Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
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Dicas e Curiosidades
SOL E VITAMINA D: FONTES DE LONGEVIDADE
Pesquisas em todo o mundo mostram a importância do Sol para a produção da vitamina D UFBA Por Mariana Alcântara alcmariana@hotmail.com
Chegar bem cedo à praia, deitar na areia e tomar sol até a pele ficar bronzeada é costume de muitos brasileiros. Apesar dos alertas dos dermatologistas de que o excesso de exposição à radiação ultravioleta (UV) causa câncer de pele, o fato é que, para muitos pesquisadores, a sua quase ou total anulação também pode acarretar riscos. Esse lema é defendido pelo médico John Cannel, presidente do Conselho da Vitamina D, organização americana sem fins lucrativos que tem por objetivo extinguir o déficit do nutriente nas pessoas. Cannel revela que “tomar sol é imprescindível para a produção de vitamina D, elemento essencial para fortalecer o sistema imunológico e garantir o bom funcionamento do organismo”. Quinze minutos de exposição é o bastante para uma vida saudável.
Impulsionado em divulgar os benefícios da substância e recentes descobertas no tratamento e prevenção de doenças, Cannel tem feito palestras em todo o mundo alertando sobre a importância da vitamina D para o bem estar das pessoas. “Constatei que a pele produz aproximadamente 20 mil unidades internacionais (UI) de vitamina D em resposta a vinte ou trinta minutos de exposição solar, um número cem vezes superior ao recomendado pelo governo dos Estados Unidos, que é 200 UI por dia”. Esta descoberta mudou a minha vida”. Recomendações – Não faltam publicações enaltecendo o poder terapêutico da substância. Na última reunião da Academia Americana de Pediatria, em outubro do ano passado, em Boston, instituiu-se, com base em recentes pesquisas, a nova recomendação para a dose diária da vitamina D em bebês. O valor subiu de 200 UI para 400 UI em crianças de qualquer latitude e cor de pele. O Canadá já havia feito esta mesma prescrição, anteriormente. Estudos realizados pelo Instituto de Investigação do Câncer, em Oslo, na Noruega, concluíram que tomar sol com moderação pode trazer mais benefícios do que riscos. Esta pesquisa também constatou que, em países próximos do Equador, como Brasil e Austrália, as pessoas produzem 3,4 vezes mais vitamina D do que quem vive na Grã-Bretanha, e 4,8 vezes mais do que na Escandinávia. Outra observação, possível de ser vista na edição de dezembro de 2008 do Journal of the American College of Cardiology, é de que a falta de vitamina D pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Este estudo associou baixos níveis da vitamina a fatores de risco como hipertensão, obesidade e diabetes. Munido dessas e de outras pesquisas divulgadas por renomados centros de pesquisas, John Cannell, que é uma das mais importantes lideranças dentro do debate internacional sobre a vitamina D, alerta para a relação entre os baixos índices da substância a males como o mal de Parkinson, autismo, doenças auto-imunes e diferentes tipos de câncer como o de mama, colo de útero e próstata, dentre outros. “Os estudos indicam que ao evitar se expor à radiação solar com frequência, a pessoa precisa ingerir cerca de 5 mil UI de vitamina D por dia”, diz. Só para ter idéia do que esta quantidade significa, seria necessário beber cinquenta copos de leite ou tomar dez tabletes de multivitaminas para atingir esta prescrição. Nada disto é aconselhável”. No entanto, o médico alerta para o excesso da ingestão da substância: “Algo acima de 20 mil UI pode se tornar prejudicial à saúde”. Quando perguntado sobre a recomendação de exposição solar para pessoas que moram em cidades como Salvador, onde a incidência de raios UV e UVB é alta durante todos os dias do ano, o médico americano disse: “Bastam apenas quinze minutos. Metade de costas e metade de frente”. OMS – Diante das calorosas discussões entre pesquisadores sobre os benefícios e males da exposição à radiação ultravioleta, um relatório da Organização Mundial de Saúde, publicado em 2006, define algumas considerações importantes. O documento diz que entre as medidas de precaução recomendadas está a limitação do tempo da exposição ao Sol nos horários em que os raios ultravioletas são mais intensos. Outras observações são o aproveitamento dos espaços sob a sombra e o uso de protetor solar com fator de proteção acima de 15. A notificação desaprova o bronzeamento artificial, e sugere que seja proibido para menores de 18 anos. Além disso, a OMS recomenda a procura de um médico para avaliar a saúde do paciente. Quinze minutos de exposição solar é o bastante para uma vida saudável. |