escavação de poços e construção de açudes (muitas vezes em terras de latifundiários), além de outras formas de conter os efeitos da seca na vida das pessoas (FARIAS; MARQUESAN, 2016, p. 1).

Entretanto, muitos projetos e ações voltados para o SAB acabam não resolvendo muitos problemas inerentes a essa região, pelo fato de serem elaborados de maneira descontextualizada com a realidade local. Como exemplo disto, temos a política de "açudagem" que visava a construção de açudes para suprir as necessidades da população, mas que em vez disso, acabou por se tornar motivo de conflitos e muitos dos açudes construídos encontram-se em propriedade privadas ou secos devido a escassez e má distribuição das chuvas. Da mesma forma as escolas apresentam aulas e livros didáticos que tratam de conteúdos descontextualizados da realidade dos estudantes que vivem nessa região.

Conti e Schroeder (2013, p. 88) caracterizam a maioria das escolas encontradas no Semiárido da seguinte forma:

Descontextualizada, ignorando intencionalmente a realidade onde está inserida e a serviço de cuja modificação deveria estar atuando. Por isso, a realidade do Semiárido, suas perspectivas, os valores de seu povo, sua música, seus costumes, danças, comidas, lutas, são dimensões ausentes não apenas dos livros didáticos, mas de debates e conteúdos outros que os professores desenvolvem para além dos livros didáticos.

Segundo Farias e Marquesan (2016) uma alternativa para alguns dos problemas sociais vividos pela população que habita o Semiárido é a adoção de uma metodologia de ensino que apresente experiências reais e que promova um processo de autoconhecimento do sertanejo.

Quando se fala em uma educação voltada para o Semiárido o objetivo da contextualização é tomar como ponto de partida a história desse lugar que vem sendo repassada pelas gerações de forma errônea, mascarando as verdadeiras belezas existentes por falsas paisagens de um povo que convive com o sofrimento.

Em concordância com Silva (2010, p. 3),

Atualmente temos observado, nos Sistemas Municipais de Ensino, uma exagerada quantidade de projetos cada um com um propósito e sem comunicação uns com os outros. Alguns desses projetos retiram os (as) estudantes das salas de aula e acabam, literalmente em festas, como é o caso de muitos desses na área da educação ambiental.

O que foi exposta é a realidade que se ver nas escolas, a aprendizagem é deixada de lado e o que era pra ser uma oportunidade de aumentar e formular novos conhecimentos é vista pelos educandos como uma forma de diversão ou de perca de tempo.

O professor deve antes de tudo conhecer a realidade em que se encontra o aluno, suas experiências e visão do mundo. Essa troca de conhecimento prévio, com a liberdade de expressão do aluno leva-o a inserção em uma sociedade mais crítica, este seria um dos primeiros passos da educação contextualizada.

A educação contextualizada e voltada para a convivência com o Semiárido compõe a dimensão sociocultural, priorizando a relação cultural do cotidiano com os conhecimentos sistematizados da Base Comum Curricular.

A primeira intencionalidade da contextualização da educação escolar no Semiárido Brasileiro é construir, desde a escola, uma visão positiva desse lugar, descortinando as suas especificidades e potencialidades tanto no que se refere às possibilidades naturais e culturais ou históricas como do ponto de vista do conhecimento dos saberes que as pessoas produzem no enfrentamento do dia a dia, construindo diferentes formas de viver nessa região. (SILVA, 2010, p. 9)

Desta forma o papel da educação vai ser o de desmistificar a ideia de semiárido pobre, repleto de dificuldades, “um lugar desprovido das condições de produção da vida; um estereótipo de miséria e calamidade, sempre carecendo de providência emergencial de salvação a ser encaminhada pela boa vontade dos dirigentes políticos de plantão” (SILVA, 2010, p. 10) como é passada, e sim de um lugar de características positivas.

Moura (2005, p. 20) escreve que as escola da região Nordeste vem ensinando durante anos aos seus alunos que

Eles, para ser felizes, teriam de migrar para as grandes cidades; teriam que abandonar a agricultura para ter oportunidade na vida; que a agricultura era o cabo na enxada e o trabalho penoso que seus pais realizavam porque não sabiam ler; que deviam aprender bem para não terminar a vida como seus pais; que ser do campo era coisa de matuto, brocoió, pé rapado, ignorante; que o pessoal da cidade era mais inteligente, falava melhor, tinha vida melhor, porque eram da cidade. [...] em troca do código escrito que ela ensina, a escola roubou a identidade, deixou os alunos com vergonha de seus pais e de seu ambiente. Baixou sua autoestima.

