Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
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Plantas medicinais
Sandra Barbosa Ecologia / UCPEL; Lauis B. Correa/ Biologia - UFPEL; Lisandro Gonçalves – Biologia – ULBRA, Catiélen Garcia Biologia UCPEL
Introdução O Brasil passa por peculiar situação econômica, onde a contenção de gastos tornou-se uma prática diária nas mais diversas situações. O uso de plantas medicinais é historicamente uma prática popular, introduzida nas comunidades carentes como alternativa de redução de gastos em medicamentos, surge de forma paralela a figura do “curandeiro ou benzedor” que sempre receita o uso de plantas medicinais como paliativo a sintomas de doenças. Em via de regra estas informações são passadas por pessoas da comunidade que não tem uma capacitação para desenvolver esta prática, o que poderá ser danoso a curto ou longo prazo á saúde pública. A cultura popular de uso de medicamentos naturais, hoje muito pesquisadas nos meios academicos, já tem fundamentação cientifica para ser aplicada na saúde, porém deve-se ter o cuidado de conhecer as plantas desde seu plantio (tipo de solo, condições sanitárias e biológicas, irrigação) até a colheita e armazenamento, bem como o transporte e local de venda. BOARIM (1997) define como qualidade de saúde “o hábito alimentar que as pessoas possuem”, indo mais além quando nos diz que a melhora e o restabelecimento de um doente depende da conduta consciente em relação a sua saúde. O objetivo do trabalho foi informar as comunidades carentes dos riscos do uso de plantas medicinais e formas de consumo adequadas. A EA tem por principio a conscientização e a promoção de mudança de hábitos, objetivando sempre uma melhor qualidade de vida ao ser humano e aos ecossistemas, desta forma as técnicas utilizadas pela EA foram decisivas na conscientização das comunidades carentes quanto ao uso de plantas medicinais como alternativas de tratamento de saúde, seja de uso interno ou externo.
Metodologia : Foram pesquisas algumas plantas de uso continuado em comunidades carentes e partindo desta relação, houve uma orientação para formas de cultivo, preparação do solo, colheita, armazenamento e consumo. Através de palestras, oficinas onde foram apresentados vídeos também foram feitas práticas do uso de chás, infusão, sabonete, xarope, foi possível desmistificar o uso de algumas plantas, bem como promover o reconhecimento correto de outras que, em algumas localidades tem um nome popular, em outras este mesmo nome é utilizado para outra planta, o que nos leva a orientar o uso somente com recomendação de profissional habilitado. Os moradores foram orientados as formas de elaboração de hortas, tipo de contágios possíveis e formas de prevenção de pragas. As oficinas e palestras ocorreram nas residências das localidades, sendo que dentro do possível escolhia – se a escola como ponto de referência, e nela foram feitas as hortas. As comunidades que manifestaram o desejo de implantar o projeto que utilizava EA COMO PROMOTOR DE INFORMAÇOES PARA O USO ADEQUADO DE PLANTAS MEDICINAIS foram, em Pelotas a comunidade do bairro Dunas, que juntamente com a escola e a associação do bairro desenvolveu o projeto, assim como alguns de seus moradores adotaram a prática de hortas sustentáveis orientadas. Em Rio Grande a comunidade da escola Maria Angélica na localidade do Taim, implantou o projeto e desenvolveu a prática da confecção da horta como parte da avaliação dos alunos, em S. Vitória do Palmar o projeto foi implantado em palestras para os alunos das escolas públicas que levavam orientações para suas casas ficando acesso aos pais procurar multiplicadores para orientações, nesta comunidade o projeto foi coordenado pela ONG – SIC.
Algumas plantas orientadas nas oficinas e palestras.
Fonte : Plantas que curam – Panizza/1998. RESULTADOS O comparecimentos de grande número de moradores das comunidades, nas reuniões, palestras e oficinas, bem como o interesse permanente em informações sobre plantas medicinas, nos traz como resultados a importância dos programas de EDUCAÇAO AMBIENTAL INTERDISCIPLINARES, já que o uso de plantas medicinais não esta inserido em nenhuma disciplina de currículo, porém pe uma prática comum entre comunidades pobres e responsável por grande número de problemas em saúde pública destas comunidades. Concluímos que devem ocorrer permanentemente estes programas informativos .
Horta da escola Mª Angélica- Rio Grande Bilbiografia
BOARIM, D., Balbach A. AS HORTALIÇAS NA MEDICINA NATURAL. São Paulo: ed. Vida Plena. 1997. 419p. PANIZZA, S. PLANTAS QUE CURAM – Cheiro De Mato. São Paulo: IBRASA, 1997. 279p. ERVAS & PLANTAS QUE CURAM. Ed. 02, 03. Ed. Escala, São Paulo. 2000. 98p ERVAS & SAUDE. Ed. Ed. Escala, São Paulo. 2000. 50p
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