A CARTA DA TERRA
COMENTADA II - COM SUGESTÕES PARA TRABALHOS COM CRIANÇAS
(Atividades indicadas
para crianças das séries iniciais da educação básica)
Apresentação
A
Carta da Terra, documento elaborado por centenas de pessoas de diferentes
segmentos, de diferentes países, é um forte referencial para o trabalho da
Educação Ambiental/EA. Um novo conceito de pedagogia é trazido por Gadotti
(2000): a Ecopedagogia. Este conceito ressalta a importância de trabalhar a
educação dentro dos contextos ecológicos e ambientais, e para isto incentiva
a utilização do documento A Carta da Terra.
Um trabalho com A Carta da Terra foi
anteriormente sugerido para ser utilizado com os docentes, para que estes tenham
a oportunidade de vivenciar e experimentar a força sensibilizadora que o
documento tem, possibilitando e favorecendo uma mudança de postura frente a
realidade e o cotidiano. Desta vez, este trabalho pretende levar a sensibilização
da Carta da Terra às crianças, através dos/as professores/as. Como eles/as
poderão utilizar a Carta da Terra com seus alunos e suas alunas?
O documento A Carta da Terra foi dividido
em sete módulos que podem ser trabalhados com as crianças (cabendo adaptá-los
para cada faixa etária, se necessário). O texto original sempre inicia cada módulo.
Em seguida é feita uma adaptação do trecho – que será utilizado com as
crianças -, tornando o texto acessível à compreensão infantil. Após a
adaptação do texto, serão apresentadas sugestões de atividades. Estas
atividades poderão ser desenvolvidas ao longo do ano letivo e servem como ponto
de partida, podendo, cada professor/a, ampliar o leque de atividades de cada módulo.
O trabalho torna-se mais rico se for feito um estudo dos vocábulos apresentados
no texto. Espera-se que este trabalho possa colaborar com a inserção da EA nas
escolas. O texto original da Carta da Terra é apresentado na cor preta para
destacar das adaptações e sugestões de atividades com crianças. No final,
está o documento adaptado na íntegra, bem como um pequeno glossário para
suporte pedagógico.
Berenice
Gehlen Adams
Junho/2003
A CARTA DA TERRA
UNESCO
PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra,
numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o
mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao
mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos
reconhecer que no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de
vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.
Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no
respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica
e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós,
os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com
a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.
ADAPTAÇÃO DO TEXTO:
A Terra é o planeta onde moramos. Ela tem muitos e muitos anos de vida. Com o
tempo os humanos começaram a transformá-la para poder viver melhor. Mas eles não
perceberam que estavam deixando a Terra machucada. Muitos problemas estão
acontecendo porque os humanos tiram muita coisa da natureza e produzem muito
lixo. Se as pessoas mudarem a forma como tratam a natureza, será possível
melhorar o ambiente. Cada um é responsável pelo que acontece com a Terra.
Vamos cuidar do ambiente protegendo os animais, separando o lixo, plantando,
consumindo menos. Todos os povos da Terra devem assumir este compromisso com a
mudança.
SUGESTÃO:
A partir da leitura do texto adaptado, realizar uma dinâmica que leve a uma
reflexão das posturas de cada um em relação ao ambiente, propondo as
seguintes questões: “Como é a Terra, nosso planeta?”, “Como é a vida na
Terra, quem mora nela?”, “Quais são os tipos de vida que existem na
Terra?”, “Como era antigamente o nosso planeta e como ele está hoje?”,
“Porque nosso planeta está assim, tão poluído?”. Estas e outras questões
serão levantadas pelo/a professor/a para uma reflexão em grande grupo. Uma música
de fundo pode ser utilizada para facilitar a reflexão e envolver o sentido da
audição. Um cartaz com gravuras contendo imagens que representem os problemas
ambientais: poluição, lixo, guerra, desmatamento, queimadas, etc, enriqueceria
a atividade.
Outras
sugestões: realizar atividades em grande grupo como a criação de frases ou
texto sobre a Terra; pesquisa sobre os problemas ambientais do bairro da escola;
atividades artísticas envolvendo o tema: Terra; leitura do poema “O ABC da
vida”.
O
ABC da vida...
Berenice Gehlen Adams
Devemos amar e
respeitar:
A
ÁRVORE
que dá sombra, que dá frutos.
A
BALEIA
que vive a nadar pelo mar.
A
CACHOEIRA
que vive a vida a correr.
O
DINOSSAURO
que viveu há milhões de anos atrás...
A
ECOLOGIA
que é a ciência que estuda a vida.
A
FIGUEIRA
que é uma árvore frondosa e faceira.
A
GIRAFA
que é pescoçuda como uma garrafa.
O
HIPOPÓTAMO
que é pesado e gosta de água.
O
ÍNDIO
que vive em aldeias na mata.
O
JACARÉ
que rasteja devagar e sabe nadar.
A
LARANJA
que guarda um suco saboroso.
O
MAR
que é imenso e tem água salgada.
A
NATUREZA
que nos encanta com sua beleza.
O
OZÔNIO
que protege a Terra.
O
PLANETA
que vive a vida a girar.
O
QUATI
que tem a cauda comprida com anéis de pêlos pretos.
O
RIO
que corre para o mar como quem vai se atrasar.
A
SELVA
que é um lugar habitado por animais selvagens.
A
TERRA
que é o planeta em que vivemos.
O
UNIVERSO
que é onde existem planetas, estrelas, asteróides.
O
VENTO
que é o ar em movimento.
O
XAXIM
que é planta que tem o tronco formado por raízes.
E
ZELAR
pelo nosso amado Planeta Terra.
Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A
Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da
Natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra
providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade
de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da
preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma
rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O
meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de
todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é
um dever sagrado.
ADAPTAÇÃO:
A humanidade evoluiu muito. Descobriu o fogo, passou a criar objetos, roupas,
ferramentas e ao longo de muitos anos chegou ao que estamos vendo hoje: muitas
cidades, muitos mercados, muitas escolas, fábricas com produtos de todos os
tipos. Nada disto existia na Terra. A população humana cresceu. Com isto
muitas espécies de plantas e animais perderam seu espaço, pois não
conseguiram sobreviver por causa do progresso dos humanos. Para que a situação
não piore, precisamos agir para proteger o nosso ambiente.
SUGESTÃO:
Ler este ponto da Carta da Terra (adaptação) para as crianças e propor uma
reflexão sobre os hábitos de consumo. Utilizar uma técnica artística
sugerindo que cada um crie um desenho, ou pintura cujo tema possa ser:
“Objetos criados pelos humanos”, ou “Como era a Terra bem antigamente?”.