Esta visão de miséria leva as pessoas a crerem que o SAB não é um lugar onde se possa ter uma boa vida, esta visão somada à falta de conhecimento sobre a convivência com a seca leva a maioria das pessoas a praticarem a migração para cidades do Sul e Sudeste brasileiro.

Silva (2010, p. 10) escreve sobre essa falta de conhecimento sobre as riquezas semiáridas e chama a atenção para os discursos distorcidos da realidade em que se encontra a população desta região.

São omitidas as potencialidades da região bem como a sabedoria desse povo que, apesar das dificuldades postas em consequência das condições climáticas está constantemente criando e recriando novas maneiras de viver nesse lugar. Omite também o fato de que não temos um Semiárido, mas vários, se considerada a diversidade que comporta esse lugar, tanto no que se refere às condições materiais históricas ou culturais como às naturais.

Em concordância, Baptista (2011, p. 16) afirma que,

A escola tem trabalhado as crianças e adolescentes, no decorrer da história, mostrando um semiárido triste, pobre, morto e inviável, um semiárido sem futuro, do qual precisamos fugir, se quisermos viver. Contudo, se constatamos que o povo do semiárido é inteligente, esperançoso, criativo, produtor de conhecimento, culturalmente rico e profundamente injustiçado, o desafio é colocar a escola para mostrar esta outra realidade. Ela pode e deve trabalhar o semiárido vivo, mas injustiçado e construir conhecimento com as crianças e as comunidades, para mudar esta realidade de injustiça e exclusão para uma realidade de vida.

Em relação ao que foi abordado, a educação voltada para o SAB se encontra ausente, pois as aulas não problematizam a realidade da região no seu cotidiano escolar, está desvinculada da vida dos educandos e não apresentam os saberes que ali são produzidos, a cultura local, o modo de viver e conviver com as condições climáticas e seus impactos. O objetivo da educação contextualizada é trazer esta realidade para a sala de aula, propagando verdades significativas e reagindo contra a educação descontextualizada.

Dessa maneira, a presente pesquisa traz uma discussão a respeito da importância das escolas do Semiárido adotar uma educação ambiental contextualizada, inserida como uma perspectiva que fornece subsídios para uma convivência com as adversidades climáticas que caracterizam essa região.

Portanto, o objetivo deste artigo foi analisar a percepção ambiental e desenvolver práticas educativas contextualizadas com alunos do 8º ano de uma escola pública em Poço de José de Moura – PB.



  1. METODOLOGIA



    1. Universo e sujeitos da pesquisa



A pesquisa foi desenvolvida com 17 alunos do 8º ano da Escola Municipal Professor Francisco Cassiano Sobrinho, localizada no município de Poço de José de Moura, Paraíba (Figura 01), sendo a escolha dos sujeitos da pesquisa de forma intencional, e o critério de elegibilidade para delimitação do grupo, o fato dos/as discentes estarem no penúltimo ano do Ensino Fundamental e já terem estudado, nos anos anteriores, os conteúdos curriculares e transversais que envolvem o bioma Caatinga e o Semiárido em suas dimensões ambientais, sociais, culturais e políticas, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (BRASIL,1996).

Figura 01: Mapa de localização do Município de Poço de José de Moura – PB

Fonte: ROLIM, A.L.G. Mapa de localização do Município de Poço de José de Moura-PB. 2018.



    1. Classificação da pesquisa



Para a realização desta pesquisa adotou-se uma abordagem qualitativa e quantitativa, do tipo descritiva, com ênfase no estudo de caso dos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental sobre a educação contextualizada para a convivência com o semiárido do município de Poço de José de Moura – PB.

A abordagem qualitativa tem como objeto “o estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas, de uma comunidade”(PRODANOV; FREIRAS, 2013, p. 60), proporcionando uma relação mais longa entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa. Abordagem quantitativa permitiu a sistematização dos dados, a construção das categorias e a frequência das respostas, garantindo precisão dos resultados e evitando contradições no processo de análise e interpretação (FERREIRA; ARAGÃO, 2011; PRODANOV; FREIRAS, 2013).

Considera-se a pesquisa do tipo descritiva, pois pretendemos descobrir, descrever, classificar e interpretar o fenômeno estudado através de técnicas padronizadas de coleta de dados, onde segundo Prodanov e Freitas (2013) os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles.

A pesquisa se refere, ainda, a um estudo de caso, pois se trata de um levantamento com mais profundidade de determinado caso ou grupo de sujeitos. Segundo Prodanov e Freitas (2013, p.60) o estudo de caso “consiste em coletar e analisar informações sobre determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa”.



