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EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E MARKETING VERDE: CAMINHO POR UM
CONSUMO MAIS CONSCIENTE ENVIRONMENTAL
EDUCATION AND GREEN MARKETING: WAY
TO A MORE CONSCIOUS CONSUMPTION Élida Cavalcante Costa
Especialista em Ciências da Saúde e do
Ambiente do Centro Universitário Plínio Leite (UNIPLI). Avenida Visconde do
Rio Branco123, Centro - Niterói/RJ - CEP -24020-000 – elidacosta242@hotmail.com Sandra Lucia de Souza Pinto Cribb Doutora em Engenharia de Produção,
Professora do Mestrado Profissional em Ciências da Saúde e do Ambiente do
Centro Universitário Plínio Leite (UNIPLI). Avenida Visconde do Rio Branco,
123, Centro - Niterói/RJ - CEP -24020-000 sandralucribb@yahoo.com.br Resumo O
presente trabalho tem como objetivo apresentar a educação ambiental com um
foco voltado ao marketing verde. É visível a preocupação das pessoas com o
ambiente, com o que as comunidades e o governo estão fazendo para amenizar um
pouco os danos ambientais, que afetam o meio em que vivemos. Todo esse desejo de
querer preservar o mundo está fazendo surgir novos tipos de consumidores,
aqueles que se preocupam não apenas com a qualidade dos produtos/ serviços que
estão comprando, mas principalmente, se preocupam em saber de todo o seu
processo produtivo, como forma de controlar os possíveis danos causados ao meio
ambiente. O marketing verde, aquele capaz de oferecer produtos e serviços que
tenham um impacto ambiental menos agressivo, procura o auxílio da educação
ambiental para poder mostrar aos clientes que os serviços oferecidos são
importantes no que diz respeito à preservação dos recursos naturais e, conseqüentemente
ao ser humano. Também conscientiza a sociedade a tomar atitudes ecologicamente
corretas e ensina às novas gerações a priorizar desde cedo ações, bem como
consumir produtos cuja fabricação tenha sido feita com baixo impacto ambiental
e/ou não poluidoras. Nesse sentido, podemos afirmar que a educação ambiental,
junto ao marketing verde, é uma parceria de grande validade em se falando de
uma educação ecológica cujo objetivo é conservar melhor o nosso planeta para
que o nosso futuro e de nossos filhos e netos possa estar realmente assegurado. Abstract The
present work has as objective presents the environmental education with a focus
to the green marketing. It is visible the people's concern with the environment,
with what the communities and the government are doing to soften a little the
environmental damages, that affect the environment in that we lived. This whole
desire to preserve the world is making new types of consumers, those that not
just worry about the quality of the products / services that they are buying,
but mainly they worry in knowing of all its productive process, as a way of
control the possible damages caused to the environment. The green marketing,
that capable of offering products and services that have a low environmental
impact, seeks the aid of the environmental education to show to the customers
that the offered services are importans in what says concerns to the
preservation of the natural resources and, consequently to the human being. It
also becomes aware ecologically the society to take corrects attitudes and
teaches to the new generations to prioritize actions as well as consume products
which the manufacture have been done with low environmental impact or no
pollutant. In this sense, we can affirm that the environmental education, close
to the green marketing, is a partnership of great validity specially in speaking
about an ecological education of which objective is to conserve our planet
better so that our future and of our children and grandchildren can be really
assured. Introdução “Estamos
diante de um momento critico na historia da Terra, numa época em que a
humanidade deve escolher o seu futuro. A medida que o mundo torna-se cada vez
mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta ao mesmo tempo, grandes
perigos e grandes promessas. Para seguir adiante , devemos reconhecer que no
meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família
humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças
para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza,
nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.
Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra,
declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande
comunidade da vida, e com as futuras gerações”
(CARTA DA TERRA, 2000).
A partir da citação acima, percebemos que a preocupação com o cenário
ambiental é cada vez maior, e a cada dia cresce o espaço na mídia para
assuntos ligados às questões ambientais. Alguns autores entendem ser uma mudança
de paradigma cujo objetivo seria suprir as expectativas de se ter produtos
oriundos de um tipo de produção que minimize o impacto ambiental.
O tema marketing verde ou ambiental, cuja produção literária, ainda é
pequena tem como objetivo contribuir de modo que as pessoas tenham uma visão
mais crítica na hora de escolher seus produtos; mostrar o modo como ele é
produzido, enfim, identificar quais são as empresas que estão tendo o cuidado
com seus consumidores, com o meio ambiente em que vivem e uma preocupação com
as futuras gerações. Desse modo, tem crescido o número de consumidores
preocupados com o meio ambiente bem como empresários adeptos ao termo
“ambientalmente correto”, usuários da ferramenta “marketing verde”.
As exigências desses consumidores estão fazendo com que as empresas
encontrem respostas rápidas e decisivas, buscando assim construir uma imagem
diferente frente a esse mercado em expansão. Assim, o consumo dos produtos
“verdes” não é apenas uma tendência, mas um fenômeno de marketing que
deve ser bem tratado.
