SAL - SISTEMA AGROECOLÓGICO LITORÂNEO INSPIRADO PELA PRÁTICA WAA



José André Verneck Monteiro

Guia de turismo, aquaviário, licenciado em pedagogia, especialista em educação ambiental, mestre em práticas em desenvolvimento sustentável e mestre em agricultura orgânica. Publica no Instagram @jardim_vital



Mariana Vilardo Freire de Lima

Licenciada em educação física, especialista em educação física adaptada e saúde e educação especial inclusiva. Instrutora do Clube @loko_waa



Resumo

Neste relato de experiência são elencados os principais conceitos e o manejo aplicados para a proteção e o enriquecimento florístico de fragmentos de restinga herbácea, remanescentes na Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ. O trabalho foi iniciado em dezembro 2020, por um grupo de remadores(as) de canoa polinésia (waa). Em mutirões foram realizadas as atividades de adição de camadas de palha sortida e composto orgânico ao solo arenoso, plantio de mudas e sementes, irrigação nos períodos de estiagem, delimitação visual das áreas ajardinadas e instalação de placas educativas. No total foram implantadas 40 espécies vegetais, dentre as quais floríferas, frutíferas, atrativas para polinizadores, melhoradoras do solo, além de plantas constituintes da paisagem original da Imbetiba. A planta que melhor se desenvolveu foi a salsa-da-praia (Ipomoea pes-caprae). Os principais aspectos limitantes ao desenvolvimento das plantas, observados neste ensaio foram: o pisoteio por banhistas e excreção por animais domésticos durante passeios guiados.

Palavras-chave: sementes, restinga, educação ambiental, cultura polinésia, Imbetiba.





Apresentação

A praia de Imbetiba tem extensão de quase dois quilômetros, situada bem próximo ao centro de Macaé/RJ. É bastante frequentada desde a década de 1950, época em que começou a receber mais intervenções urbanísticas e estruturas portuárias.

Desde então, o que se pode observar é que a vegetação nativa tem sido suprimida, de tal modo que hoje restam apenas fragmentos de restinga herbácea na faixa de areia onde há acesso público, e uma parcela arbórea em encrave rochoso, com acesso restrito por ser Área Militar do Forte Marechal Deodoro (Figuras 1, 2 e 3).

O propósito desse relato é apresentar os principais conceitos e ações adotadas para a proteção e o enriquecimento florístico de dois destes fragmentos de restinga e o conjunto arbóreo no entorno dos clubes de canoa polinésia Vela Jovem Macaé e LokoWa’a.

Não se pretendeu, a princípio, tentar reproduzir artificialmente toda a diversidade florística idêntica à autóctone, nem seria possível, com as limitações estruturais e financeiras da iniciativa e pelo nível de antropização a que são sujeitos tais fragmentos.

O que se buscou foi ajardinar as áreas de entorno dos clubes e resguardar os remanescentes de restinga, promovendo condições mais favoráveis para sua regeneração espontânea neste espaço de uso público, testando em condições severas de salinidade, arenosidade, incidência de ventos e variação térmica, um conjunto de práticas agroecológicas aliadas a conhecimentos dos povos tradicionais ameríndios e polinésios.

De modo geral, historicamente, as principais causas de redução da vegetação original da orla fluminense são bem comuns nas cidades-balneário: 1) desmatamento raso, queimada e terraplenagem para “limpar” a praia, deixá-la mais bonita, atrativa para turistas e loteamentos; 2) tráfego de veículos, bem comum desde a popularização de veículos com tração 4x4, o que também atinge os ninhos com ovos das tartarugas marinhas, e 3) pisoteio intenso - principalmente nos horários em que a areia está mais quente, as pessoas andam sobre as plantas para não queimar os pés.

O resultado desse conjunto de impactos sobre a vegetação costeira reflete o atual cenário de conservação da vegetação nativa da Imbetiba, e que se repete também em várias outras praias do Brasil.