    1. Diagnóstico e interpretação dos dados



Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados a observação e questionários semiestruturados aplicados antes (pré-teste) e depois (pós-teste) do processo de intervenção contextualizada e as respostas obtidas organizadas, analisadas e interpretadas, respectivamente, obedecendo a uma sequência lógica, e os resultados encontrados categorizados, agrupados e expostos em gráficos e tabelas (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Durante a realização da atividade de intervenção foram aulas com algumas metodologias voltadas para a convivência com o SAB. Buscou-se desenvolver a autonomia, criticidade e capacidade dos estudantes em conviver com a realidade do campo e da cidade de uma região semiárida. As metodologias utilizadas durante as aulas foram: documentários que envolvam práticas de convivência com o semiárido; roda de conversas para expor o conhecimento prévio e adquirido dos alunos; aulas expositivas e dialogadas; dinâmicas educativas e leitura de textos.



    1. Descrição da Intervenção



As aulas da atividade de intervenção aconteceram nas terças, quintas e sextas-feiras pela manhã. Na primeira aula foi utilizado o Datashow para exibir slides que traziam imagens e informações sobre o semiárido, nesta aula foi trabalhado a definição de semiárido, suas características geográficas (clima, geologia, relevo, vegetação e hidrografia) e por último a distribuição de sua população.

Iniciou-se a aula apresentando a definição de semiárido e a delimitação do semiárido através do mapa criado pela Sudene. Em seguida, foram expostas algumas características da região, tais como: precipitação anual, insolação, temperaturas médias anuais, evaporação e umidade relativa do ar.

A segunda aula de intervenção foi iniciada com uma breve revisão sobre o clima, a partir daí foi exposto a definição, localização e características do clima semiárido. Em seguida mostrou-se que o SAB além de períodos de estiagem apresenta, em seus períodos chuvosos, grandes enchentes. Com isso foram mostradas imagens da última enchente que ocorreu nas regiões do município de Poço de José de Moura, datadas do ano de 2009.

Relacionando o clima e a hidrografia do SAB, destacou-se os principais materiais originários que compõem a região, exibindo um mapa com a localização de tais matérias, foi possível destacar a localização do município de Poço de José de Moura em relação a natureza desses materiais e, ainda, respondida algumas perguntas, como por exemplo, “Por que a água daqui é salgada?”.

Em outra aula foram mostradas imagens com as principais formas de relevo que compõem a paisagem do SAB e suas respectivas altitudes e localizações. Depois foram apresentados os quatro tipos de solo que compõem a região e a diferença entre eles, com isso os alunos destacaram qual o tipo de solo mais comum na região em que vivem e foi possível explicar porque existe baixas produtividades na região e quais culturas se adaptam melhor ao tipo de solo.

Para finalizar a aula foram discutidas questões que transformam o SAB em uma região de pobreza e miséria e, que são as principais causas para a migração de maior parte de sua população para outras regiões do Brasil.

A quarta aula foi iniciada com uma dinâmica conhecida como Tempestade Mental, nesta atividade s alunos teriam que dizer palavras positivas e negativas que vinham em sua cabeça quando se pensava em semiárido. Em seguida, foi realizada a leitura e discursão do texto O Sertão nos pés, nesta aula os alunos puderam destacar o que mais gostavam na cidade em que moram, além de outras qualidades do SAB que julgam importantes.

Na aula seguinte, de início foi recordado as principais características do bioma caatinga, este que é característico do SAB. Logo após foram exibidos dados sobre a fauna e flora da caatinga, e imagens com algumas das espécies endêmicas que a compõem, além das espécies que estão em extinção. Nesta aula os alunos puderam perceber que a maior parte das plantas mostradas são facilmente encontradas nos arredores de suas residências.

A quinta aula trouxe como tema principal o Projeto Recaatingamento, onde apresentou-se a forma de execução do projeto e foi exibido um vídeo com a prática desenvolvida. A segunda parte da aula teve como temática a Convivência com o Semiárido.

Nesta aula foi diferenciado Combate à seca de Convivência com o Semiárido, foram, ainda, apresentadas, através de imagens, as principais tecnologias para armazenamento de água distribuídas pelos programas P1MC e P1+2, assim como a correta finalidade de cada tecnologia.

Na sexta aula, em continuação a temática da anterior, os alunos puderam ver imagens de um esquema de pomar disponibilizado pela Embrapa Semiárido, que mostra a forma correta de se aproveitar a água proveniente da chuva para o plantio de árvores frutíferas. Nesta aula pode ser exibido um print da tela inicial do site da ASA, exibindo o site para visita e dados gerais da região Nordeste sobre armazenamento de água, banco de sementes e mudas, entre outros.

