BLOG - UMA IMPORTANTE FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Análise de blogs de Educação Ambiental para educadores.



Cecília Monica Lorensi Marques1, Lisiane Acosta Ramos2



1 Graduada em Pedagogia – Licenciatura Plena, Uergs.

2 Professora Adjunta dos Cursos de Pedagogia e Biologia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – Uergs, Unidade Litoral Norte-Osório. lisiane-ramos@uergs.edu.br



Resumo: 

O presente trabalho tem como tema o uso de blogs como ferramentas para a Educação Ambiental. A metodologia utilizada foi a quanti-qualitativa, e as pesquisas foram bibliográficas. Pretende-se, com este trabalho, compreender melhor a montagem e a divulgação de blogs que abordam atividades e assuntos relacionados à Educação Ambiental, a fim de verificar como podem beneficiar os educadores na troca de ideias e informações sobre o tema. Os resultados encontrados se deram a partir da análise de cinco blogs selecionados aleatoriamente, os quais traziam algum tema relativo à Educação Ambiental ligada às crianças. Foram considerados diversos aspectos destes ambientes virtuais, desde as cores utilizadas até a apresentação de legislações vigentes a respeito dos assuntos ambientais. Verificou-se que apenas dois dos cinco blogs apresentaram qualidade visual, links para jogos, vídeos e outros elementos sensibilizadores. A maioria dos blogs foi subutilizada tanto na abordagem do tema proposto quanto na exploração de recursos didáticos. Assim sendo, este trabalho vem mostrar aos educadores a possibilidade de trocarem informações mesmo à distância, a partir do uso de blogs, o qual é uma ferramenta consideravelmente simples, disponível em diferentes plataformas, muitas delas gratuitas. Entende-se que a grande maioria dos educadores possui acesso à internet e conhecimentos, mesmo que básicos, a respeito de sua utilização. Assim, considera-se que os blogs podem ser aliados da Educação Ambiental, podendo proporcionar aos educadores trocas de informações e conhecimentos, tudo isso com a finalidade de, por meio de práticas e abordagens dessa temática, sensibilizar os educandos sobre a importância de preservar, cuidar e principalmente respeitar o meio ambiente.

Palavras-chave: blog, Educação Ambiental, Educação Infantil, Ensino Fundamental.



Abstract: 

This paper, as theme the use of blogs as tools to assist Environmental Education. The methodology used in this work it’s quantitative and qualitative, and the bibliographic research. This work aims to better understand the assembly and dissemination of blogs that address activities and issues related to Environmental Education, in order to verify how they can benefit educators in the exchange of ideas and information on the subject. The results were obtained from the analysis of five randomly selected blogs, which bring some theme related to Environmental Education linked to children. Several aspects of these virtual environments were considered, from the colors used to the presentation of current legislation on environmental issues. Only two of the five blogs were found to have visual quality, game and video links and other sensitizing elements. Most blogs have been underused both in addressing the proposed theme and in exploring didactic resources. Thus, this work shows educators the possibility of exchanging information even with distance, through the use of blogs, which is a pretty simple tool, available on different platforms, many of them free. It is understood that the vast majority of educators have access to the internet and even basic knowledge about its use. Thus, it is considered that blogs can be allies of Environmental Education, and can provide educators with exchanges of information and knowledge, all with the purpose of, through practices and approaches of this theme, sensitize students about the importance of preserving, take care and especially respect the environment. Show them that even with minor changes in their daily habits, such as turning off the tap when brushing their teeth, sorting and properly disposing of waste at home and at school, they are already contributing to environmental quality because the change in the world starts from the change of each one.

Keywords: blog, Environmental Education, Early Childhood Education, Elementary School.

 



1. Introdução



1.1. O Papel das TICs



Na Educação, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) podem comportar-se como um instrumento de valorização das práticas pedagógicas, já que ampliam o acesso à informação, sua flexibilidade e suas formas de apresentação, além de enriquecerem os processos de compreensão de conceitos e fenômenos (MARTINHO; POMBO, 2009).

Para Scheffer (2012), as mídias enriquecem o trabalho exploratório desenvolvido pelo professor no Ensino Básico, uma vez que são motivadoras da aprendizagem. No entanto, estas não podem ser os únicos instrumentos usados para resolverem todas as mazelas da escola.

