SENSIBILIZAÇÃO DE FAMÍLIAS DE CATADORES INFORMAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS À REALIZAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS SOCIOAMBIENTAIS

SENSITIZING FAMILIES OF INFORMAL SOLID WASTE COLLECTORS TO GOOD SOCIO-ENVIRONMENTAL PRACTICES



Schirlei Ferreira1

Mirian Kuhnen2

RESUMO

O estudo proposto teve como objetivo sensibilizar as famílias de catadores de resíduos sólidos informais à realização de boas práticas socioambientais. O Estudo se desenvolveu por meio do método qualitativo tendo alvo cinco famílias de catadores de resíduos sólidos residentes na área de abrangência de um bairro de periferia de uma cidade de médio porte de Santa Catarina e, como instrumentos de pesquisa a observação direta, entrevistas semi-estruturadas e registros fotográficos como forma de descrição do território. Essa intervenção possibilitou trocas de saberes populares e científicos sobre as questões ambientais, visitas domiciliares para observação e diálogo com as famílias, permitindo a reflexão sobre o trabalho que executam na comunidade.



Palavras Chaves: Sensibilização. Famílias de catadores informais de resíduos sólidos. práticas socioambientais.

ABSTRACT

The proposed study aimed to sensitize families of informal solid waste collectors to carry out good social and environmental practices. The study was developed through the qualitative method, targeting five families of solid waste collectors residing in the catchment area of a suburb of a medium-sized city in Santa Catarina and, as research instruments, direct observation, semi-interviews. structured and photographic records as a form of description of the territory. This intervention allowed for the exchange of popular and scientific knowledge about environmental issues, home visits for observation and dialogue with the families, allowing for reflection on the work they perform in the community.

Keywords: Awareness. Families of informal solid waste collectors. socio-environmental practices.



INTRODUÇÃO



As constantes transformações sociais incentivaram novas formas de trabalho informal, atingindo as classes menos favorecidas, garantindo assim, um meio de sobrevivência, por outro lado, impulsionando a precarização do trabalho. A catação dos materiais reciclados é uma prática livre que insere idosos, adultos, crianças e adolescentes é um mercado que vem fomentando o trabalho infantil e que expõem todos a um trabalho inadequado, propício a diversos riscos de acidentes e doenças contagiosas, caracterizando-se um trabalho insalubre.

Por certo, as famílias de catadores de resíduos sólidos informais também realizam um papel fundamental de frente a preservação do meio ambiente, porém não se reconhecem com atores principais e não têm o reconhecimento da administração pública. Entretanto, estas famílias vêm contribuindo significativamente para o ciclo produtivo, gerando economia de energia e matéria prima, e evitando que diversos materiais sejam descartados em aterros (GOUVEIA, 2012). Segundo o autor, uma adequada inserção desses profissionais no sistema de gerenciamento de resíduos sólidos inclui tanto os aspectos relativos ao direito ao trabalho como à renda, como avaliações das condições de saúde e os riscos aos quais estão expostos.

A temática preservação ambiental tem sido discutida a nível mundial, é uma preocupação do homem frente aos desastres ambientais e as mudanças climáticas, por decorrência da inadequada utilização dos recursos naturais. Diante das transformações climáticas, estudos estão voltados para a criação de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), produção de emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a criação de um mercado do gás carbônico. Para Gouveia, (2012) um tema de menor destaque nessa discussão, e apenas tangenciado com a implantação do (MDL) no Brasil, é o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos.

Considerando a tendência de crescimento do problema de descarte do lixo, os resíduos sólidos vêm ganhando destaque como um grave problema ambiental contemporâneo (GOUVEIA, 2012).

Em relação ao volume de resíduos sólidos coletados, a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) 2008, revela que o total de resíduos sólidos domiciliares e/ou públicos coletados quando da realização da pesquisa foi de 183.488 toneladas ao dia. A PNSB faz uma comparação entre as pesquisas de 2000 e 2008 e mostra que houve um acréscimo de 58.207 toneladas coletadas ao dia, em todo o País.