Finalizando a atividade interventiva, foram exibidos dois documentários sobre Convivência com o Semiárido. No primeiro mostrava uma forma barata e fácil de se purificar águas de barreiro para consumo humano, utilizando uma planta comum no SAB, que o mandacaru, depois dessa apresentação os alunos se mostraram inquietos com a facilidade que tinham próximo de suas residências, mas que por falta de conhecimento não a colocavam em prática.

O segundo documentário tratava-se de uma reportagem com pessoas residentes no Nordeste e que com o uso das tecnologias de armazenamento de água distribuídas pelo governo puderam ter uma melhoria significativa de vida, armazenando e plantando corretamente. Após a exibição, os alunos puderam perceber que é possível plantar culturas nunca imaginadas e ficaram surpresos com o fato de que se pode melhorar de vida.



  1. RESULTADOS E DISCURSÕES



Com a finalidade de conhecer melhor os sujeitos da pesquisa, foram feitas perguntas referentes à caracterização sociodemográfica, onde os resultados indicam que os/as participantes são em sua maioria do sexo masculino (53%) e o feminino possui apenas 47,1%, com idades entre 12 a 17 anos, e a maioria reside na zona urbana (52,9%), conforme demonstrado no Gráfico 01.

Gráfico 01: Percentual da faixa etária e identidade de gênero dos/as participantes da pesquisa.

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.



Com a finalidade de investigar quais meios de comunicação influenciam na percepção dos/as participantes da pesquisa, estes/as foram questionados sobre o tipo de fonte de informação pela qual ouviram falar sobre o tema Semiárido. Os resultados indicam a educação formal como a principal propagada (60%), destacando a escola ou sala de aula (50%) e as palestras (10%). A educação informal representou um menor quantidade (25%), sendo a internet a principal fonte (15%), seguida das televisão (5%) e as redes sociais (5%). 15% dos/as alunos/as não responderam o questionamento.

Com o intuito de entender como os/as participantes da pesquisa percebem o espaço do Semiárido, apresentamos o seguinte questionamento: O que vem à sua mente quando você pensa no Semiárido? Tabela 01.



Tabela 01: Percepção dos alunos sobre o Semiárido

Categoria

Constituinte

Unidade de contexto

Pré-Teste

Pós-Teste

FA

FR (%)

FA

FR (%)

Clima

Clima



Seca





Calor





Chuva

Clima muito quente”



Cidades secas, que tem falta de água”



Um tempo quente e seco”



Falta de Chuva”

1



7





2





-

4,5



31,8





9,1





-

3



3





1





6

12



12





4





24

Vegetação

Plantas



Desmatamento



Ambiente

Mandacaru



Desmatamento”



O ambiente”

-



1



2

-



4,5



9,1

2



-



1

8



-



4

Bioma

Caatinga





Deserto

Ajudar as caatingas a todo sertão”



Quase um deserto”

2



-

9,1



-

1



1

4



4

Região

Região Brasileira

O Nordeste”

3

13,6

-

-

Sociedade

Emprego



Cultura

Em trabalhar um dia”



Cultura do lugar”

1



-



4,5



-

-



1

-



5

Categoria Geográfica

Lugar

O lugar em que vivemos”

1

4,5

-

-

Não respondeu

-

-

2

9,1

6

24

22

100

25

100

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.



Os resultados obtidos mostram que os alunos associam a região a diversas características que podem ser agrupadas nas seguintes categorias: Clima, Vegetação, Biomas, Região, Sociedade e Categoria Geográfica, além dos que não responderam. Constatou-se que a maioria dos alunos não respondeu o questionamento no pós-teste (24%) e no pré-teste (9,1%). Dos alunos que responderam o pré-teste, a maioria associa o Semiárido a categoria Clima (45,4%), seguida de Vegetação e Região, ambas com 13,6%, Bioma (9,1%), Sociedade e Categoria Geográfica com 4,5%. Já o questionário pós-teste mostra que a maioria dos alunos associam o Semiárido ao Clima (52%), Vegetação (12%), Bioma (8%) e Sociedade (4%).

É possível perceber que os alunos nos dois questionários associam o Semiárido apenas as questões climáticas e da vegetação. A Seca é o elemento mais citado no pré-teste (31,8%), porém no pós-teste, observa-se que houve uma redução e a falta de chuva lidera com 24%.

Conti e Schroeder (2013, p. 46) discorrem sobre o tema Semiárido da seguinte forma:

A expressão Semiárido indica que estamos falando de uma região com aridez. As razões para isso são várias: os modos humanos de explorar a terra que a tornaram deserta ou árida; o desmatamento; a prática predatória para com os rios e a terra; as queimadas; a contaminação dos solos com agrotóxicos, entre outras. Estes processos são aliados à pouca chuva e ao péssimo sistema de armazenamento da água que vem da chuva.

