O conhecimento liberta, a ciência ilumina, informação salva vidas! – André Trigueiro
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 87 · Junho-Agosto/2024
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Relatos de Experiências
30/05/2024 (Nº 87) A VISITA TÉCNICA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO TÉCNICO INTEGRADO AO MÉDIO
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A VISITA TÉCNICA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO TÉCNICO INTEGRADO AO MÉDIO

Thyere Apolodoro Arthur Ferrosil1, Josué Marciel da Silva2, Iranira Geminiano de Melo3, Maria Rita Berto de Oliveira4, Cássio Alves Lus5, Miralba Uchoa de Carvalho6, Alecsandra Oliveira de Souza7

Resumo: O objetivo é dialogar a respeito da visita técnica (VT) para a promoção da Educação Ambiental. Recorreu-se ao relato de experiência, enquanto estratégia de expressão escrita de vivências, resultando na produção de conhecimento. Os resultados indicam que a VT transcende os limites do saber fazer.

Palavras-chave: Educação Integral. Educação Profissional. Educação Ambiental, Atividade interdisciplinar.

Abstract: The objective is to discuss the technical visit for the promotion of Environmental Education. We used the experience report as a strategy of written expression of experiences that resulted in the production of knowledge. The results indicate that the technical visit transcends the limits of know-how.

Keywords: Integral Education. Vocational Education. Environmental Education Interdisciplinary activity.



Introdução

A educação escolar brasileira está organizada em níveis de ensino, compreendendo a Educação Básica, formada pela Educação Infantil, pelo Ensino Fundamental e pelo Ensino Médio; e a Educação Superior. Além disso, há a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, que atende à formação geral do educando e prepara-o para o exercício de profissões técnicas (BRASIL, 2021).

A educação profissional técnica de nível médio é desenvolvida de forma articulada com o ensino médio; subsequente, isto é, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. No primeiro caso, os cursos podem ser ofertados de forma integrada, quando são cursados os componentes curriculares do Ensino Médio e da formação técnica, ou concomitante, quando o ensino médio é cursado em uma instituição e a formação profissional em outra, no contraturno (BRASIL, 2021).

Nesse contexto, a Educação Ambiental deve ser desenvolvida, nas instituições de ensino, como parte diversificada dos currículos, devendo estar inserida no cotidiano escolar enquanto tema transversal e abordagem interdisciplinar (MAZZARINO; ROSA, 2016). Em termos conceituais, entende-se por Educação Ambiental:

[...] os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999, p. 1).

Ainda nos termos da Política Nacional de Educação Ambiental, Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, “A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (BRASIL, 1999, p. 1).

No campo educacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) inseriram os conteúdos da Educação Ambiental, enquanto temas transversais, de modo que seu desenvolvimento se tornou obrigação de todos os componentes curriculares (BRASIL, 1997). Portanto, sendo dever docente incluir a Educação Ambiental ao longo da prática educativa.

Na nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação Ambiental é situada como um tema integrador, por não se restringir a componentes curriculares específicos, mas envolver todas as áreas do conhecimento (BRASIL, 2018). A esse respeito, Santos e Castor (2020, p. 33) propõem “alimentar práticas pedagógicas que possam ultrapassar os muros da escola, envolvendo a comunidade na concretude de ações efetivas e coerentes para a criação de valores significativos”. Nessa perspectiva, considera-se a visita técnica como uma estratégia pedagógica diferenciada para o desenvolvimento da Educação Ambiental.

Chama-se visita técnica uma atividade educacional ou profissional que envolve a deslocação de estudantes ou trabalhadores a um local específico, muitas vezes relacionado à sua área de estudo ou trabalho, com o propósito de obter experiência prática, observar processos, coletar dados, realizar estudos de campo ou adquirir conhecimento direto e aplicado relacionado a um determinado assunto, projeto ou contexto.

As visitas técnicas proporcionam uma oportunidade de aproximação das teorias e conceitos aprendidos em sala de aula com situações reais, o que torna o aprendizado mais tangível e prático e permitem uma compreensão mais profunda e multifacetada de questões complexas, como ciência, tecnologia, meio ambiente, indústria, cultura e história. Ademais, ampliam os horizontes dos participantes, expondo-os a diferentes culturas, práticas e perspectivas, promovendo uma visão mais global e inclusiva.

Com efeito, as visitas técnicas despertam a curiosidade, incentivando os participantes a buscar mais informações e conhecimento por conta própria, são essenciais para preparar estudantes e profissionais nas carreiras específicas, fornecendo uma visão direta do ambiente de trabalho e das habilidades necessárias e facilitam a integração de conhecimento de diversas disciplinas, pois muitas vezes abordam questões que envolvem várias áreas de estudo.