O crescimento do volume de resíduos sólidos coletado merece atenção das gestões municipais, sendo importante que tal crescimento seja acompanhado de estratégias adequadas de destinação final, dado que a destinação inadequada gera impactos sociais, ambientais e econômicos negativos, com prejuízos para a população e para o meio ambiente (NETA, 2011).

Tendo em vista que os resíduos sólidos urbanos devem ser geridos e controlados de forma a reduzir a sua perigosidade e minimizando os prejuízos da poluição ambiental e os impactos sobre a saúde pública (Macedo e Ramos, 2015), a catação de resíduos sólidos torna-se uma questão sócio-ambiental emergente e ganha agenda de discussão internacional.

Scheinberg et al (2006, apud DIAS, 2012) argumenta que é necessária uma abordagem contextualizada do fenômeno, construída de forma participativa pois se as questões relativas aos catadores “...forem tratadas como problemas descontextualizados do sistema no qual eles operam, nós e eles corremos o risco de perder as oportunidades de promover uma melhora genuína e sustentável em suas vidas e subsistência” (p.15). Frente a este cenário, a Educação Ambiental é vista com uma ferramenta para sensibilização de boas práticas socioambientais.

O presente estudo se desenvolveu na Atenção Primária em Saúde (APS) a partir de questionamentos oriundos do campo da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC), a qual preconiza a inserção de um profissional de Serviço Social. Diante de questões sociais e socioambientais vivenciadas no território, e envolveu famílias de catadores de resíduos sólidos informais.

Um dos eixos norteadores da RMSFC é dispor de uma concepção ampliada de saúde que respeite a diversidade, considere o sujeito enquanto ator social responsável por seu processo de vida, inserido num ambiente social, político e cultural (Portaria Nº 1.077, de 12 de novembro de 2009).

A RMSFC está inserida na Estratégia de Saúde da Família (ESF), a qual trabalha com território adstrito, dinâmico que está em constante transformação e que apresenta diversos fatores determinantes e condicionantes interligados à condição de saúde.

Nesta perspectiva, os autores Monken e Barcellos, (2007) expõem que o reconhecimento do território, torna-se um instrumento básico para a adoção de políticas de organização das ações de saúde, pois nos permite visualizar o uso que as pessoas em cada lugar fazem dele a interrelação entre as coisas que necessitamos para viver. O território nos permite olhar para além do mapa, da paisagem nos proporciona a identificar as expressões da questão social na comunidade.

O Serviço Social é uma profissão que trabalha com as diversas expressões da questão social, está inserida nos diversos contextos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais, trabalha inserido junto às políticas públicas com destaque na saúde, educação e assistência social visando à garantia de direitos. “Essas expressões são a matéria-prima ou objeto do trabalho profissional” (IAMAMOTO, 2007).

A questão ambiental não se restringe apenas as ciências naturais abrange e perpassa por todas as políticas e abre um leque de possibilidades para intervenção do Serviço Social junto às questões habitacionais, saneamento básico, trabalho, renda visando a sustentabilidade, preservação e garantia de direitos trabalhistas e sociais.

Para as autoras Lemes e Kamimura, (2009) o Assistente Social pode se inserir como educador ambiental, pois a temática ambiental está estreitamente relacionada às questões sociais e ambientais e seus reflexos atingem a sociedade como um todo em específico as populações mais vulneráveis. A pesquisa reconhece este espaço e direciona o estudo para as famílias de catadores de um bairro situado na periferia de uma cidade de médio porte de Santa Catarina, tendo como objetivo sensibilizar as famílias de catadores de resíduos sólidos informais a boas práticas sócio ambientais.

Nessa perspectiva, o estudo buscou sensibiliza-los para práticas seguras de manuseio e deposito do lixo, evitando acidentes e contaminação de águas e proliferação de mal cheiro e animais no território.

