Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
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PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO DE ESCOLAS SUSTENTÁVEIS
Alexandre Nicolette Sodré Oliveira¹ ¹Doutorando em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, Universidade Federal do Amazonas – UFAM Email: alexandre.oliveira759@gmail.com
Resumo: O objetivo deste ensaio foi discutir como as práticas pedagógicas de educação ambiental potencializam a construção de escolas sustentáveis. O estudo apresenta uma abordagem qualitativa, sendo uma pesquisa de natureza bibliográfica, com uso de literatura produzida sobre a temática abordada. Os resultados mostram a necessidade de as práticas pedagógicas de educação ambiental serem desenvolvidas de forma contínua, permanente e interdisciplinar para despertar a reflexão crítica sobre a realidade e da formação de uma cultura de sustentabilidade que promova diálogo, participação e engajamento da comunidade escolar e do seu entorno, visando a sustentabilidade socioambiental. Palavras-chave: Práticas pedagógicas, Educação Ambiental, Escolas Sustentáveis.
Abstract: The aim of this essay was to discuss how Pedagogical practices of enviromental education enhance the construction of sustainable schools. The study presents a qualitative approach, being a bibliographic research, using literature produced on the theme addressed. The results show the need for Pedagogical practices of enviromental education to be developed continuously, permanently and interdisciplinaryly to awaken critical refletion on the reality and the formation of a culture of sustainability that promotes dialogue, participation and engagement of the school community and its surroundings aiming at social and enviromental sustainability. Keywords: Pedagogical Practices, Environmental Education, Sustainable Schools.
Introdução A questão ambiental tem sido um tema cada vez mais discutido na sociedade por sua característica multidimensional envolvendo aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais. Além disso, também é multidisciplinar abrangendo as mais diversas áreas do conhecimento. Dessa forma, várias instituições e sujeitos sociais tem se mobilizado para refletir e buscar soluções para os problemas socioambientais da contemporaneidade. No âmbito da educação, a sustentabilidade tem sido trabalhada por meio das práticas de Educação Ambiental (EA) desenvolvidas nas escolas. O que se espera é que a partir disso, haja o desenvolvimento de novos valores e atitudes que contribuam por sua vez, com ações para o cuidado com a natureza e os indivíduos da sociedade. Nessa perspectiva, as práticas de EA nas escolas, podem possibilitar que estas se tornem espaços que educam para a sustentabilidade socioambiental. De acordo com a literatura, a construção de escolas sustentáveis perpassa pelo engajamento de toda a comunidade escolar para manter uma relação de equilíbrio com o ambiente, proporcionando de forma contínua experiências e práticas educativas significativas, inclusivas, democráticas e justas, sendo isto refletido nas práticas integradas e cotidianas desenvolvidas por meio da gestão, do currículo e nos espaços físicos escolares. Para tanto, se faz necessário superar problemas recorrentes nas práticas de EA nas escolas, tais como: atividades pontuais e fragmentadas, em geral, descontextualizadas e destituídas de senso crítico, que enfatizam e reduzem o processo de ensino-aprendizagem apenas aos aspectos ligados a conservação dos recursos naturais, dissociando a dimensão ambiental dos aspectos sociais. Nesse sentido, fomentar práticas de EA críticas e emancipatórias são fundamentais para a construção de escolas que se tornem referência em sustentabilidade para a comunidade onde estão inseridas e contribuam por meio de suas ações pedagógicas para promover uma sociedade mais justa e igualitária. Assim, este trabalho justifica-se na medida em que discute e evidencia a importância socioambiental de termos escolas que fundamentam as suas práxis educacionais sob os princípios norteadores das escolas sustentáveis. O objetivo deste ensaio teórico é elencar e discutir à luz da literatura sobre EA e escolas sustentáveis no contexto de escolas públicas brasileiras, quais são as principais práticas de EA que estão sendo desenvolvidas, assim como de que forma elas estão sendo implementadas e podem contribuir para a construção de escolas que orientam suas ações visando a sustentabilidade. Utilizamos o método da pesquisa bibliográfica que é desenvolvida a partir de material já elaborado por diversos autores sobre o tema de pesquisa, principalmente em formato de livros e artigos científicos (GIL, 2008). O artigo está organizado da seguinte maneira: inicialmente discutimos o conceito de prática pedagógica no âmbito da educação ambiental escolar. Posteriormente, abordamos os princípios constituintes de uma escola sustentável. Em seguida, trazemos exemplos de práticas de educação ambiental desenvolvidas, visando a sustentabilidade socioambiental. Por fim, discutimos com base na literatura os desafios e contribuições dessas experiências como forma de potencializar a construção de escolas sustentáveis.
