DURANTE A COP 30, ESCOLAS BRASILEIRAS DESENVOLVEM AÇÕES SUSTENTÁVEIS; CONHEÇA PROJETOS
Em diferentes regiões brasileiras, estudantes criam projetos educacionais com soluções sustentáveis
Em 17/11/2025
Imagens de projetos escolares que desenvolveram soluções sustentáveis.Crédito da Imagem: Fotos - Arquivo
Durante a COP 30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que acontece em Belém (PA) até o dia 21 de novembro, escolas de diferentes regiões brasileiras desenvolvem projetos com soluções sustentáveis.
Na Bahia, um grupo formado por meninas transformaram resíduos eletrônicos em robôs funcionais. Já em território mineiro, adolescentes cultivam alimentos sem solo, em um trabalho que envolve conhecimentos de Biologia, Química, Sustentabilidade junto à eficiência hídrica sem agrotóxicos.
Essas ações são orientados por educadores de diferentes matérias escolares que relacionam conteúdos de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. O conjunto dessas áreas é chamado de STEAM.
O interessante é que ao desenvolver iniciativas como essas, as instituições escolares estimulam o aprendizado e engajamento estudantil a partir de um processo de reconhecimento do próprio território e valorização do meio ambiente.
"A educação é um setor estratégico frente aos desafios climáticos discutidos na COP 30. Ao integrar a abordagem STEAM com práticas de sustentabilidade, a educação engaja estudantes na busca por soluções que impactem suas comunidades e o planeta” Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social
Levantamento inédito do Itaú Social, em parceria com o Instituto Catalisador, mostra como os professores de vários lugares no Brasil tem utilizado a abordagem STEAM de forma criativa e significativa.
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Projetos escolares que criaram soluções sustentáveis durante a COP 30
Conheça, a seguir, projetos e iniciativas de diferentes escolas brasileiras que apresentaram soluções sustentáveis em meio à COP 30:
Estudantes baianas criam robôs com lixo eletrônico
Em Pojuca (BA), a 75km da capital baiana Salvador, alunas do 8º ano do ensino fundamental formaram um grupo para construir robôs funcionais a partir do lixo eletrônico.
O projeto intitulado RobôDelas é liderado pelo professor Manassés Fernandes Costa Neto, na Escola Municipal Professor Francisco Magalhães Neto.
Com foco no empoderamento e inclusão feminina, o trabalho une robótica e sustentabilidade. Houve a participação da comunidade para a coleta de materiais descartados e futura fabricação dos robôs com esses objetos. As alunas fundadoras atuam como mentoras na segunda fase da ação.
Robô
construído por grupo de alunas de Pojuca (BA).
Crédito:
Arquivo Pessoal.
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Horta hidropônica estudantil
Em Nova Lima (MG), cerca de 160 estudantes dos anos finais do ensino fundamental participam do Hidroponia na Escola, um projeto inovador que une sustentabilidade, educação e alimentação sustentável.
Liderado pela professora Roberta Cristina Gomes Araújo, o trabalho consiste em um processo interdisciplinar de criação de uma horta hidropônica. Os alunos cultivam hortaliças como alface, couve, mostarda, rúcula e almeirão.
Os estudantes participam de forma ativa de todos os processos, da concepção à colheita. Em meio às atividades, os jovens aprendem conceitos e questões práticas da Biologia, Química, meio ambiente e trabalho em equipe.
Projeto
de hidroponia escolar em Minas Gerais.
Crédito:
Arquivo Pessoal.
Além disso, a ação permite com que os alunos se conectem com o ciclo de produção dos alimentos sem solo, a utilizar de maneira eficiente a água e não usar agrotóxicos.
A horta escolar atende a demanda da merenda escolar, com alimentos frescos, e estimula a reflexão sobre os hábitos e relação com o meio ambiente.
Arte e reciclagem para conscientizar sobre a crise climática
Na pequena Cabrobó, interior do Pernambuco e com cerca de 30 mil habitantes, entorno de 60 estudantes do terceiro ano do ensino médio reutilizam papéis para criar cadernos e cartolinas.
O projeto recebeu o nome de Arte e Meio Ambiente: reciclando papel e a mente e é orientado pelo professor Marcelo Augusto Alves da Silva.
Participantes
do projeto de arte e reciclagem.
Crédito:
Arquivo Pessoal.
Arte, ciência e tecnologia se misturam na condução de uma atividade escolar que se preocupa com o descarte excessivo de papel e fortalece a reflexão sobre a crise climática. Isso tudo junto ao estímulo da criatividade e autonomia estudantil. A ideia é que o projeto se expanda e inclua a comunidade externa como uma prática de educação ambiental que ultrapassa os muros da escola.
Sabão sustentável
Em Marabá, no Pará, próximo aos debates da COP 30, o professor Daniel Oliveira da Silva coordena o ConsCIÊNCIA, projeto que conta com a participação de 100 alunos dos anos finais do ensino fundamental.
Professores de Ciências, Artes e da sala de leitura se reúnem com os estudantes para desenvolver diferentes ações como a fabricação de um sabão com óleo de cozinha descartado, mutirões de limpeza, criação de uma horta escolar e produção de adubo por composteiras.
Moradores da cidade e pais dos alunos ajudam no trabalho com a entrega de óleo usado para a fabricação do sabão.
Por
Lucas Afonso
Jornalista
Fonte: COP 30: projetos escolares criam soluções sustentáveis; confira