É dentro do coração do homem que o espetáculo da natureza existe; para vê-lo, é preciso senti-lo. Jean-Jacques Rousseau
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 89 · Dezembro-Fevereiro 2024/2025
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Podcast(1)
Dicas e Curiosidades(7)
Reflexão(6)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(15)
Entrevistas(1)
Culinária(1)
Arte e Ambiente(1)
Divulgação de Eventos(4)
O que fazer para melhorar o meio ambiente(3)
Sugestões bibliográficas(3)
Educação(1)
Você sabia que...(4)
Reportagem(3)
Educação e temas emergentes(11)
Ações e projetos inspiradores(28)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
Notícias(41)
Dúvidas(4)
| Números
|
Artigos
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: HÁ DISCUSSÃO SIGNIFICATIVA NO UNIVERSO ESCOLAR? Damião Carlos Freires de Azevedo Mestrando em Recursos Naturais/UFCG. E-mail: olscargeo@yahoo.com.br
Sandra Sereide Ferreira da Silva Mestranda
em Recursos Naturais/UFCG. E-mail:
sandrasereide@yahoo.com.br José
Tarcísio A. Sales Especialista
em Educação pela FIP E-mail:
jtarcisio@yahoo.com.br Minelle Enéas da Silva E-mail: minele-silva@hotmail.com Cícero de Souza Lacerda Especialista em Ciências Ambientais FIP. E-mail: lacerdatur@gmail.com RESUMO O objetivo dessa
pesquisa foi analisar e descrever os métodos e técnicas utilizados por
professores no processo de ensino- aprendizagem correlato à educação
ambiental. Diante desse fato tivemos a pretensão de Identificar as principais
dificuldades na aprendizagem que influência na formação do aluno. Apontar
alternativas capazes de solucionar problemas
nessa área do ensino-aprendizagem,Avaliar de forma criteriosa os
resultados das práticas colhidos na entrevista com professores de duas
escolas a Escola Estadual de Ensino Fundamental André Vidal de
Negreiros, escola estadual e a E M E F Tancredo de Almeida Neves, financiada
pelo município, ambas são situadas no
município de Cuité PB, onde todas trabalham
com ensino fundamental menor. Nossa
pesquisa limitou-se ao numero de 28 professores sendo 13 da escola municipal e
15 da escola estadual. Para compreendermos essa questão propomos uma entrevista
com os professores das escolas referidas como também uma pesquisa bibliográfica
e ainda analise dos diversos casos obtidos durante a entrevista. Diante disse
fato notamos que, na escola não existe um Projeto Político Pedagógico, nem
intenção dessa construção, o que pré-determinando dessa
forma o cumprimento de tarefas burocráticas encaminhadas por autoridades
educacionais, vistas como prontas e acabadas.
A falta de conhecimentos,
métodos de trabalhos definidos são impostos, disposição para a
pesquisa, entre outros. Em termos de posicionamento teórico, o conhecimento
empregado para analise dessa pesquisa apresentam e reafirmam a importância de
uma abordagem teórica e metodológica dessa questão de maneira coletiva, por
parte de todos que fazem a escola. PALAVRAS CHAVES: Educação
Ambiental, Interdisciplinaridade e Aprendizagem significativa INTRODUÇÃO Diante
de tantas pesquisas feitas na área de Educação Ambiental, onde nos mostra a
grande falta de sensibilização por parte de muitas pessoas, justificado pelo
fato de problemas ambientais sucedidos no dia-a-dia em nosso meio como: doenças
causadas pelo fumo, álcool, má alimentação, água sem tratamento, problemas
vindo do desmatamento, lixo, erosão, poluição sonora, etc. Procuramos,
então, a Escola Estadual Vidal de Negreiros - Ensino Fundamental e Médio e
também, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo de Almeida Neves com
o objetivo de descrever, a partir de uma entrevista, os métodos e técnicas
utilizadas pelos professores no processo de ensino e aprendizagem, quando adotam
práticas envolvendo Educação Ambiental e identificarmos as principais
dificuldades na aprendizagem que influenciam na formação do aluno. Tivemos
a pretensão de apontar alternativas capazes de solucionar problemas nessa área
do ensino e aprendizagem, avaliarmos de forma criteriosa os conhecimentos das práticas
educativas, colhidos nas entrevistas com os professores. Pretendíamos,
portanto, construir um entendimento, a partir de uma entrevista realizada com os
diretores buscando conhecer como se dá o trabalho das escolas e sua dimensão.