Marketing verde e marketing ambiental são sinônimos, porém para uma
aceitação e entendimento melhor diante da grande massa, foi preciso a utilização
de um termo mais próximo do dia a dia das pessoas. Os consumidores dos produtos
verdes pertencem a uma nova geração que está crescendo e possui uma consciência
mais apurada, no sentido de estarem em maior contato com a informação, afinal
não é nada difícil ter acesso a informações sobre o aquecimento global, a
falta de cuidado com o nosso planeta. Em quase todos os jornais, revistas e
noticiários é possível ler e ouvir que o planeta parece estar pedindo ajuda
devido a nossa falta de cuidados para com ele.
O marketing verde tem um grande desafio que é fazer os produtos passarem
pela aprovação dos selos verdes, e de ser aprovado pelos consumidores
exigentes que procuram cada vez mais esse tipo de produto. O principal desafio
do marketing verde além de colocar no mercado produtos cuja fabricação não
agrida o meio ambiente, é fazer uma campanha limpa e clara para educar esses
futuros consumidores e dessa forma se manter sempre em alta no mercado
competitivo.
A educação ambiental junto com o marketing verde possibilita ampliar
ainda mais a consciência das pessoas junto ao que se considera
“ecologicamente correto”. Uma sociedade que no seu dia-a-dia utiliza-se dos
conceitos da educação ambiental, no sentido de agir com mais cautela na hora
da compra, de cuidar de sua comunidade, trabalhar suas atitudes junto à
preservação de nosso Planeta estará também compartilhando das ações do
marketing verde. A educação tem o
poder de mudar as pessoas, logo pode contribuir fortemente para mudar o mundo e
a partir de um processo educacional. No caso da educação voltada para a busca
das resoluções dos problemas ambientais, podemos observar que a
maioria das organizações incorporou a temática ambiental
e a defesa do meio ambiente passou a ser
percebida como uma nova postura pública das empresas. Tal atitude é um
reflexo da consciência empresarial sobre seu papel na sociedade global, que não
pode mais se guiar pela estratégia da indiferença. É notório o trabalho
desenvolvido por organizações que, por meio de um plano de ação ambiental, vêm
tentando demonstrar suas ações junto a comunidades locais e à sociedade em
geral. Faz-se necessário, por isso, resgatar a importância e o lado positivo
da comunicação institucional e mercadológica na luta pela preservação
ambiental, desmistificando-se os velhos estereótipos de que, se algo parte de
empresas, há somente interesses comerciais em jogo. (PEREIRA 2004, p. 4). Alguns conceitos de
Marketing No uso diário, marketing
significa "comercialização", mas também todo o conjunto de
atividades de planejamento, concepção e concretização, que visam a satisfação
das necessidades dos clientes, presentes e futuros, através de produtos/serviços
existentes ou novos. Segundo Boone & Kurtz
(1998, p. 7), em 1985, a American Marketing Association estabeleceu uma definição
mais abrangente: Marketing
é o processo de planejamento e execução da concepção, preço, promoção e
distribuição de idéias, bens e serviços, organizações e eventos para criar
trocas que venham a satisfazer objetivos individuais e organizacionais. Conforme Kotler e Keller
(2006), marketing é um
processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de
que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de
produtos e serviços de valor com outros. Stevens et al (2001, p. 4
-5), mencionam que ao longo dos anos surgiram várias definições de marketing,
mas dentre elas a que parece ser bem
completa indica que, O
marketing direciona as atividades que envolvem a criação de produtos em
segmentos de mercado identificados. (...). Primeiro, o marketing dá
direcionamento à empresa. (...). Segundo, o marketing envolve o desempenho de
atividades e funções específicas. Essas funções constituem o trabalho ou
essência do marketing. (...). Terceiro, o marketing envolve tanto a criação
quanto a distribuição de bens e serviços. (...). Finalmente, o marketing diz
respeito a consumidores e à identificação de uma necessidade de mercado. Marketing
Verde
Nos dias atuais é comum ouvir falar da preocupação da sociedade com
questões ambientais, e esse assunto de grande relevância vem atingindo todos
os níveis e classes, sejam estes dentro do dia-a-dia das pessoas como também
na estratégia das empresas, que são “obrigadas” a adotar um Programa de
Marketing Ambiental também chamado de Marketing verde ou Marketing Ecológico. O
marketing ambiental pode ser entendido como uma modalidade que objetiva o
desenvolvimento de produtos e serviços para atender as necessidades de
consumidores mais exigentes, mais conscientes ecologicamente e assim, contribuir
para a formação de uma sociedade mais equilibrada e mais sustentável. Por
incorporar uma série de atividades, que inclui a modificação de produtos,
mudança nos processos de produção, mudanças nas embalagens, assim como
adequação de propagandas, a definição de marketing verde torna-se difícil
(Guimarães, 2006). Entretanto, cabe-nos trazer alguns conceitos como, por
exemplo, Magalhães et al (2008), para quem O termo marketing
verde refere-se aos instrumentos mercadológicos utilizados para explorar os
benefícios ambientais proporcionados por um produto. Os benefícios ambientais
mais valorizados são aqueles que contribuem para a sustentabilidade dos
ecossistemas do planeta. Como a sustentabilidade dos recursos naturais necessários
para a produção de bens destinados ao consumo humano implica mudanças
quantitativas e qualitativas da oferta e da demanda, a utilização do marketing
verde pressupõe a idéia de que seja possível criar riquezas com a diminuição
de impactos ambientais negativos e a promoção de mudanças sociais que afetem
os hábitos de consumo no mercado (GONZAGA, 2005). O Marketing verde, ou
ambiental, surge, então, como ferramenta de apoio e monitoramento, desde o
processo de desenvolvimento, produção, entrega, até o descarte do produto,
buscando atender as necessidades e desejos dos consumidores e apresentando aos
seus vários públicos a busca pelo lucro com responsabilidade ambiental.