Em suma, as visitas técnicas desempenham um papel fundamental na educação e no contexto global, ao fornecer experiências práticas e conhecimentos que enriquecem a formação integral, promovem a compreensão global e impulsionam o progresso em diversas áreas, da educação à ciência, tecnologia e sustentabilidade.

Nessa acepção, tem-se o propósito de discutir o papel da visita técnica como um instrumento na promoção da Educação Ambiental no Ensino Técnico Integrado ao Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama.



Metodologia

Metodologicamente, recorreu-se ao relato de experiência, “um tipo de produção de conhecimento, cujo texto trata de uma vivência acadêmica e/ou profissional em um dos pilares da formação universitária (ensino, pesquisa e extensão), cuja característica principal é a descrição da intervenção” (MUSSI; FLORES; ALMEIDA, 2021, p. 65). Os autores recomendam embasamento científico e reflexão crítica na produção textual.

A visita técnica foi realizada por seis servidores, no período de oito a dez de setembro de 2023, acompanhando 28 estudantes do 3º ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, Campus Porto Velho Calama, no distrito de Calama.

O IFRO está localizado na Amazônia Ocidental, sendo que o Campus Porto Velho Calama se situa na capital Porto Velho. Uma cidade desenvolvida às margens do rio Madeira, o maior afluente da margem direita do Rio Amazonas. O município de Porto Velho foi criado a partir das instalações portuárias, ferroviárias e residenciais da Madeira-Mamoré Railway Company e hoje tem 461.478 mil habitantes (RONDÔNIA, 2023).

A constituição territorial do Município inclui diversas comunidades, algumas consideradas distritos: Abunã, Calama, Demarcação, Extrema, Fortaleza do Abunã, Jaci-Paraná, Nova Mutum Paraná, Nazaré, Nova Califórnia, São Carlos, União Bandeirantes, Rio Pardo, e Vista Alegre do Abunã (PORTO VELHO, 2023). Parte desses distritos está localizada ao longo do rio Madeira, motivo pelo qual são denominadas comunidades ribeirinhas.

O rio Madeira é formado pela confluência dos rios Beni e Mamoré, originados na cordilheira dos Andes, na Bolívia. É considerado o mais importante afluente da margem direita do rio Amazonas. Sua bacia é a mais importante do estado de Rondônia, com noventa afluentes, drena uma área de 1.224.500 quilômetros quadrados (LABADESSA, 2014).

A decisão pela comunidade Calama ocorreu em virtude de ser o maior distrito cujo acesso é realizado apenas pelo rio. O acesso, descendo o Rio Madeira, leva de cinco (barco ou voadeira) a dez horas (barco tipo baleeira), sendo Calama a última comunidade do estado de Rondônia, fazendo divisa com o estado do Amazonas. A viagem de volta, subindo a correnteza, pode levar até 14 horas.

A visita técnica foi planejada, considerando os seguintes objetivos: Experienciar a vida ribeirinha em termos de viajar e dormir em barco; Desenvolver atividades de jogos da cultura brasileira na comunidade do distrito de Calama; Vivenciar aulas interdisciplinares a respeito do processo de ocupação do Rio Madeira ao longo da história; Problematizar a situação de produção de lixo nas comunidades do baixo madeira; Debater acerca dos impactos dos empreendimentos hidrelétricos de Jirau e Santo Antônio nas comunidades ribeirinhas.

Para alcance dos objetivos estabelecidos, os estudantes realizaram uma série de etapas que incluíram a observação da comunidade e a posterior planificação e organização das práticas corporais. Essas ações ocorreram sob a supervisão da professora de Educação Física e envolveram a utilização de diversos materiais, tais como petecas, bolas, cordas, fitas, betes, saco, colher de madeira e ovos, bem como apitos e outros recursos. As práticas corporais foram diversificadas, incluindo jogos de voleibol, futsal, peteca e betes, além de atividades como pular amarelinha, pular corda, bambolear e uma oficina de confecção de pipas. Essas atividades foram realizadas no período matutino e envolveram a participação de crianças e adolescentes, que frequentam o Ensino Fundamental e Médio.

Para a implementação bem-sucedida dessas ações, a turma da visita técnica foi subdividida em grupos, com cada grupo responsável por uma turma e uma atividade específica, conforme detalhado no Quadro 1. Essa abordagem possibilitou uma melhor organização e coordenação das ações, garantindo uma experiência enriquecedora para todos os envolvidos.