Restinga não é erva-daninha, nem campo esportivo ou estrada para automóveis.

O ecossistema praiano é único habitat possível para milhares de espécies de seres.

Aproximadamente 90% da população brasileira vive próximo à costa, o que gera impacto e ameaça constante sobre as formações vegetais naturais.

Todas as iniciativas voltadas à preservação das restingas em sua constituição biológica e topográfica também resultam na manutenção de um meio natural e imprescindível para conter o avanço das marés em direção à estrutura urbana, o que assume ainda mais valor pela iminência da elevação do nível do mar em decorrência de eventos climáticos extremos que resultam em ressacas mais intensas e movimentação de areia capazes de comprometer severamente a estrutura urbana de cidades litorâneas.

A restinga é a vegetação fixadora de dunas. A deposição da areia e sedimentos trazidos pelas marés e pelo vento cria junto às plantas, uma espécie de muro de arrimo natural. A trama de raízes e ramos destas plantas cria uma estrutura robusta capaz de se regenerar espontaneamente após ressacas.

Entre as dunas há depressões no relevo que funcionam como ralos, e evitam que as maiores marés do ano avancem ainda mais para o continente. Obviamente, quando a restinga é impactada também é reduzida sua capacidade de prestar esse serviço ambiental, gratuito por natureza.



Figura 1. Aspectos da Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ, durante a década de 1950. Fonte IBGE.



Figura 2. Aspectos da Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ, durante as décadas 1960/70. Fonte IBGE.

Figura 3. Panorama da Avenida Elias Agostinho, praia e porto da Imbetiba, em Macaé/RJ. Ano 2000 (estimado). Imagem Google.



Sistema agroecológico litorâneo



As duas áreas que receberam a intervenção são situadas na faixa de areia da Praia da Imbetiba, paralelas à calçada para pedestres da Avenida Elias Agostinho. O trabalho foi iniciado em dezembro 2020, por um grupo de remadores(as) de canoa polinésia (waa).

A proposta foi influenciar positivamente na paisagem e no modo de relação dos frequentadores da praia com a vegetação, mediante: a) ajardinamento no entorno dos clubes Vela Jovem e Loko Wa’a; b) delimitação visual dos remanescentes de restinga, e c) instalação de placas educativas a fim de coibir o pisoteio nas plantas.

Como a iniciativa surgiu de forma voluntária e colaborativa, simples contribuição à coletividade, em retribuição ao privilégio de usufruir da Imbetiba para remar, não havia intenção de encomendar um projeto paisagístico, nem recursos para adquirir mudas de árvores já desenvolvidas. Então se optou por incentivar o plantio de sementes e mudas, de várias espécies (nativas e exóticas), inclusive alimentícias, a partir de colaborações espontâneas.

Hábito comum entre ameríndios, o ato de espalhar sementes por onde passavam contribuiu para a riqueza da agrobiodiversidade que se conhece na América, como as centenas de variedades de milho, banana, mandioca, batata, dentre outras.

O mesmo se pode dizer sobre as migrações no arquipélago Polinésia. Seus povos tradicionais têm por cultura singrar a imensidão do Pacífico remando e velejando em canoas rudimentares, carregando mudas de plantas e animais, para espalharem tais recursos pelas ilhas por onde passavam, e terem o que comer quando voltassem. Assim contribuíram para difusão de inúmeras plantas alimentícias, muitas das quais também vieram a se tornar tão comuns aqui desde o Brasil-colônia, como jaca, manga, jambo, fruta-pão e a também a batata-doce.

Há indícios de que o coco (Cocos nucifera), natural da Polinésia, tenha sido trazido por correntes marítimas até a costa, enraizando nas praias e na identidade brasileira. O fenômeno se repetiu naturalmente em vários outros países. Os oceanos continuam sendo as principais vias de fluxo de alimentos ao redor do mundo.