Trata-se, portanto, de uma nova orientação (...), onde se percebe que o
marketing verde pode colaborar de modo fundamental no processo de
desenvolvimento de produtos ambientalmente corretos. (MAIA; VIEIRA (2004, p. 23
-24). Na concepção de
Polonsky (1994, apud Guimarães, 2006), Marketing verde ou
ambiental consiste em todas as atividades planejadas para gerar e facilitar,
trocas voltadas a satisfazer as necessidades e desejos humanos, de modo que a
satisfação dessas necessidades e desejos ocorra com o mínimo de impacto sobre
o meio ambiente. Portanto, essa definição incorpora aspectos da definição tradicional
de marketing ao manifestar que todas as atividades planejadas para gerar e
facilitar as trocas visem a satisfazer as necessidades e desejos humanos
conforme Kotler (2000), bem como, inclui a proteção do ambiente natural,
observando minimizar e não eliminar o impacto ambiental que tais trocas podem
causar. Segundo Guimarães (2006), essa nova abordagem de marketing conformou o
conceito de marketing ambiental que é definido por Peattie & Charter,
2003 (apud Guimarães, 2006, p. 67) como “a gestão holística dos processos
responsáveis por identificar, antecipar e satisfazer as necessidades dos
clientes e da sociedade, de uma forma lucrativa e sustentável”.
O Marketing verde está representado nas organizações através dos
esforços das mesmas em satisfazer as expectativas dos consumidores em adquirir
produtos ecologicamente corretos ao longo de seu ciclo de vida (produção,
embalagem, consumo, descarte, etc). Sendo assim, todo esse esforço deve ser
feito através de uma divulgação na qual passa haver um maior consumo gerando
assim maiores lucros para as empresas.
Para uma empresa aderir a um Programa de Marketing Ambiental é preciso
muito estudo e dedicação, pois não é tão simples adotar esse tipo de
Programa. A adoção do marketing com seriedade é fundamental, pois isso
representa uma melhora na posição competitiva para as empresas. As empresas
que adotam o Programa de Marketing Ambiental se colocam numa posição na qual
passam a ser mais socialmente responsáveis quanto às expectativas da
sociedade, através de serviços e produtos com menos impactos ambientais.
Toda essa preocupação com o meio ambiente não é recente e teve seu início
quando o mundo começou a prestar mais atenção nas questões relativas ao meio
ambiente. O marketing ambiental não se limita
apenas em oferecer produtos que tenham alguns atributos verdes, tais como,
produtos recicláveis ou que não destruam a camada de ozônio, por exemplo. O
marketing ambiental parte do princípio que é preciso que a empresa se
posicione como ambientalmente responsável, e para isso ela precisa ter toda sua
estrutura atendendo a um conceito ambientalmente responsável em todas as suas
atividades. Para tanto, todos os seus funcionários precisam estar conscientes
de seu papel e agir de modo a não terem nenhuma falha no tocante ao
comportamento relacionado ao ambiente saudável. A responsabilidade
empresarial quanto ao meio ambiente deixou de ter apenas característica compulsória
para transformar-se em atitude voluntária, superando as próprias expectativas
da sociedade. A compreensão dessa mudança de paradigma é importante para o
setor produtivo brasileiro como um todo, e essencial para uma expressiva parcela
voltada à exportação. Situar-se acima das exigências legais, mediante
sistema de gestão ambiental, deixa de ser apenas uma estratégia preventiva
para constituir-se em vantagem competitiva e diferencial de mercado. Isto porque
as melhorias introduzidas (novos processos e tecnologias) decorrentes do
ajustamento da empresa a níveis mais elevados de qualidade ambiental freqüentemente
resultam no uso mais racional e produtivo de insumos, reduzindo os custos de
produção. As mudanças podem gerar novas oportunidades de negócios (PEREIRA
2004, p. 6). Caso ocorram falhas no comportamento ambientalmente responsável
dessa empresa, a reconstrução de sua imagem será muito demorada e complicada,
uma vez que vai passar a ser vista como uma empresa cujas práticas não estão
associadas a uma visão comprometida com a melhora da qualidade do ambiente em
que vivemos.