Quando se fala em SAB as primeiras associações são água, chuva e seca, afirmando-se que não chove o bastante, e como consequência surge a falta de água. “A precipitação pluviométrica da região semiárida é marcada por chuvas irregulares, tanto na distribuição quanto no espaço e no tempo. Varia entre 300 e 800 mm por ano. Na região ocorre uma evaporação muito superior à precipitação” (CONTI; SCHROEDER, 2013 p. 49).

Essa elevada transpiração é consequência do tipo climático da região, o clima Semiárido, um fenômeno natural que ocasiona outra complicação para a população residente no SAB. Segundo Conti e Schoeder (2013, p. 49)

O clima é uma das características mais importantes da região, principalmente pela ocorrência do fenômeno das “grandes secas” caracterizadas pelo esgotamento da umidade do solo, fenecimento das plantas por falta de água, depleção do suprimento de água subterrânea e redução e eventual cessação do fluxo dos cursos de água.

Em complemento, o portal da ASA (2019, [200-]b) explica que

Tanto a ausência ou escassez das chuvas, quanto a sua alta variabilidade espacial e temporal são responsáveis pela ocorrência das secas - um fenômeno natural e cíclico nesta região. Outro fator de influência é a pequena profundidade do solo, que reduz a capacidade de absorção da água da chuva. A presença de solos cristalinos na maior parte da região limita o abastecimento dos aquíferos subterrâneos. Estima-se que mais de 90% da chuva não são aproveitadas devido à sua evaporação e ao seu escoamento superficial.

Quando solicitado que citassem pelos menos 4 vegetais encontrados no Semiárido (Tabela 02), os mais citados no Pré-teste foram: Batata doce (19%), Macaxeira (11,9%), Cacto e Alface com 7,1%. Em relação ao Pós-teste, os mais citados foram: Xique-xique (13,6%), Mandacaru e Jurema com 11,4%, Juazeiro (9,1%).



Tabela 02: Percepções dos/as participantes da pesquisa sobre a vegetação típica do Semiárido.

Família

Espécies citadas

(Nome popular)

Pré-Teste

Pós-Teste

FA

FR (%)

FA

FR (%)

Cactácea

Cacto

Mandacaru

Xique-xique

Palma

3

2

2

1

7,1

4,8

4,8

2,4

1

5

6

-

2,3

2,3

13,6

-

Tubérculos

Macaxeira

Batata da terra

Batata doce

5

4

4

11,9

9,5

9,5

2

1

1

4,5

2,3

2,3

Rhamnaceae

Juazeiro

2

4,8

4

9,1

Fabaceae

Jurema

Pau Ferro

Feijão

Jatobá

2

1

2

-

4,8

2,4

4,8

-

5

2

2

2

11,4

4,5

4,5

4,5

Anacardiaceae

Aroeira

Ciriguela

1

-

2,4

0

-

1

-

2,3

Arecaceae

Carnaúba

1

2,4

-

0

Poaceae

Milho

2

4,8

2

4,5

Asteraceae

Alface

3

7,1

-

-

Solanaceae

Tomate

2

4,8

-

-

Apiaceae

Cenoura

Coentro

1

-

2,4

-

-

2

-

4,5

Brassicaceae

Trapiá

-

-

1

2,3

Chrysobalanaceae

Oiticica

-

-

1

2,3

Não respondeu


4

9,5

6

13,6

42

100

44

100

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.



Observa-se que no questionário pré-teste os alunos citaram plantas que eles veem no seu dia-a-dia em suas residências, seja durante as refeições ou outra forma de contato, já no pó-teste a visão em relação a vegetação tomou um novo direcionamento e as mais citadas são pertencentes a flora da Caatinga.

No questionário pós-teste a família das cactáceas e Rhamnaceae tiveram a maior porcentagem, as plantas citadas são características do Bioma Caatinga e são facilmente encontradas na região. Barbosa (2010, p. 10) caracteriza a vegetação da Caatinga,

A vegetação é composta, principalmente, de espécies lenhosas, cactáceas, bromeliáceas e pequenas herbáceas, geralmente com espinhos e caducifólias. Inclui, pelo menos, uma centena de diferentes tipos de paisagens únicas, sendo rica em espécies. Até o momento foram registradas 932 espécies de plantas vasculares das quais 380 são endêmicas e 20 gêneros pertencentes a 42 famílias.

Dentre as plantas da Caatinga, as famílias citadas estão entre as três famílias arbóreas e arbustivas mais diversas, com destaque para família Cactaceae que possui grande número de espécies endêmicas. A vegetação da Caatinga apresenta plantas xerófitas, as plantas são adaptadas ao clima, solo e pluviosidade da região.