Enquanto as crianças realizam a atividade, a professora ou o professor vai
conversando sobre o assunto fazendo questionamentos que possibilitem a ampliação
da reflexão. O texto abaixo também poderá ser utilizado para finalizar esta
atividade.
É hora de agir!
Berenice
Gehlen Adams
A Terra é o meio ambiente natural, formado por
um conjunto de rios, lagos, montanhas, planícies, plantas, animais, seres
humanos.
Apesar de os seres humanos pertencerem ao reino
animal, apresentam uma diferença muito grande das demais espécies: o raciocínio.
Os animais, com exceção dos humanos,são
irracionais (não pensam). Os animais agem por instinto. Com a capacidade do
raciocínio, os humanos interferem mais intensamente no meio ambiente,
transformando-o.
A evolução da humanidade chegou a tal ponto que
perdeu o controle da situação ambiental. Incendeiam as matas para abrir
estradas e construir prédios, envenenam as plantas que comem, poluem rios,
mares, o ar, e têm uma tendência muito grande ao consumismo e ao acúmulo de
riquezas. Consideram-se donos da Terra.
Não! A Terra não tem dono, e se tem, é ela
mesma sua dona.
Se não fosse pelos animais racionais, que somos
nós, humanos ditos civilizados, a Terra, com certeza, teria o ar puro, seus
rios seriam limpos e o verde estaria predominando na crosta terrestre.
Em havendo a interferência do homem, o ambiente
terrestre foi modificado e danificado brutalmente. Foram muitos anos de exploração
da Terra e hoje, novos rumos devem ser tomados para que possamos ajudar a
reestabelecer o equilíbrio do planeta. Para isso faz-se necessário agirmos
localmente.
É hora de agir.
Vamos começar?
Veja o que você pode fazer:
- Separe seu lixo. Com esta atitude, você passará
a perceber que é uma ação simples e de grande valia para a questão do lixo.
Pode simplesmente separar o lixo "seco" do lixo "molhado",
ou "orgânico" e inorgânico".
- Não deposite seu lixo na rua, em parques ou
locais variados. Se você não encontrar uma lixeira, guarde o seu lixo até que
encontre um local adequado para depositá-lo.
- Incentive a separação do lixo em ambientes de
trabalho e educacionais.
- Torne-se criterioso ao adquirir produtos. Dê
preferência aos produtos com embalagens recicláveis, produtos que já estejam
inseridos no contexto ambientalista.
- Não desperdice energia elétrica ou água. A
água é um recurso escasso que compromete a vida das novas gerações.
- Evite criticar os outros que não têm uma
consciência ambientalista. Dê o exemplo, que tem muito mais valor do que as críticas.
- Antes de comprar alguma coisa, reflita se você
necessita realmente do produto ou está sendo induzido a comprá-lo.
- Plante flores, árvores, temperos, folhagens.
Se você não tiver um espaço, procure algum, sempre encontrará um lugar.
- Recicle e reutilize materiais que vão para o
lixo.
Estas são algumas dicas que você pode
incorporar no seu dia-a-dia.
A Terra precisa ser respeitada, valorizada e
amada. É ela que nos dá condições de usufruir desta maravilhosa experiência
que é a VIDA. Vamos cuidar bem dela!
São pequenas ações
que podem trazer grandes benefícios para o nosso meio ambiente e para as
futuras gerações. Hoje, temos um grande compromisso com a Terra que é
re-estabelecer o equilíbrio dos ecossistemas e melhorar a qualidade de vida.
Módulo 3
A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e
consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma
massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios
do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre
ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os
conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O
crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas
ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências
são perigosas, mas não inevitáveis.
ADAPTAÇÃO: As
grandes empresas e indústrias produzem muita poluição e tiram muitas coisas
da natureza para fabricarem produtos que são comercializados. As pessoas
compram estes produtos e sem perceber acabam comprando muitas coisas que nem
precisam. Alguns produtos das fábricas de alimentos são prejudiciais à saúde
porque têm: tintas, conservantes, sabores artificiais para ficarem bonitos e
gostosos. Muitas pessoas chamam a industrialização de desenvolvimento. Este
tipo de desenvolvimento tem trazido problemas para muitas pessoas,
principalmente para as pessoas pobres. As empresas geram lucro para os donos que
enriquecem as custas dos baixos salários que pagam para os empregados. Como tem
muito desemprego, o salário é bem baixo porque sempre terá gente para
trabalhar aceitando o salário que a empresa oferece. E isto precisa mudar, pois
é uma injustiça muito grande.
SUGESTÃO: Após
a leitura da adaptação desta parte do preâmbulo da Carta da Terra, propor uma
reflexão sobre as formas de produção e industrialização dos alimentos e
objetos e também sobre como ocorre o consumo destes produtos, através de
perguntas lançadas a turma: “Quais as indústrias que vocês conhecem?”,
“O que elas produzem?”, “O que acontece com as embalagens dos produtos
consumidos?”, “Qual é o produto industrializado que vocês mais
utilizam?”, etc. Após esta conversação, propor uma pesquisa sobre as
empresas existentes no bairro da escola: o que produzem, como é a embalagem,
para que serve o produto, etc. Discutir este levantamento com o grande grupo e
fazer um painel (em grande grupo) sobre as empresas pesquisadas. Também pode
ser feita uma visita ao super-mercado para ver como estes produtos são
comercializados (ou em lojas). Poema para incentivo a pesquisa: Pesquisar.
Pesquisar
Berenice Gehlen Adams
Pesquisar é entrar
Na vida dos livros,
Em vidas vividas
Por reis e rainhas,
Em vidas vividas
Por bichos e plantas...
Pesquisar é entrar
Na vida real,
Na vida vivida
Por todos nós.
E quanto mais
pesquisamos,
Mais curiosos ficamos,
Porque a pesquisa
Nos encanta e nos
fascina,
Porque é da vida real
Que se criam os sonhos.
Pesquisar é entrar
Na vida dos bichos,
Na vida das plantas,
Na vida de rios e
mares,
Procurando em cada
canto
Um pequeno encanto.
E quanto mais
pesquisamos
Mais percebemos que a
vida
É cheia de cantos
E encantos secretos.
Na verdade, é
pesquisando
Que aprendemos
O quão imenso é
O nosso universo.
Módulo 4
Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da
Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da
vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições
e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem
atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não,
ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a
todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade
civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático
e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e
espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções includentes.