As expectativas dos consumidores quanto à proteção ambiental estão em
constante mudança, e as empresas precisam estar freqüentemente se aperfeiçoando
no que diz respeito ao seu comportamento em relação a proteção ambiental,
adotando assim uma atitude pro ativa com objetivos de contribuir para a melhora
do meio ambiente, como por exemplo a não emissão de partículas poluentes.
Para se atingir metas cada vez mais rígidas; metas essas que são impostas
através das exigências que o governo faz para as empresas se encaixarem em um
modelo considerado ambientalmente saudável. Na maioria das vezes essas exigências
vêm através dos selos verdes que uma empresa obtém para aumentar sua
credibilidade no mercado diante de uma parcela da sociedade que está cada vez
mais exigente.
Mas, quais os motivos que levariam as
empresas adotarem um Programa de Marketing Ambiental? Um deles é a redução de
custos, afinal a maior parte da poluição é resultado de processos
ineficientes onde não se aproveita completamente os materiais utilizados; outro
seria a satisfação dos funcionários e acionistas de estarem fazendo parte de
uma empresa com o compromisso de contribuir para a proteção ambiental, gerando
assim um aumento na produtividade da empresa e conseqüentemente esse aumento irá
gerar uma maximização dos lucros.
Ao aderir a este Programa, as empresas ainda podem contar com uma
facilidade na obtenção de recursos junto a bancos ou até organizações de
desenvolvimento, que possuam uma linha de créditos específica para projetos
ligados a proteção ou conservação do meio ambiente. Além disso, a pressão
governamental no mundo todo é muito grande sendo punida as empresas que tenham
causado algum impacto ambiental significativo. Já é possível encontrar
diversas certificações que comprovam a eco eficiência das empresas, e uma
delas é a ISO 14000 e os selos verdes que atestam as condições ambientais,
tanto dos processos produtivos quanto dos produtos. Essas certificações,
inicialmente representavam apenas um diferencial competitivo, mas atualmente estão
se tornando um pré-requisito para a exportação de diversos produtos, isto por
que alguns países desenvolvidos têm uma forte preocupação com as questões
ambientais. Logo é gerada uma grande demanda por produtos com apelo ecológico.
O Brasil também está começando a ter essa consciência ecológica, de forma a
demonstrar que os selos verdes estão deixando de ser um diferencial competitivo
e passando a ser uma questão de sobrevivência para as empresas. Quando
a questão do marketing ambiental é aplicável a empresas que comercializam
bens e ou serviços relacionados ao controle ambiental, tudo anteriormente
exposto deve ser tratado pensando que o seu cliente comprador dispõe de um mínimo
de cultura ambiental crescente e conhecimentos técnicos suficientes para
diferenciar o que é um simples argumento de propaganda, uma apologia, o que
dependendo do caso pode até resultar em duvidas ou desqualificações (MARKETING
AMBIENTAL, 2008).
Hoje, as equipes envolvidas na compra ou contratação conseguem avaliar
e diferenciar, não somente aquilo que é apresentado e até demonstrado no
produto ou serviço, os conhecimentos culturais dos contratos diretos. O
trabalho também consiste em verificar o engajamento e conhecimentos da empresa
na problemática e soluções ambientais no contexto global, questões essas
cada vez mais relevantes. Educação
Ambiental: um caminho para uma sociedade mais consciente O processo de industrialização
das nações desenvolvidas ao longo das últimas décadas trouxe inúmeros benefícios
econômicos, mas, severos danos ambientais. A humanidade desfruta nesta era de
um conforto proporcionado por uma grande quantidade e variedade de produtos e
serviços que muitas vezes, levaram a um custo ambiental bastante elevado. Nas
últimas décadas, os governos de diversos países em parceria com a iniciativa
privada, têm buscado soluções para o conflito entre o desenvolvimento econômico
e a preservação ambiental. O tão proclamado Desenvolvimento Sustentável,
ainda não foi, entretanto, concretizado pelos países industrializados e suas
organizações, devido a continuidade dos problemas ambientais (efeito estufa,
chuva ácida, lixo nuclear, poluição atmosférica e aquática, desmatamentos,
entre outros agravos ambientais)
decorrentes das atividades produtivas. À medida que a humanidade
vai tomando consciência do seu papel social, da sua responsabilidade com a
preservação dos recursos naturais, muito se tem questionado acerca da postura
responsável de algumas empresas, frente o impacto ambiental negativo decorrente
das suas atividades produtivas e mercadológicas baseadas na produção de massa
e no consumismo (mercado globalizado). A partir dos anos 70 do século XX, foram realizadas muitas conferências
que indicaram a necessidade de se conscientizar a população mundial para os
riscos de desastres ambientais. Nesta época o movimento ambientalista começou
a crescer, com a criação de grandes ONGs ambientalistas, como o Greenpeace,
a WWF, entre outras. As várias interferências destes grupos se dão através
de propostas de atuação diferenciadas cujo objetivo está em melhorar a
qualidade do meio ambiente. A partir desse período, as pessoas começaram a ter
maior acesso a informações sobre o meio ambiente e o receio das empresas serem
relacionadas a ameaças e acidentes ambientais passou a representar uma arma
poderosa na luta por melhor qualidade do meio ambiente.
