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        "Para que repetir os erros antigos quando há tantos erros novos a cometer?" (Bertrand Russel). 
      ISSN 1678-0701 · Volume X, Número 36 · Junho-Agosto/2011 
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 A ECOLOGIA HUMANA DE TCHÉKHOV Num texto escrito em 1897, o 
médico e teatrólogo russo mostra porque o ser humano adoece e se torna inimigo 
da natureza AS FLORESTAS  
  "As florestas embelezam a 
terra, ensinam os homens a compreender a beleza, inspiram emoções mais puras. As 
florestas suavizam o clima. E nas regiões em que ele é mais ameno, as pessoas 
não gastam energia lutando contra a natureza. São mais gentis, mais cheias de 
ternura. São mais bonitas e sensíveis, têm o espírito mais flexível, a fala 
elegante, movimentos mais graciosos. As ciências e as artes florescem, a 
filosofia é plena de alegria e os homens tratam as mulheres com refinamento e 
cortesia."   "Eu admito que se cortem 
árvores quando isso é indispensável,  mas porquê destruir florestas? As 
florestas russas estão literalmente gemendo aos golpes dos machados. Milhões de 
árvores vêm sendo destruídas. As tocas dos animais e os ninhos dos pássaros 
desaparecem junto com elas. Os rios perdem profundidade e secam. Paisagens 
fascinantes somem para sempre. E tudo isso acontece apenas porque as pessoas são 
preguiçosas e estúpidas e não querem arrancar o combustível de outras fontes."    "Concorda comigo? Qualquer 
pessoa bastante insensível capaz de consumir uma coisa que não pode ser 
substituída, deve ser considerada bárbara, indigna de nosso respeito. O ser 
humano foi dotado de razão e força criativa pra multiplicar o legado da terra em 
que vive. Mas até agora não criou coisa alguma. Só destruiu. Cada dia é menor o 
número de florestas. Há enchentes e secas em toda parte. Espécies animais são 
exterminadas. O clima se torna hostil ao homem, e a terra mais triste, pobre, 
feia."   AS ÁRVORES "Estou percebendo tua 
expressão de ironia... Que tudo que eu digo não é pra ser levado a sério. É. 
Pode ser que seja tudo mesmo maluquice minha. Mas quando eu passo pelas matas  
que pertencem aos camponeses, matas que ajudei a salvar do extermínio, ou quando 
eu ouço o sussurro dos arbustos que plantei com as próprias mãos, sinto a 
agradável consciência de que também posso influir sobre o clima. E que, se daqui 
a mil anos, a humanidade for um nada mais feliz, eu terei contribuído pra isso. 
Quando planto uma árvore e depois a vejo crescer, se  cobrir de verde e ondular 
ao vento, meu coração se enche de orguho..."   "Quando um homem planta um 
arbusto, sabe o que resultará disso em mil anos, está pensando no futuro da 
Terra. Homens assim são raros. Nós devemos amá-los".     (...)   QUEM É ELE Descendente de servos e filho 
de um pequeno comerciante, Anton Pávlovitch Tchékhov formouse médico e exerceu a 
medicina em uma clínica no interior da Rússia, onde conviveu com os nobres, 
burgueses, intelectuais, funcionários públicos e pequenos trabalhadores. Com 
estilo inconfundível, denunciava e satirizava os absurdos da sociedade e da 
natureza humana.   
Fonte:
http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?materia=NDcy&edicao_id=65  |