Percebemos nas respostas dos diretores que nas escolas existem condições
administrativas que propiciam o desenvolvimento de um trabalho pedagógico
significativo, com isso as escolas atendem aos alunos da classe popular e não
possuem um projeto político pedagógico; somente um planejamento que se dá de
forma semanal, quinzenal e mensal acompanhado por uma supervisora escolar. Com
esse estudo pretendemos contribuir com idéias para uma proposta pedagógica
significativa, voltada para a consciência ambiental, a fim de ressignificar a
sensibilização, a preservação e a desenvolver o prazer de aprender e
continuar preservando o meio ambiente. MEIO AMBIENTE EM DISCUSSÃO O
conhecimento sistemático sobre Meio Ambiente e ao movimento ambiental são
bastante recentes. Por essa razão não existe um conceito definido sobre essa
idéia. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais Meio Ambiente e Saúde, Brasil,
vol. 9, 1997 p. 30, “a própria base conceitual está em plena construção e
de fato não existe consenso sobre esses termos nem mesmo na comunidade científica;
com mais razão, pode-se admitir que o mesmo ocorra fora dela”. A
conferência de Tbilisi apud Silva (2003:102), considerou meio ambiente “o
conjunto de sistemas naturais em que vivem o homem e os demais organismos e de
onde obtêm sua subsistência”. Diante desse
fato o importante e que tenhamos a consciência de agir com o meio
ambiente de maneira consciente para que dessa forma possamos ter uma preservação
da natureza é com esse pensamento que surgiu recentemente a idéia de educação
ambiental na sociedade e particularmente no
processo escolar segundo PINESSO 2006 “A educação
ambiental na escola ou fora dela continuará a ser concepção radical de educação,
não porque prefere ser a tendência rebelde do pensamento educacional contemporâneo,
mas sim porque nossa época e nossa herança histórica e ecológica exigem
alternativas radicais, justas e pacificas “. Diante dessa visão de PINESSO notamos
que existe uma distancia enorme entre o sistema educacional e a Educação
Ambiental, visto haver a necessidade do trabalho em conjunto, a busca de
conhecimentos, entre outros. Segundo a Política Nacional de Educação
Ambiental artigo 1º: Art.
1º Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competências voltadas para o meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Diante
dessa realidade da política nacional, no papel e não na prática, é necessário
que a escola como uma instituição que trabalha com essa questão tenha condições
estruturais e pedagógicas para tal prática, com isso se formos fazer uma análise
das condições oferecidas para esse trabalho, percebemos que não é possível.