O conceito de práticas pedagógicas no campo da Educação Ambiental
Franco (2016) esclarece que nem toda prática docente é uma prática pedagógica, pois existem práticas docentes construídas com intencionalidade pedagógica e outras que são desenvolvidas de maneira avulsa e descontextualizadas da realidade dos alunos. Numa perspectiva pedagógica, a prática pedagógica precisa superar o ensino-aprendizagem mecânico e buscar o desenvolvimento integral do ser humano. De acordo com a autora, a prática educativa: Será prática pedagógica quando incorporar a reflexão contínua e coletiva, de forma a assegurar que a intencionalidade proposta é disponibilizada a todos; será pedagógica à medida que buscar a construção de práticas que garantam que os encaminhamentos propostos pelas intencionalidades possam ser realizados (p. 536). Dessa forma, há a necessidade de que as práticas de EA nas escolas não se restrinjam a mera instrução de conteúdos sobre questões ambientais, mas que sejam imbuídas de uma abordagem reflexiva sobre as práticas sociais que contribuem para a construção do cenário socioambiental que vivenciamos no cotidiano. Portanto, abarca uma dimensão formadora e transformadora da realidade, contemplando processos inclusivos, democráticos e significativos, tendo em vista a sustentabilidade do ambiente natural e construído. No entendimento de Franco (2016, p. 542), a prática pedagógica: [...] refere-se a algo além da prática didática, envolvendo: as circunstâncias da formação, os espaços-tempos escolares, as opções da organização do trabalho docente, as parcerias e expectativas do docente. Ou seja, na prática docente estão presentes não só as técnicas didáticas utilizadas, mas, também, as perspectivas e expectativas profissionais, além dos processos de formação e dos impactos sociais e culturais do espaço ensinante, entre outros aspectos que conferem uma enorme complexidade a este momento da docência. Assim, o que a autora enfatiza é que as práticas pedagógicas de EA nos espaços escolares são muito mais do que a elaboração do plano de aula e sua aplicação, perfazem então, todos os saberes necessários aos professores sobre o porquê de as práticas educacionais serem desenvolvidas de determinada forma e sob que circunstâncias, ou seja, é uma prática docente voltada conscientemente para educar e mobilizar os estudantes para a sustentabilidade. Nesse sentido, a prática pedagógica é uma prática social que constantemente dialoga e faz a mediação entre a sociedade e a escola. Por isso, a escola por sua importante função social, é um espaço ao mesmo tempo catalizador das demandas sociais quanto potencializador - por meio de suas práticas pedagógicas - de ações que contribuam para construir sociedades e comunidades mais sustentáveis.
O que é uma escola sustentável? Ao fazermos referência às escolas sustentáveis, estamos entendendo que esta escola se organiza e orienta as suas ações visando a sustentabilidade socioambiental. Dessa forma, suas práticas pedagógicas são permeadas por princípios que almejam construir uma relação de equilíbrio com o ambiente e possibilitem melhorias nas condições da existência no planeta. Brasil (2012, p. 10) salienta que a escola sustentável, Trata-se de um local onde se desenvolvem processos educativos permanentes e continuados, capazes de sensibilizar o indivíduo e a coletividade para a construção de conhecimentos, valores, habilidades, atitudes e competências voltadas para a construção de uma sociedade de direitos, ambientalmente justa e sustentável. Uma escola sustentável é também uma escola inclusiva, que respeita os direitos humanos e a qualidade de vida e que valoriza a diversidade. A partir disso, nota-se que uma escola sustentável não trabalha exclusivamente com questões ambientais, mas abrange também fatores sociais, econômicos, políticos, espirituais e culturais em suas práticas pedagógicas, ou seja, uma visão holística de EA. Além disso, cabe salientar que essas práticas não ficam reduzidas a momentos pontuais, de iniciativa de um ou poucos professores, antes, se desenvolvem de forma permanente e contínua, sendo resultado de uma construção coletiva de toda a comunidade escolar. O Ministério da Educação (MEC) por meio do Manual Escolas Sustentáveis define as escolas sustentáveis como: [...] aquelas que mantêm relação equilibrada com o meio ambiente e compensam seus impactos com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, de modo a garantir qualidade de vida às presentes e futuras gerações. Esses espaços têm a intencionalidade de educar pelo exemplo e irradiar sua influência