ADAPTAÇÃO: Através
da união das pessoas será possível criar soluções para melhorar o ambiente
e melhorar a vida do planeta Terra. Podemos nos unir na escola, na comunidade,
na igreja, nas empresas, ou em casa mesmo para formar grupos que pensem em soluções
para problemas como: o lixo, o desperdício, a fome, a conscientização de
comprar somente aquilo que realmente é necessário. Estes grupos podem realizar
campanhas, festas, informativos para distribuir para a população. São
iniciativas que colaborarão para a melhoria da qualidade de vida. Quando as
pessoas se tornam menos consumistas, elas também se tornam mais humanas e mais
solidárias. A solidariedade é fundamental para a criação de uma nova
sociedade mais justa que valoriza a pessoa pelo que ela é e não pelo que ela
tem. Devemos nos unir para cuidar da Terra.
SUGESTÃO: Após a leitura da adaptação deste módulo, propor uma reflexão sobre a importância da solidariedade e da justiça. Trabalhar os conceitos: SOLIDARIEDADE, COOPERAÇÃO, UNIÃO, CONSUMO CONSCIENTE, RESPEITO, CARIDADE. Perguntar o que as crianças pensam sobre cada conceito e a partir do conhecimento prévio exposto, acrescentar para cada conceito o que não estava claro, ampliando o significado de cada um. Também utilizar o dicionário para contextualização do significado da palavra. Após a pesquisa no dicionário, propor a criação de um texto (em grande grupo) utilizando os conceitos estudados. Pode ser em forma de história, poesia ou texto descritivo. Reproduzir o texto e distribuir para as turmas da escola (um por turma). Uma história para complementar a atividade e ampliar a reflexão:
A aventura de Pitinha
Berenice Gehlen Adams
Era
uma vez uma sementinha de pinhão que morava grudada com muitas outras sementes.
Elas eram suas irmãs. O nome da casa delas é pinha. Elas moravam num
galho de um enorme pinheiro. Um dia, uma sementinha, a Pitinha, caiu da pinha e
ficou no chão, sozinha e triste. Porém, logo, logo começaram a cair mais e
mais sementes então Pitinha já não estava mais sozinha. Certo dia chegou uma
gralha e começou a levar cada uma das sementes embora. Pitinha via e não
entendia o que estava acontecendo até que um dia a gralha pegou-a com seu bico
e saiu voando. Pitinha ficou com medo mas aos poucos já estava adorando o vôo.
A gralha pousou em um galho de um enorme eucalípto para descansar e largou
Pitinha. Pitinha aproveitou para perguntar: "Para onde está me
levando?". E a gralha respondeu: "Algumas sementes eu como, outras, eu
planto". Pitinha não entendeu e perguntou: "Como assim?", e a
gralha lhe disse: "Eu vôo para o alto e a solto. Assim a semente que
cai com a ponta para baixo entra para a terra e germina". Pitinha começou
a entender e disse: "Quero me tornar um grande pinheiro e você vai me
ajudar!". Sem nada mais a dizer, a gralha tomou Pitinha em seu bico e pôs-se
a voar. Voou alto, muito alto até que, de repente, Pitinha começou a cair,
cair, cair. Caiu certinho, com a ponta para a terra, e ficou ali, quietinha,
faceira, esperando pela hora de tornar-se um lindo pinheiro.
*
Conclusão da história: Assim como os animais precisam das plantas e das
sementes, as sementes também precisam dos animais.
Módulo
5
Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações devemos decidir viver com um
sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade
terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos ao mesmo tempo cidadãos de
nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão
ligadas. Cada um comparte responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem
estar da família humana e do grande mundo dos seres vivos. O espírito de
solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando
vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo presente
da vida, e com humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na
natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos
para proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial.
Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos
interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum,
através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas
de negócios, governos e instituições transnacionais será guiada e avaliada.
ADAPTAÇÃO: A
Terra é muito grande e nela vivem diferentes povos. Cada povo tem suas
comunidades e sua cultura, que é a forma de vida das pessoas: como se vestem, o
que comem, o que plantam, como convivem umas com as outras. Somos todos de
diferentes lugares, mas temos necessidades iguais: alimento, moradia, trabalho e
qualidade de vida. Se não temos qualidade de vida as outras necessidades ficarão
comprometidas. Se todos temos as mesmas necessidades, devemos lutar para
melhorar a vida de todo o planeta. Se cada um cuidar bem do seu ambiente, haverá
uma melhora em todo o planeta. Estamos todos unidos por um mesmo ideal:
conscientização ambiental. Desenvolvendo a consciência planetária estaremos
desenvolvendo novos valores de vida que melhoram a convivência com todos os
seres do planeta Terra. Para conseguirmos fazer isto é importante seguirmos
alguns princípios, mas o que são princípios? É preciso definir claramente os
princípios que queremos e devemos seguir para alcançar um mundo justo e
sustentável.
SUGESTÃO: Propor
uma reflexão sobre a importância da mudança, da cooperação, do respeito, da
união. Pedir que as crianças citem palavras que envolvam as idéias de
solidariedade, e o/a professor/a escreverá as palavras no quadro, por exemplo:
amor, amizade, caridade, esperança... O/a professor/a faz uma divisão no
quadro e pede: ”Digam palavras que são exatamente o contrário das que vocês
me disseram”, e lista-as no quadro também. “Agora, vamos pensar sobre isto
e em grupos (de até 4 crianças) vamos criar histórias e inventar uma cena
onde apareçam dois conceitos, um bom e um ruim. Por exemplo: Maria juntou o
lixo do chão e levou até a lata. Ela cooperou com a limpeza. Juca foi lá e
virou a lata do lixo. Ele foi irresponsável”. A professora ou o professor vai
auxiliando as crianças na construção das suas cenas. No final, todos
apresentam e debatem sobre as cenas.
Módulo 6
PRINCÍPIOS
SUGESTÃO: Este
ponto da Carta da Terra apresenta os Princípios que nortearão atitudes
para a efetiva mudança (Os princípios também foram adaptados para uma
linguagem mais acessível à compreensão da criança). Propor uma reflexão
sobre a importância dos princípios. Dividir a sala em grupos e cada grupo
recebe as seguintes tarefas: 1. Procurar no dicionário o que significa Princípio.
2. Criar um princípio para dentro da sala de aula. Após, realizada a
atividade, verificar o que cada grupo fez, falar sobre a importância de termos
princípios em nossas atitudes. Propor uma técnica artística (desenho,
pintura, montagem, recorte-colagem, etc) com o tema: “Somos todos amigos da
Terra”. Ao terminarem a construção do conceito de “princípio”, a
professora lê os princípios abaixo e abre para o debate após a leitura de
cada um deles – podendo utilizar vários dias para a realização desta
atividade a fim de que não se torne cansativa para a criança.