METODOLOGIA

A pesquisa-ação que além dos aspectos referentes à pesquisa propriamente dita, envolve também a ação dos pesquisadores e dos grupos interessados (GIL, 2010). O estudo se desenvolveu por meio do método qualitativo que de acordo com Minayo, (2010) se aplica também ao estudo da história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, produtos das interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus artefatos e a si mesmos, sentem e pensam.

A pesquisa teve como público alvo as famílias de catadores de resíduos sólidos informais na área de abrangência de um bairro de periferia. Foram entrevistadas cinco famílias de catadores em seus domicílios.

Godoy (1995), faz referência a coleta de dados da pesquisa qualitativa que envolve a obtenção de dados descritivos, os quais descrevem sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo.

Como instrumentos de pesquisa foram aplicados um roteiro de entrevistas semi-estruturada por meio do qual o pesquisador proferiu as perguntas e preencheu o questionário, redigindo na integra a fala do participante. A observação direta e registros fotográficos foram utilizados como forma de descrever o contexto vivenciado. A observação direta foi guiada por um roteiro de perguntas elaborados pelas pesquisadoras.

A pesquisa integra um projeto maior intitulado “MÃOS LIMPINHAS-FAMÍLIAS DE CATADORES DE LIXO NO COMBATE À PARASITOSE” aprovada pelo CEP sob o parecer de número: 1.452.722. A pesquisa segue de acordo com a Resolução nº 466/2012, garantindo assim o bem estar e o sigilo dos participantes, a identificação das famílias estudadas foram identificadas com as seguintes letras do alfabeto A, B, C, D e E.



ALGUNS RESULTADOS - BOAS PRÁTICAS SÓCIOAMBIENTAIS



Foram realizados três encontros com as famílias de catadores de resíduos sólidos dentre elas, visitas domiciliares com a distribuição de um informativo com questões relativas à higiene e parasitose com a intervenção e esclarecimentos de uma acadêmica do curso de medicina que acompanhou o processo. Em outro momento disponibilizamos as famílias participantes da pesquisa um de selo de “Boas Práticas Socioambientais” para ser usado em suas carroças proporcionando visibilidade e instigando a adesão de outras famílias a boas práticas no manuseio com o lixo. Informações sobre a questão da água, Aquífero Guarani, descarte do lixo não reciclado e outros também foram disponibilizadas.

Num dos encontros com as famílias foi demonstrado de forma lúdica, visual e prática a composição do solo do município, a maneira como a rocha filtra a água da chuva, a absorção de produtos químicos e os malefícios do lixo sobre o solo.

Tiveram acesso a sala de microscópio visualizando alguns micro organismos que estão presentes na água. E explicaram o percurso da água até as torneiras das residências.

Importante destacar que o contato com as famílias de catadores foi realizado juntamente com a Agente Comunitária de Saúde (ACS), profissional que já conhecia e trabalhava há alguns anos no território adstrito. Esse acompanhamento, facilitou o contato com as famílias auxiliando na construção de vínculo e aceitação desta pesquisação.

Durante a pesquisa vivenciamos situações de dificuldades e facilidades nas visitas e nas coletas de dados, fatos que contribuíram para ampliar nossa reflexão acerca da importância de instigar boas práticas socioambientais. “A questão ambiental possui um caráter transversal e pressupõe que a ação proativa extrapole os órgãos governamentais e envolva a sociedade como um todo”. (BRASIL, 2011)



DISCUSSÃO



Os riscos à saúde individual e coletiva e a degradação do meio ambiente foram assuntos predominantes na conversa com as famílias estudas. Com destaque ao armazenamento e a triagem do lixo em suas residências, o fato de residirem em áreas urbanas de preservação ambiental próximo a esgoto a céu aberto na presença de crianças e animas. Das famílias orientadas duas tinham animais e carroças para realizarem as coletas, os demais utilizavam carrinhos adaptados e automóveis velhos, não faziam uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e viviam exclusivamente desta renda com complementação do Programa Bolsa Família do governo Federal.