A vegetação desse bioma pode ser conceituada como um tipo de floresta de porte baixo, com dossel geralmente descontínuo, folhagem decídua na estação seca e árvores com ramificação profusa, comumente armadas com espinhos ou acúleos, sendo frequente a presença de microfilia e características xeromorfas. (DA SILVA, 2010, p. 36)

Com relação aos animais típicos do Semiárido (Tabela 03), as espécies mais citadas no pré-teste foram: Jumento (16,7%), Cavalo (9,3%) Caboré (11,1%), Boi, Préa e Calango com 7,4%. 1,9% dos alunos não citaram nenhum animal. Já no pós-teste esse número foi maior, 16,7% nos alunos que não citaram animais, os mais citados foram: Préa (19,0%), Calango (9,5%) e o Caboré (7,1%)



Tabela 03: Percepções dos/as participantes da pesquisa sobre os animais típicos do Semiárido

Família

Espécies citadas (Nome popular)

Pré-Teste

Pós-Teste

FA

FR (%)

FA

FR (%)

Mamíferos

Vaca

Boi

Cavalo

Porco

Bode

Jumento

Préa

Burro

Cabra

Cachorro

Gato

Jaguatirica

Guará

Raposa

Sagui

3

4

5

2

2

9

4

2

1

2

2

-

-

-

-

5,6

7,4

9,3

3,7

3,7

16,7

7,4

3,7

1,9

3,7

3,7

-

-

-

-

-

-

1

-

-

2

8

1

-

1

2

2

2

2

2

-

-

2,4

-

-

4,8

19,0

2,4

-

2,4

4,8

4,8

4,8

4,8

4,8

Répteis

Calango

Teiú

Tatu

4

-

-

7,4

-

-

4

1

1

9,5

2,4

2,4

Aves

Caboré

Urubu

Águia

Cancã

Gavião

Arara Azul

6

3

2

1

1

-

11,1

5,6

3,7

1,9

1,9

-

3

1

-

-

-

1

7,1

2,4

-

-

-

2,4

Aracnídeo

Caranguejeira

-

-

1

2,4

Não respondeu


1

1,9

7

16,7

54

100

42

100

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.



Os resultados mostram que os alunos no pré-teste citaram mais animais, principalmente mamíferos, pois são os animais que eles tem maior contato em seu cotidiano, já no pós-teste os animais mais citados são tipicamente de região semiárida, demonstrando um avanço em relação ao conhecimento dos mesmos sobre a fauna local. Constata-se também que nenhum aluno citou espécies de insetos e apenas no pós-teste foi citado uma espécie de aracnídeo (2,4%).

Da mesma forma que as plantas, a fauna do semiárido também desenvolveu adaptações as condições climáticas da região. Apesar da presença de espécies endêmicas e da rica biodiversidade, ainda existem espécies animais desconhecidas e sem catalogação, além do mais, há espécies que se encontram em extinção e outras em risco de entrarem em extinção.

Torna-se evidente e urgente o conhecimento da flora, da fauna, do solo e do clima, com informações fundamentais para o desenvolvimento de quaisquer estratégias de ações, evidenciando o valor da biodiversidade, que venham a contribuir para um melhor planejamento de manejo, uso e enriquecimento da Caatinga (DA SILVA, 2010, p. 39).

Quando foram questionados sobre os maiores problemas socioambientais enfrentados na região (Tabela 04), os resultados mostram que 16,7% dos alunos no pré-teste não responderam, dentre aqueles que responderam, a escassez de chuva (25%) foi o mais citado, seguido da falta d’água (16,7%), da seca (12,5%), calor e poluição (8,3%). Em relação ao pós-teste, 24% dos alunos não citaram problemas, dentre os que responderam, o mais citado foi, novamente, a escassez de chuva (24%), seguido da seca (16%), falta d’água e calor (8%). Além destes, outros problemas foram citados no pós-teste, queimadas e desertificação (4%).



Tabela 04: Percepções dos alunos/as sobre os problemas socioambientais enfrentados no Semiárido.

Impacto Socioambiental

Pré-Teste

Pós-Teste

FA

FR (%)

FA

FR (%)

Seca

3

12,5

4

16

Falta d’água

4

16,7

2

8

Calor

2

8,3

2

8

Escassez de Chuva

6

25

6

24

Nenhum

1

4,2

-

-

Poluição

2

8,3

1

4

Desmatamento

1

4,2

1

4

Extinção de espécies animais

1

4,2

-

-

Vegetação Seca

-

-

1

4

Desertificação

-

-

1

4

Queimadas

-

-

1

4

Não respondeu

4

16,7

6

24

24

100

25

100

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.