PRINCÍPIOS DA CARTA DA TERRA
(Para que o texto não ficasse muito extenso
foram suprimidos os princípios originais que podem ser lidos em http://www.revistaea.arvore.com.br/
volume 4 – CARTA DA TERRA COMENTADA COM SUGESTÕES PARA TRABALHO COM
DOCENTES.)
1. Respeitar a Terra e todos os tipos de
vida.
Todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor; acreditar na
dignidade de todos os seres humanos, no seu potencial intelectual, artístico,
ético e espiritual.
2. Cuidar da comunidade da vida com
compreensão, compaixão e amor aceitando o direito de ter e usar os recursos
naturais, bem como o dever de impedir causar danos ao meio ambiente e proteger o
direito das pessoas. Aqueles que mais sabem e mais estudam tem a
responsabilidade de colaborar e dividir este saber com todas as pessoas.
3. Criar sociedades justas,
participativas, sustentáveis e pacíficas garantindo os direitos humanos e as
liberdades básicas para todas as pessoas, independente da classe social, dando
a cada um a oportunidade de desenvolver seu potencial. Sociedades onde as
pessoas tenham condições de vida: alimentação, casa, roupa, educação saúde,
e que sejam ecologicamente responsáveis.
4. Garantir a qualidade de vida na Terra
para as atuais e as futuras gerações, reconhecendo a importância do cuidado com a
Terra para que as atuais e próximas gerações tenham as mesmas condições e
acesso à vida saudável.
5. Proteger a diversidade da vida na
Terra. Proteger
é uma ação de respeito. Devemos impedir todo tipo de desrespeito como maus
tratos em geral (pessoas, animais, plantas).
6. Prevenir problemas ao ambiente e ter
muito cuidado. Evitar fazer as coisas
que sabemos que estão erradas como poluir, queimar, consumir demais, gastar
muita energia, fabricar produtos prejudiciais. Assim estaremos prevenindo
problemas.
7. Criar formas de produção, consumo e
reprodução que protejam a vida na Terra, os direitos humanos e o bem-estar
comunitário. Produzir de forma moderada, consumir de forma
moderada, informar as pessoas sobre o problema de ter muitos filhos e filhas.
8. Estudar sobre a vida na Terra e trocar
experiências. Valorizar todos os tipos de conhecimento que contribuem para a
proteção ambiental e o bem-estar humano.
9. Acabar com
a pobreza e resgatar os direitos humanos. Colaborar com o combate a fome
e valorizar os alimentos evitando o desperdício.
10. Promover o desenvolvimento humano nas
empresas e instituições. Que os empresários e
as instituições que se posicionem em favor dos seus funcionários colaborando
com a melhoria da qualidade de vida em todos os níveis.
11. Acabar com a discriminação contra as
mulheres. Valorizar as mulheres
evitando o desrespeito, pois elas são tão importantes quanto os homens.
12. Defender os direitos de todas as
pessoas a um ambiente natural e social. Eliminar a discriminação em todas suas formas,
como as baseadas na raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma
e origem nacional, étnica ou social.
13. Fortalecer a democracia em todos os níveis.
Que as
políticas públicas façam valer os direitos e as necessidades dos cidadãos e
cidadãs.
14. Incluir na educação formal (escola)
e aprendizagem ao longo da vida (em casa, na igreja, na comunidade, no trabalho)
os conhecimentos para um modo de vida que não prejudique o ambiente.
15. Tratar todos os seres com respeito e
consideração. Amar a todos os seres,
pois todos são importantes e dignos.
16. Promover uma cultura do respeito, da não
violência e da paz. Respeitar diferentes
culturas, diferentes religiões, diferentes idéias de forma que todos possam
viver em harmonia mesmo que pensem de formas diferentes. Isto não é fácil,
mas será possível se seguirmos estes princípios.
Módulo 7
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na história o destino comum nos conclama a
buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da
Carta da Terra. Para
cumprir esta promessa, temos que comprometer-nos a adotar e promover os valores
e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um
novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal.
Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida
sustentável a nível local, nacional, regional e global. Nossa diversidade
cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias
e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo
global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender da continuada
busca de verdade e de sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores
importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém necessitamos
encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da
liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo.
Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a
desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições
educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não
governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança
criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresa é essencial para
uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações
do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas
obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a
implementação dos princípios da Carta da Terra junto com um instrumento
internacional legalmente vinculante com referência ao ambiente e ao
desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova
reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a
sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre
celebração da vida.
ADAPTAÇÃO:
Cumprindo os princípios da Carta da Terra estaremos colaborando para diminuir
os problemas do meio ambiente. Mas para isto precisamos mudar nossas atitudes e
nossa forma de viver. Juntos (indivíduo, família, escola, empresa, igreja,
instituição) devemos procurar um caminho que leve a esta necessária mudança
de padrões de vida.
SUGESTÃO:
Propor um debate sobre o estudo da Carta da Terra. O que acharam, foi bom, foi
ruim, por que... Após o debate, pedir que elaborem um cartaz com o título: A
CARTA DA TERRA contendo gravuras, frases com mensagens de conscientização para
expor na escola. Sempre que possível, no decorrer do ano letivo, associar os
conteúdos trabalhados ao trabalho desenvolvido.
Conclusão
Este
trabalho possibilitará as crianças uma vivência da Carta da Terra,
incentivando mudanças de atitude e contribuindo para uma assimilação deste
importante documento de referência para a prática da Educação Ambiental. A
Carta da Terra é um compromisso ético com a integridade da vida em seu amplo
contexto.
A CARTA DA TERRA PARA CRIANÇAS
ADAPTAÇÃO (Berenice Gehlen Adams)
PREÂMBULO
A Terra é o planeta onde moramos. Ela existe há
muitos e muitos anos de vida. Com o tempo os humanos começaram a transformá-la
para poder viver melhor. Mas eles não perceberam que estavam deixando a Terra
machucada. Muitos problemas estão acontecendo porque os humanos tiram muita
coisa da natureza e produzem muito lixo. Se as pessoas mudarem a forma como
tratam a natureza, será possível melhorar o ambiente. Cada um é responsável
pelo que acontece com a Terra. Vamos cuidar do nosso ambiente protegendo os
animais, separando o lixo, plantando, consumindo menos. Todos os povos da Terra
devem assumir este compromisso com a mudança.