No entendimento de SATO e CARVALHO
2005 p 127 “
O momento em que surge a Educação Ambiental, está marcado por todas estas
disputas, por isso , e pela necessidade de definir sua identidade frente a
outros campos da educação, encontra no conceito de interdisciplinaridade um
recurso muito conveniente”. Mas não se abre a um apropriado debate para
lhe dar a especificidade requerida por um campo que se reconheça como de
convergência, disciplina de área em conflito epistemológico e sócio
profissional ; as ciências naturais e as ciências sociais. A
Política Nacional de Educação Ambiental em
seu artigo 2o diz que esse tipo de educação é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo está presente, de forma
articulada em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter
formal ou não-formal. No entanto SATO e CARVALHO apresentam uma realidade
presente no sistema educacional De
acordo com a Revista brasileira de Educação Ambiental 2004 p 30 “A realidade
atual exige uma reflexão centrada na inter-relação entre saberes e praticas
coletivas que criam identidades e valores comuns e ações solidárias em face
da reapropriação da natureza, numa perspectiva que privilegia o diálogo entre
saberes”. Portanto,
ao problematizarmos os limites de que já é visto, e que já vínhamos
defendendo ao longo do texto, procuramos contribuir com a reflexão real pensável,
para que tenhamos maior clareza conceitual, do que diferenciar as diversas
abordagens, a partir do pressuposto de que existem condições objetivas para
isso, com as visões que abordamos em seguida. RELAÇAO
DO HOMEM COM O MEIO AMBIENTE: Percebemos que os problemas ambientais
são resultantes das interações entre seres humanos e o ambiente, sendo necessário
entender o conceito de ser humano exibido por Lima apud Silva (2003:103): Homem
é um ser capaz de modificar o seu ambiente, criando um novo ambiente. O ser
humano é uma entidade biologia e social, produto de um processo evolutivo. Ele
enquanto, ser biológico, habita o universo físico e biológico e constitui a
cadeia alimentar. Enquanto ser social, ele atua sobre a natureza, procurando
torná-la útil a sua existência, transformando-a. Diante dessa visão, mostra-se a
capacidade do ser humano e seu desenvolvimento, acreditamos e concordamos com
Lima, mas achamos que é preciso proporcionar a ele meios para essas atitudes
serem desenvolvidas, isso porque acreditamos que a socialização é um processo
em construção, cujos agentes são o ser humano e o grupo social que o cerca. De acordo com os resultados das
pesquisas de Silva (2003:104), grande parte das pessoas pesquisadas apresenta
uma visão antropocêntrica dominadora, isto é, vê o ser humano como ser
superior aos demais elementos do meio ambiente. Em conseqüência, convive-se
com a ameaça de extinção da vida do planeta terra. No entanto notamos que
existe uma discussão entre os diversos setores da sociedade inclusive da ciência
com relação a preservação do
meio ambiente e isso e verificado na
revista Ciência e Tecnologia no Brasil Pesquisa
FAPESP 2007 p 76 quando publica um
artigo comentando sobre o polímero reciclado feito com PET inofensivo ao
ambiente temos visto a escola e
outras instituições elaborarem vários
projetos não divulgado pela ciência
onde ambos tem uma função maior educar
de forma consciente sem agredir o meio onde vivemos. Percebemos que é grande a influencia
dos padrões sociais na vida das pessoas, chegando até a interferir nos
processos racionais do organismo, na percepção do eu, do outro, do mundo etc. Segundo a teoria da Lovelock (Gaia), a
terra é um ser vivo em evolução. Como ser vivo pode banir a espécie que ameaça
a continuidade de sua vida. Atualmente, são os seres humanos que põe a vida de
Gaia em risco, e é capaz de tirar de circulação aquela espécie que ameaça o
seu desenvolvimento sustentável. Salvar a terra corresponde em salvar a própria
espécie Homo Sapiens, de acordo com esse pensamento é preciso termos
conhecimentos dos diversos problemas ambientais a partir da Revista
Aquecimento Global p 26 quando diz que “ O aquecimento Global está afetando
os nativos e a exclusiva vida selvagem do Ártico. Além dos esquimós polares
as nações indígenas da região à ruína de seu meio ambiente. Mas há quem
pense em lucrar com tanta destruição esperando ansiosamente pelo derretimento
do gelo na verão. Esses problemas não são diferentes na
Amazônia O GUIA DO ESTUDANTE DE
VESTIBULAR+ ENEM 2009 1º SEMESTRE, diz
que “ Em duas décadas o desmatamento já consumiu 17% da Amazônia
brasileira, causado principalmente pelo avanço da pecuária e do corte de
madeira ilegal.a grilagem de terras, a falta de regularização fundiária e a
construção de grandes obras , como estradas e hidrelétricas contribuem para
esse processo. Entendemos que tanto a teoria Gaia,
quanto o pensamento da revista citada e do guia para estudantes , surgem como
uma estratégia emergente que reconhece a crise ambiental e tem a finalidade de
despertar a consciência dos seres humanos, e não confinar a educação
ambiental a uma só instituição, nem só aos seres humanos, mas coloca nas mãos
de todos e de tudo que forma a sociedade, é uma espécie de consciência ecológica. Portanto, desde muito tempo na história
humana, a ecologia é de interesse prático. Para sobreviver, todos os seres
vivos precisam conhecer o seu ambiente, isso possibilita uma melhor sobrevivência.