O SAB sofre com a má distribuição de água porque necessita de técnicas para melhorar o armazenamento da água, além da escassez de políticas públicas adequadas para que a população saia da situação de vulnerabilidade em que se encontra (FARIAS, MARQUESAN, 2016). Além disso, a população desconhece as práticas e culturas que podem ser realizadas utilizando as águas das chuvas armazenadas nas tecnologias que possuem em suas residências.

Ao questionar os alunos sobre de quem é a responsabilidade de cuidar do Semiárido (Tabela 05), no pré-teste a categoria mais citada é a população (52,6%), seguidos dos ambientalistas e ONG’s (24,1%), Governo (15,8%) e você individualmente (10,5%). Já no questionário pós-teste, a categoria mais citada continuou sendo a população (52%), seguido do governo (28%), ambientalistas e ONG’s e você individualmente (4%). Diferente do pré-teste, no pós-teste 4% respondeu que a responsabilidade é da mídia.

Os resultados obtidos assemelham-se ao de outra pesquisa realizada em duas escolas do município de Veirópolis – PB. Na primeira escola a categoria mais citada foi governo (33,33%), seguido por população (26,66%), 20% dos alunos transferiu a responsabilidade para os ambientalistas e ONG’s, do contrário, na segunda escola a categoria mais citada foi população (54,54%), seguida por governo (27,29%) (OLIVEIRA, 2017).



Tabela 05: Percepções dos/as participantes da pesquisa sobre a responsabilidade de cuidar do semiárido

Categorias

Pré-Teste

Pós-Teste

FA

FR (%)

FA

FR (%)

Governo

3

15,8

7

28

População

10

52,6

13

52

Ambientalistas e ONG’s

4

21,1

1

4

Você individualmente

2

10,5

1

4

Mídia

-

-

1

4

Não respondeu

-

-

2

8

19

100

25

100

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.



Os resultados da pesquisam indicam que os alunos conheciam a região semiárida apenas superficialmente, após a intervenção pode-se constatar que apesar de alguns alunos não terem respondido aos questionários, os números obtidos no questionário pós-teste foram maiores e novas percepções da realidade do semiárido foram adquiridas.

A escola aparece como protagonista no papel de disseminar essa visão distorcida da realidade do SAB, utilizando a educação contextualizada como construtora de saberes e práticas educativas, reforçando dia-a-dia as belezas naturais, culturais e sociais que se encontram na região.



  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS



A pesquisa contribuiu para a formação do pensamento crítico acerca do SAB de alunos da rede municipal de ensino, assim como destacou exemplos de pessoas inseridas na mesma realidade e que aprenderam através de formações a conviver com as dificuldades da região semiárida.

Diante do estudo realizado e dos resultados obtidos foi possível traçar um diagnóstico sobre a percepção Ambiental Contextualizada e para Convivência com o SAB dos/as alunos/as da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Professor Francisco Cassiano Sobrinho, Poço de José de Moura - PB, onde estes limitam seus discursos às condições climáticas e territoriais, distanciando-se da relação de Convivência Sustentável com o ambiente.

A pesquisa mostrou também que alguns alunos se negaram a responder a algumas perguntas do questionário pós-teste, mas que as respostas obtidas pelos demais apresentaram um enriquecimento nos conhecimentos sobre o SAB.

O SAB vem sendo apresentado e representado de maneira descontextualizada, onde ainda há uma visão de pobreza que prevalece no imaginário social dos sujeitos que ali vivem, sendo na maioria das vezes a mídia e a escola os principais disseminadores desta ideia estereotipada.

Isso mostra que as escolas do semiárido não podem deixar de realizar saberes contextualizados com a realidade em que se encontra seus alunos, uma vez que esta contribui para a formação do ensino crítico e valorização local.



REFERÊNCIAS



ASA. Semiárido: é no semiárido que a vida pulsa. [200-]b. Disponível em http://www.asabrasil.org.br/semiarido#indicadore-semiarido. Acesso em: 10 jan. 2019.

BARBOSA, Antônio G. Sociedade civil na construção de políticas de convivência com o semiárido. Recife: ASA, 2010.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Resolução Nº 115, de 23 de novembro de 2017. Aprova a Proposição nº 113/2017, que acrescenta municípios a relação aprovada pela Resolução CONDEL nº 107, e 27 de julho de 2017. Fortaleza: Ministério da Integração Nacional, [2017]. Disponível: <encurtador.com.br/erMU5>. Acesso em: 22 nov. 2018.