Quadro 1: Organização das atividades realizadas na escola visitada

Atividade

Turma*

Grupo

Pular Amarelinha

1º ano EF

1

Jogar Betes

2º ano EF

2

Pular Corda

3º ano EF

3

Jogar Queimada

4º ano EF

4

Corrida do Ovo

5º ano EF

5

Cabo de Guerra

6º ano EF

6

Corrida do Saco

7º ano EF

7

Jogo do Bambolê

8º ano EF

8

Estafeta

9º ano EF

9

Voleibol e futsal

1º, 2º e 3º ano EM

Servidores

Oficina de pipas

Participação livre

Servidores

Fonte: Elaborado pelos autores.

O Quadro 1 deixa entrever a organização inicial das atividades em que, depois de atender à turma designada ao grupo, esta seguia para outra prática, enquanto o grupo atendia a outra turma, garantindo assim que todos os interessados na atividade fossem atendidos. Importante ressaltar que todo o material utilizado foi deixado na escola, possibilitando à comunidade escolar a realização das práticas corporais em momentos posteriores.

No período vespertino, como gesto de gratidão, a diretora da escola conduziu os visitantes em uma trilha que partia da escola até o igarapé Maici-Mirim. Esse igarapé é um afluente importante da bacia do Rio Amazonas, conhecido por sua riqueza ecológica e contribuição para a biodiversidade da região amazônica. Sua preservação é fundamental para a manutenção do equilíbrio ambiental na Amazônia. Durante a estação seca, o igarapé atinge uma profundidade de aproximadamente um metro, revelando uma paisagem com praias de areia e gramados que conferem à vista uma experiência verdadeiramente única.

Figura 1: O Rio Maici-Mirim: Tesouro Natural da Amazônia

Créditos: Acervo dos autores, Porto Velho - Rondônia, 2023.

Além disso, os estudantes tiveram a oportunidade de participar de uma roda de conversa sobre a vida ribeirinha, com a contribuição dos professores da expedição que abordaram questões relacionadas ao problema do lixo, ao impacto dos empreendimentos hidrelétricos na vida da comunidade e promoveram um diálogo aberto sobre a experiência proporcionada pela visita técnica.

É nesses diálogos estabelecidos ao longo dessas atividades, em particular na roda de conversa, que este relato de experiência se concentra. Para documentar as informações, a roda de conversa foi gravada e o áudio foi transcrito por meio do Sonix, um software de transcrição de áudio e vídeo. Após a transcrição, o texto foi analisado conforme as orientações de Bardin (2009), seguindo a metodologia da análise de conteúdo, que engloba um conjunto de técnicas sistemáticas e objetivas para descrever o conteúdo das mensagens, incluindo indicadores quantitativos e qualitativos, possibilitando a inferência de conhecimento.

Para análise dos dados, utilizou-se a versão 2022 do MAXQDA, um software destinado à análise de dados qualitativos e mistos, manipulado para criar uma nuvem de palavras, que é uma representação gráfica e demonstra a frequência com que os termos mais utilizados aparecem no texto. Esse recurso auxiliou na evidenciação das categorias de análise. Como medida adotada para garantir o anonimato dos participantes da pesquisa, optou-se por identificá-los pelos acrônimos E1, E2, E3... sendo ‘E’ equivalente a ‘estudante’ e o numeral que o acompanha indica a ordem das falas na roda de conversa. No caso dos servidores, optou-se por identificá-los como S1, S2, S3… S6, também seguindo a ordem de participação na roda de conversa.

Resultados e discussão

Como resultado do processo de análise dos dados, foram identificados quatro códigos principais: “Pessoas”, “Mundo”, “Escola” e “Experiência”. Esses códigos representam categorias de análise dos dados, como pode ser observado na nuvem de palavras a seguir.

Figura 2: Nuvem de palavras da roda de conversa sobre a visita técnica

Fonte: Elaborada no MAXQDA 2022, a partir da roda de conversa, Porto Velho, 2023.

Ao analisar as falas com o software MAXQDA, observou-se que as palavras “pessoas” (37), “escolas” (36), “mundo” (36), “barco” (32) e “experiência” (31) são os termos mais frequentemente utilizados. Registra-se que o número entre parênteses corresponde à frequência com que o termo foi utilizado. Além disso, a Figura 2 deixa entrever palavras relacionadas ao ambiente natural, como “rio” (13), “água” (13) e “cobra” (7), bem como outras relacionadas ao contexto sociocultural, como “cidade” (23), “viagem” (18) e “comunidade” (9).