para as comunidades nas quais se situam. A transição para a sustentabilidade nas escolas é promovida a partir de três dimensões inter-relacionadas: espaço físico, gestão e currículo (BRASIL, 2013, p. 2). Diante disso, podemos pensar que embora a escola não possa arcar sozinha com a responsabilidade de promoção da sustentabilidade no mundo, ainda é o espaço mais adequado de aprendizagem de conhecimentos, saberes, valores e atitudes que propiciem contribuir para construir sociedades sustentáveis. Dessa forma, podendo se transformarem em centros de referência em sustentabilidade através de práticas significativas de EA e de parcerias interinstitucionais e com a comunidade do entorno, fomentando assim, uma cultura de sustentabilidade que progressivamente possa ir se diluindo e permeando as práticas socioambientais dos estudantes e por extensão da população em geral. Salienta-se ainda, que essa cultura de sustentabilidade nas escolas precisa ser construída, ou seja, é um processo, que exige diálogo, trabalho coletivo, reflexão, engajamento e exercício da cidadania. Assim, uma escola sustentável faz uso de espaços, metodologias e materiais diversos para educar para a sustentabilidade; perfaz uma gestão democrática e participativa que mobiliza a comunidade escolar rumo à sustentabilidade, orientando suas práticas pedagógicas por um currículo que trabalha as questões socioambientais de maneira sistêmica, dinâmica e criativa. Trabjer e Sato (2010, p. 73) destacam que uma escola sustentável tem por finalidade: [...] envolver escola e comunidade em pequenos projetos ambientais escolares comunitários, considerando o sujeito [estudante] percebido no mundo, suas relações no mosaico social da escola e seu entorno [comunidade] e no desenvolvimento de atividades, projetos e planos que se entrelacem com o local [bairro, município educador sustentável], promovendo diálogos entre os conhecimentos científicos, culturais e saberes locais.
De acordo com as autoras, o objetivo da escola sustentável é construir uma cultura de pró-sustentabilidade, tanto internamente quanto no entorno em que está inserida. Para isso, essa escola sustentável precisa interagir com o meio circundante, incorporar a cultura local no seu fazer pedagógico, desenvolvendo o processo de ensino a partir da realidade de vida dos estudantes para tornar a aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, as práticas de EA vão além da mera informação e desenvolvimento cognitivo sobre o ambiente, mas ressoam e reverberam em ações que resultam em soluções concretas dos problemas socioambientais, favorecendo a melhoria da qualidade de vida das pessoas e a conservação de um ambiente saudável e equilibrado. Na próxima seção, apresentamos exemplos de práticas de EA desenvolvidas em escolas, visando educar para a sustentabilidade.
Educando para a sustentabilidade: experiências de práticas de EA escolar
A pesquisa nacional apresentada no livro “O que fazem as escolas que dizem fazer Educação Ambiental”, aponta que no Brasil, a EA é desenvolvida, principalmente, por meio da realização de projetos, disciplinas especiais, inserção de temas ambientais nas disciplinas do componente curricular e no Projeto Político Pedagógico (PPP), a partir de temas transversais e, em datas, eventos e atividades comunitárias que as escolas realizam. As práticas pedagógicas, geralmente, incluem a manutenção de hortas, pomares e jardins; mutirões de limpeza; e a manutenção da estrutura física da escola (TRAJBER; MENDONÇA, 2007). A seguir, discutimos alguns resultados importantes desta pesquisa. No que se refere aos projetos, a pesquisa evidenciou que os temas mais abordados são: água, lixo e reciclagem, poluição e saneamento básico. Em relação às disciplinas específicas, normalmente a EA é trabalhada em Ciências e Geografia, sendo identificado um predomínio da inserção da temática ambiental nestas áreas do conhecimento. As escolas que disseram fazer uso de disciplinas especiais para desenvolver práticas de EA, fazem isso vinculando as questões socioambientais aos conteúdos formais, por meio de atividades de campo e estudo do meio, bem como através de projetos que visam a solução de problemas e articulam teoria e prática. Também se observou que a EA é praticada nas escolas devido a alguns fatores relacionados: professores idealistas que atuam como lideranças locais engajando as ações; professores qualificados com formação em nível superior e especializados; formação docente continuada; e participação ativa da comunidade nos projetos desenvolvidas nas escolas. No que se refere as