De acordo com o censo do Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, o bairro, possuía 1.839 habitantes, um território de grande vulnerabilidade social e econômica. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) de 2010, preconiza a adequada disposição final dos rejeitos, após a apropriação dos municípios houve a retirada das pessoas dos lixões passando a ser aterro sanitário. Durante as entrevistas a grande maioria relatou que após o fechamento do lixão ficou mais escassa a coleta do lixo reciclado e destacaram o aumento do número de famílias trabalhando com a reciclagem. Este fato refletiu na cidade como um todo.

Famílias que aderiram à reciclagem como um modo de sobrevivência, cercados pela precariedade das condições de trabalho, desvalorização econômica do repasse da sua coleta para as empresas de reciclagem, sem levar em consideração a exposição de acidentes doenças contagiosas e a degradação ao meio ambiente.

Os registros fotográficos retratam situações do cotidiano dessas famílias. De um modo geral, o grupo em estudo utiliza um grande espaço urbano territorial para trabalhar com o lixo reciclado.





De acordo com Medina Filho (2013), a imagem pode nos auxiliar no conhecimento das representações sociais porque nos permite reflexões sobre conteúdos ativados e expressos de forma verbal.

As particularidades aparecem na forma de depositar o lixo. “Os locais de armazenamento e de disposição final tornam-se ambientes propícios para a proliferação de vetores e de outros agentes transmissores de doenças (GOUVEIA 2012, p.1506). As fotos demonstram que as famílias utilizam o terreno de suas casas para armazenar e classificar o lixo. Uma das famílias armazena em grandes sacolas e cada uma corresponde a um tipo de material.

Outro participante ressaltou não possuir espaço dentro do seu terreno e que em decorrência disso, utiliza a frente da casa e o outro lado da rua usufruindo de um papa-entulho. Esta família, em particular, coleta todo o tipo de lixo e o espaço ocupado representa um “mini-lixão” no território. A questão financeira se destaca, uma das dificuldades encontradas é a inserção destas pessoas no mercado de trabalho, pela idade avançada e pouca escolaridade. O retorno financeiro imediato é um atrativo, porém muitas vezes incompatível com o valor que as grandes empresas pagam para os agenciadores.

Convém ressaltar que as boas práticas socioambientais podem ocorrer durante o manejo e armazenamento adequado dos resíduos sólidos é uma importante estratégia de preservação do meio ambiente, assim como de promoção e proteção da saúde. A decomposição da matéria orgânica presente no lixo resulta na formação de um líquido de cor escura, o chorume, que pode contaminar o solo e as águas superficiais ou subterrâneas pela contaminação do lençol freático (GOUVEIA, 2012, p.1505).

Algumas famílias já realizam uma boa prática socioambiental, mas não têm a consciência ecológica e social de seu trabalho para o meio ambiente. As grandes empresas estão aderindo a responsabilidade socioambiental e aos chamados selos verdes em seus produtos e serviços, vislumbrando uma oportunidade de marketing, “estratégia empresarial de otimização de lucros por meio da adequação da produção e oferta de mercadorias ou serviços às necessidades e preferências dos consumidores” (Dicionário Priberam).

Os consumidores, por sua vez, estão optando por embalagem compactas, reutilizáveis visando reduzir o lixo no mundo pois “Existe uma preocupação global por parte da população, organizações e gestores empresariais no que se refere às questões sociais e ambientais, visto que essas questões funcionam como ferramentas das práticas sustentáveis”. (NASCIMENTO & MONTENEGRO, p. 6, 2015).

O questionário semi-estruturado utilizado na pesquisa permitiu-nos uma compreensão mais ampla do contexto onde as famílias estão inseridas, e mostrou o perfil sócio-gráfico dos participantes, destacamos a seguir alguns dados relevantes.