As TICs podem colaborar positivamente para uma transformação no processo de ensino-aprendizagem, porém, ainda são utilizadas por poucos professores (OSBORNE; HENNESSY, 2003) ou, são utilizadas de forma equivocada, reproduzindo antigas metodologias sob uma nova roupagem, o que em nada acrescenta aos educandos.

Miranda (2012) afirma que a tecnologia e seus avanços foram responsáveis por diversas transformações pelas quais a humanidade passou ao longo da história. As novas tecnologias da informação trouxeram desafios, os quais compreendem mudanças, as quais acontecem cada vez mais rápido, e em diferentes campos, como o político, social, cultural e econômico.

Em conformidade com a mesma autora, o computador e as tecnologias a ele ligadas, têm atualmente o papel de mediar as relações entre os seres humanos e o conhecimento, em seus diversos contextos. Contanto, a educação não fica de fora deste processo, pois a integração dela com as inovações tecnológicas e a sua utilização no processo de ensino-aprendizagem acontecem de forma distinta, com diferentes objetivos.

De acordo com Almeida (2001), a integração das TICs com a educação brasileira passou por diversas fases em sua trajetória, com uma perspectiva inovadora, de forma que distingue o Programa Nacional de Informática em Educação (ProInfo), da Secretaria de Educação à Distância (SEED), do MEC, das outras políticas públicas educacionais e de ações correlatas de outros países. Em se tratando da realidade brasileira, a característica básica dessa trajetória é a inter-relação entre a pesquisa, a formação e a prática, fazendo uso das TICs, onde os educadores e os estudantes aprendem a conhecer, aprendendo a fazer e a refletir sobre essa ação.

Atualmente, com o rápido avanço tecnológico, a globalização da informação já é compartilhada por quase todas as pessoas. Dessa forma, a maioria das escolas faz uso dessas novas tecnologias, visto que a evolução nesse contexto tornou-se essencial, transformando assim a educação e as salas de aula. Assim, se faz necessária uma nova concepção pedagógica, de maneira a repensar as metodologias de ensino, a fim de buscar um currículo propício para atender aos interesses dos alunos e das mudanças ocorridas no mundo, construindo novos conhecimentos através do uso das tecnologias digitais (ALMEIDA, 2001).

Os professores, nos dias atuais, não são os únicos responsáveis pela educação, mas estão em meio a este turbilhão, vivenciando intensamente dúvidas e conflitos. Portanto, cabe questionar, inclusive, como a formação dos professores tem tratado as questões relativas à ciência, tecnologia e sociedade (HALMANN, 2011). Rever esta formação é imperativo, para que, como afirmam Silva; Bastos (2012), o professor possa contribuir para a construção de cidadãos críticos e alfabetizados cientificamente.

Para Miranda (2012), as inovações tecnológicas podem unir as novas formas de ensinar e aprender, de maneira a proporcionar mais dinamismo nos processos de construção do conhecimento. Assim, delega-se aos educadores a função de fazerem o uso correto e adequado dos recursos tecnológicos disponíveis, explorando o seu potencial pedagógico, visando à configuração de novos ambientes de ensino e aprendizagem.

Neste contexto, a produção de blogs educativos e/ou o seu uso para o compartilhamento de conhecimento podem constituir-se em importantes ferramentas pedagógicas.

O que distingue os blogs dos sites da internet é a facilidade com que podem ser criados e modificados, sem que haja a necessidade de conhecimentos técnicos especializados, podendo ser utilizados por qualquer tipo de usuário em qualquer nível de compreensão tecnológica (GUTIERREZ, 2003; INAFURO; VIDOTTI, 2012). Essa flexibilidade proporcionada possibilita o desenvolvimento de sistemas de autoria, individual ou coletiva. São espaços de colaboração e difusão de ideias e de informações. Então, mostra-se um excelente instrumento para a inovação, uma vez que pode dar visibilidade à escola como produtora de conhecimento e não apenas como um local de acesso ao conteúdo já pronto (BERNARDES, 2014).