dificuldades enfrentadas pelas escolas para trabalhar a EA, os principais fatores mencionados foram a falta de recursos e de tempo para realizar o planejamento e de atividades extracurriculares. Há dois movimentos importantes das práticas pedagógicas desenvolvidas pelas escolas que a pesquisa aponta. O primeiro, parte da comunidade para a escola. Dessa forma, a comunidade frequentemente visita a escola para ensinar seus saberes e práticas. Alguns exemplos citados são relacionados a utilização de sementes que os estudantes trazem para confeccionar diversos objetos nas aulas de artes, ornamentação da escola em momentos de festa e a venda em feiras do bairro de produtos produzidos a partir da necessidade da própria comunidade. O segundo, é o da escola para a comunidade em que são realizadas atividades temáticas envolvendo a comunidade por meio de palestras, sessões de vídeo, exposições de trabalho, caminhada ecológica e mostra de projetos. Um dado interessante da pesquisa é que muitas escolas não afirmam fazer EA. Ainda assim, os espaços educadores, as relações estabelecidas e a forma como se organizam, resultam em práticas pedagógicas diferenciadas que contribuem para a sustentabilidade. Defreyn e Duso (2022) realizaram uma pesquisa para analisar os artigos publicados entre 2004 e 2020 na Revista Eletrônica de Mestrado em Educação Ambiental (REMEA) sobre práticas educativas em EA de escolas do ensino fundamental. Na maioria das escolas, estas ocorrem por meio de projetos, da inserção de questões ambientais no currículo e integrado às áreas de ciências e biologia. As principais dificuldades apontadas nas pesquisas foram a falta de tempo para o planejamento das atividades; a ausência da EA nos planos de aulas/currículos; desinteresse dos professores e dos estudantes, falta de envolvimento da comunidade nas ações, desenvolver uma prática pedagógica baseada nos princípios da interdisciplinaridade e de forma transversal. Ainda assim, há o reconhecimento da importância de se trabalhar a EA no cotidiano escolar. Vale ressaltar que o campo da EA possui uma grande heterogeneidade de objetivos, metodologias e propostas de ações. De maneira geral, está fundamentada em três dimensões que tem como premissas: contribuir na reflexão sobre a problemática socioambiental e suas consequências; buscar novas formas de compreender a relação das pessoas com a natureza, baseadas no sentimento de pertencimento ao planeta e na construção de modos de entender e conviver ressignificados pela sustentabilidade; e, produzir conhecimentos e práticas que contribuam para uma fazer pedagógico de construção coletiva e a ambientalização dos currículos e dos espaços escolares (DOURADO, BELIZÁRIO; PAULINO, 2015). Segundo estes autores, a diversidade de modelos de EA poder ser agrupadas por algumas características em comum. Há desde iniciativas com abordagens tradicionais que enfatizam a ideia de uso racional dos recursos naturais e prescrições individuais de comportamento ambiental até propostas de perspectiva mais crítica, coletiva e emancipatória, abarcando uma visão multidimensional sobre o ambiente. Nessa perspectiva, Dourado, Belizário e Paulino (2015) relatam a experiência de implementação e desenvolvimento de projetos de escolas sustentáveis em escolas de Piracicaba – SP. As principais atividades consistiam na construção coletiva dos conceitos de sustentabilidade e educação ambiental; realização de um diagnóstico participativo para a coletividade perceber as conquistas alcançadas e definir os desafios a serem superados em termos de sustentabilidade; discussões sobre a dimensão ambiental no Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas, oficinas e construção de um plano de ação. Posteriormente, o projeto foi ampliado para mais escolas em Curitiba – PR. Foi elaborado então, um curso de formação contemplando toda a comunidade escolar. A formação foi constituída de seis módulos formativos, tendo cada módulo um mês de duração, contemplando questões conceituais, ideias para mapear ações de EA, sugestões de atividades para engajar a comunidade, disponibilização de referências e exemplos de experiências e propostas para auxiliar na reflexão e construção de escolas sustentáveis. Grohe (2015) analisou três experiências de escolas municipais de São Leopoldo – RS, buscando compreender como o processo percorrido para se transformarem em espaços educadores sustentáveis. No âmbito desta pesquisa, as principais ações empreendidas pelas escolas foram a instalação de placas fotovoltaicas para fazer a captação da energia solar, coletores de água