Nos últimos anos é possível que empresários, educadores e estudiosos
que atuam na área da educação ambiental tenham consciência cada vez maior da
amplitude do projeto de educação ambiental que vêem ajudando a construir. A
percepção de que o meio ambiente não é apenas um objeto de estudo, o meio
ambiente é na verdade a própria vida que se encontra na natureza e na cultura,
um espelho de nossa identidade, nossas relações com o outro etc (SAUVÉ,
1999).
Logo, educação ambiental não é uma forma de educação como tantas
outras, ou mesmo de uma resolução de problemas ou de gestão do meio ambiente.
A educação ambiental é uma relação de interação que está na base do
desenvolvimento pessoal e social. Nas palavras de Sauvé (2005, p. 317): A
educação ambiental visa induzir dinâmicas sociais, de início da comunidade
local e, posteriormente, em redes mais amplas de sociedade, promovendo a
abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais e uma compreensão
autônoma e criativa dos problemas que se apresenta, e das soluções possíveis
para eles.
A educação ambiental vai além da simples educação sobre ou em prol
do ambiente natural; o objeto da educação ambiental é a nossa própria relação
com o meio ambiente como um todo, tanto o natural quanto o construído. Segundo
Sauvé (Idem), para intervir de modo mais apropriado, o educador deve levar em
conta as múltiplas facetas dessa relação, que correspondem a modos diversos e
complementares de aprender com o meio ambiente.
Assim, de acordo com a mesma autora, temos diversas representações do
meio ambiente que podem ser identificadas e caracterizadas, e desse modo é possível
afirmar que diante desse conjunto de conceitos que a relação com o meio
ambiente se desenvolve, uma educação ambiental limitada a um ou outro conceito
seria inviável e teríamos uma visão distorcida do que seja “estar no
mundo”.
Considerando toda essa amplitude, o projeto de educação ambiental deve
ser levado a sério por ser de difícil realização e com isso é preciso o
envolvimento de todos os setores, seja no espaço formal, como no não formal,
museus, municipalidades, empresas, comunidades, etc. Cada um no seu contexto de
uma educação para o ambiente deve traçar metas para alcançar os objetivos.
Existe um número cada vez maior de projetos de educação ambiental por parte
desses espaços (formal e não formal) onde são feitas diversas pesquisas e
reflexão sobre os cuidados com o ambiente. Um patrimônio pedagógico, que
permite comunidades, escolas, enfim todos que estiverem interessados em conhecer
melhor essa nova linha de pensamento, entrar em contato com uma pluralidade de
referências de várias correntes de pensamentos e práticas na educação
ambiental. As
práticas educacionais devem ser inseridas na interface dos problemas
socioambientais, onde devem ser compreendidas como parte do macrossistema
social, subordinando-se ao contexto de desenvolvimento existente, que condiciona
sua direção pedagógica e política. Quando nos referimos à educação
ambiental, a situamos num contexto mais amplo, o da educação para a cidadania,
configurando-se como elemento determinante para a consolidação de sujeitos
cidadãos (JACOBI, 1991).
Assim, o consumidor passa a ter consciência sobre seus direitos
individuais e a empresa avança na busca da qualidade. O consumidor avança na
direção da consciência com relação ao coletivo e a empresa progride no
sentido da responsabilidade social. Um processo dialético, no qual se tem uma
espiral evolutiva na relação do consumidor com as empresas e das empresas com
a sociedade, comenta Young (2000).
Para um desenvolvimento socialmente sustentável é preciso alguns
elementos como a participação, a organização, a educação e o
fortalecimento das pessoas. O desenvolvimento sustentado não tem como foco a
produção, mas sim as pessoas, logo deve ser apropriado não só aos recursos e
ao meio ambiente, mas também à cultura histórica e aos sistemas sociais do
local onde ocorre (NUNES, 2005).
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de
planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse
conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em
conta o meio ambiente.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico,
que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de
desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos
recursos naturais dos quais a humanidade depende. Atividades econômicas podem
ser encorajadas em detrimento da base dos recursos naturais dos países. Desses
recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como
o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável sugere, de
fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas
e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem (NUNES, 2005).
Para alcançarmos o Desenvolvimento Sustentável, a proteção do
ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de
desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente; cabe destacar a
diferença entre crescimento e desenvolvimento. O primeiro não conduz
automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em
consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo
de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. O
desenvolvimento, por sua vez,
também se preocupa com a geração de riquezas, mas tem o objetivo de distribuí-las,
de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração,
portanto, a qualidade ambiental do planeta (BURSZTYN, 1994).