1.2 Educação Ambiental



No decorrer da História, a humanidade, como um todo, não respeitou nem cuidou bem do planeta, nem dos outros seres vivos que aqui habitam. Para Albuquerque (2007), há cerca de cinco milhões de anos atrás os primeiros hominídeos enfrentavam diversas dificuldades, uma vez que para eles a natureza era mais poderosa que o homem, sendo eles mais afetados por ela do que ela era afetada por suas ações. Eles precisavam saber distinguir plantas comestíveis das venenosas, conhecer as plantas medicinais, o que era passível de virar material para construção de abrigos e roupas, etc.

Assim sendo, naquela época, o conhecimento ambiental era necessário para que os humanos se protegessem contra o que consideravam os “ataques da natureza”, bem como para conseguirem aproveitar os recursos e benefícios oferecidos por ela. Dessa forma, esses conhecimentos foram sendo disseminados de geração para geração, algumas vezes acrescido de algo novo, alguma pequena mudança ou inovação, de forma que, em decorrência, a interação entre o homem e a natureza ultrapassou a simples demanda pela sobrevivência.

Contudo, de acordo com Effiting (2007), juntamente com a evolução da civilização veio a urbanização, e a percepção que se tinha do ambiente teve uma brusca mudança, sendo a natureza vista, a partir de então, como sendo separada e inferior à sociedade humana. Assim, no decorrer dos séculos passados, com o crescimento populacional houve, consequentemente, a necessidade por mais recursos, e desenhou-se um cenário baseado na extração, no consumo, no desperdício de recursos naturais e no descarte de rejeitos domésticos e industriais.

Ainda segundo Effiting (2007, p. 02), a partir da Revolução Industrial a natureza e seus recursos passaram a ser tratados como se fossem um “supermercado gratuito, com reposição infinita de estoque”, e a consequência disso acabou sendo trágica, uma vez que gerou o esgotamento dos recursos naturais, destruição de diversos ecossistemas, extinção de espécies e perda da biodiversidade. Com tudo isso, os mecanismos de sustentação da vida no planeta foram fortemente afetados, o que tornou claro que a humanidade utiliza um modelo de desenvolvimento que é “insustentável”, por trás de uma realidade de modernização e evolução.

A Educação Ambiental (EA), hoje tão disseminada, teve sua origem em meados do século XX, a partir dos movimentos sociais em prol dos valores sociais e políticos que fomentaram o ambientalismo e ajudaram a erguer a “bandeira” da ecologia (RAMOS, 2001).

Para Ramos (2001, p. 202):

Na crítica à sociedade moderna capitalista, esses movimentos acreditaram ser possível uma nova organização da sociedade e de produção econômica voltada não só para uma melhor distribuição da riqueza e uma nova forma de satisfação das necessidades materiais e culturais, como também para uma nova sensibilidade em relação à natureza.”

Hoje entende-se a EA como os processos pelos quais “o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente” (BRASIL, 1999), com vistas a potencializar as atividades humanas permeadas pela ética ambiental (BRASIL, 2012).

Para Ramos (2001), a ideia contestatória que deu origem à EA, se fundamenta na ideia de que a história do homem não pode ser dissociada da natureza, e de que a liberdade do indivíduo deve passar pelo respeito aos “direitos” da natureza.

A adjetivação “ambiental” se justifica tão somente à medida que serve para destacar dimensões “esquecidas” historicamente pelo fazer educativo (LOUREIRO, 2004). Sendo que o sentimento ecológico surge junto com a tomada de consciência da vulnerabilidade do mundo moderno suscitado pelo medo das catástrofes, não só de ordem ambiental como também de ordem política (RAMOS, 2001).

O Relatório do Clube de Roma, elaborado nos primeiros anos da década de 1970, chamava a atenção para o aumento dos problemas ambientais resultantes da super exploração dos recursos naturais e para a necessidade de que medidas mitigadoras fossem tomadas (Ramos, 2001). Também é desse mesmo período que emerge o conceito de Sustentabilidade, que “começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano”, realizada em Estocolmo em 1972, e cunhado pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987)” (LASSU-USP, 200?).

O conceito de Sustentabilidade agrega três importantes componentes: o social, o econômico e o ambiental (Figura 1).