das chuvas, rampas de acessibilidade e banheiros adaptados. Também se produziu o cultivo de jardim e horta escolar com diversas hortaliças, chás e temperos. Além disso, foi criado um canteiro para receber resíduos orgânicos e um minhocário. Foram realizadas ainda, palestras e oficinas. A autora salienta a necessidade de as escolas terem pessoas engajadas e com disponibilidade de tempo para articularem ações socioambientais e efetivarem a ambientalização escolar. Foi observado também, que as práticas pedagógicas realizadas contribuíram para criar uma cultura de sustentabilidade, por meio de intercâmbio nacional e internacional em projeto socioambiental na comunidade. Paz (2019) realizou pesquisa em escolas estaduais de Colinas de Tocantins – TO. As práticas pedagógicas de sustentabilidade nas escolas incluíram projetos para construção de sistema de captação de água da chuva, utilizada para serviços de limpeza e em hortas na escola. O autor verificou que nos planos de ação das escolas estava previsto a realização de oficinas, conferências, ações de reflorestamento, distribuição de panfletos informativos, horta com produção de adubo orgânico por meio de compostagem, projeto de arborização e paisagismo, passeios ciclísticos para conscientização ambiental, dentre outros. Os participantes do estudo apontaram que um dos grandes desafios seria a ausência de um programa de formação de educadores ambientais nas escolas, o que requer a vivência de experiências formativas de sustentabilidade. Silva (2016) analisa em sua dissertação a implementação do Programa Escolas Sustentáveis em escolas municipais de João Pessoa – PB. Nos planos de ação das escolas constavam atividades tendo em vista a eficiência energética, o uso racional da água, o conforto térmico e acústico, a mobilidade sustentável, a destinação apropriada de resíduos, a estruturação de áreas verdes na escola, caminhada ecológica na comunidade, confecção e materiais de divulgação de promoção da cultura de sustentabilidade, aquisição de utensílios para construção de horta escolar, inclusão de temas socioambientais no PPP, criação na escola de pontos de coleta de óleo de cozinha, dentre outras. Nesta mesma pesquisa, identificou-se que os projetos de EA ocorrem da seguinte forma: 1) por iniciativa de professores, geralmente de ciências; 2) a partir de uma demanda surgida na própria escola; 3) por meio de propostas provenientes da Secretaria de Educação; 4) através de projetos de ensino e extensão estabelecidos pelas parcerias entre escolas e universidades ou com empresas. Outro dado a destacar é que os gestores e professores relatam que os alunos apreciam trabalhar a temática ambiental, principalmente, se de forma lúdica. Além disso, os projetos acontecem dentro e fora de sala de aula por meio de atividades com textos, desenhos, músicas, vídeos, maquetes, práticas nas hortas, visitas a feira, parques, estações de tratamento de água, oficinas, palestras e gincanas sobre temas ambientais. Por outro lado, as escolas mencionam que o corpo pedagógico não participou de formação sobre o tema Escolas Sustentáveis e que muitos professores não se envolvem nas atividades por falta de tempo. Ainda assim, os professores entendem que as ações que conseguiram ser realizadas contribuíram para tornar os estudantes multiplicadores de conhecimentos socioambientais em suas comunidades. Toscan (2021) realizou uma revisão bibliográfica e apresenta um panorama do que foi pesquisado sobre educação ambiental na educação básica no período de 2016 a 2020. Identificou-se que as práticas de EA, quando realizadas pelos professores, ainda são pontuais, fragmentadas e descontextualizadas e que não são abordadas de forma interdisciplinar. Ademais, verificou-se a necessidade de ampliar a formação de professores sobre EA e estreitar o diálogo entre as escolas e as universidades, assim como de uma maior ênfase dos documentos norteadores da educação brasileira quanto a inserção da EA no processo de ensino-aprendizagem.
Resultados A partir da literatura consultada, podemos identificar que as práticas de EA nas escolas são, em geral: 1) pontuais ao invés de contínuas e permanentes; 2) realizadas de maneira fragmentada quando deveriam ser interdisciplinares e com uma abordagem sistêmica; 3) precisariam despertar o protagonismo e a reflexão crítica sobre a realidade; 4) as práticas de EA são diversas, sendo desenvolvidas mediante diferentes objetivos, métodos e recursos didáticos 5) a EA se estabelece por meio de práticas pedagógicas que constroem no espaço escolar uma cultura de sustentabilidade.
