Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
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06/09/2023 (Nº 84) SEDUC, SEMAS E IDEFLOR-BIO PROTAGONIZAM AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TODO O PARÁ
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SEDUC, SEMAS E IDEFLOR-BIO PROTAGONIZAM AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TODO O PARÁ

Por Carol Menezes (SECOM)

28/08/2023

Foto: Ascom / Seduc

Por meio das secretarias de Estado de Educação (Seduc), de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – Ideflor-bio, o Governo do Pará desenvolve diversas iniciativas voltadas à promoção da educação ambiental. A pauta tem sido uma prioridade para a atual gestão, por iniciativas como a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas do Pará, o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), o Plano Estadual de Bioeconomia, o recebimento de eventos ambientais internacionais, incluindo os preparativos para a 30ª edição da Conferência das Partes da ONU, a COP 30, que será sediada em Belém em 2025.

A pasta dedicada à Educação recentemente, aprovou em lei, a Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima. O texto, aprovado pela Assembleia Legislativa (Alepa), foi sancionado pelo governador Helder Barbalho no início de julho. Trata-se da maior política de desenvolvimento do pensamento e prática ambiental da educação pública do Brasil. A partir de seis eixos temáticos, a iniciativa ofertará o componente curricular sobre o tema de forma obrigatória, e contará ainda com descentralização de recursos para as escolas a partir do programa "Dinheiro na Escola Paraense". 

Para fomentar o pensamento e a prática sustentável de forma contínua nas escolas do Pará desde o começo, a Seduc oferecerá o componente de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima para toda a educação básica, de forma obrigatória na rede estadual e por adesão pelas redes municipais. Um total de 1,5 milhão de estudantes da rede pública de ensino do Pará poderão ser beneficiados, sendo 550 mil obrigatórios na rede estadual, e por adesão das redes municipais, 618 mil estudantes dos anos iniciais (1º ao 5º ano) e mais 461 mil dos anos finais (6º ao 9º ano).

"Estamos construindo na rede estadual de ensino iniciativas que moldarão a percepção e o comportamento dos nossos estudantes para sempre colocar o meio ambiente no centro das atividades pedagógicas. Contaremos com o componente curricular obrigatório para todas as etapas de ensino, repasse de verba para potencializar as iniciativas locais de cada unidade escolar, parceria com os 144 municípios para que alcance também as redes municipais, entre outras várias ações fundamentais que permitirão um maior conhecimento e reconhecimento dos nossos estudantes no meio em que habitam. Conhecer as possibilidades provenientes da Amazônia e ter ferramentas e autonomia para usá-las de forma consciente é o futuro que daremos para nossos estudantes", destaca o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares.

A Seduc oferta ainda curso de Especialização em Educação Ambiental para professores da rede estadual, que teve o período de inscrições encerrado agora em agosto, e ainda o curso "Educação Ambiental: práticas para sustentabilidade na Amazônia paraense" voltado para docentes, coordenadores pedagógicos e gestores escolares da rede estadual. A formação, que tem carga horária de 40 horas semanais, é realizada no Centro de Formação de Profissionais de Educação Básica do Estado do Pará (Cefor) desde o dia 23 de junho e se estenderá até o dia 3 de novembro deste ano. São cerca de 500 educadores participantes.

Professor das disciplinas de Ciências e Biologia e também especialista em Educação Ambiental, Cristino Rego é lotado na rede estadual e está fazendo o curso iniciado em junho. "A expectativa é que eu possa aprimorar cada vez mais os meus conhecimentos e utilizar deles para que os nossos alunos da rede pública tenham acesso a informações relacionadas diretamente aos conceitos, às ações, às atividades que podem contribuir para que nós possamos ter uma qualidade de vida melhor", declara.

Semas - A Coordenadoria de Educação Ambiental tem como objetivo central contribuir com a gestão ambiental municipal a partir do desenvolvimento de uma compreensão integrada com o meio ambiente focada na tríade da sustentabilidade: Ambiental, Social e Econômica, na qual ações e atividades de educação ambiental auxiliam no fortalecimento da cidadania e na promoção do desenvolvimento sustentável, com prudência ambiental, inclusão social e prosperidade econômica. 