Figura 1 – Tripé da Sustentabilidade. Fonte: Adaptado de Etzkowitz (2001)



Para Grun et al. (2010), a participação e a educação hoje constituem dois aspectos fundamentais em qualquer proposta de Sustentabilidade. Mas qual educação? E, de que forma podemos garantir a participação dos grupos populares?

De acordo com Cardoso; Martins (2016, p. 3), na Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária realizada em Chosica (Peru) em 1976, estabeleceu-se que:

A Educação Ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.”

A EA é uma perspectiva que se inscreve e se dinamiza na própria Educação, formada nas relações estabelecidas entre as múltiplas tendências pedagógicas e o ambientalismo, que têm no “ambiente” e na “natureza” categorias centrais e identitárias (LOUREIRO, 2004).

Para Quintas (2008), a EA deve proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país, intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais, quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente, seja ele físico-natural ou construído, ou seja, a Educação Ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão ambiental pública.



1.3 Fases do Desenvolvimento Infantil

Segundo Dolle (1987), Piaget acreditava que as crianças assumem o papel ativo de aprendizagem, agindo como se fossem pequenos cientistas a realizarem experimentos, observações e aprendizados sobre o mundo. À medida que as crianças interagem com o mundo que as rodeia, elas vão adquirindo novos conhecimentos, com base no que já conhecem e adaptando as ideias anteriormente formadas.

Dessa forma, o desenvolvimento cognitivo consiste em uma reorganização progressiva dos processos mentais, os quais evoluem de acordo com a manutenção biológica e com a experiência ambiental. Nas teorias de Piaget, o mesmo descreve alguns dos componentes básicos para o processo de desenvolvimento, que são apresentados na chamada “Teoria do Desenvolvimento Cognitivo”.

Quando se pretende desenvolver ou utilizar uma atividade pedagógica, seja ela através de metodologias tradicionais ou através do uso das TCIs, deve-se definir claramente a que faixa etária ela se destina e, levar em consideração as fases de desenvolvimento cognitivo acima citadas, de maneira que esta possa atingir efetivamente os objetivos propostos.



1.4 Objetivos



1.4.1 Objetivo Geral

Analisar a estrutura de blogs destinados a educadores, visando a abordagem temas de Educação Ambiental.

1.4.2 Objetivos Específicos

- Identificar blogs com conteúdos de Educação Ambiental (EA) destinados a educadores da Educação Infantil e etapa inicial do Ensino Fundamental;

- Avaliar os blogs quanto a sua estrutura e usabilidade, identificando as metodologias usadas para abordar o tema da Educação Ambiental;

- Discutir a importância dos blogs na construção de conceitos e na divulgação de conhecimentos relacionados à EA.



2. METODOLOGIA



2.1 Abordagem do Estudo

Esta é uma pesquisa cuja abordagem é quali-quantitativa, pois tanto se preocupa com aspectos da realidade que não podem ser quantificados como, por exemplo, a utilização de cores e temas presentes nos blogs, quanto busca conhecer e aprofundar conhecimentos acerca de um tema específico, sendo que, para tal, faz uso de análise de gráficos e de dados estatísticos (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).



2.2 Caracterização do Contexto Estudado

O estudo abrangeu apenas blogs destinados a compartilhar experiências e conteúdos relacionados à Educação Ambiental, destinados a adultos, podendo serem estes educadores que atuem na Educação Infantil e etapa inicial do Ensino Fundamental.



2.3 Coleta de Informações

A presente pesquisa avaliou a estrutura de blogs com finalidade didática a partir da observação direta e da identificação dos elementos que os compunham.

Foram escolhidos aleatoriamente cinco blogs que preenchiam os requisitos descritos no item 2.2, e analisou-se sua estrutura quanto: a qualidade do conteúdo (uso de textos, imagens ilustrativas, sugestão de jogos, animações, vídeos e tutoriais, entre outros) e alguns aspectos relacionados a usabilidade, como a facilidade de uso, o perfil motivador, o apelo visual e a interatividade.

Na tabela da usabilidade, utilizou-se classificação numérica para avaliar os itens que o compunham, sendo que utilizou-se o número 1 quando o item não foi atingido, 2 quando foi parcialmente atingindo e 3 quando foi plenamente atingido.

