Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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14/12/2022 (Nº 81) EDUCAÇÃO AMBIENTAL E HISTÓRIAS DE VIDA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL E HISTÓRIAS DE VIDA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Marina Patrício de Arruda1

Izabel Cristina Feijó de Andrade2

RESUMO

As discussões apresentadas neste artigo resultam de um relato sobre uma pesquisação cujo objetivo foi ampliar o debate sobre a Educação Ambiental. As histórias de vida orais foram obtidas nos encontros pedagógicos com professores da Educação Infantil e possibilitaram a reflexão sobre o caráter multidimensional do humano ao colocar em prática as orientações da Educação Ambiental. Estas reflexões contribuíram ainda para com o processo de desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos.

Palavras-chave: Educação Ambiental; desenvolvimento pessoal e profissional; histórias orais de professores



Introdução

A crise ambiental compreendida como uma crise da racionalidade instrumental (LEFF, 2001) segue espalhando seus efeitos sobre o ambiente natural, em relação à preservação da vida e da biodiversidade ameaçadas pelo modelo capitalista de produção, consumo e descarte. Dessa forma, a docência dentro de uma visão complexa articula teoria e a prática numa ação transformadora, onde a prática pedagógica contempla aprendizagens para vida.

Nesse sentido, o desenvolvimento pessoal e profissional de professores, pelo entendimento de Porto (2000, p.14), se dá quando o “fazer, entendido como uma atividade alheia à experiência e ao conhecimento do professor cede lugar ao saber fazer reflexivo, entendido como autoformação”, indicando a indissociabilidade entre teoria e prática.

Com a Resolução de Nº 2/2012 do Conselho Nacional de Educação (CNEA Conselho Pleno) entra em vigor as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação Ambiental (EA). Essas Diretrizes determinam que aos sistemas de ensino promovam condições para que suas instituições educacionais se constituam em: [...] espaços educadores sustentáveis, com a intencionalidade de educar para a sustentabilidade socioambiental de suas comunidades, integrando currículos, gestão e edificações, em relação equilibrada com o meio ambiente e tornando-se referência para seu território (BRASIL, CNE, 2012, p. 7).

Mas, como promover conteúdos concernentes à EA nos currículos da educação básica considerando que os professores ainda não foram preparados para esse compromisso? Como possibilitar o desenvolvimento Pessoal e Profissional de Professores para Educação ambiental?

Conforme Sato (2004),

o aprendizado ambiental é um componente vital, pois oferece motivos que levam os alunos a se reconhecerem como parte integrante do meio em que vivem e faz pensar nas alternativas para soluções dos problemas ambientais e ajudar a manter os recursos para as futuras gerações.

Sendo assim, os conteúdos ambientais devem permear as disciplinas do currículo para que a escola auxilie o aluno a compreender a articulação dos fatos ampliando sua visão sobre o mundo em que vive. Nessa medida, a Educação Ambiental pode ser abordada de forma transversal os diferentes níveis de ensino, destacando a dimensão ambiental de forma interdisciplinar no processo de formação dos alunos e, concomitantemente de professores. 

Com o objetivo de ampliar o debate sobre a Educação Ambiental na Educação Básica, destacamos alguns pontos de uma pesquisação3 realizada junto a professores de um Centro de Educação Infantil Municipal4. As histórias de vida orais foram obtidas nos encontros pedagógicos com professores da Educação Infantil e contribuíram para com o processo de desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos.

Educação Ambiental e histórias orais de professores

A Educação Ambiental surge como ação estratégica capaz de “reformar o pensamento” das pessoas para o cuidado consigo mesmo, com o outro e com a natureza. Para Morin, “Este novo casamento entre a natureza e a humanidade necessitará, sem dúvida, como acabamos de dizer, de uma superação da técnica atual que por sua vez necessita de uma superação do modo de pensar atual, inclusive, científico.” (2001, p. 94).

Nesta perspectiva, a Educação Ambiental apresenta-se como um conhecimento desafiador e pertinente ao nosso tempo e a professores dos diferentes níveis de ensino. "Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental, no ensino superior é facultada a criação de disciplinas nas áreas voltadas aos aspectos metodológicos da Educação Ambiental (EA), nos cursos de pós-graduação e de extensão" (ZUIN et al, 2009). Essa política asseguraria um caminho para essa implementação que, como tema transversal e interdisciplinar, depende também de discussões mais amplas sobre os currículos da educação básica e superior incluindo a formação dos professores.