Terra, Nosso Lar
A humanidade evoluiu muito. Descobriu o fogo,
passou a criar objetos, roupas, ferramentas e ao longo de muitos anos chegou ao
que estamos vendo hoje: muitas cidades, muitos mercados, muitas escolas, fábricas
com produtos de todos os tipos. Nada disto existia na Terra. A população
humana cresceu. Com isto muitas espécies de plantas e animais perderam seu espaço,
pois não conseguiram sobreviver por causa do progresso dos humanos. Para que a
situação não piore, precisamos agir para proteger o nosso ambiente.
A Situação Global
As grandes empresas e indústrias produzem muita
poluição e tiram muitas coisas da natureza para fabricarem produtos que são
comercializados. As pessoas compram estes produtos e sem perceber acabam
comprando muitas coisas que nem precisam. Alguns produtos das fábricas de
alimentos são prejudiciais à saúde porque têm: tintas, conservantes, sabores
artificiais para ficarem bonitos e gostosos. Muitas pessoas chamam a
industrialização de desenvolvimento. Este tipo de desenvolvimento tem trazido
problemas para muitas pessoas, principalmente para as pessoas pobres. As
empresas geram lucro para os donos que enriquecem as custas dos baixos salários
que pagam para os empregados. Como tem muito desemprego, o salário é bem baixo
porque sempre terá gente para trabalhar aceitando o salário que a empresa
oferece. E isto precisa mudar, pois é uma injustiça muito grande.
Desafios Para o Futuro
Através da união das pessoas será possível
criar soluções para melhorar o ambiente e melhorar a vida do planeta Terra.
Podemos nos unir na escola, na comunidade, na igreja, nas empresas, ou em casa
mesmo para formar grupos que pensem em soluções para problemas como: o lixo, o
desperdício, a fome, a conscientização de comprar somente aquilo que
realmente é necessário. Estes grupos podem realizar campanhas, festas,
informativos para distribuir para a população. São iniciativas que colaborarão
para a melhoria da qualidade de vida. Quando as pessoas se tornam menos
consumistas, elas também se tornam mais humanas e mais solidárias. A
solidariedade é fundamental para a criação de uma nova sociedade mais justa
que valoriza a pessoa pelo que ela é e não pelo que ela tem. Devemos nos unir
para cuidar da Terra.
Responsabilidade Universal
A Terra é muito grande e nela vivem diferentes
povos. Cada povo tem suas comunidades e sua cultura, que é a forma de vida das
pessoas: como se vestem, o que comem, o que plantam, como convivem umas com as
outras. Somos todos de diferentes lugares, mas temos necessidades iguais:
alimento, moradia, trabalho e qualidade de vida. Se não temos qualidade de vida
as outras necessidades ficarão comprometidas. Se todos temos as mesmas
necessidades, devemos lutar para melhorar a vida de todo o planeta. Se cada um
cuidar bem do seu ambiente, haverá uma melhora em todo o planeta. Estamos todos
unidos por um mesmo ideal: conscientização ambiental. Desenvolvendo a consciência
planetária estaremos desenvolvendo novos valores de vida que melhoram a convivência
com todos os seres do planeta Terra. Para conseguirmos fazer isto é importante
seguirmos alguns princípios, mas o que são princípios? É preciso definir
claramente os princípios que queremos e devemos seguir para alcançar um mundo
justo e sustentável.
PRINCÍPIOS DA CARTA DA TERRA
1. Respeitar a Terra e todos os tipos de
vida.
Todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor; acreditar na
dignidade de todos os seres humanos, no seu potencial intelectual, artístico,
ético e espiritual.
2. Cuidar da comunidade da vida com
compreensão, compaixão e amor aceitando o direito de ter e usar os recursos
naturais, bem como o dever de impedir causar danos ao meio ambiente e proteger o
direito das pessoas. Aqueles que mais sabem e mais estudam tem a
responsabilidade de colaborar e dividir este saber com todas as pessoas.
3. Criar sociedades justas,
participativas, sustentáveis e pacíficas garantindo os direitos humanos e as
liberdades básicas para todas as pessoas, independente da classe social, dando
a cada um a oportunidade de desenvolver seu potencial. Sociedades onde as
pessoas tenham condições de vida: alimentação, casa, roupa, educação saúde,
e que sejam ecologicamente responsáveis.
4. Garantir a qualidade de vida na Terra
para as atuais e as futuras gerações, reconhecendo a importância do cuidado com a
Terra para que as atuais e próximas gerações tenham as mesmas condições e
acesso à vida saudável.
5. Proteger a diversidade da vida na
Terra. Proteger
é uma ação de respeito. Devemos impedir todo tipo de desrespeito como maus
tratos em geral (pessoas, animais, plantas).
6. Prevenir problemas ao ambiente e ter
muito cuidado. Evitar fazer as coisas
que sabemos que estão erradas como poluir, queimar, consumir demais, gastar
muita energia, fabricar produtos prejudiciais. Assim estaremos prevenindo
problemas.
7. Criar formas de produção, consumo e
reprodução que protejam a vida na Terra, os direitos humanos e o bem-estar
comunitário. Produzir de forma moderada, consumir de forma
moderada, informar as pessoas sobre o problema de ter muitos filhos e filhas.
8. Estudar sobre a vida na Terra e trocar
experiências. Valorizar todos os tipos de conhecimento que contribuem para a
proteção ambiental e o bem-estar humano.
9. Acabar com
a pobreza e resgatar os direitos humanos. Colaborar com o combate a fome
e valorizar os alimentos evitando o desperdício.
10. Promover o desenvolvimento humano nas
empresas e instituições. Que os empresários e
as instituições que se posicionem em favor dos seus funcionários colaborando
com a melhoria da qualidade de vida em todos os níveis.
11. Acabar com a discriminação contra as
mulheres. Valorizar as mulheres
evitando o desrespeito, pois elas são tão importantes quanto os homens.
12. Defender os direitos de todas as
pessoas a um ambiente natural e social. Eliminar a discriminação em todas suas formas,
como as baseadas na raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma
e origem nacional, étnica ou social.
13. Fortalecer a democracia em todos os níveis.
Que as
políticas públicas façam valer os direitos e as necessidades dos cidadãos e
cidadãs.
14. Incluir na educação formal (escola)
e aprendizagem ao longo da vida (em casa, na igreja, na comunidade, no trabalho)
os conhecimentos para um modo de vida que não prejudique o ambiente.
15. Tratar todos os seres com respeito e
consideração. Amar a todos os seres,
pois todos são importantes e dignos.