Percebeu-se que a idade dos catadores vem aumentado gradativamente atingindo jovens e idosos. As idades variavam entre 23, 26, 51, 54 a 65 anos. Referente ao item escolaridade uma pessoa possuía nível médio completo, quatro nível médio incompleto e um era analfabeto. Apenas 3 pessoas possuíam vínculo empregatício além da coleta de reciclados e 2 trabalham exclusivamente com a reciclagem, considerando-se desempregados. Observa-se ainda que esses participantes não estão vinculados a cooperativas ou outros órgãos afins.

Do total da amostra 2 (duas) pessoas já sofreram acidentes durante a coleta de lixo reciclado e o tipo de acidentes mencionados foram causados por ferimentos por corte com vidro e lata e problemas na coluna. “Alguns problemas relacionados ao trabalho de reciclagem incluem a exposição a metais e substâncias químicas, a agentes infecciosos como o vírus da hepatite B, doenças respiratórias, osteomusculares e lesões por acidentes” (GOUVEIA, 2012, p.1507).



Conclusão do estudo



Atualmente muitas famílias usufruem da reciclagem como modo de sobrevivência, seja pela fácil adesão a coleta e o retorno financeiro imediato e incompatível com o valor de mercado. São famílias que identificaram a reciclagem como uma oportunidade de trabalho e que estão inseridas na comunidade.

Apesar da tecnologia e de todos os meios de comunicação terem avançado muitas pessoas, por diversas razões, não têm acesso à informação. Neste sentido, a Educação Ambiental torna-se uma ferramenta importante para conscientizar e mobilizar a comunidade sobre a importância da reciclagem para o nosso ambiente. Navarro e Almeida (2012 p. 3) “expõem que a educação ambiental não deve se limitar apenas em transferir informação, más que seja capaz de transformar o comportamento das pessoas, que de fato venha influenciar sobre um processo de mudança da realidade”.

Desta forma, as intervenções diretas proporcionaram aos participantes uma reflexão sobre o contexto social onde viviam e de como suas ações interferiam no meio ambiente. Os diálogos construídos com as famílias possibilitaram o fortalecimento de vínculos permitindo momentos de muita reflexão sobre boas práticas socioambientais.

O Serviço Social atento e comprometido com as mudanças societárias se insere no contexto ambiental para contribuir com a comunidade na perspectiva de inclusão social destas famílias tendo em vista o mercado de trabalho formal, visando à garantia de direitos. As autoras Lemes e Kamimura (2009), apontam o controle social como um norte para que o Assistente Social possa se inserir nos processos de decisão, controle e fiscalização do meio ambiente por meio dos órgãos correspondentes ao meio ambiente e em todas as esferas nacional, estadual e municipal.

A pesquisação permitiu-nos estreitar os laços com a comunidade, conhecer o território e suas particularidades além de oportunizar o reconhecimento da pluralidade de um determinado território. Os problemas de saúde e dados epidemiológicos que atingem a comunidade acarretam problemas sociais que precisam ser discutidos pelas autoridades municipais.

Dar vistas à precarização do trabalho, exploração da mão de obra e o inadequado armazenamento do lixo pode ampliar o olhar de toda a sociedade sobre representatividade do trabalho dessas famílias de catadores informais de resíduo sólidos.



Nota: esse trabalho foi apresentado no IV Simpósio Internacional de Ciência, Saúde e Território: alimentos seguros, nutritivos e suficientes. ISSN 2238-5797 Disponível em http://www.simposioppgas.com.br/downloads/ANAIS_SIMPOSIO2017.pdf



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1 Assistente Social da Prefeitura Municipal de Correia Pinto, Pós-Graduada em Saúde da Família pela Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC). e-mail: ferreiraschirlei@yahoo.com

2 Graduada em Odontologia, Mestre em Ambiente e Saúde. e-mail: mirian.kuhnen6@gmail.com