Discussão
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambiental (DCNEA), a Educação Ambiental deve estar presente no currículo escolar de maneira contínua e permanente (BRASIL, 2012). Porém, o que ainda se observa nas práticas pedagógicas é o ensino pontual e o uso de abordagens fragmentadas. Cabe então, educar para a sustentabilidade desde a tenra idade, perpassando por todos os níveis e modalidades educacionais. Embora as datas comemorativas sejam marcos importantes de promoção da consciência e da atitude ambiental, é preciso que a EA faça parte da rotina cotidiana, mobilizando o fazer pedagógico em todas as suas dimensões. No entanto, cada escola deve encontrar seu próprio caminho a partir da sua realidade de atuação. Para que assim, sejam desenvolvidas práticas pedagógicas no cotidiano escolar que promovam a sensibilização individual e coletiva necessária para fomentar a construção de uma escola/sociedade mais equânime e sustentável (SILVA, 2016). Outra questão importante de salientar é o desafio de realizar as práticas pedagógicas de EA de forma interdisciplinar e sistêmica como recomenda as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambiental (BRASIL, 2012). Nesse sentido, é preciso superar uma abordagem fragmentada das questões ambientais e buscar a integração entre as várias áreas do conhecimento (OLIVEIRA; SAHEB; RODRIGUES, 2020). Para tanto, isto requer preparar os professores, o que coloca em relevo a importância das instituições que formam educadores ambientais (DEFREYN; DUSO (2022). Isto é importante na medida em que ainda é necessário desenvolver uma prática de EA numa perspectiva crítica, que alie teoria e prática, esteja presente em espaços formais e não formais de aprendizagem e, estabeleça o diálogo interdisciplinar e transversal com todos os componentes curriculares, permeando as ações pedagógicas de maneira contínua e sistemática na rotina escolar (RODRIGUES, 2019; BRASIL, 2012; ASANO; POLETTO, 2017). Na mesma perspectiva, Brito (2019, p. 102) ressalta que: [...] a educação ambiental deve ser trabalhada em uma visão interdisciplinar, compondo um conjunto de objetivos de aprendizagem do desenvolvimento sustentável e, portanto, de largo alcance. A estratégia é fazer com que o desenvolvimento sustentável esteja integrado em outras disciplinas, operando e sendo abordado como um eixo transversal, em vez de ser estudado como uma disciplina independente e isolada dos demais conhecimentos e acontecimentos que cercam o educando. Portanto, a busca é o de unir os conhecimentos, realizando assim, uma fusão dos diferentes saberes disciplinares, possibilitando uma prática pedagógica que se abre ao diálogo, estimula a curiosidade e o gosto pela descoberta a partir de múltiplas perspectivas. Ademais, as práticas pedagógicas em EA precisariam despertar a reflexão crítica sobre a realidade, uma vez que as questões ambientais não se restringem apenas a dimensão da conservação da natureza, mas abarcam a relação entre pessoa-ambiente, envolvendo assim, fatores ecológicos, sociais, econômicos, políticos e culturais. Para Oliveira, Saheb e Rodrigues (2020, p. 16): [...] é preciso um planejamento sistematizado das ações educativas porque, ainda que seja de vital importância trabalhar as relações com o meio ambiente, as atividades não devem ser trabalhadas de forma superficial, mas sim, corresponder às necessidades de cada turma. É necessário considerar a realidade na qual a escola está inserida e propor discussões a respeito das possíveis ações que podem ser implementadas pela comunidade, ou seja, ir além dos muros da escola, para transformar sua realidade, modificar hábitos e comportamentos, tanto individuais como coletivos. Dessa forma, a construção de uma escola sustentável perpassa pela formação de valores e práticas de ação comprometidas com a defesa da qualidade de vida socioambiental. Tem-se então, uma visão expandida da complexidade ambiental, possibilitando assim, fomentar uma nova racionalidade, apoiada numa lógica que estimula a solidariedade, a cooperação, a emancipação e o diálogo entre saberes. Nesse sentido, o fundamental na prática da EA é que a realidade seja problematizada, evidenciando as questões socioeconômicas e culturais que permeiam a noção de sustentabilidade e que contribuam para promover a equidade, a justiça social, alicerçada numa ética ambiental, permitam uma maior compreensão e transformação por processos de reflexão e ação no mundo (LOUREIRO, 2012). Salientamos ainda, que não há modelo único de práticas em EA, pois estas são diversas e desenvolvidas sob diferentes bases epistemológicas e formatos de aplicação, sendo possível encontrar até mesmo perspectivas tradicionais e pragmáticas sendo trabalhadas no ambiente escolar simultaneamente com abordagens críticas (SAUVÉ, 2005; CARVALHO, 2004; OLIVEIRA; SAHEB; RODRIGUES, 2020). Logo, considerando a existência de múltiplas concepções sobre o que é meio ambiente, natureza e sociedade, assim como daquilo que se entende por educação, as práticas de EA são vistas como um conjunto plural de visões e ações educativas (DEFREYN; DUSO, 2022). De acordo com os autores, ainda são poucos os estudos que discutem as práticas pedagógicas em EA. Dessa forma, conhecer como elas se efetivam na rotina escolar e potencializam o ensino-aprendizagem socioambiental, se torna fundamental para compreender sua contribuição para a construção de escolas sustentáveis. Nessa perspectiva, Carvalho (2004, p. 21), elenca vários objetivos que devem nortear as práticas de EA nas escolas, visando a sustentabilidade socioambiental: • Promover a compreensão dos problemas socioambientais em suas múltiplas dimensões: geográficas, históricas, biológicas, sociais e subjetivas; considerando o ambiente como o conjunto das inter-relações que se estabelecem entre o mundo natural e o mundo social, mediado por saberes locais e tradicionais, além dos saberes científicos; • Contribuir para a transformação dos atuais padrões de uso e distribuição dos bens ambientais em direção a formas mais sustentáveis, justas e solidárias de vida e de relação com a natureza; • Formar uma atitude ecológica