No entendimento de PHILIPPE
e PELICIONE 2005 p 381“ A resolução dos problemas ambientais
requer amadurecimento da espécie humana ruptura das hipocrisias sociais,
construção de novos desejos, de novos horizontes, de novos estilos de
pensamentos e de sentimentos. Para a autores citados o que se pretende
com a educação ambiental “é a ligação do ser humano com a natureza
interna e externa”. Nesse tipo de educação é essencial
que o educador associe a aprendizagem de informações e a vivência de
atividades que possibilitem o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade
e da ludicidade com a prática de ações e atitudes. Segundo
o capítulo VI, artigo 225 da nossa Constituição Federal de 1988 “é incumbência
do poder público possibilitar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, mas
cada cidadã e cidadão devem colaborar para esse equilíbrio”. Dessa forma é
preciso cada indivíduo dar a sua colaboração, a fim de permitir a
continuidade da vida, e a escola necessita se apegar a Idéia e trabalhar a
partir do seu planejamento visando dos cincos passos sugeridos por GASPARIN
2007 sugere “Prática Social Inicial, Problematizarão, Instrumentalização,
Catarse, Prática Social Final. Dessa
maneira acreditamos ser possível amenizar e conscientizar os cidadãos sobre os
problemas ambientais, atualmente, e que eles não aparecem somente como conseqüências do desenvolvimento
econômico e social, mas a partir do uso desses, sem cuidados e sem planejamento
eficaz, assim as pessoas pensam que a natureza é inesgotável e usufrui de seus
bens de forma desordenada, em conseqüência, surgem a cada dia novos problemas
ambientais assustadores, logo, os estudos voltados para a ecologia, sozinhos não
mais dão conta de tamanha necessidade de preservação. Sabendo
dessa realidade mostrada pela ciência, se faz necessário rever nossas práticas
como cidadãos construtores de habilidades de preservação ambiental, a fim de
abordarmos essas temáticas de forma contextualizada, procurando construir uma
nova formação. De
acordo com e Saviani (2008, p. 31), “[...]
trata-se de retomar vigorosamente a luta contra a seletividade, a discriminação
e o rebaixamento do ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade
por meio da escola significa engajar-se no esforço para garantir aos
trabalhadores um ensino de melhor qualidade possível nas condições históricas
atuais.” Assim,
poderemos construir e mudar a situação vigente em nosso planeta, e a educação
poderá cumprir seu verdadeiro papel, o de transformação.