De um modo geral, professores escolares estão dispostos a esse debate e a construção de propostas pertinentes, tanto pelo papel social que ocupam, como pela capacidade de influenciar a opinião da comunidade na superação de problemas ambientais. A ideia é fazer com que EA possa surgir como uma grande saída para a crise ambiental que vivemos (CRESPO e LEITÃO ,1993). Para tanto, indicam esses autores que, para 95% dos brasileiros, a EA deve ser obrigatória nas escolas.

Em acordo com Kitzmann & Amus (2012, p. 270): "Ambientalização curricular surge para institucionalizar a educação ambiental (EA) no ensino superior". Indicação que nos faz refletir a importância de integrar disciplinas que conjuguem esse conhecimento no debate nos currículos da Educação Básica. Nesse sentido, a “aprendizagem passa a ter foco na visão complexa do universo e na educação para vida” (BEHRENS, 2006, p.14), por acreditar na formação de sociedades mais justas e ecologicamente equilibradas, e no professor como elemento de decisão para uma Educação para Inteireza. Esse termo utilizado por Morin (2003), Portal (2006), Wilber (2007) e Andrade (2011) diz respeito à “Qualidade do que é inteiro” e considera que a educação não pode mais seguir fragmentada produzindo consciências reducionistas e desprezando as mais variadas dimensões humanas em nome de uma ciência que priorizou a parte em detrimento do todo.

A Educação Ambiental pode então ser considerada como um novo paradigma da Educação. Há um consenso de que a temática ambiental não é um conteúdo a ser somado às disciplinas curriculares tradicionais, por enfrentar muitas resistências nas práticas do cotidiano escolar (GUIMARÃES, 2004) mas um conteúdo capaz de romper com a visão fragmentária e conservadora. Segundo Carvalho (2001), a EA, no ensino fundamental, tem se dado por meio de projetos pontuais e extracurriculares, apenas por iniciativas isoladas de professores.

Essa postura é interessante especialmente quando nos referimos à questão ambiental, Carvalho (2001, p. 30-31) afirma que: “[...] uma maneira produtiva de compreender a experiência do educador ambiental seria tomá-lo como um intérprete de seu contexto, ao mesmo tempo em que é um sujeito interpretado. [...]” Diferentemente de um sujeito-observador, situado fora do tempo histórico, perseguindo os sentidos verdadeiros, reais, permanentes e inequívocos, o sujeito intérprete estaria diante de um mundo-texto, mergulhado na polissemia e na aventura de produzir sentido a partir de seu horizonte histórico.

A experiência aqui relatada inclui ainda o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores que também emergiu das histórias de vida orais entrelaçadas e marcadas por processos que se constituíram desde a infância até a vida adulta, espaços e tempos influenciados em defesa do ambiente e suas particularidades narradas de histórias vividas (GOODSON, 2007; MOITA, 2007; JOSSO, 2010).

Dessa forma, as histórias de vida orais dos professores trouxeram à tona vivências da infância que influenciaram suas atitudes e ações atuais instigando-os a compreender mais sobre o assunto, dando sentido a sua história social, cultural e ambiental.

[...] . Isso porque, a tradição ambiental constitui um território simbólico, uma trama de sentidos e temporalidades sempre reencontrados e recriados nos por esses sujeitos em suas trajetórias de vida. O auto relato, nesse sentido, é o locus desse encontro entre a vida íntima do indivíduo e sua inscrição numa história social, ambiental e cultural (CARVALHO, 2001, p. 71 ).

As histórias de vida orais reveladas pelos professores, mostraram a força da reflexão. Narraram os acontecimentos conforme os percebiam.

O tempo passa e as marcas positivas permanecem comigo desde a idade mais tenra. Assim sendo percebo a importância de trabalharmos tais valores com nossas crianças, para que no futuro sejam melhores e preparados para cuidar da natureza que Deus nos deu (Professor 1).

Essas marcas positivas deram pistas sobre o processo de compreensão da temática ambiental de cada um dos participantes do projeto. A história de vida como estratégia reflexiva de revisão de suas escolhas e de decisões que foram sendo tomadas. A metodologia da história oral valoriza a memória como fonte de produção de conhecimento “A verdade ou o real nada mais é que uma construção cultural” (SILVEIRA, 2005, p. 2).