O ajardinamento ao redor dos clubes foi incentivado entre seus participantes a partir dessa pluralidade cultural relacionada à canoa polinésia, originando a implantação de um sistema agroecológico litorâneo, inspirador para coexistência pacífica entre plantas, animais e pessoas.

Quem rema, sente e compreende que o deslizar da canoa é resultado da consciência e vigor para a manutenção do movimento, a cada remada. As ondas e a corrente, o vento e o cansaço é que renovam o ânimo.

Não adianta plantar, vão pisar! x Não adianta pisar, a gente planta mais duas!”

Imua

As ações respeitaram os protocolos de distanciamento requerido à época para conter o avanço da Covid-19, bem como foram suspensas nos períodos de alerta emitido pela Prefeitura Municipal. A providência inicial foi comunicar nos clubes a intenção do trabalho e convidar aos atletas para contribuírem com ideias, materiais e disposição para cuidar das áreas.

Em seguida, foi fundamental dialogar sobre o SAL com os servidores municipais responsáveis pela varrição da praia, solicitando-os não usar roçadeira e deixar nos canteiros as folhas secas e demais fontes de matéria orgânica que seriam ali colocadas durante a implantação.

Com mais mãos de ajuda começou a higienização das áreas de intervenção, removendo e destinando corretamente os detritos que estavam nos fragmentos de restinga e nas áreas para ajardinamento, passando então ao arranquio seletivo de colônias para conter a infestação por carrapichos-timbete (Cenchrus echinatus L.), gramínea cujas espiguetas são providas de espinhos. Assim foi possível aproveitar o intervalo entre as remadas para manejar as áreas com os pés descalços.

O solo local é de areia quartzosa, com características bem desafiadoras para a vida vegetal: com pouca matéria orgânica, é pobre em nutrientes e retém pouca umidade; esquenta muito durante o dia e esfria muito durante a noite; quando levada pelo vento causa abrasão no caule das plantas. Para mitigar tais condições e favorecer o desenvolvimento das plantas foram adicionadas ao solo camadas densas de palha sortida, composto orgânico, tocos trazidos pelo mar, cascas de coco e porções de solo trazidos de casa por voluntários (as).

Para sinalizar o ajardinamento e os fragmentos de restinga foram utilizadas estacas de madeira reaproveitada de obras e calhaus de rochas encontrados na praia.

Sempre que possível os mutirões de plantio foram realizados em dias chuvosos. Nos demais períodos a rega das plantas foi voluntária, com água de beber que sobrou da remada ou trazida em baldes, da ducha meio salobra que atende à Imbetiba.

Foram levadas doações de sementes e mudas de um total de 40 espécies vegetais (Tabela 1). Algumas dessas plantas enfatizam a reconstituição da paisagem original da Imbetiba (imbé, pitanga, caju e abacaxi). Outras, por sua floração e frutificação também contribuem para atrair insetos e aves. Há ainda as plantas que contribuem consideravelmente para melhoria das condições físico-químicas do solo.

Todas foram plantadas com a melhor intenção, a técnica aplicável à ocasião, com as ferramentas que estavam disponíveis no momento e o adubo insubstituível do altruísmo. As que forem adaptáveis e resilientes às adversidades sobreviverão!

Tabela 1. Espécies vegetais plantadas no Sistema Agroecológico Litorâneo, na Praia da Imbetiba, entre dezembro/2020 até janeiro/2022.