Observa-se, ainda, termos relacionados à ação: andar, sabia, jogando, conhecer, conseguem, fazer, pegar; e a qualidade melhor, dificuldade, interessante e velho, por exemplo. Porém, essas palavras, isoladas, não produzem o sentido atribuído na conversa, necessitam do contexto para uma análise mais apurada.

Retornando aos termos mais frequentes, a palavra “pessoas” foi utilizada, na maioria das vezes, para se referir aos outros, aos moradores das comunidades ribeirinhas. Como exemplificado por estas narrativas: “Mas são sociedades hoje que não estão mais isoladas do mundo digital. São pessoas que têm acesso à internet e acesso às informações” (P1); “Ao conversar com diversas pessoas, inclusive com os alunos do Ensino Médio, pude notar que a vida deles, em relação ao ambiente escolar, é bastante diferente da minha experiência anterior” (E3).

E5 afirmou que a experiência na comunidade Calama foi enriquecedora, possibilitou reflexões sobre as necessidades das pessoas que vivem na região ribeirinha, especificamente no baixo Madeira. E também instigou o repensar sobre muitas coisas: “que costumamos reclamar em nossa vida cotidiana. Em comparação com as pessoas da comunidade, temos muito mais recursos, e é notável que elas não reclamam; pelo contrário, são gratas pelo que têm, mesmo que seja pouco” (E5).

Sobre esse assunto, S4 considerou interessante a união e a alegria das pessoas: “a gente via que era uma escola igual a qualquer uma, né? Mas você via [...] todas aquelas pessoas, a alegria delas com a nossa presença lá, porque achei que para mim não ia ser uma novidade”.

A respeito da convivência com os colegas de sala, E7 afirmou que “aquelas pessoas que conversavam somente com umas, começaram a conversar com outras”. Corroborando, E9 registrou: “E essa viagem fez eu me aproximar de pessoas que eu não falava tanto na sala”. Para E4 foi: “muito legal conviver três dias direto sem celular, tentando se conectar com pessoas que a gente nunca se conectou dentro de sala. Todo mundo conversando entre si, todo mundo dando suas opiniões”.

Percebe-se, no trecho da fala de E4, que os termos pessoas e mundo aparecem em um mesmo contexto: as pessoas da turma, todo mundo, ou seja, todos os integrantes tentando se conectar. Evidencia-se também que a visita técnica possibilitou uma busca de conhecer o outro, no caso o outro enquanto aquele com quem se convivia há quase três anos, mas que não havia conexão, ou seja, reconhecimento de afinidades.

Servidores também reconheceram as contribuições da visita técnica na construção de amizades, pois pessoas antes pouco conhecidas ou desconhecidas, em alguns casos, tornam-se próximas: “A gente acaba criando um vínculo a mais, uma amizade. Eu espero que isso continue por muito tempo, né?” (S3).

A respeito das contribuições da visita técnica E7 afirmou ser uma estratégia de ensino:

[...] que une as pessoas de idades iguais. É algo muito importante, porque, como é que eu posso explicar? Dá até uma união a mais, pois é algo muito importante, porque você vê pessoas iguais a você, com interesses parecidos e isso dá um gás para nós. Eu me sinto incluído em algum lugar. Eu me sinto incluído em algum lugar depois disso, né? Agora eu tenho história pra contar e você não se sente sozinho, sabe?

Assim, identifica-se a visita técnica como potencializadora do estabelecimento de vínculos: “Todos estão conversando entre si, compartilhando suas opiniões, tentando entender o ponto de vista do outro. [...] nossos amigos pedindo opiniões de pessoas que a gente nunca pensou que ia pedir opinião na vida” (E4). “Não tínhamos tanta proximidade e creio que isso vai ser uma abertura a mais que vamos ter com algumas pessoas com quem não falávamos, não conversávamos tanto” (E5).

Outra contribuição importante da visita técnica consiste na gratidão, conforme narrativa de E5: “na cidade, no distrito de Calama, e vemos que a nossa realidade é boa, muito boa comparada sobre a questão de outras pessoas e mesmo assim a gente consegue reclamar, não agradecer”.

A visita técnica também pode auxiliar na superação de medos. Durante o embarque um estudante ficou ansioso e insistia em desistir da viagem, a equipe de servidores ajudou a acalmá-lo e durante a roda de conversa ele registrou que se “tivesse desistido eu estaria muito arrependido, pois vivi momentos maravilhosos. A comida do barco é muito boa e as pessoas muito legais também e estou bem feliz” (E5).