Logo, trabalhar com o objetivo de atingir o Desenvolvimento Sustentável
é uma tarefa bastante minuciosa que segundo Sato & Santos (1996), tem seis
aspectos prioritários que devem ser entendidos com metas: ·
A satisfação das necessidades básicas
da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc); ·
A solidariedade para com as gerações
futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver); ·
A participação da população
envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e
fazer cada um a parte que lhe cabe para tal); ·
A preservação dos recursos
naturais (água, oxigênio, etc); ·
A elaboração de um sistema
social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas
(erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações
oprimidas, como por exemplo, os índios); ·
A efetivação dos programas
educativos.
Na tentativa de chegar ao Desenvolvimento Sustentável, sabemos que a
Educação Ambiental é parte vital e indispensável, pois é a maneira mais
direta e funcional de se atingir pelo menos uma de suas metas: a participação
da população. Educação
Ambiental e as organizações juntas no alcance da melhor qualidade de vida para
a sociedade.
É possível afirmar que nas próximas décadas uma qualidade de vida
satisfatória irá depender dos esforços empreendidos pela humanidade na busca
de melhorar as condições do meio ambiente e a educação ambiental tem um
papel fundamental, ou seja, promover a capacidade da sociedade compreender os
princípios básicos da ecologia e viver de forma respeitosa para com eles.
Nesse sentido, a educação tem que ser uma qualificação essencial dos políticos,
empresários e profissionais de todas as áreas.
Segundo Mayor (1998), a educação é a chave do desenvolvimento sustentável,
auto-suficiente -, uma educação fornecida a todos os membros da sociedade,
segundo modalidades novas e com a ajuda de tecnologias novas, de tal maneira que
cada um se beneficie de chances reais de se instruir ao longo da vida. Devemos
estar preparados em todos os países para remodelar o ensino, de forma a
promover atitudes e comportamentos que sejam portadores de uma cultura da
sustentabilidade.
Bertalanffy (1977), em sua Teoria Geral dos Sistemas, enfatiza que tudo
está unido a tudo e que cada organismo não é um sistema estático, fechado ao
mundo exterior, mas sim um processo de intercâmbio com o meio circunvizinho, ou
seja, um sistema aberto num estado quase estacionário, onde materiais ingressam
continuamente, vindos ao meio ambiente exterior e neste são deixados materiais
provenientes do organismo.
A idéia das empresas de indicar as formas de consumo vem ao encontro da
possibilidade de desenvolver uma economia com menos degradação ambiental bem
como em ajudar a construir um ambiente socialmente justo. Muitas vezes os
consumidores não têm noção das conseqüências de suas escolhas para a própria
saúde, para o meio ambiente e para a sociedade.
O consumo consciente se baseia no conjunto das relações de consumo
pautadas na ética e no compromisso de se construir sociedades mais justas,
generosas e responsáveis. O consumidor responsável precisa ter informação,
vontade e capacidade de decisão autônoma. A atitude do consumidor consciente
está intrinsecamente ligada à responsabilidade social empresarial, sendo
importante lembrar também que esta questão engloba temas relacionados a ações
da empresa, a não utilização do trabalho infantil, a proteção da saúde dos
seus trabalhadores, a não existência do trabalho escravo, a boa relação com
os colaboradores e ao respeito com os consumidores.
É necessário que a sociedade além de ter uma atitude ecologicamente
correta no dia a dia, na hora de fazer suas compras também precisa dar preferência
às empresas que tenham certificados ou selos de responsabilidade que assegurem
um padrão de produção sustentável.
Entre as certificações empresariais mais utilizadas no Brasil existem
as da serie ISO (International Organization for Standardization) para a gestão
da qualidade (ISO 9000) e gestão ambiental (ISO 14000). Para os produtos
provenientes de florestas existe o selo FSC (sigla em inglês para Forest
Stewardship Council, que significa Conselho de Manejo Florestal), que garante a
origem da madeira ou de outro insumo florestal. Quanto à certificação de
alimentos existe mais de quinze selos para produtos orgânicos entre eles o IBID
(Instituto Biodinâmico) e a ABIO (Associação de
Agricultores Biológicos); quanto ao
consumo de energia, o PROCEL (Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica) certifica dos eletrodomésticos que consomem menos energia.
Para o reconhecimento e até um incentivo para essas empresas, já
existem alguns prêmios ambientais, dentre eles destacamos: Prêmio Bayer
Environmental Award for Media, Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, Prêmio de
Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica, Prêmio EcoPET, Prêmio
Finep de Inovação Tecnológica, Prêmio Fundação Banco do Brasil de
Tecnologia Social, Prêmio Mata Atlântica de Incentivo às Iniciativas
Municipais. Educação
Ambiental, Marketing Verde e sustentabilidade ambiental.
O conceito de desenvolvimento foi objeto de controvérsias e, até
recentemente, a abordagem era ver desenvolvimento e crescimento econômico como
sinônimo. A incorporação do marco ecológico nas decisões econômicas e
sociopolíticas têm na construção do conceito de desenvolvimento sustentável
um referencial que assume visibilidade, e que coloca o desenvolvimento como uma
forma de modificação da natureza e, portanto, deve contrapor-se tanto aos
objetivos de atender às necessidades humanas e de outro lado, seus impactos, e
dentre eles, aqueles que afetam a base ecológica (JACOBI, 2003).