O
MEIO AMBIENTE NO PROCESSO EDUCATIVO Pensar
sobre as práticas sociais em um contexto evidenciado pela degradação contínua
do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma inevitável articulação com
a produção de sentido sobre a Educação Ambiental. Mas,
como inserir Educação Ambiental? Como disciplina? Jamais, porque estaria em
contradição com os seus documentos norteadores, inclusive com a Lei nº
9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Além do
mais, entendemos que enquanto a atividade escolar estiver confinada as quatro
paredes da sala de aula, onde fala em geral o professor e os alunos ouvem a
introdução de uma nova disciplina com o nome Educação Ambiental, por
melhores que sejam as intenções, transformar-se-á em um negócio em que alguém
dá informação de novas idéias. Desse
modo, consciente da importância dessa lei, é preciso procurar por em prática
o estudo de Seara Filho apud Silva (2003:138). Segundo ele deve sim, ser
inserida de forma interdisciplinar e/ou transdisciplinar. Portanto, a lei
anteriormente e o pensamento de Seara Filho descarta as práticas tradicionais
de ensino que confina os alunos a escola e o professor como detentor do saber,
para estes se a escola adotar a Educação Ambiental nessa perspectiva,
transformar-se-á em negócio que leva o cidadão a agir de modo responsável,
sabendo cumprir as suas obrigações, exigindo e respeitando os direitos próprios
e os de toda comunidade. Diante
dessa idéia de interdisciplinaridade proposta pelos atores citados
SATO e CARVALHO 2005 p 121 diz
que “ A interdisciplinaridade ano põe em xeque é o aprofundamento
essencialista do qual o discurso
cientifico desfruta no pensamento ocidental. Quer dizer, a relação entre o
conhecimento cientifico, a verdade e a realidade objetiva em oposição aqueles conhecimentos que habitam o
território das aparências e apresentam realidades deformadas ou
destorcidas”. O
problema ambiental é de todos, não devendo se limitar aos cuidados dos
ecologistas ou às obrigações dos políticos, ou mesmo ao educador de ciências
e biologia. Pois, é o sistema educacional quem participa do desenvolvimento da
criança, adolescente, jovem, enfim do adulto. Para alcançar que os alunos
aprendam e os conhecimentos escolares sejam proveitosos, o professor tem que
encarar alguns desafios, em que ele vai procurar incluir a dimensão ambiental
junto ao contexto local, sempre buscando modelos através da realidade e práticas
de vidas do próprio educando, que são a família, os locais prediletos de
brincadeiras, passeios, jogos, os animais domésticos, ou as árvores junto à
escola. Isso para nós forma uma cultura muito diversificada entre as relações,
e que procuramos falar no próximo texto. Essas
atitudes nos levam ao inciso II, da Política Nacional de Educação Ambiental
que diz: As
instituições educativas devem promover a educação ambiental de maneira
integrada aos programas educacionais, que desenvolvem. Isso nos alerta para que
em tempos próximos os temas relacionados ao ambiente sejam debatidos de forma
criativa, urgente e dinâmica, para assim preservar a vida humana na terra
tornando-a digna, produtiva e saudável. Segundo
Penteado (2003:5), “estudos feitos pelas ciências revela e destaca o aspecto
das avarias e danificações físico-químicos sobre a natureza e a falta de
consciência ambiental dos seres humanos”. Para isso, conhecemos a escola como
instituição social, que trabalha com o conhecimento e sua transmissão, de
forma sistematizada, diante disso poderíamos dizer que, ela precisa trabalhar a
questão ambiental como conjunto de temáticas relativas não só a proteção
à vida no planeta, mas também a melhoria do meio ambiente e da qualidade de
vida da comunidade. Portanto, acreditamos que é necessário conhecer as
realidades das escolas atuais, porque quando falamos do que a escola faz, pouco
sabe sobre seu papel, sentido e finalidade. MATERIAL E MÉTODO Quanto aos fins, o trabalho adotou um
estudo descritivo de caráter exploratório, o qual para Cervo & Bervian
(1996) se observa, analisa e correlacionam fatos e fenômenos variáveis sem
manipulá-los. Este também é de caráter exploratório, sendo caracterizado
por Sâmara & Barros (1999) pelo fato principal de ser informal, flexível e
criativo, procurando-se saber um primeiro contato com a situação a ser
pesquisada ou o melhor conhecimento sobre o objeto de estudo a ser levantado em
um trabalho de pesquisa. Foi, ainda, realizada uma abordagem presencial do local
foco da pesquisa, neste caso, escolas do município de Cuité PB. tendo como
instrumentos de coleta de informações: observação
e entrevistas com professores 13 professores da rede municipal, onde
06 tem Curso de Pedagogia completo, 01 Curso de Pedagogia incompleto,01
Pro formação 05 Curso de Magistério a nível médio. Destes 01 Cinco anos de
experiência em sala de aula, 03 Entre cinco e dez anos,04 Entre dez e quinze
anos,02 Entre quinze e vinte anos,03 Entre vinte e cinco e trinta anos. Quanto a
serie que lecionava 01 professor ensinava Pré-escolar,03 Série inicial,02
Primeira série,01 Segunda série,02 Terceira série,02 Quarta série,01
Primeira e segunda série multiseriado (EJA),01 terceira e quarta serie
multiseriado ( EJA ) como também 15 Professores da rede estadual de ensino deste 04 são formados em
Pedagogia,03 estavam cursando Pedagogia, 08 Curso Magistério a nível médio.
