MORTE LENTA



Tomaram de sua água.

Saciaram a sede dos animais.

Irrigaram suas plantações.

Nadaram felizes nas tardes quentes.



Devolveram esgoto a céu aberto

E animais pisam suas margens.

Secaram o rio

E caminham em seu leito.



Canalizaram o rio,

Mudaram seu curso.

Maltrataram o rio,

Agora é só uma lixeira.



Nas margens nossa falta

De Cultura e Educação.

A cada dia continuamos matando o rio,

Fonte de água de nossa vida... até quando?



Cláudio Loes