Por outro lado, uma visita com as especificidades amazônicas pode gerar alguns desconfortos. No caso em tela, o incômodo esteve relacionado aos pais, pois a previsão de chegada foi alterada em decorrência da necessidade de embarque de produtos da agricultura familiar. Nesse sentido, um pai ficou nervoso, “porque o barco vinha parando para outras pessoas entrarem. No entendimento de algumas pessoas, o barco tinha que ir e voltar só com os alunos, mas o barco, o ir e voltar precisa levar mercadoria e trazer produtos agrícolas” (S5).

Assim, no entendimento de algumas pessoas (os pais dos discentes), o barco tinha que ir e voltar só com a comissão da visita técnica, mas o barco tem relação com a vida das pessoas ribeirinhas. Elas precisam transportar alimentos que não conseguem produzir e escoar os que produzem. Esse é um tipo de conhecimento necessário a ser considerado no planejamento de visita técnica.

Especificamente a respeito do termo “mundo”, ele também foi utilizado em associação: Ao digital, “são sociedades hoje que não estão mais isoladas do mundo digital” (S2); Ao isolamento no trabalho, “muitos alunos aqui eu não tinha contato, nem tinha visto pelo Campus, é que a gente fica cada um no seu mundo, né?” (S3); A todos da turma, “a gente está encerrando o Ensino Médio e a experiência de viajar todo mundo junto é uma aventura que quase ninguém nunca teve” (E4); À diversidade de histórias, “foi no sábado que a gente anoiteceu no barco, conversando sobre o ramal e a história do mundo” (E4); Ao pessoal da comunidade escolar visitada, “eles são muito animados para jogar, todo mundo queria participar” (E6) e à comunidade em geral “todo mundo dorme cedo, às oito horas não tem mais ninguém na rua” (E6); À dificuldade de ficar sem o celular, “não é que está todo mundo desesperado, mas a gente sobreviveu sem celular, jogando várias coisas que a gente já jogava na cidade” (E4); À comunidade ribeirinha, os sonhos de acesso a uma graduação, mas é necessário “sair do mundo ribeirinho” (S3). Nesse caso, os sonhos de jovens da comunidade, no acesso à universidade, ainda é uma realidade distante, considerando a necessidade de morar na cidade de Porto Velho - Rondônia ou Humaitá - Amazonas, os centros urbanos mais próximos.

Ainda sobre o termo “mundo”, nesse contexto de comunidade, os visitantes se entusiasmaram com as habilidades e capacidades físicas dos estudantes da comunidade Calama: “Eu participei da oficina de peteca, juro que eu imaginei que eu ia ensinar eles a jogar peteca e aí caí do cavalo, porque na verdade eles é quem estavam lá comandando a oficina, né? Ninguém ensinou nada pra ninguém ali” (S4). Corroborando, E7 destacou que ficou no sexto ano, para desenvolver o Betes e quando foi apresentar o esporte a grande maioria já sabia “e foi muito legal, até eu joguei com eles e depois que acabou a gente já foi jogar outros jogos e dava para ver a animação deles, porque lá em Calama as crianças e adolescentes valorizam muito o esporte”.

A fala de S6, parafraseada a seguir, esclarece ainda mais a respeito das práticas corporais na comunidade, como ocorre o processo de desenvolvimento esportivo no contexto escolar enquanto atividade extracurricular e de forma autônoma:

Eles não jogavam peteca antes porque não tinha peteca na escola, mas eles têm um padrão motor bem desenvolvido e aí qualquer esporte que eles forem praticar, eles vão conseguir “pegar” rapidamente, entender rapidamente e jogar. Uma criança lá deveria ter uns dez, 12 anos, foi apelidada de Martinha, que jogava muito futsal. Então eles têm autonomia de chegar, pegar o material e praticar independente das aulas de Educação Física. E tem uns treinamentos que eles fazem de forma autônoma para participar de competições fora. É o amor ao esporte que eles têm. É importante porque é também uma oportunidade de conhecer outra cultura.

Essa fala de S6, na roda de conversa, foi inspirada em diálogo com a diretora da escola que falara das viagens que os estudantes que se destacam no esporte fazem para outros distritos e municípios e que vêm tendo sucesso no atletismo e no futsal e futebol, inclusive vencendo os Jogos Escolares de Rondônia na Etapa Estadual.