Em 1973, utilizou-se pela primeira vez o conceito de eco desenvolvimento,
para caracterizar concepções alternativas de desenvolvimento, cujos princípios
posteriormente viriam a se integrar à chamada Comissão Brundtland[1].
Tinham como pressuposto a existência de quatro dimensões do
ecodesenvolvimento, a saber: ·
sustentabilidade social; ·
sustentabilidade econômica; ·
sustentabilidade ecológica; ·
sustentabilidade espacial.
Apesar das críticas a que tem sido sujeita, a noção de
“sustentabilidade” pode se tornar quase universalmente aceita porque reuni
sob si posições teóricas e políticas contraditórias e até mesmo opostas
(NOBRE, 2002).
A Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento- Rio 92- constituiu-se num
momento importante para a institucionalização da problemática ambiental,
sendo que os temas da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável foram
adotados como referenciais que presidiram todo o processo de debates. Segundo
Nobre (Idem), os resultados da Conferência foram aquém dos pretendidos pelos
organismos proponentes e a discussão ambiental sofreu uma separação entre
negociações em torno de acordos ambientais globais e aquelas referentes à
implementação de projetos de desenvolvimento sustentável de âmbito nacional,
notadamente a agenda 21.
O marketing sempre busca estar à frente, divulgando novas tendências do
mercado, os comportamentos dos consumidores que sempre variam com o tempo e até
os impactos que os seus produtos e serviços oferecidos podem causar ao meio
ambiente. Sempre estudando as melhores estratégias para que tanto o seu público
alvo quanto a sociedade em geral percebam o que pode ser feito para que todos
ganhem.
Todo o mercado globalizado, principalmente a concorrência, exige cada
vez mais do marketing um conhecimento maior, com estudos contínuos, pesquisa e
desenvolvimento que estão caminhando juntas e trabalhando constantemente para
que os produtos e serviços ofertados estejam em vantagem sobre os produtos e
serviços da concorrência. ·
A crescente preocupação com o
meio ambiente está fazendo surgir novas tendências como, por exemplo, o
eco-design que atua principalmente nas áreas de arquitetura,
engenharia
e design
que tem como objetivo a projeção de lugares, produtos e serviços que busquem
reduzir o uso de recursos não-renováveis ou minimizem o impacto ambiental. Este campo de atuação
coloca a possibilidade dos profissionais de marketing ambiental atuarem de forma
significativa, já que, como foi mencionado, o eco-design está ligado
diretamente à pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços ambientalmente
eficientes, ou seja, o eco-design é um meio de manter a qualidade de vida,
substituindo produtos e processos agressivos por outros menos nocivos ao meio
ambiente. Por considerar alguns princípios como, por exemplo, a escolha de
materiais de baixo impacto ambiental, isto é, menos poluentes, não tóxicos ou
de produção sustentável ou reciclado, ou que requerem menos energia na
fabricação; a confecção de objetos feitos a partir da reutilização ou
reaproveitamento de outros materiais (projetar o objeto para sobreviver seu
ciclo de vida, criar ciclos fechados), o eco-design vem sendo visto como uma
ferramenta importante que pode contribuir para atingir o desenvolvimento sustentável.
O profissional de marketing entende que esse novo mercado não se
constitui apenas em mais uma moda, mas sim no entendimento do ciclo de vida de
produtos e serviços. A partir desse ponto de vista trabalhar com marketing
requer uma visão de futuro, voltada para uma preocupação maior com o bem
estar dos consumidores, da sociedade e do mundo, em busca da sustentabilidade
ambiental.
Assim as empresas precisam assumir responsabilidades perante a sociedade,
com seus consumidores e com o meio ambiente para ganharem confiança e força no
mercado, caso contrário estarão fadadas ao fracasso.
Mas para que isso aconteça é preciso também que toda a sociedade tenha
consciência de seu papel no que se refere a busca da sustentabilidade
ambiental, e a educação ambiental é uma ferramenta apropriada para
trabalharmos a importância da questão ambiental, enfatizando a consciência de preservação do ambiente em que
vivemos.
A idéia do desenvolvimento sustentável (Bursztyn, 1994) é buscar
conciliar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental e ainda ao fim
da pobreza no mundo. As metas do desenvolvimento sustentável são: ·
satisfazer as necessidades básicas
da população (educação, alimentação, saúde, lazer etc); ·
solidariedade com as gerações
futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver); ·
participação da população
envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e
fazer cada um a parte que lhe cabe para tal); ·
preservar os recursos naturais (água,
oxigênio etc); ·
elaborar um sistema social,
garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação
da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como, por
exemplo, os índios).
A educação ambiental é indispensável para se chegar ao
desenvolvimento sustentável, pois talvez seja a maneira mais direta de se
atingir pelo menos uma de suas metas: a participação da população.