dotada de sensibilidades estéticas, éticas e políticas sensíveis à identificação dos problemas e conflitos que afetam o ambiente em que vivemos; • Implicar os sujeitos da educação com a solução ou melhoria destes problemas e conflitos através de processos de ensino-aprendizagem, formais ou não formais, que preconizem a construção significativa de conhecimentos e a formação de uma cidadania ambiental; • Atuar no cotidiano escolar e não escolar, provocando novas questões, situações de aprendizagem e desafios para a participação na resolução de problemas, buscando articular escola com os ambientes locais e regionais onde estão inseridas; • Construir processos de aprendizagem significativa, conectando a experiência e os repertórios já existentes com questões e experiências que possam gerar novos conceitos e significados para quem se abre à aventura de compreender e se deixar surpreender pelo mundo que o cerca; • Situar o educador como, sobretudo, um mediador de relações socioeducativas, coordenador de ações, pesquisas e reflexões – escolares e/ou comunitárias – que oportunizem novos processos de aprendizagens sociais, individuais e institucionais. Dessa forma, educar para a sustentabilidade perpassa pelo entendimento sistêmico das questões socioambientais, de uma aprendizagem ativa para o exercício de uma cidadania emancipatória, responsável e crítica; desenvolvida nos espaços escolares, mas que pode ganhar reflexos em toda a comunidade. Para que isso aconteça, é relevante salientar que as práticas pedagógicas se concretizam a partir da construção de uma cultura de sustentabilidade. Portanto, escolas sustentáveis são aquelas que: [...] criam condições para promover a cultura da sustentabilidade socioambiental. Ou seja, refletem essa intencionalidade de forma articulada no currículo, nas relações escola-comunidade, buscando, sobretudo, possibilitar a experiência do sujeito ecológico (BRASIL, 2014, p. 1). Pode-se dizer então, que a cultura de sustentabilidade escolar perpassa por todos os âmbitos do seu fazer pedagógico, sendo evidenciado nas práticas de gestão, no currículo, na estrutura física e na relação com a comunidade interna e do entorno (DOURADO; BELIZÁRIO; PAULINO, 2015). Vale frisar que cada escola tem a sua cultura organizacional que são expressas nas práticas, crenças, comportamentos, normas, valores, linguagens e formas de organização e comunicação, no currículo escolar, dentre outros aspectos (SILVA, 2006). Assim, construir uma cultura de sustentabilidade nas escolas pode se tornar um processo desafiador e complexo, pois envolve muitas variáveis. Entretanto, de suma importância para promover equilíbrio ambiental e justiça social. Há três princípios importantes no processo de desenvolvimento da educação para a sustentabilidade: participação, cocriação e corresponsabilidade (GRANDISOLI et al., 2020). Baseados na literatura, os autores elencam que a participação envolve o aumento do engajamento, o desenvolvimento coletivo de diversas competências e habilidades, assim como cria meios de estabelecer parcerias que ajudem a valorizar várias formas de conhecimento. Sobre a cocriação, ressaltam que isso diz respeito a toda criação realizada de forma coletiva que resulte em novas ações e significados a partir de um ambiente amigável permeado pelo diálogo e a reflexão que acolhe diferentes pontos de vista e conta com a colaboração de todos. Quanto a corresponsabilidade, os autores salientam que esta deve ser somada a responsabilidade individual. Portanto, a corresponsabilidade é assumir a responsabilidade pelas consequências do que se faz na convivência coletiva. Em síntese, “[...] está relacionado à e é estimulado pela compreensão dos efeitos das ações conjuntas” (GRANDISOLI et al., 2020, p. 10). Nessa perspectiva, acreditamos que todos estes aspectos elencados podem servir de base para construir uma cultura de sustentabilidade nas escolas. Dessa forma, quando a sustentabilidade é incorporada ao cotidiano escolar, as relações e dinâmicas de tempo, espaços e práticas mobilizam ações que pode culminar na transformação da instituição escolar em uma referência de sustentabilidade onde está inserida. Neste trabalho, vimos que as principais práticas de educação ambiental se concentram no desenvolvimento de projetos, diluída no ensino de temas transversais, na realização de eventos pontuais, atividades comunitárias, manutenção da estrutura física das escolas. No cotidiano escolar, as estratégias didáticas mais utilizadas pelos professores são músicas, vídeos, maquetes, palestras, oficinas, produção de textos e elaboração de desenhos. Os principais temas de ensino abrangem o uso racional de água, de energia e o despejo adequado de resíduos sólidos, assim como atividades de reciclagem. Os principais desafios elencados na literatura para desenvolver práticas de educação ambiental são: a falta de tempo para planejar e realizar a aplicação e acompanhamento de projetos; o desinteresse dos alunos e até mesmo dos professores; o ensino fragmentado, pontual e acrítico, sem considerar uma visão sistêmica das questões ambientais; necessidade de formação inicial e continuada adequada para abordar a sustentabilidade socioambiental. Concluímos que as principais contribuições das práticas de educação ambiental são o estímulo ao diálogo e a participação, bem como o fomento da reflexão sobre os impactos danosos à natureza resultantes do modelo de consumo e produção da sociedade contemporânea, indicando a necessidade de desenvolver novas formas de ser e se relacionar com o ambiente. Nesse sentido, as práticas pedagógicas de EA escolar possibilitam a conscientização, sensibilização e ação de sujeitos engajados na conservação ambiental. Também é importante salientar o sentimento de corresponsabilidade ambiental que pode ir sendo construído entre os estudantes, o que potencializa o exercício da cidadania ambiental, visando relações socioambientais mais justas e equilibradas. Além disso, um aprendizado ativo e colaborativo, permite o protagonismo e a formação de uma cultura de sustentabilidade que possa permear o fazer pedagógico de toda a comunidade escolar.