16. Promover uma cultura do respeito, da não
violência e da paz. Respeitar diferentes
culturas, diferentes religiões, diferentes idéias de forma que todos possam
viver em harmonia mesmo que pensem de formas diferentes. Isto não é fácil,
mas será possível se seguirmos estes princípios.
O CAMINHO ADIANTE
Cumprindo os princípios da Carta da Terra
estaremos colaborando para diminuir os problemas do meio ambiente. Mas para isto
precisamos mudar nossas atitudes e nossa forma de viver. Juntos (indivíduo, família,
escola, empresa, igreja, instituição) devemos procurar um caminho que leve a
esta necessária mudança de padrões de vida.
Pequeno glossário ambiental para suporte
educativo desta proposta:
Área de Proteção Ambiental (APA) – categoria
de unidade de conservação cujo objetivo é conservar a diversidade de
ambientes, de espécies, de processos naturais e do patrimônio natural, visando
a melhoria da qualidade de vida, através da manutenção das atividades sócio-econômicas
da região. Esta proposta deve envolver, necessariamente, um trabalho de gestão
integrada com participação do Poder Público e dos diversos setores da
comunidade. Pública ou privada, é determinada por decreto federal, estadual ou
municipal, para que nela seja discriminado o uso do solo e evitada a degradação
dos ecossistemas sob interferência humana.
Assoreamento – processo em que lagos, rios, baías e estuários
vão sendo aterrados pelos solos e outros sedimentos neles depositados pelas águas
das enxurradas, ou por outros processos.
Aterro controlado – aterro para lixo residencial urbano, onde os resíduos
são depositados recebendo depois uma camada de terra por cima. Na
impossibilidade de se proceder a reciclagem do lixo, pela compostagem acelerada
ou pela compostagem a céu aberto, as normas sanitárias e ambientais recomendam
a adoção de aterro sanitário e não do controlado.
Aterro sanitário – aterro para lixo residencial urbano com pré-requisitos
de ordem sanitária e ambiental. Deve ser construído de acordo com técnicas
definidas, como: impermeabilização do solo para que o chorume não atinja os
lençóis freáticos, contaminando as águas; sistema de drenagem para chorume,
que deve ser retirado do aterro sanitário e depositado em lagoa próxima que
tenha essa finalidade específica, vedada ao público; sistema de drenagem de
tubos para os gases, principalmente o gás carbônico, o gás metano e o gás
sulfídrico, pois, se isso não for feito, o terreno fica sujeito a explosões e
deslizamentos.
Bacia hidrográfica – conjunto de terras drenadas por um rio principal
e seus afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência
de cabeceiras ou nascentes, divisores d'água, cursos d'água principais,
afluentes, subafluentes, etc. Em todas as bacias hidrográficas deve existir uma
hierarquização na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos
pontos mais altos para os mais baixos. O conceito de bacia hidrográfica deve
incluir também noção de dinamismo, por causa das modificações que ocorrem
nas linhas divisórias de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou
diminuindo a área da bacia.
Biodegradável – substância que se decompõe pela ação de seres
vivos.
Biodiversidade – representa o conjunto de espécies animais
e vegetais viventes.
Bioma – amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por
tipos fisionômicos semelhantes de vegetação, com diferentes tipos climáticos.
É o conjunto de condições ecológicas de ordem climática e características
de vegetação: o grande ecossistema com fauna, flora e clima próprios. Os
principais biomas mundiais são: tundra, taiga, floresta temperada caducifólia,
floresta tropical chuvosa, savana, oceano e água doce.
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Biosfera – sistema único formado pela atmosfera
(troposfera), crosta terrestre (litosfera), água (hidrosfera) e mais todas as
formas de vida. É o conjunto de todos os ecossistemas do planeta.
Buraco da camada de ozônio – abertura
resultante da redução da camada de ozônio na estratosfera, constatada entre
setembro e novembro de 1989 na Antártida e que tem sido motivo de alarme. Essa
camada é essencial à preservação da vida do planeta, porque filtra os raios
ultravioleta do sol, mortíferos às células. Observações recentes mostram
que o buraco tem se estendido até o extremo sul da América do Sul e à Nova
Zelândia.
Camada de ozônio – camada de gás o3, situada a 30 ou 40 km de
altura, atua como um verdadeiro escudo de proteção, filtrando os raios
ultravioletas emitidos pelo sol. Gases nitrogenados emitidos por aviões e automóveis,
assim como o CFC (clorofluorcarbono) tem efeito destrutivo sobre a camada de ozônio.
O preço desta destruição é o aumento da radiação ultravioleta, o que
provoca uma maior taxa de mutações nos seres vivos, acarretando, por exemplo,
maior incidência de câncer no homem. Além disso, é muito provável a ocorrência
de distúrbios na formação de proteínas vegetais, com comprometimento do
crescimento das plantas e a redução das safras agrícolas. Admite-se que o
clima sofra transformações, principalmente com o aquecimento da superfície do
planeta.
Chorume – resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos
(lixo), particularmente quando dispostos no solo, como por exemplo, nos aterros
sanitários. Resulta principalmente de água de chuva que se infiltra e da
decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. É
altamente poluidor.
Chuva ácida – precipitação de água sob a forma de chuva,
neve ou vapor, tornada ácida por resíduos gasosos proveniente,
principalmente, da queima de carvão e derivados de petróleo ou de gases de núcleos
industriais poluidores. As precipitações ácidas podem causar desequilíbrio
ambiental quando penetram nos lagos, rios e florestas e são capazes de
destruir a vida aquática.
Ciclo vital – compreende o nascimento, o crescimento, a
maturidade, a velhice e a morte dos organismos.
Cobertura morta – camada natural de resíduos de plantas espalhadas
sobre a superfície do solo, para reter a umidade, protegê-lo da insolação e
do impacto das chuvas.
Código Florestal – código instituído pela Lei nº 4.771, de
15 de setembro de 1965 em cujo artigo 1º está previsto que as florestas
existentes no território nacional e as demais formas de vegetação,
reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum
a todos os habitantes do país.
Compostagem – técnica de elaborar mistura fermentada de restos
de seres vivos, muita rica em húmus e microorganismos, que serva para, uma vez
aplicada ao solo, melhorar a sua fertilidade.
Conservação da natureza – uso ecológico dos recursos naturais, com
o fim de assegurar uma produção contínua dos recursos renováveis e
impedir o esbanjamento dos recursos não renováveis, para manter o volume e a
qualidade em níveis adequados, de modo a atender às necessidades de toda a
população e das gerações futuras.
Conservação do solo – conjunto de métodos de manejo do solo
que, em função de sua capacidade de uso, estabelece a utilização adequada do
solo, a recuperação de suas áreas degradadas e mesmo a sua preservação.