Nesse sentido, a educação ambiental se constitui numa forma abrangente
de educação, que pretende atingir todos os cidadãos, através de um processo
pedagógico participativo permanente que tem como objetivo despertar uma consciência
crítica sobre a problemática ambiental. A
educação ambiental poder ter atuação em dois espaços: formal - um processo
institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino -, e informal que
caracteriza-se por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de
métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características
(faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática
ambiental etc). Educação Ambiental foi definida como
uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da Educação, orientada para a
solução dos problemas concretos do meio ambiente, através de enfoques
interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo
e da coletividade na I Conferência Intergovernamental sobre Educação
Ambiental - Tibilisi, Geórgia (ex URSS). A lei 9795 de abril de 1999 que dispõe
sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental, em seu art. 1º manifesta que: entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade (MMA, 2008). Reigota (1994) menciona que, educação
ambiental deve ser entendida como educação política, uma vez que prepara os
cidadãos para exigir justiça social, cidadania global e planetária, autogestão
e ética nas relações sociais e com a natureza.
Para Kornhauser (2001), a educação é o cimento da construção do
desenvolvimento humano sustentável. É preciso elaborar estratégias e
programas de educação relacionados com o ambiente, que abranjam tanto o ensino
escolar como a educação informal, que adotem a perspectiva da educação
permanente a ser desenvolvido pelos poderes públicos, o setor produtivo, o comércio
e as comunidades locais.
Existem várias atividades que possibilitam trabalhar com a Educação
Ambiental em níveis formal e informal, nas escolas e nas empresas de forma
satisfatória. Dentre elas destacamos: visitas
a museus; a zoológicos; passeios em
trilhas ecológicas; formação de Clubes de Ciências para trabalhar
temas como: reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e
preservação do ambiente; Ecoturismo;
Educação ambiental para estudantes e para empresas; campanhas de conscientização ambiental; programas de orientação
ambiental; entre outras. Considerações
finais
Atualmente a humanidade vive um momento em que a preocupação com o
aquecimento global, o desmatamento de nossas florestas e todos os cuidados com a
preservação do meio ambiente vem sendo uma constante no dia-a-dia de todos.
Mas para que todos tenham cuidado em manter vivos nossos recursos naturais, é
preciso que tenhamos consciência da necessidade dessa preservação.
A educação ambiental é um tema em que está presente no discurso de
políticos, empresários, professores e estudantes; nos espaços formais e não
formais de ensino. Por que acredita-se ser um meio bastante eficaz para atingir
um número cada vez maior de pessoas que pensem de maneira preservacionista.
A educação ambiental também está presente no discurso do marketing
verde, ou marketing ambiental, este novo conceito de marketing disposto a se
unir com outras forças e políticas de conservação de recursos naturais com
suas ferramentas estratégicas próprias. Dessa forma irá atingir as
expectativas de seus clientes, como consumidores, e ainda ajudar de forma direta
na preservação do nosso planeta.
Isso acontece por que, as empresas procuram crescer e se desenvolver e
também se preocupam, com a sua nova geração de ‘clientes verdes’, seu público-alvo
que tende a crescer nos anos vindouros. Diversas empresas têm buscado a
sustentabilidade como o ideal a ser atingido. Talvez como a única forma de
sobrevivência em um ambiente voltado para a manutenção e a máxima economia
de recursos naturais. Por fim, podemos considerar que é possível utilizar a
educação ambiental como uma grande aliada do trabalho do marketing verde, no
sentido de contribuir para desenvolver a consciência ecológica das pessoas,
que aos poucos começam a se preocupar mais com o ambiente global e, dessa
forma, têm procurado orientar suas escolhas na hora da compra de forma mais
justa, exigindo que os produtos /serviços consumidos tenham sido elaborados
desde a fabricação até ao consumidor de maneira menos agressiva ao meio
ambiente e com isso alcançando uma melhoria na qualidade ambiental e da própria
qualidade de vida.
Através desse cuidado na hora da aquisição de um produto, tanto a
empresa quanto o cliente saem ganhando, pois os primeiros ao conhecerem o seu
processo produtivo, como forma de controlar os possíveis impactos negativos
causados ao meio ambiente, estarão certos de adquirirem produtos de qualidade,
que satisfazem as suas necessidades, transformando-se em clientes habituais.
Para a empresa, os produtos ecologicamente corretos são mais bem pesquisados e
tratados, evitando desperdícios durante a sua fabricação, reduzindo perdas e
possibilitando também a obtenção de seus lucros. Assim, ambos voltam o seu
olhar para a preservação dos recursos naturais, bem como para o futuro
daqueles que estão por vir e conseqüentemente, podem seguir um
caminho por uma produção e um consumo mais consciente. Referências Bibliográficas BERTALANFFY,
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R. L. Do Yazigi a Internexus, São Paulo: Nobel, 2000. [1] Comissão Brundtland é o resultado do trabalho da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, estabelecida pela Organização das Nações Unidas, presidida por Gro Harlem Brundtland, na época, primeira ministra da Noruega. O trabalho desta comissão resultou no relatório Nosso Futuro Comum, que definiu o conceito de desenvolvimento sustentável, aquele que deve "atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades". |