EDITORIAL

Junho/Agosto-2023

Junho chegou, e com ele, mais uma edição da revista Educação Ambiental em Ação, feita para todos aqueles que buscam melhorar a sua participação neste planeta, e colaborar para a mudança de posturas e de hábitos que provocaram e provocam tantas agruras para o meio ambiente e para toda vida que ele abriga. E este é um período propício para adentrarmos mais profundamente nesta engrenagem de mudanças.

São muitas as comemorações - pelo mundo todo - que permeiam o dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia, que foi instituído pela ONU, em 1972, na Conferência de Estocolmo, com o objetivo de chamar a atenção para as questões ambientais em todos os contextos. Que possamos aproveitar este momento para buscarmos informações sérias, participar de movimentos, comemorações, e nos envolver com a busca da sustentabilidade planetária, questão esta que é crucial para a continuidade da vida com qualidade, para todos. Que possamos refletir, estudar, pesquisar, ler com atenção, nos informar e, principalmente, agir, mesmo diante de tantos desafios.

Não podemos mais deixar que a busca de resolução dos problemas ambientais fique nas mãos de poucos, como vem sendo feito. Precisamos contribuir, pois a realidade ambiental que está posta é, sim, responsabilidade de todos. Que possamos refletir: “Como estou agindo em relação às questões ambientais?” “Como estou contribuindo para tornar esse mundo melhor?”.

Existem várias instituições, e inúmeras pessoas que fizeram e fazem uma grande diferença ao se dedicarem de corpo e alma para esta batalha que precisa ser travada todos os dias, e uma destas pessoas é (foi) a professora Michèle Sato, que infelizmente partiu recentemente deixando, além de amigos, familiares, colegas, alunos, a comunidade acadêmica nacional e internacional de luto. A Educação Ambiental perde uma das suas principais referências, e lamenta profundamente a sua partida. Por isso, esta edição conta com uma homenagem. Trata-se de uma coletânea de mensagens do Coletivo de educadores e educadoras ambientais OBERVARE (OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL), organizada pelo seu colega e amigo Luiz Afonso V. Figueiredo, que é Professor Doutor da área de Educação, Ciências Ambientais e Ecoturismo, aposentado pelo Centro Universitário Fundação Santo André. E pela mesma razão, para homenageá-la, a revista republica a entrevista realizada com ela, em 2005.

Apesar de ser uma edição comemorativa de 21 anos da publicação, dá-se destaque a esta triste notícia: o falecimento da professora Michèle Sato, uma perda irreparável. Para quem não teve a oportunidade de conhecê-la pode acessar o link (https://bitlybr.com/xeA4PG) para saber mais sobre ela.

A Educação Ambiental nos aproxima de pares que estão na mesma frequência, pensam e agem em confluência para o mesmo caminho. Neste caminho estava, por muitas vezes, Michèle Sato, uma mulher simples que lutava para uma sociedade mais justa, que dizia sempre: “Não vamos capacitar as pessoas, elas não são incapazes, não vamos treinar as pessoas, elas não são animais, vamos mostrar uma nova maneira de agir, e elas terão o livre arbítrio para escolher”. Michèle escolheu lutar até o fim, e hoje, no nosso lamento, desejamos que a paz que ela pretendia para este planeta esteja no plano em que ela se encontra. Que os amigos e companheiros que ficaram, continuem na mesma ânsia de atingirmos um estágio de vida com maior qualidade.

Que toda sua trajetória e todo o seu legado nos traga cada vez mais inspiração.

Segue em paz, Michèle Sato, e muito obrigada por abrir caminhos que nos levam a repensar e a reagir sobre a nossa forma de viver e de estar neste mundo.

Equipe da Educação Ambiental em Ação

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