Dano ambiental – qualquer alteração provocada por intervenção
humana.
Desenvolvimento sustentado – modelo
de desenvolvimento que leva em consideração, além dos fatores econômicos,
aqueles de caráter social ecológico, assim como as disponibilidades dos
recursos vivos e inanimados, as vantagens e os inconvenientes, a curo, médio e
longo prazos, de outros tipos de ação. Tese defendida a partir do teórico
indiano Anil Agarwal, pela qual não pode haver desenvolvimento que não seja
harmônico com o meio ambiente. Assim, o desenvolvimento sustentado que no
Brasil tem sido defendido mais intensamente, é um tipo de desenvolvimento que
satisfaz as necessidades econômicas do presente sem comprometer a capacidade
das gerações futuras.
Eco-desenvolvimento – visão moderna do desenvolvimento
consorciado com o manejo dos ecossistemas, procurando utilizar os conhecimentos
já existentes na região, no âmbito cultural, biológico, ambiental, social e
político, evitando-se assim a agressão ao meio ambiente.
Ecologia – ciência que estuda a relação dos seres vivos
entre si e com o ambiente físico. Palavra originado do grego: oikos = casa,
moradia + logos = estudo.
Ecossistema – conjunto integrado de fatores físicos, químicos
e bióticos, que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um
determinado espaço de dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade ecológica
constituída pela reunião do meio abiótico (componentes não-vivos) com a
comunidade, no qual ocorre intercâmbio de matéria e energia. O ecossistemas são
as pequenas unidades funcionais da vida.
Ecoturismo – também conhecido como turismo ecológico é a
atividade de lazer em que o homem busca, por necessidade e por direito, a
revitalização da capacidade interativa e do prazer lúdico nas relações com
a natureza. É o segmento da atividade turística que desenvolve o turismo de
lazer, esportivo e educacional em áreas naturais utilizando, de forma sustentável,
o patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação, promovendo a
formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do
ambiente e garantindo o bem-estar das populações envolvidas.
Educação ambiental – conjunto de ações educativas voltadas para a
compreensão da dinâmica dos ecossistemas, considerando efeitos da relação do
homem com o meio, a determinação social e a variação/evolução histórica
dessa relação. Visa preparar o indivíduo para integrar-se criticamente ao
meio, questionando a sociedade junto à sua tecnologia, seus valores e até o
seu cotidiano de consumo, de maneira a ampliar a sua visão de mundo numa
perspectiva de integração do homem com a natureza.
Efeito estufa – fenômeno que ocorre quando gases, como o dióxido
ce carbono entre outros, atuando como as paredes de vidro de uma estufa,
aprisionam o calor na atmosfera da Terra, impedindo sua passagem de volta para a
estratosfera. O efeito estufa funciona em escala planetária e o fenômeno pode
ser observado, como exemplo, em um carro exposto ao sol e com as janelas
fechadas. Os raios solares atravessam o vidro do carro provocando o aquecimento
de seu interior, que acaba "guardado" dentro do veículo, porque os
vidros retêm os raios infravermelhos. No caso específico da atmosfera
terrestre, gases como o CFC, o metano e o gás carbônico funcionam como se
fosse o vidro de um carro. A luz do sol passa por eles, aquece a superfície do
planeta, mas parte do calor que deveria ser devolvida à atmosfera fica presa,
acarretando o aumento térmico do ambiente. Acontecendo em todo o planeta, seria
capaz de promover o degelo parcial das calotas polares, com a conseqüente elevação
do nível dos mares e a inundação dos litorais.
Erosão – processo pelo qual a camada superficial do solo,
ou partes do solo, é retirada pelo impacto de gotas de chuva, ventos e ondas
e são transportadas e depositadas em outro lugar. Inicia-se como erosão
laminar e pode até atingir o grau de voçoroca.
Estação ecológica – áreas representativas de ecossistemas destinadas
à realização de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia, à produção do
ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista ou
ambiental. Nas áreas circundadas às estações ecológicas, num raio de 10
quilômetros, qualquer atividade que possa afetar a biota ficará subordinada às
normas editadas pelo CONAMA. Têm o objetivo de proteger amostras dos principais
ecossistemas, equipando estas unidades com infra-estrutura que permita às
instituições de pesquisas fazer estudos comparativos ecológicos entre áreas
protegidas e aquelas que sofreram alteração antrópica.
Extrativismo – ato de extrair madeira ou outros produtos
das florestas ou minerais.
Fauna - conjunto de animais que habitam determinada região.
Fitoplâncton – conjunto de plantas flutuantes, como algas, de um
ecossistema aquático.
Flora – totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação
de uma determinada região, sem qualquer expressão de importância individual.
Floresta Nacional, Estadual ou Municipal – área
extensa, geralmente bem florestada e que contém consideráveis superfícies de
madeira comercializável em combinação com o recurso água, condições para
sobrevivência de animais silvestres e onde haja oportunidade para recreação
ao ar livre e educação ambiental. Os objetivos de manejo são os de
reproduzir, sob o conceito de uso múltiplo, um rendimento de madeira e água,
proteger os valores de recreação e estéticos, proporcionar oportunidades para
educação ambiental e recreação ao ar livre e, sempre que possível, o manejo
da fauna. Partes desta categoria de unidades de conservação podem ter sofrido
alterações pelo homem, mas geralmente as florestas nacionais não possuem
qualquer característica única ou excepcional, nem tampouco destinam-se somente
para um fim.
Fotossíntese – processo bioquímico que permite aos vegetais
sintetizar substâncias orgânicas complexas e de alto conteúdo energético, a
partir de substâncias minerais simples e de baixo conteúdo energético. Para
isso, se utilizam de energia solar que captam nas moléculas de clorofila. Neste
processo, a planta consome gás carbônico (CO2) e água, liberando
oxigênio (O2) para a atmosfera. É o processo pelo qual as plantas
utilizam a luz solar como fonte de energia para formar substâncias nutritivas.
Habitat – ambiente que oferece um conjunto de condições
favoráveis para o desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de
determinados organismos. Os ecossistemas, ou parte deles, nos quais vive um
determinado organismo, são seu habitat. O habitat constitui a totalidade do
ambiente do organismo. Cada espécie necessita de determinado tipo de habitat
porque tem um determinado nicho ecológico.
Hidrosfera – parte da biosfera representada por toda massa de
água (oceanos, lagos, rios, vapor d'água, água de solo, etc.).
Húmus – fração orgânica coloidal (de natureza gelatinosa), estável,
existente no solo, que resulta da decomposição de restos vegetais e animais.