A respeito do termo escola, além do contexto já apresentado ao falar de “pessoas” e “mundo” é importante destacar a observação que os visitantes fizeram sobre: Dificuldade de acesso, “muitos têm que andar diversos quilômetros ou esperar diversos minutos para poder chegar dentro da escola, enquanto que outros nem conseguem ir cotidianamente à escola” (E3); Local de desenvolvimento das ações, “como foi uma atividade com uma atividade direcionada à escola, a gente não teve essa oportunidade de conversar com eles” (S2), “eu achei que eu ia ficar deslocada e quando a gente chegou à escola, eu vou falar um pouco da experiência na escola, porque foi muito legal conhecer as crianças” (E6); O conhecimento dos estudantes e novas amizades, “a gente fez amizade com duas garotas e elas conheciam a escola toda. E elas falaram que participaram dos jogos e contaram a experiência delas saindo da comunidade Calama e foi uma coisa que realmente me tocou” (E7); A rotina das crianças que moram fora da comunidade, “acordei umas cinco pouco e nesse horário já estava chegando um barco escolar com as crianças prontas pra ir para a escola” (E7); O desempenho da comunidade em jogos escolares, “eu descobri que eles são bicampeões em futebol e eles têm muito orgulho disso por ser uma escola tão longe de Porto Velho” (E6).

Nesse sentido, é importante pontuar que as equipes ribeirinhas já passaram por situação de preconceito participando dos jogos escolares. Um banner exposto na escola apresentava a seguinte mensagem: “PODEM NOS CHAMAR DE COMEDOR DE FARINHA COM TAMBAQUI, MAS NOS RESPEITEM, POIS SOMOS BICAMPEÕES DO JOER”.

A falta de espaços de lazer é algo da realidade, a escola transforma-se em espaço privilegiado para vida comunitária. As palavras de E6 colaboram com esse diálogo quando observa que “eles não têm uma praça, eles não têm uma sorveteria, uma pizzaria que eles vão se encontrar e aí eles vão para a escola e é o único lugar. Eu perguntei a uma menina para onde ela vai quando quer sair e ela falou que ela ia para escola”. Essas limitações de espaço de lazer não comprometem a beleza da comunidade, reconhecida nas palavras de E6: “Enfim, a cidade é linda, tem muita floresta, muita natureza”.

Quanto ao termo “experiência”, ele surge pela primeira vez na fala de S2 passando a palavra na roda de conversa, “como foi essa experiência de vir a Calama? E de pegar a carreira de boi? De fugir de raio, de tempestade, de cobra? Essa experiência de ter um rio que divide dois estados [...]”. No caso, S2 se refere ao igarapé Maici-Mirim, que divide os estados de Rondônia e Amazonas.

As provocações de S2 dizem respeito à trilha realizada pelos visitantes, guiados pela diretora e alguns servidores e alunos da escola, constituindo uma experiência única de contemplação ao ambiente natural, enfrentamento dos limites (para alguns considerando 12 km de percurso, ida e volta) da condição física e vivência de muito calor na ida e tempestade no retorno.

Além de ser utilizado com o objetivo de motivação para que os demais falassem na roda de conversa, o termo “experiência” também foi utilizado: No contexto de agradecimento, “queria primeiramente agradecer aos profissionais que vieram acompanhando a gente e contar que essa experiência foi uma coisa muito boa e nova para mim. Eu nunca tinha viajado de barco, nunca tinha visitado Calama” (E1); No cenário das atividades na escola, “eles todos felizes com as brincadeiras, com as experiências, estavam todos ali querendo participar e eram muito bons, inclusive nos esportes. E é isso que é uma ótima experiência” (E1); No sentido do vivido, “eu gostei muito, foi uma experiência muito boa [...] a gente viu as necessidades das pessoas que moram, as pessoas ribeirinhas que moram nessas comunidades do baixo Madeira” (E4), “eu fiquei muito feliz em vir à Calama, a minha experiência andando de barco, andei de voadeira, onde eu vou andar de voadeira em Porto Velho? Nunca na minha vida, e de barco? eu tinha medo”; Na observação ao outro, “aqui eu vou falar de dois alunos, não só da experiência, mas dos alunos em si, os alunos cheio de anseios, de vontades, de sonhos” (S4); Na valorização dos saberes do outro, “porque eu descobri que não adianta a gente ter só a nossa experiência” (S4); No experienciar o novo, “a experiência em si foi muito interessante porque foi completamente diferente de tudo que eu já fiz na minha vida” (E7); No sentido de abertura para outras leituras do mundo, “foi muito legal ter essa experiência, porque a gente saiu um pouco da nossa caixa, sabe? A gente sai um pouco da caixinha da nossa realidade” (E9).