Os blogs analisados foram denominados com as letras: A, B, C, D e E para a identificação de imagens e para a elaboração de gráficos. A identidade dos mesmos foi apresentada na Tabela 2.

A partir dos resultados obtidos, discutiu-se o atual uso dessa ferramenta midiática para a divulgação da Educação Ambiental.



3. Resultados e Discussão



Foram analisados cinco blogs que abordam e/ou desenvolvem temas de Educação Ambiental, destinados a educadores que atuem na Educação Infantil e na etapa inicial do Ensino Fundamental (Figura 2).

Figura 2 – Página inicial dos blogs analisados no presente estudo. As letras de A a E correspondem a denominação adotadas durante as análises. Fonte: Autora (2020).



A análise da estrutura dos blogs é apresentada na Tabela 1.



Tabela 1 – Itens analisados nos blogs de Educação Ambiental para educadores da Educação Infantil e do Ensino fundamental. O X assinala a presença e o 0 ausência. Fonte: Autora (2020).



Dos blogs analisados, apenas dois apresentaram mais da metade dos itens avaliados. Em comum todos eles apresentam textos autorais, a maioria (N= 4; 80%) compartilha textos de outros autores, assim como links para outras páginas e apresenta imagens ilustrativas (Figuras 3).

Poucos (N= 2; 40%) apresentam jogos educativos, vídeos, tutorias e planos de aula, enquanto que apenas um (N= 1; 20%) apresenta animações, questionários interativos e Legislação Ambiental (Figuras 3).



Figura 3 – Percentual de ocorrência dos itens analisados nos blogs de Educação Ambiental. Fonte: Autora (2020).



Valli (2012), analisando blogs que abordam o tema da sexualidade para adolescentes, verificou que os mesmos se focavam apenas em textos e espaços para perguntas, porém apresentavam poucas atualizações, limitando-se a poucas postagens próximas das abertura dos mesmos. Nos blogs analisados no presente trabalho, observou-se uma gama maior de atividades, porém o déficit na atualização das informações foi semelhante ao observado pela autora, sendo que apenas dois têm recebido novas postagens recentemente.

Na Tabela 2 são informados os nomes e o URL (Uniform Resource Locator) dos blogs analisados. São apresentados os assuntos abordados em cada um, seja aqueles de caráter geral, seja aqueles relacionados com a temática ambiental.



Tabela 2 – Identificação dos blogs analisados, temática abordada e temática relativa à EA. Fonte: Autora (2020).



A temática ambiental predominante nos blogs (Tabela 2) foi a destinação de resíduos. De acordo com Gusmão (2000 apud PENELUC; SILVA, 2008, p. 136):



A educação ambiental (EA) é (...) imprescindível ao gerenciamento adequado e sustentável dos resíduos sólidos. (...) deve ser utilizada como instrumento para a reflexão das pessoas no processo de mudança de atitudes em relação ao correto descarte do lixo e à valorização do meio ambiente.”



Na Figura 4 são apresentadas as cores que apareceram de forma predominante nos blogs de EA. Percebe-se que houve o predomínio das cores frias, em especial o verde e o azul. O único blog que utilizou cores exclusivamente quentes foi o “Prosa Amiga” (C), cujo foco não é EA. Nele a temática da EA aparece como mais um assunto a ser abordado, dentro de uma gama bastante variada de temas (Tabela 2).



Figura 4 – Cores predominantes nos blogs estudados. Fonte: Autora (2020).



No que diz respeito a escolha de cores, Pedrosa; Toutains (2005, p. 4) afirmam que os websites:



(...) utilizam os recursos visuais como recurso expressivo de forma assistemática, falta instrumental teórico e prático para apoiar o processo e criar uma nova linguagem. (...) E, sendo a cor um elemento de grande importância dentro de uma composição visual, suas potencialidades devem ser reconhecidas e utilizadas com a finalidade de possibilitar uma comunicação eficiente entre o sistema e o usuário. Do contrário, a cor, sendo utilizada indiscriminadamente, pode ter um efeito negativo ou de distração, afetando a reação do usuário em relação às informações das páginas web”.