A experiência de tempo de serviço em sala de aula
02 tem entre cinco e dez anos. 05 entre quinze e vinte anos, 05 entre
vinte e vinte e cinco anos, 02 entre vinte e cinco e trinta anos, 01 tinha mais
de trinta anos.Observando a serie que lecionava 02 Série inicial,03 Primeira série,
03 Segunda série, 03 Terceira série, 02 quarta série, 01 Reforço Escolar, e
01 Terceira e quarta séries multiseriado (EJA).
Segundo Cervo & Bervian (1983 p.50) “[...] a pesquisa é uma
atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de
processos científicos”. Conforme Longaray et al Beuren (2002), pesquisa
bibliográfica ou de fontes secundárias são as que utilizam, fundamentalmente,
de contribuições já publicadas sobre o tema estudado; como por exemplo:
teses, dissertações, monografias, artigos de anais, artigos eletrônicos,
publicações avulsas, livros, revistas e jornais. CONSIDERAÇOES FINAIS Com
relação à escola, ela ainda apresenta o planejamento como único recurso
orientador da ação pedagógica, pré-determinando dessa forma o cumprimento de
tarefas burocráticas encaminhadas por autoridades educacionais, assim, não
provém de um Projeto Político Pedagógico, o que dificulta o processo de
elaboração do conhecimento de forma significativa. Quanto
aos processos de aquisição de conhecimentos sobre o meio ambiente,
verificou-se que os professores estão habituados a uma proposta de trabalho, em
que os conceitos são apresentados como regras prontas e acabadas para serem
memorizadas e aplicadas nas diversas situações cotidianas que lhes são
apresentadas e impõe um obstáculo ao aluno de desenvolver-se como ser atuante
frente ao meio em que vive. No
que diz respeito à necessidade de abordar o tema meio ambiente em sala de aula,
constatou-se que os professores fazem uso dessa questão nos diversos momentos
das suas práticas educativas, o que nos leva a dizer que a maioria dos
professores subestima a capacidade dos seus alunos, quer seja pelo
desconhecimento de uma proposta de trabalho voltada para o aluno, quanto sujeito
de sua aprendizagem, quer seja pela ação limitadora do processo pedagógico
assumido pela escola. Quanto
à aprendizagem significativa em sala de aula, verificou-se que os alunos não são
estimulados a construir seus próprios pensamentos, a partir desses
referenciais, o que reforça a idéia de que a escola, não tem trabalhado a
autonomia e a competência pensante como recurso para a elaboração e ampliação
do conhecimento. Em
relação as habilidades construídas, verificou-se que os professores estão
habituados a uma proposta didática voltada ao método tradicional de ensino, em
que prevalece a aplicação de exercícios convencionais, onde os alunos fazem
uso de técnicas e regras prontas para fixação de conteúdos envolvendo meio
ambiente, o que nos leva a dizer que a escola não valoriza os conhecimentos prévios
dos alunos, nem mesmo o contexto em que está inserido. Considerando
o exposto, sugerimos que a escola ressignifique e reconsidere o seu processo de
planejamento, a fim de rever práticas de ensino e aprendizagem, com a
finalidade de possibilitar ao aluno o envolvimento com atividades prazerosas e