Nesse sentido, concorda-se com Santos e Castor (2020, p. 7), que afirmam ser a Educação Ambiental uma forma de trazer à tona questões de ordem política e econômica, sendo também “uma possibilidade de conquista de maior abrangência interlocutória, no sentido de se preparar os cidadãos para atuarem com compromisso, justiça social e com a capacidade de desenvolverem a ação e a ética nas relações socioambientais”. Para isso, é necessário sair da “nossa caixa”, como bem observou E9.

Ainda acerca das aprendizagens proporcionadas pela atividade da trilha, recorre-se à transcrição da fala de E6:

Eu gostei muito de conhecer o Rio, mas a gente demorou muito para chegar. Foram seis quilômetros reclamando dos meus pés. Ninguém estava botando muita fé. Eu provavelmente não sei quem já foi lá, não conheço alguém que tenha ido lá. Até então, ninguém [da turma] sabia o que esperar e a gente encontrou um paraíso, um verdadeiro paraíso no meio da floresta amazônica. Sabe, foi uma miragem chegar lá depois de tanto esforço, tanto, tantas horas caminhando, 01h30min caminhando e subindo e descendo ladeira [...]. Enfim, foi uma experiência única, amazonense, que eu talvez não tenha nada igual ou parecido na minha vida de novo. Eu estou muito feliz de ter compartilhado esse momento com todos vocês.

As outras leituras de mundo mencionadas anteriormente dizem respeito ao confronto da realidade socioambiental encontrada na visita técnica com a própria vida dos estudantes. Essas reflexões que possibilitam outras práticas, o repensar a si próprio que pode ressignificar também a sensibilidade ao outro. Nesse sentido, E9 pontuou ter vivenciado um sábado com a comunidade, mas não se sabe como é a “segunda, terça, quarta, quinta, sexta-feira deles. [...] Aí realmente faz a gente repensar muito no que está fazendo, como está se posicionando em relação a nossa vida mesmo, sabe?” Esse processo reflexivo vai ao encontro do que proferem Santos e Castor (2020) de que é crucial elucidar a necessidade de mudanças do padrão de vida da sociedade, para isso acredita-se na contribuição da Educação Ambiental crítica como uma forma de reverter os danos socioambientais. E, nesse percurso, é fundamental o envolvimento de todo o corpo docente, pois conforme concluem Gonçalves e Silva (2018), uma única área do conhecimento não é capaz de atender as várias dimensões dos problemas socioambientais.

Em relação aos problemas socioambientais, a comunidade Calama enfrenta uma dependência do transporte fluvial, o que gera consequências significativas, deixando a região vulnerável a problemas logísticos, como atrasos na entrega de mercadorias e dificuldades no acesso a serviços essenciais de saúde (há somente o serviço de enfermagem na comunidade), educação, estudantes enfrentam o desafio cotidiano de acordar muito cedo para tomar a embarcação que faz o transporte escolar. Além disso, por estar cercada por rios, a comunidade tem espaço para a criação de um aterro sanitário, tornando a destinação dos resíduos sólidos um problema real.

Assim, os problemas ambientais, na comunidade Calama, são multifatoriais e incluem outras dimensões, como as questões políticas, sociais, culturais e econômicas, de modo que toda a sociedade porto-velhense precisa estar atenta no sentido de, nas palavras de Gonçalves e Silva (2018), educar para a sustentabilidade, desenvolvendo um trabalho interdisciplinar. Gomide et al (2018) também recomendam interligar os saberes das ciências Humanas, Exatas, Biológicas e Ambientais no desenvolvimento da Educação Ambiental, visando à integralização dos conhecimentos, sendo um dever das instituições de ensino promover e incentivar práticas educativas de caráter socioambiental.

Por outro lado, o distrito protegido “não pode ter ruas, não entram carros” (S3). O contexto socioambiental na comunidade chama a atenção dos visitantes, tanto em termos da união demonstrada pelas pessoas como em relação à estrutura das moradias, das ruas estreitas (planejadas unicamente para o tráfego dos pedestres) à ausência ou a pouca presença de muros. “As ruas são bem pequenas, muito bonitas, muito bonitas por sinal. Não tem muros altos, todos os muros são muito baixinhos. Até o da própria escola não há dificuldade nenhuma” em pulá-lo (E7).

O envolvimento de uma equipe multidisciplinar, na ação pedagógica da visita técnica, pode ter sido crucial para esse despertar da consciência crítica. Em uma estratégia de formação continuada de professores por meio da Educação Ambiental, Silveira et al (2018) evidenciaram como de extrema significância o valor transdisciplinar e interdisciplinar dessa ação para a promoção da Educação Ambiental no contexto escolar.