Impacto ambiental – qualquer alteração das propriedades físico-químicas
e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a
saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas,
a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, enfim, a
qualidade dos recursos ambientais.
Impacto ecológico – refere-se ao efeito total que produz uma variação
ambiental, seja natural ou provocada pelo homem, sobre a ecologia de uma região,
como, por exemplo, a construção de uma represa.
Lixo nuclear – rejeito de reações nucleares, que pode emitir
radiações em doses nocivas por centenas de anos.
Lixo tóxico – é composto por resíduos venenosos, como
solventes, tintas, baterias de carros, baterias de celular, pesticidas, pilhas,
produtos para desentupir pias e vasos sanitários, dentre outros.
Manancial – todo corpo d'água utilizado para o abastecimento
público de água para consumo.
Manejo – aplicação de programas de utilização dos
ecossistemas, naturais ou artificiais, baseada em teorias ecológicas sólidas,
de modo a manter, de melhor forma possível, nas comunidades, fontes úteis de
produtos biológicos para o homem, e também como fonte de conhecimento científico
e de lazer.
Meio ambiente – Tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e
que é indispensável à sua sustentação. Estas condições incluem solo,
clima, recursos hídricos, ar, nutrientes e os outros organismos. O meio
ambiente não é constituído apenas do meio físico e biológico, mas também
do meio sócio-cultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento
adotados pelo homem.
Metais pesados – metais como o cobre, zinco, cádmio, níquel e
chumbo, os quais são comumente utilizados na indústria e podem, se presentes
em elevadas concentrações, retardar ou inibir o processo biológico aeróbico
ou anaeróbico e serem tóxicos aos organismos vivos.
Monitoramento ambiental – medição repetitiva, descrita ou contínua,
ou observação sistemática da qualidade ambiental.
Nicho ecológico – espaço ocupado por um organismo no ecossistema,
incluindo também o seu papel na comunidade e a sua posição em gradientes
ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência.
ONGs – sigla de organizações não governamentais. São movimentos
da sociedade civil, independentes, que atuam nas áreas de ecologia, social,
cultural, dentre outras.
Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais – são
áreas relativamente extensas, que representam um ou mais ecossistemas, pouco ou
não alterados pela ocupação humana, onde as espécies animais, vegetais, os sítios
geomorfológicos e os habitats ofereçam interesses especiais do ponto de vista
científico, educativo, recreativo e conservacionista. São superfícies
consideráveis que contém características naturais únicas ou espetaculares,
de importância nacional, estadual ou municipal.
Patrimônio ambiental – conjunto de bens naturais da humanidade.
Plano de manejo – plano de uso racional do meio ambiente, visando
à preservação do ecossistema em associação com sua utilização para outros
fins (sociais, econômicos, etc.).
Poluição – efeito que um poluente produz no ecossistema.
Qualquer alteração do meio ambiente prejudicial aos seres vivos,
particularmente ao homem. Ocorre quando os resíduos produzidos pelos seres
vivos aumentam e não podem ser reaproveitados.
Predatismo – relação ecológica que se estabelece entre uma
espécie denominada predadora e outra denominada presa. Os predadores
caracterizam-se pela capacidade de capturar e destruir fisicamente as
presas para alimentar-se.
Preservação ambiental – ações que garantem a manutenção das
características próprias de um ambiente e as interações entre os seus
componentes.
Reflorestamento – processo que consiste no replantio de árvores em
áreas que anteriormente eram ocupadas por florestas.
Reserva biológica – unidade de conservação visando a proteção dos
recursos naturais para fins científicos e educacionais. Possui ecossistemas ou
espécies da flora e fauna de importância científica. Em geral não comportam
acesso a ao público, não possuindo normalmente belezas cênicas significativas
ou valores recreativos. Seu tamanho é determinado pela área requerida para os
objetivos científicos a que se propõe, garantindo sua proteção.
Reserva ecológica – unidade de conservação que tem por finalidade a
preservação de ecossistemas naturais de importância fundamental para o equilíbrio
ecológico.
Reserva indígena – área caracterizada por possuir sociedades indígenas.
Geralmente, as reservas indígenas são isoladas e remotas e podem manter sua
inacessibilidade por um longo período de tempo. Os objetivos de manejo são
proporcionar o modo de vida de sociedades que vivem em harmonia e em dependência
do meio ambiente, evitando um distúrbio pela moderna tecnologia e, em segundo
plano, realizar pesquisas sobre a evolução do homem e sua interação com a
terra.
Reserva da biosfera – o programa do Homem e Biosfera, das Nações
Unidas, iniciou um projeto de estabelecimento de reservas da biosfera em 1970.
Estas reservas devem incluir: amostras de biomas naturais; comunidades únicas
ou áreas naturais de excepcional interesse; exemplos de uso harmonioso da
terra; exemplos de ecossistemas modificados ou degradados, onde seja possível
uma restauração a condições mais naturais. Uma reserva da biosfera pode
incluir unidades de conservação como parques nacionais ou reservas biológicas.
Resíduos – materiais ou restos de materiais cujo proprietário
ou produtor não mais considera com valor suficiente para conservá-los. Alguns
tipos de resíduos são considerados altamente perigosos e requerem cuidados
especiais quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam
substancial periculosidade, ou potencial, à saúde humana e aos organismos
vivos.
Seleção natural – processo de eliminação natural dos indivíduos
menos adaptados ao ambiente, os quais, por terem menos probabilidade de êxito
dos que os melhores adaptados, deixam uma descendência mais reduzida.
Seres consumidores – seres como os animais, que precisam do alimento
armazenado nos seres produtores.
Seres decompositores – seres consumidores que se alimentam de
detritos dos organismos mortos.
Seres produtores – seres que, como as plantas, possuem a capacidade
de fabricar alimento usando a energia da luz solar.
Sucessão ecológica – seqüência de comunidades que se substituem, de
forma gradativa, num determinado ambiente, até o surgimento de uma comunidade
final, estável denominada comunidade-clímax.
Unidades de conservação – áreas criadas com o objetivo de
harmonizar, proteger recursos naturais e melhorar a qualidade de vida da
população.
Referências
ADAMS, Berenice Gehlen. Projeto
Vida – Educação Ambiental:
http://sites.uol.com.br/projetovida
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Editora
Fundação Peirópolis, 2000.
Glossário: Terra Viva Web Site: http://www.vivaterra.org.br/html/glossario_ambiental.html
Contatos com a autora: projetovida@uol.com.br
Web Site: http://sites.uol.com.br/projetovida