Bibliografia ASANO, J. G. P.; POLETTO, R. S. Educação ambiental: em busca de uma sociedade sustentável, e os desafios enfrentados nas escolas. Caderno pedagógico, Lajeado, v. 14, n. 1, p. 92-102, 2017. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ministério do Meio Ambiente. Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis. Brasília, 2012. BRASIL. Ministério da Educação. Manual Escolas sustentáveis: resolução CD/FNDE nº 18, de 21 de maio de 2013. CARVALHO, I. C. M. In: Educação Ambiental Crítica: nomes e endereçamentos da educação. Identidades da Educação Ambiental Brasileira. Diretoria de Educação Ambiental. LAYRARGUES, P. P (Coord.). Brasília: Ministério do Meio Ambiente, p. 13-21, 2004. BRITO, R. O. (Org.). Escolas Sustentáveis: preparando estudantes do presente na criação de espaços sustentáveis para as gerações do futuro. Brasília: Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade; Universidade Católica de Brasília, 2019. DEFREYN, S.; DUSO, L. A Educação Ambiental nas práticas pedagógicas no ensino fundamental: análise dos artigos publicados na Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental – REMEA. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 39, n. 1, p. 350-371, 2022. DOURADO, J.; BELIZÁRIO, F.; PAULINO, A. Escolas Sustentáveis. São Paulo: Oficina de textos, 2015. FRANCO, M. A. R. S. Prática pedagógica e docência: um olhar a partir da epistemologia do conceito. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 97, p. 534-551, 2016. GRANDISOLI, E et al. Participação, cocriação e corresponsabilidade: um modelo de tripé da educação para a sustentabilidade. In: GRANDISOLI, E. SOUZA, D. T. P.; JACOBI, P. R.; MONTEIRO, R. A. A. (orgs.) Educar para a sustentabilidade: visões de presente e futuro. São Paulo: IEE-USP, Reconectta, 2020. GROHE, S. L. S. Escolas Sustentáveis: Três experiências no município de São Leopoldo – RS. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2015. LOUREIRO, C. F. B. Sustentabilidade e educação: um olhar da ecologia política. São Paulo: Cortez, 2012. OLIVEIRA, C. K.; SAHEB, D.; RODRIGUES, D. G. A Educação Ambiental e a Prática Pedagógica: um diálogo necessário. Educação, v. 45, p. 1-26, 2020. PAZ, A. B. Por uma educação ambiental transformadora: o Programa Nacional Escolas Sustentáveis-PNES na DRE de Colinas do Tocantins - TO. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Tocantins, 2019. SAUVÉ, L. Uma cartografia das correntes em Educação Ambiental. In: SATO, M.; CARVALHO, I. (Orgs.). Educação Ambiental: pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, p. 17-45, 2005. SILVA, F. C. T. Cultura Escolar: quadro conceitual e possibilidades de pesquisa. Educar, Curitiba, n. 28, p. 201-216, 2006. SILVA, M. A. Políticas públicas de educação ambiental: o caso da implementação do Programa Nacional Escolas Sustentáveis em quatro escolas municipais de João Pessoa/PB. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, SP, 2016. TOSCAN, T. S. C. Educação ambiental: desafios e perspectivas no contexto da Educação Básica. Novos Cadernos NAEA, v. 24 n. 1, p. 147-166, 2021. TRABJER, R.; SATO, M. Escolas sustentáveis: incubadoras de transformações nas Comunidades. Rev. Eletrônica Mestr. Educ. Ambient., v. especial, p. 70-78, 2010.
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