DA SILVA, Pedro Carlos Gama et al. Caracterização do Semiárido brasileiro: fatores naturais e humanos. Embrapa Semiárido-Capítulo em livro científico (ALICE), 2010.

FARIAS, Lia Moreira; MARQUESAN, Fábio Freitas Schilling. Educação (contextualizada) no Semiárido Nordestino. In: Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais, IV, 2016, Porto Alegre. Anais do Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais. Porto Alegre, 2016. p. 1-15.

FERREIRA, A. P. R. de S. ARAGÃO, W. H.. Projetos de Pesquisas e Metodologia do Trabalho Científico. IN: ÀBILIO, F. J. P. Convivência ambiental para o Semiárido. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2011. p. 205-242.

CONTI, Irio Luiz; SCHROEDER, Edni Oscar. Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Editora IABS. Brasília-DF, 2013.

MARCONI, M. de A., LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo : Atlas, 2003.

MOURA, Abdalazis. Filosofia e princípios da PEAD e do CAT. In: BAPTISTA, Francisca. Educação rural: sustentabilidade do campo. Feira de Santana: MOC, 2005.

OLIVEIRA, Nayane Sibelle de et al. Percepção dos alunos de escolas públicas de Vieirópolis-PB sobre o bioma caatinga e sua inter-relação com a educação contextualizada. 2017.

PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. – 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

SILVA, AP de. O conceito de educação contextualizada na perspectiva do pensamento complexo: um começo de conversa. Texto apresentado ao Curso de Espacialização Em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro. Universidade Federal de Campina Grande, Sumé, 2010.



APÊNDICES

Apêndice A – Questionário Incial (Pré-Teste)



Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: __________



Você mora na: ( ) zona rural ou ( ) Zona urbana



  1. Você gosta do lugar em que você vive?

( ) Sim ( ) Não ( ) Um pouco.

Por quê?



  1. Você gostaria de ajudar a sua família a viver melhor no lugar em que residem?

( ) Sim ( ) Não ( ) Um pouco.



  1. Em sua opinião, os conteúdos das aulas condizem com a realidade do seu dia-a-dia? Justifique.



  1. Você já ouviu falar em Educação Ambiental?

( ) Não ( ) Sim.



  1. Você já ouviu falar em "Educação para convivência com o Semiárido"

( ) não ( ) sim.

Do que se trata?



  1. O que vêm à sua mente quando você pensa no Semiárido?



  1. Escutou falar do Semiárido:

( ) na televisão

( ) na internet (Google)

( ) no jornal ou revistas

( ) na escola ou na sala de aula

( ) em palestras

( ) Nas redes sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp)

( ) outros. Citar:



  1. Quais são os maiores problemas socioambientais enfrentados na região onde você mora?



  1. Em sua opinião, de quem é a responsabilidade de cuidar do Semiárido?

( ) do Governo

( ) da população

( ) dos Ambientalistas e ONGs

( ) de você individualmente

( ) da mídia (Jornal, televisão, entre outros)



  1. Você poderia listar pelo menos 04 vegetais que podem ser encontrados no Semiárido?



  1. Você poderia citar pelo menos 04 animais que podem ser encontrados no Semiárido?



  1. Como você e sua família fazem para conviver com a seca na sua comunidade?



APÊNDICE B - Questionário Final (Pós-Teste)



Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: __________



  1. As orientações apresentadas nas aulas são relevantes para sua permanência e sobrevivência na região semiárida?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

Por quê?



  1. Você gostou de participar das aulas de educação ambiental e convivência no semiárido?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

Por quê?



  1. O que vêm à sua mente quando você pensa no Semiárido.



  1. Escutou falar do Semiárido:

( ) na televisão

( ) na internet

( ) no jornal ou revistas

( ) na escola ou na sala de aula

( ) em palestras

( ) Nas redes sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp)

( ) Outros. Quais?



  1. Quais são os maiores problemas socioambientais enfrentados na região onde você mora?



  1. Em sua opinião, de quem é a responsabilidade de cuidar do Semiárido?

( ) do Governo

( ) da população

( ) dos Ambientalistas e ONGs

( ) de você individualmente

( ) da mídia (Jornal, televisão, entre outros)



  1. Você poderia listar pelo menos 04 vegetais que podem ser encontrados no Semiárido?



  1. Você poderia citar pelo menos 04 animais que podem ser encontrados no Semiárido?



  1. Como você e sua família fazem para conviver com a seca na sua comunidade?



  1. Você poderia definir o que é Educação para convivência com o semiárido?



  1. Depois da realização do projeto você gosta do lugar em que vive?

( ) Sim ( ) Não ( ) Um pouco.

Por que?