Nome popular

Epíteto específico

  1. Imbé

Philodendron imbe

  1. Pitanga

Eugenia uniflora

  1. Caju

Anacardium occidentale

  1. Abacaxi

Ananas comosus

  1. Salsa-da-praia

Ipomoea pes-caprae

  1. Bananeira-de-jardim

Heliconia psittacorum

  1. Íris-da-praia-lilás

Neomarica caerulea

  1. Íris-da-praia-branca

Neomarica candida

  1. Ruélia

Ruellia simplex

  1. Alpinia

Alpinia purpurata

  1. Bolsa-de-pastor

Rhoeo discolor

  1. Crotalária

Crotalaria juncea

  1. Amendoeira

Terminalia catappa

  1. Gliricídia

Gliricidia sepium

  1. Agave

Agave attenuata

  1. Pita

Agave americana

  1. Cacto

Opuntia cochenillifera

  1. Candelabro

Euphorbia ingens

  1. Hibisco

Hibiscus rosa sinensis

  1. Abacate

Persea americana

  1. Batata-doce

Ipomoea batatas

  1. Biri

Canna x generalis

  1. Onze-horas

Portulaca oleracea

  1. Cosmo

Bidens sulphurea

  1. Guandu

Cajanus cajan

  1. Mandacaru

Cereus jamacaru

  1. Dicondra

Dichondra repens

  1. Figueira

Fícus microcarpa

  1. Abricó-da-praia

Mimusops coriacea

  1. Clusia

Clusia fluminensis

  1. Lírio-do-brejo

Hedychium coronarium

  1. Aranto

Kalanchoe laetivirens

  1. Mãe-de-milhares

Kalanchoe daigremontiana

  1. Tubiflora

Kalanchoe delagoensis

  1. Planta-fantasma

Kalanchoe fedtschenkoi

  1. Saião

Kalanchoe pinnata

  1. Fruta-pão

Artocarpus altilis

  1. Grama-batatais

Paspalum notatum

  1. Grama-são-carlos

Axonopus compressus

  1. Grama-esmeralda

Zoysia japonica



Registros



Figura 4. Início da implantação do sistema agroecológico litorâneo - SAL, no Clube Vela Jovem, Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ. Dezembro 2020. Foto @jardim_vital



Figura 5. Primeiros plantios e retirada de colônias de carrapichos-timbete (Cenchrus echinatus L.). Sistema agroecológico litorâneo - SAL, no Clube Vela Jovem, Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ. Dezembro 2020. Foto @jardim_vital

Figura 6. Desenvolvimento do sistema agroecológico litorâneo – SAL, registrado no décimo mês após o início da implantação, no clube Vela Jovem, Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ. Outubro 2021. Foto Alex Oliveira.



Figura 7. Início da implantação do sistema agroecológico litorâneo - SAL, no Clube Loko Wa’a, na Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ. Julho 2021. Foto @jardim_vital

Figura 8. Desenvolvimento do sistema agroecológico litorâneo – SAL, em setembro 2021, no clube Loko Wa’a, na Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ. Agosto 2021. Foto @jardim_vital



Figura 9. Desenvolvimento do sistema agroecológico litorâneo – SAL. Após oito meses de manejo houve duplicação da área verde, mediante a retirada de detritos, adição de matéria orgânica e plantio adensado de plantas xerófilas. Salsa-da-praia (Ipomoea pes-caprae) foi a planta que apresentou crescimento e floração mais expressivos no período. Ação realizada com apoio do clube Loko Wa’a, Praia da Imbetiba, em Macaé/RJ. Janeiro 2022. Foto @jardim_vital

Figura 10. Alvorada na Imbetiba, junho 2021. 22° 22’57’’S 41° 46’17’’W. Foto @loko_waa.



Conclusões

Programas de repovoamento da vegetação praiana tem vários efeitos simpáticos à biodiversidade e educação ambiental.

O sistema agroecológico litorâneo leva tempo para se consolidar, amadurecer, dar sombra e frutos. É um trabalho coletivo, contínuo, requer atenção, dedicação e persistência, tal qual remar.

À medida que as plantas se desenvolvem e recobrem a areia, criam condições para que outras plantas também se estabeleçam ali. As camadas de resíduos vegetais que vão sendo depositados vão nutrindo miríades de microrganismos e melhorando o solo.