Assim, os participantes desta pesquisação tiveram a possibilidade de rever sua própria história, resgatando marcas e sua relação com o ambiente no qual viveram. No ato de narrar sua experiência de vida e de lidar com o tempo e espaços vividos no passado e presentes no cotidiano os professores, tiveram a possibilidade de se humanizarem deixando de ser objetos de uma dada história para se converterem em sujeitos que contam e fazem suas próprias histórias (ABREU, 2000). As histórias de vida orais a seguir revelam a necessidade de tomada de consciência e uma possível identidade de adesão em defesa da educação ambiental:

Eu acho que as pessoas tinham que ter mais consciência, e reciclar mais o lixo, iria diminuir bastante. Fico triste em ver tanta sujeira jogadas por aí, imagino o que passa pela cabeça dessas pessoas, pois há divulgação nas propagandas de TV, nas rádios, na internet, e em todos os lugares, e se cada um fizesse sua parte iria ser bem melhor (Professor 2).

A adesão, a ação e a autoconsciência mostraram as professoras participantes como agentes ambientais que carregam, desde suas infâncias, a gênese da educação ambiental. Destacaram uma experiência pessoal e profissional que se constituiu ao longo de um processo.

[...] tenho consciência que Educação Ambiental é processual e permanente. Deve estar presente sempre em nosso cotidiano e não “trabalhada” como um projeto com data definida, para cumprir um dos temas transversais, ou para observar a obrigatoriedade da Lei (Professor 6).

Assim, as histórias de vida orais possibilitaram a produção de narrativas de identidade, à medida que o sujeito revelava como via o mundo e a si mesmo. Essas histórias podem ser vistas como transformadora e reconstituinte, na medida em que eles tomaram consciência de seus percursos foram ressignificando suas experiências, situando-se como agente individual e social do cotidiano escolar. Observamos que os professores como agentes de construção social da questão ambiental se sentiam corresponsáveis por essa tarefa, como é possível perceber nos relatos que seguem:

[...] começamos a por em prática em minha casa, onde ajudo a separar tudo que se pode aproveitar, desde cascas de frutas e verduras para adubar a lavoura, óleos para fazer sabão, papeis e garrafas pet a serem vendidos para reciclagem, tudo tem seu proveito se soubermos separar, tirando assim do meio em que vivemos tudo aquilo que ajuda a destruir com o meio ambiente (Professor 6).

Ao narrar a história coletiva e a sua história particular, o professor se sentia inserido na problemática ambiental. Cada um a seu modo, após reflexão, assumiu a defesa da Educação ambiental. Ao retomarem o passado, passaram imediatamente a problematizar o futuro e a sua profissão.

De fato, a Educação Ambiental nem sempre esteve presente na escola, entretanto, existe hoje uma compreensão partilhada de que é preciso construir essa relação. Os relatos dos professores estiveram sempre carregados da ideologia do grupo ao qual pertenciam revelando o cotidiano escolar:

E quando cheguei aqui no CEIM e vi o trabalho maravilhosos que as mulheres tanto da cozinha quanto da limpeza fazem, tudo é aproveitado as cascas de frutas e verduras tudo vai para a compostagem elas reciclam tudo mesmo, e muito pouco vai para o lixo. Seria bom demais que tivessem em todas as escolas, pois o CEIM [...] pode ser escola modelo, pois está de parabéns (Professor 2).

Os relatos indicaram a escola como espaço de formação não só para os alunos como também para os professores sobre a questão ambiental. A compreensão sobre a Educação Ambiental e seu significado para a vida de cada professor, vem respaldada pela proposta pedagógica que se desenvolve no dia a dia mostrando que não foi necessário criar um espaço para disciplina de EA. Esta foi uma questão que emergiu da prática cotidiana daqueles professores. E, aos poucos conceitos fundamentais à EA foram sendo trabalhados; na horta, na hora do lanche, da higiene pessoal das crianças, etc. Sinal de que essa compreensão e relação com o ambiente foram sendo construídas.

Conforme já sinalizamos nesse relato sobre a pesquisação, a inclusão do meio ambiente como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais não pode ser entendida como novo conjunto de informações a serem “transmitidos”, a prática cotidiana vai mostrando caminhos para a EA e vice e versa, conforme orientação do pensamento complexo.