Para Lima (2011), a cor é um elemento simbólico que pode ser utilizada para passar uma mensagem, agradar aos olhos e exercitar o cérebro de quem a vê, dando-lhe uma interpretação pessoal.

Nessa perspectiva, o verde como cor predominante possivelmente tenha sido escolhido para passar a ideia de natureza, reforçando a importância das plantas, enquanto que o azul, faz lembrar a água, substância muito abundante na superfície da Terra, assim como o caramelo e o preto podem estar fazendo referência ao solo e as rochas.

Na Tabela 3 são apresentados os dados relativos à usabilidade dos blogs pesquisados. Verifica-se que com relação à facilidade uso, apenas um blog apresentou acesso integral a todos os links e espaços, sendo que os demais apresentavam algum tipo de restrição.

Quanto a serem engajadores/motivadores, apenas dois não obtiveram pleno sucesso nesse item. Acredita-se que esse fato se deva a natureza desses blogs, onde a temática ambiental é apenas uma parcela dos mesmos (Tabela 3).

Dois blogs foram extremamente eficientes na organização visual das páginas, com a cor verde como predominante e usando imagens lúdicas e de crianças, ou postando animações (Tabelas 3, Figura 4).

Em apenas dois blogs foram encontrados espaços para a comunicação com o seu idealizador (Tabela 3).

Para Gomes et al. (2012), a produção de conteúdos colaborativos ainda é uma prática incipiente nos blogs científicos, se comparados a outras ferramentas da internet. Segundo esses autores (2012, p. 10), “o compartilhamento de informações ocorre principalmente com relação a opiniões e experiências do “blogueiro” e seus leitores (...), e atua mais no fortalecimento de laços sociais entre esses indivíduos do que na produção efetiva de conteúdo”.



Tabela 3 – Usabilidade dos blogs de Educação Ambiental, onde: 1 = item não atingido, 2 = parcialmente atingindo e 3 = plenamente atingido. Fonte: Autora (2020).



Os dois blogs melhor avaliados nos itens relativos aos conteúdos e a usabilidade foram o B e o D. Portanto, é deles que serão apresentados exemplos de atividades consideradas adequadas para a faixa etária foco dessa pesquisa (Figuras 5 e 6).

Figura 5 – Exemplo de atividade sugerida pelo blog B (Blog do Lixo). Fonte: Autora (2020).

O vídeo “Como funciona a cadeia do lixo”, indicado no blog B fala sobre a correta separação de resíduos, bem como dá explicações sobre seus os diferentes tipos, as formas de descarte utilizadas no Brasil, a importância da separação para a reciclagem, entre outros assuntos afins. Pode-se dizer que o público-alvo deste vídeo são alunos do Ensino Fundamental, mais especificamente do quarto ano e etapas subsequentes, uma vez que a linguagem e as explicação são simples, apesar de apresentarem conceitos complexos como o de Logística Reversa. O assunto abordado é de grande relevância para a Educação Ambiental, e é abordado de forma clara e simples o torna ainda mais atrativo, além de ser adequado parte da faixa etária foco deste trabalho.

Figura 6 – Exemplo de atividade sugerida pelo blog D (Sustentabilidade na Educação Infantil). Fonte: Autora (2020).



Nesta página destaca-se a indicação de jogos sobre a temática ambiental, destinados às crianças, os quais são apresentados em variedades, e podem ser usados em atividades para diferentes anos do Ensino Fundamental, e até mesmo para a Educação Infantil. Como exemplo, pode-se citar um que apresenta o som que o animal faz, e a criança deve ouvir e associá-lo ao animal correto; esse exercício pode ser usado desde com crianças pequenas, com a ajuda do professor, até estudantes do Ensino Fundamental. Dessa forma entende-se que o público alvo desses jogos é variado, sendo eles de grande valia para a Educação Ambiental, proporcionando um ensino mais lúdico e interessante.

Apesar dos recursos digitais e das mídias de comunicação estarem sendo cada vez mais presente em nosso dia a dia, ainda são pouco usadas no ensino e na divulgação da Educação Ambiental durante o Ensino Básico, segundo Gadotti (2000, p.5):



Os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Ainda trabalha-se muito com recursos tradicionais que não têm apelo para as crianças e jovens.”