significativas, que venham atender ao seu interesse. Sugerimos também que ela
reveja sua proposta didática, possibilitando ao professor autonomia para
desenvolver um trabalho, junto ao aluno, pautado no conhecimento e preservação
integrando as demais áreas do conhecimento, como recurso para uma aprendizagem
significativa e reflexiva. Portanto,
se faz necessário ressaltar a contribuição da Educação Ambiental nas aulas
do ensino fundamental de 1ª fase, através de métodos que propiciem uma
aprendizagem significativa, na medida em que os recursos utilizados possam
propiciar ao aluno fazer uso dos conhecimentos prévios na elaboração dos
novos conhecimentos, favoreçam a ressignificação de papéis, fazendo o aluno
atribuir significados e compreender o que está aprendendo, sentir-se sujeito de
sua aprendizagem, ao argumentar, justificar, validar e/ou rever suas escolhas,
além de possibilitar ao professor conhecer os obstáculos que impedem o aluno
de avançar na construção e elaboração dos novos conhecimentos. Ciente
de que tratamos o tema em estudo de forma abreviada, até porque não é nossa
pretensão esgotá-lo, esperamos que esse trabalho venha contribuir
significativamente no processo de ensino e aprendizagem de todos os envolvidos
com a Educação Ambiental. REFERÊNCIAS BRASIL,
MEC, Parâmetros Curriculares Nacionais:
Meio Ambiente e saúde/Secretaria de Educação Fundamental, 1ª edição
– Brasília: 1997. EDUCAÇAO
AMBIENTAL: pesquisa e desafios / organizado por Michele Sato e Isabel Cristina
Moura Carvalho . Porto Alegre: Artemed 2005. EDUCAÇAO
AMBIENTALE SUSTENTABILIDADE . Arlindo
Philippe Jr. Maria Cecília Focesi Pelicioni, editores Barueri SP: Manole , 2005 SILVA,
Mônica Maria Pereira da. A Crise Ambiental. In: Coletânea de textos didáticos/ UEPB –
Campina Grande: 2003. V. X. Ciências Naturais. P. 102, 107. POLÍTICA
NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, Lei Nº 9.795, de 27 de abril de 1999. PENTEADO,
Heloísa Dupas. Meio ambiente e formação de professores. São Paulo: Cortez,
2003, 5a edição (Coleção Questões da nossa época) v.38. PINESSO
D. C. C. A Questão Ambiental Nas Séries
Iniciais: Práticas de Professores do Distrito Anhanguera, 2006. p. 211.
Dissertação em Geografia Física Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas Departamento de Geografia São Paulo 2006. GUIA
DO ESTUDANTE: Atualidade Vestibular + ENEM
1º semestre 2009 p 93. SAVIANI,
D. Escola e democracia. 40.ed. Campinas – SP: Autores Associados, 2008. (Coleção
Polêmicas do nosso tempo, vol. 5). GASPARIN,
J. L. Uma didárica para a Pedagogia Histórico-crítica. 4.ed. rev. e ampl.
Campinas – SP: Autores Associados, 2007. (Coleção educação contemporânea). REVISTA
Aquecimento Global Ano I Nº 04 REVISTA
BRASILEIRA DE EDUCAÇAO AMBIENTAL / Rede Brasileira de Educação Ambiental: n o
( Nov 2004) – Brasília Rede de
Educação Ambiental.2004 CERVO, Amado Luiz e BERVIAN,
Pedro Alano. Metodologia Científica. 4
ed. Petrópolis: Vozes, 1996. SAMARA,
Beatriz Santos e BARROS, José Carlos. Conceitos
e Metodologia da Pesquisa Científica. São Paulo: Makron Books, 1997. REVISTA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO BRASIL Pesquisa FAPESP Maio 2007 nº. 135 |