Morin ao propor reflexões relativas a complexidade dos problemas enfrentados pela humanidade, valoriza a necessidade de análises e ações distintas dos reducionismos e simplificação da realidade, “Pensar a complexidade é respeitar a tessitura comum, o complexo que ela forma para além de suas partes” (MORIN, p. 15, 1998). Considerar complexidade do real faz com que o nosso pensamento também se complexifique.

Assim, valorizando ações complexas, uma professora relatou:

Por influência das ações ambientais desenvolvidas no CEIM, estimuladas pela gestora, passei a trazer os resíduos para a escola e começamos a separar com as crianças, pois todas as salas têm as sacolas de TNT nas cores da coleta seletiva. Comecei a solicitar aos alunos, como tarefa que trouxessem os resíduos recicláveis para a separação em sala de aula, e isso se tornou prática permanente em meu planejamento (P12).

Essa escolha pedagógica foi essencial para a tomada de posição consciente em relação ao ambiente tanto da professora como dos alunos. Por sua narrativa, esta professora elegeu uma ação que indicava atenção, disponibilidade para aprender e cuidar do espaço de trabalho na escola.

[...] É evidente que a pessoa que mais sabe de uma dada trajetória profissional é a pessoa que a viveu. Do mesmo modo, a maneira como essa pessoa define as situações com que viu confrontada desempenha um papel primordial na explicação do que se passou (HUBERMAN, 2007, p. 55).

Vale então lembrar que processo educacional ao sofrer modificação, favorece o desenvolvimento profissional porque aprendemos uns com os outros. Numa mesma medida, o desenvolvimento pessoal que se nutre das relações profissionais que se estabelecem, também ocorre.

Assim ideias de Edgar Morin e o pensamento complexo, parecem fundamentais para a superação do modelo de pensamento linear por indicarem um caminho interessante para a concepção de Educação Ambiental tendo em vista o propósito de “enxergar” o transversal, multidimensional, global. A reforma do ensino e do pensamento acontecerá na superação da fragmentação, das disciplinas isoladas que impedem a complexidade de uma realidade interligada e relacionada à nossas ações, facilitando assim, a compreensão do aluno.

Considerações provisórias

A experiência aqui retomada funcionou como prática pedagógica ao promover momentos diferenciados e complementares de reflexões sobre Educação ambiental no cotidiano da escola. A história de vida oral contada pelos professores da educação infantil, promoveu discussões articuladas à Educação para a Inteireza e ao pensamento complexo contribuindo com o processo de desenvolvimento pessoal e profissional daqueles professores.

A importância desse estudo está na compreensão de que o processo de Educação Ambiental nas escolas depende de um espaço relacional, de vivência, de troca de experiências, de histórias de vidas compartilhadas para que se possa construir um verdadeiro aprendizado sobre a relação sociedade X natureza.

Incentivar reflexões sobre o tema na Educação Infantil, de forma intencional, possibilitou aos professores a revisão de seus próprios caminhos e a compreensão de que o aprendizado é contínuo rumo a uma consciência de que a complexidade é, “um desafio ao conhecimento, não uma solução”. (MORIN, 2010, p. 189). O pensamento complexo indica a necessidade de se juntar o que a fragmentação impõe, possibilitando a ligação das partes, e conexão de saberes. A Educação Ambiental pode anular a ideia de que o homem não é integrante da natureza possibilitando o entendimento da ligação entre sociedade e natureza. A grande contribuição de Edgar Morin para a Educação Ambiental está em mostrar que sociedade e natureza têm uma relação de integração de modo a permitir a proteção do meio ambiente.

Nessa aventura reflexiva, os professores puderam pensar um outro modelo de formação capaz de privilegiar o reconhecimento do caráter multidimensional do humano ao colocar em prática as orientações da Educação Ambiental. As autoras desse relato, ao retomarem essa experiência, puderam refletir sobre os problemas ambientais vivenciados e na imperiosa busca de mudança de atitudes para a educação infantil.



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1 Pós-doutora em Educação/PUCRS. E-mail: profmarininh@gmail.com

2 Dra em Educação/PUCRS. E-mail: andrade@technologist.com

3 Trata-se de uma estratégia metodológica na qual existe ampla e explícita interação entre pesquisadores e as pessoas pesquisadas e exige muito compromisso e diálogo, pois é preciso discutir e rever de modo constantes os procedimentos dos próximos passos da pesquisa, o que não diminui o rigor científico do processo (Thiollent, 2009).

4 De uma cidade do interior de SC cuja experiência está registrada: https://www.edupala.com.br/


Ilustrações: Silvana Santos