Visa também contribuir com a preservação e a conservação dos recursos naturais e, consequentemente, com a melhoria da qualidade de vida da população em seus territórios.
As atividades desenvolvidas por esta Coordenadoria são organizadas para atendimento das regiões de integração do estado, assim como demandas dos municípios e solicitações dos demais setores da Diretoria de Ordenamento, Educação e da Descentralização da Gestão Ambiental da Secretaria. Estas atividades vão desde a promoção de feiras da agricultura familiar, com coleta de resíduos sólidos no espaço da feira, capacitações nos municípios, cursos, palestras e oficinas nas Usinas da Paz (UsiPaz) e escolas dos Territórios da Paz (TerPaz), atividades referentes à campanha Junho verde, além de palestras e outras atividades em atendimento às solicitações de instituições, organizações e secretarias municipais de Meio Ambiente de diversos municípios do estado do Pará.

De 2019 até agora, a Coordenadoria realizou 221 atividades totalizando 7.256 pessoas atendidas entre municípios e TerPaz. Anualmente, são atendidas em média 2.121 pessoas. E todas essas atividades levaram em consideração as competências e políticas de gestão ambiental da SEMAS, alinhadas às políticas de governo.

Paula Vitória dos Santos é uma das participantes dessas ações de educação ambiental oferecidas nas UsiPaz, sendo que ela participou na Usina do Icuí-Guajará, em Ananindeua. "O primeiro curso que eu fiz foi em 2021, quando aprendi a fazer ecobijuterias e também a reutilizar as embalagens de papel para não agredir o meio ambiente. Daí eu comecei a vender os brincos, pulseiras, colares, os conjuntos que eu passei a produzir. A importância desses cursos da Semas é conscientizar a população e também ensinar as formas práticas de reciclar e reutilizar os materiais, como, por exemplo, as embalagens de papel. Acaba sendo uma renda extra para a família, como eu estou fazendo", relata.

Ideflor-Bio - Mônica Furtado é gerente de Biodiversidade do Instituto e conta sobre um programa próprio de educação ambiental nas suas unidades de conservação. "Desde 2021, temos essa competência, de realizar, programar, organizar e executar ações de educação ambiental nas unidades. Dentre essas ações, temos, por exemplo, o projeto de reintrodução das ararajubas. Foi feito um material didático, lúdico, para ser usado nas escolas para a sensibilização sobre a conservação dessas aves. Então, como resultado dessa ação de educação ambiental, nós temos a cartilha 'Ararajubas na terra do açaí', utilizada com as visitas de turistas, grupos de estudantes, universitários que visitam o aviário localizando do Parque do Utinga. Eles passam a conhecer o projeto e a contribuir para a conservação dessa espécie a partir da conscientização ambiental", detalha.

Em julho, foram elaboradas outras duas cartilhas educativas sobre a fauna aquática do Pará. Uma delas foi a “Vamos invadir sua praia: tartarugas marinhas”, sobre o projeto com tartarugas marinhas realizado na unidade de conservação do Monumento Natural do Atalaia, em Salinópolis. A outra foi “Vamos invadir sua praia: boto cinza”, do projeto realizado na Área de Proteção Ambiental (APA) Algodoal-Maiandeua. 

"Nas férias, realizamos a 'Operação Verão' nas praias do nordeste do Estado, com ações de educação ambiental, participação das famílias, das crianças, em gincanas, jogos de memória, pinturas e outras brincadeiras, com informações sobre o boto cinza e as tartarugas marinhas. Eles receberam as cartilhas, com informações biológicas, recomendações de conservação, de limpeza das praias, a conscientização de não jogar lixo nas praias e o porquê manter os ambientes", finaliza a gerente.

Fonte: https://bitlybr.com/tglFg



Ilustrações: Silvana Santos