Em ciclos sucessivos, de expansão e colonização de áreas antes nuas, a vegetação xerófila pioneira vai constituindo a cobertura vegetal fixadora de dunas.

As ripas de madeira utilizadas para delimitação visual dos canteiros também favoreceu ao pousio de aves, e consequente aporte de sementes frutíferas locais, além dos nutrientes de seus excrementos.

É lamentável e urgente se resolver a questão de animais em situação de abandono. Por solidariedade para com esses seres, e inclusive pelo risco de brigas com outros animais, causa de acidentes de trânsito, por disseminar doenças como Larva migrans, e também por causar prejuízo aos jardins.

Pior que isso, talvez seja notar comum o hábito de levar animais para excretar nos canteiros de plantas e gramados. Pisoteio, excreção regular e unhadas são atos anti-plantas. O que parece óbvio também precisa ser dito, e repetido: jardins públicos não são sanitários para pets.

Para que se desenvolva plenamente e cumpra sua função social, o manejo do SAL consiste em: adicionar matéria orgânica ao solo, plantar, regar durante o estio e promover campanhas educativas, as quais podem incluir diálogos com frequentadores do local, placas interpretativas e de identificação botânica, postagens em redes sociais e captação de patrocínios e apoio operacional.



Mahalo

Especial agradecimento a todas as pessoas e organizações que contribuíram, e continuam contribuindo para esta vivência coletiva de esporte aliado à conservação ambiental. Vizinhança, voluntários e doadores de plantas, remadoras (es) dos Clubes Vela Jovem Macaé e Loko Wa’a, aos Guarda-vidas, aos Grupos Muito Mais Imbetiba e Eu Amo Imbetiba, Equipe Caravelas, Padaria Pão do Porto e Rigui Restaurante.

À equipe editorial da Revista Educação Ambiental em Ação, que nesta 80ª edição nos convidou a refletir sobre o tema: Educação ambiental para aprender com a natureza, nos inspirando pela frase de Ailton Krenak “O modelo de humanidade entrou em crise”.

Agradeço pela oportunidade de trazer à tona essa experiência-piloto, facilmente replicável em outras praias. Descrever parte desse horizonte de possibilidades em prol da vida marinha e as parcerias estabelecidas em cada etapa me trouxe gratas recordações.

Considero este relato uma singela contribuição, capaz de inspirar a outras pessoas que gostam de plantas e sentem o mar como seu habitat, que merece ser cuidado, respeitado como a extensão de seu corpo físico e cultuado a cada reencontro.

Quando se usufrui da sombra doada por uma árvore adulta à beira-mar, é até difícil imaginar quanto tempo e quantas adversidades ela superou para estar ali, e quantas pessoas contribuíram para sua existência.

Campanhas de arborização urbana requerem ações contínuas, simultâneas em vários locais, para se obter resultados longevos.

O que de melhor pude aprender com esta iniciativa foi confirmar que o trabalho colaborativo é viável. Em meio a tanta aspereza causada pela urbanização há pessoas reunidas pelo propósito de colaborar para o manejo e bom uso de áreas públicas.



Para saber mais

IAMARINO, A. O mistério da batata-doce. Episódio veiculado em 21 agosto 2021. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=ErdDLRCuXmI>. Acesso 13 ago 2022.

MONTEIRO, J. A. V. Mutirão Muito mais Imbetiba. Registro de intervenção agroecológica coletiva realizada dia 19 dezembro 2020. Disponível em <https://www.instagram.com/p/CI_zQdXFXPL/?igshid=MDJmNzVkMjY=>. Acesso 14 ago 2022.

MONTEIRO, J.A.V. Agroecologia em solos litorâneos. Festival Internacional de Cinema Agroecológico. XI Congresso Brasileiro de Agroecologia. Sergipe. Novembro 2019. Disponível em <https://youtu.be/nvWx8XCPjpM>. Acesso 13 ago 2022.