Assim, considera-se que a visita técnica pode se constituir em uma estratégia de Educação Ambiental relevante, pois possibilita o confronto de valores e crenças, ampliar os conhecimentos e atitudes para consigo mesmo e para com as comunidades, favorecendo o respeito à conservação do meio ambiente e dos modos de vida na perspectiva da sustentabilidade, conforme recomenda Brasil (1999).



Considerações finais

Diante do objetivo geral, discutir o papel da visita técnica como um instrumento na promoção da Educação Ambiental no Ensino Técnico Integrado ao Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, o relato de experiência destacou o confronto de realidades, o repensar a vida em comunidade e as próprias práticas cotidianas como pontos cruciais.

Assim, a visita técnica enquanto ferramenta de promoção da Educação Ambiental pode contribuir com o processo de sensibilização, conscientização e transformação de estudantes em agentes multiplicadores do respeito aos modos de vida comunitários, que contribuem ativamente para a preservação do meio ambiente e da promoção da sustentabilidade.

Em primeiro plano, é inegável a necessidade premente de integrar a Educação Ambiental de forma transversal em todos os níveis de ensino no Brasil. O caso exemplar da visita técnica realizada, ao distrito de Calama, evidenciou como a imersão prática em ambientes comunitários amplia a compreensão de questões socioambientais, impulsionando uma formação mais holística e engajada.

A visita técnica, por sua vez, desempenhou papel fundamental no desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos estudantes. A experiência no ambiente ribeirinho não só enriqueceu o “saber fazer”, mas também promoveu o “saber ser” e o “saber conviver”. Essa vivência despertou a empatia dentro da turma, evidenciando maior aceitação das diferenças culturais, sociais e ambientais, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e compassivos.

A abordagem interdisciplinar adotada, na visita técnica, fortaleceu ainda mais sua relevância. O envolvimento de diversas disciplinas e áreas do conhecimento proporcionaram uma visão abrangente e contextualizada dos desafios ambientais enfrentados na região. Desde a história da ocupação do Rio Madeira até os impactos dos empreendimentos hidrelétricos, os estudantes tiveram a oportunidade de compreender a complexidade das questões ambientais.

A visita ao igarapé Maici-Mirim serviu como um lembrete vívido da importância crucial da preservação ambiental. A conscientização sobre sua fragilidade diante da exploração humana é fundamental para promover atitudes sustentáveis e a preservação desse patrimônio natural.

Em tese, as práticas educacionais e as atividades lúdicas, realizadas com a comunidade do distrito de Calama, reforçam de maneira poderosa que a Educação Ambiental e as ações desenvolvidas têm o potencial de transformar estudantes em defensores ativos da preservação do meio ambiente e da promoção da sustentabilidade. A equipe multidisciplinar desempenhou um papel fundamental na condução dessa experiência enriquecedora, exemplificando como a colaboração é crucial para enfrentar os desafios no desenvolvimento da Educação Ambiental.

A Educação Ambiental, quando implementada de maneira eficaz, é a chave para formar cidadãos responsáveis e conscientes de seu papel fundamental na proteção de nosso planeta. O futuro de nossa biodiversidade, de nossos recursos naturais e, em última análise, de nossa própria existência depende da atenção e ação dedicadas à preservação socioambiental. Nesse contexto, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, Campus Porto Velho Calama, assume a responsabilidade de contribuir com a promoção da Educação Ambiental, e, por meio deste manuscrito, compartilha algumas das lições aprendidas na comunidade ribeirinha do distrito de Calama, visando inspirar outras ações que ampliem saberes com ações pedagógicas interdisciplinares.



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1Mestrando do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação - ProfNIT/IFRO. Enfermeiro do Departamento de Assistência ao Educando, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama

2Acadêmico de Pedagogia no IFRO, Campus Porto Velho Zona Norte. Assistente de Aluno do IFRO, Campus Porto Velho Calama

3Doutora em Educação Escolar pela Universidade Federal de Rondônia (IFRO). Professora EBTT do IFRO, Campus Porto Velho Calama

4Doutora em Estudos Literários pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Professora EBTT do IFRO, Campus Porto Velho Calama

5Mestre em História e Estudos Culturais pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR).. Professor EBTT do IFRO, Campus Porto Velho Calama

6Mestra em Assessoria de Administração pelo ISCAP- Portugal. Professora EBTT do IFRO, Campus Porto Velho Zona Norte

7Doutora em Ciências com habilitação em Química pela Universidade de São Paulo (USP/FFCLRP). Professora EBTT do (IFRO), Campus Porto Velho Calama



Ilustrações: Silvana Santos