De acordo com Marques; Abegg (2012), a realidade educacional atual pouco utiliza as mídias, principalmente no tangente à educação. Para Freire (1997, p. 76) apud Marques; Abegg (2012), “devemos ser indivíduos do nosso tempo e utilizar todos os recursos possíveis para viabilizar a grande mudança que a escola exige. Não devemos nos omitir.” O fato de estar neutro confirma a aceitação da atual situação, a cumplicidade do que já está sendo feito. Por sorte, o número de educadores que querem sair da sua zona de conforto só aumenta, e isso faz com que busquem alternativas para encontrar e tomarem novos rumos.

De acordo com Freire (1997) apud Marques; Abegg (2012), o sujeito necessita construir a capacidade de aprender, e isso não somente para se adaptar, mas para transformar e modificar sua realidade. Dessa forma, tem-se que ao viver em um contexto no qual ocorrem profundas e frequentes mudanças no âmbito social, cultural, econômico, político, ambiental, filosófico, se faz necessário que os indivíduos revejam, reavaliem e readaptem suas atitudes, preferências e escolhas.

Dessa forma, segundo os autores acima citados, faz-se o rompimento com as estruturas ultrapassadas ou fragmentadas, bem como com os limites do conhecimento, estabelecendo, assim, elos e inter-relações, diálogos entre diferentes opiniões e sujeitos. Assim, tornar-se-á clara a visão do mundo, bem como a de si mesmo como sujeito, reconhecendo, dessa forma, a complexidade dos diferentes contextos existentes, assim como sua compreensão como sendo parte de um processo baseado na superação das fronteiras disciplinares e conceituais.

Quando se fala em Educação Ambiental, tem-se que a mesma considera o meio ambiente em sua totalidade, bem como forneça estímulos para o exercício pleno da cidadania, resgatando antigos valores e criando novos, de forma a fazer uma sociedade mais justa, consciente, solidária e sustentável, a qual respeite a vida em todas as suas formas. Essa educação, e consequentemente a conscientização dos indivíduos faz com que haja diálogo entre as partes, de forma que alcancem uma visão da importância de suas ações para o todo, e conscientes de que, agregadas, suas atitudes representam uma “peça” que completará o “quebra-cabeças” da vida. Ou seja, não são os fatos vistos de forma isolada, e sim em sua totalidade e considerando toda a sua complexidade e inter-relação. A Educação Ambiental é uma área que integra conhecimentos, criando uma conexão entre eles, de forma a modificar o quadro de insustentabilidade global causado pela fragmentação, pela limitação e pela desarticulação dos processos de conhecimento, bem como do predomínio da visão cartesiana e da falta de relações sociais.

Portanto, afirma-se que a Educação Ambiental consiste em um processo contínuo, onde os indivíduos e a sociedade constroem uma consciência sobre o ambiente e também adquirem conhecimentos, valores, habilidades, bem como experiências que os tornem aptos à agir, tanto de forma individual quanto coletiva.

Atividades para serem desenvolvidas com as crianças da Educação Infantil e/ou da etapa inicial do Ensino Fundamental, com metodologias tradicionais ou utilizando-se das TCIs, devem respeitar seus estágios de desenvolvimento cognitivo, para que sejam plenamente aproveitadas pelos educandos.

Segundo Marques; Abegg (2012), o docente deve deixar de lado a prática de apenas ensinar e assumir um constante aprender. Para tanto, é imprescindível a troca de experiências e de conhecimentos, e isso não restrito somente aos espaços educacionais formais, mas também aqueles espaços não formais, onde os conhecimentos de mundo, que cada indivíduo traz consigo, formem uma articulação e possam ser filtrados e transformados em conhecimentos de grande valia. Essa articulação de conhecimentos é fonte de grandes possibilidades na formação de uma visão sistêmica, a qual por sua vez auxilia na compreensão dos problemas e dos riscos desse contexto no qual os sujeitos se encontram inseridos.

Os blogs podem ser importantes ferramentas para a Educação Ambiental, porém ainda são pouco explorados por educadores, seja na sua elaboração, como educadores-autores, seja como usuários das produções ali disponibilizadas. Como foi possível perceber com os resultados obtidos no presente trabalho, há poucos blogs abordando a temática da EA, sendo que em muitos, esta é apenas mais uma área que o compõe.

A usabilidade ainda não encontra-se qualificada, não há atenção aos detalhes na estrutura, não há atualização dos dados em alguns blogs. Cabe ressaltar que entre os itens da usabilidade, a facilidade de uso foi de pior avaliação. Ramos (2015), estudando blogs da área de Ciências e Biologia, também encontrou resultado semelhante. Porém, em outros aspectos da usabilidade, encontrou páginas mais bem elaboradas em termos de qualidade de conteúdo, espaços para troca de experiências entre educadores e a disponibilização de conteúdo didático mais variado.



4. Considerações Finais



Não é de hoje que a Educação Ambiental está mais próxima do ensino regular, uma vez que ela aborda assuntos com uma importância cada vez maior nos dias atuais. Mas nem sempre os professores da área da Pedagogia estão prontos para abordar essa temática. Uma nova realidade, cada vez mais presente no dia a dia da educação, são as inovações tecnológicas. Assim, surge a possibilidade de utilizar a tecnologia a favor mais uma vez, da educação, por meio de divulgação de atividades e temas relacionados ao meio ambiente em ambientes virtuais, como os blogs, uma vez que estes são, em sua maioria, de fácil criação e manutenção, e permitem ao criador divulgar suas ideias, estabelecer diálogos, auxiliar outras pessoas, e propagar assuntos e atividades.

Os blogs estão sendo subutilizados e devem ser mais qualificados em termos de estrutura, uma vez que, se utilizados de forma didática e com conteúdos nesse contexto, eles passam de algo supérfluo para uma forte ferramenta educacional. Sabe-se que a realidade da educação brasileira apresenta profundas diferenças sociais, e que nem todos os professores e alunos têm acesso às tecnologias e à internet. Na busca por blogs que tratam da Educação Ambiental no Ensino Infantil, raros foram os encontrados, sendo que os poucos disponíveis apresentam escassos conteúdos relacionados, e apenas um era destinado exclusivamente a essa etapa do ensino. No entanto, os blogs têm um grande potencial na educação, sendo necessária mais atenção a eles, bem como desenvolvimento e publicação das atividades voltadas à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, com conteúdos que tragam informações de forma simples, clara, didática e lúdica.

Os educadores não têm o hábito de compartilhar práticas e saberes, deixando de agregar muito à educação, pois muitos dos projetos que um professor de determinada escola desenvolve poderiam ser utilizados, adaptados ou personalizados por outros professores, visto que seu compartilhamento fornece um caminho de novas possibilidades para aquela atividade ou ideia.

Os blogs devem adequar-se mais a faixa etária do público ao qual são direcionados. Tratando-se de crianças, deve ser empregada linguagem mais simples e menos técnica, ou mesmo explicações claras e simplificadas desses termos quando utilizados. Conteúdos interativos e lúdicos também são bem-vindos, uma vez que chamam mais ainda a atenção das crianças despertando seu interesse pelo tema apresentado.

Enfim, a Educação Ambiental, o meio ambiente em si, constitui a base de tudo; sem recursos naturais, sem fauna, sem flora, sem ecossistemas, não há vida. A complexidade e a importância da Educação Ambiental são inegáveis, e se faz cada dia mais necessário que ela caminhe junto com a educação formal.

É preciso informar e sensibilizar os indivíduos, começando pelas crianças, a respeito da real situação do planeta. Afinal, se nada for feito, se cada um não assumir a sua responsabilidade e fizer sua parte, a mudança não acontecerá, e as futuras gerações podem não ter mais condições para viver.



REFERÊNCIAS



ALBUQUERQUE, B. P. de. As relações entre o homem e a natureza e a crise sócio-ambiental. 2007. 96f. Monografia (Curso de Ensino Médio Integrado ao Ensino Técnico de Laboratório de Biodiagnóstico em Saúde), Projeto Trabalho, Ciência e Cultura da Escola da Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz. Rio de Janeiro, 2007.

Almeida, M. Tecnologia de informação e comunicação na escola: aprendizagem e produção da escrita. Tecnologia e currículo. Programa Salto para o Futuro, 2001.

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