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Dinâmica:
“Tsunami
Pessoal” No final de 2004, presenciamos um acontecimento estarrecedor, mais
precisamente em 26 de dezembro de 2004, um terremoto nas profundezas do oceano
provocou um TSUNAMI. Uma enorme onda com uma força e uma velocidade espantosa,
que lavou e levou casas, carros, barcos, famílias... Chegou assim sem avisar... não questionou se podia entrar...
chegou arrebentando tudo, pouco importando quem estava pela frente; ricos ou
pobres, executivos de grandes empresas, embaixadores, embaixatrizes, moradores
da região ou estrangeiros, se estavam trabalhando ou curtindo merecidas férias... Simplesmente veio com uma força estarrecedora, devastadora,
assustadora. E da mesma maneira que chegou se foi... deixando um rastro de dor. Mas a ajuda logo veio de todos os cantos do mundo, a solidariedade
estava alerta, e fez-se mais uma vez presente, fazendo surgir em todos aquela
força que não sabemos possuir , até que precisamos dela. Depois deste acontecimento, eu me peguei pensando em quantos
“tsunamis pessoais” vivemos durante nossa existência, pode vir em forma de
briga com os pais, em forma de troca de emprego, em forma de morte de algum
parente, mudança de cidade, mudança de estado civil, por entrar ou sair da
faculdade, filhos saindo de casa, dívidas, um novo amor... ou até vários
destes fatores acontecendo simultaneamente. Quando nos percebemos, já estamos “arregaçando as mangas” e
torcendo para que “a poeira assente” o mais rápido possível, para
voltarmos a viver em paz até que outro acontecimento nos pegue de surpresa e
comece tudo de novo. No entanto existem momentos em que a vida nos dá indícios de que
o terremoto está por vir, e aí precisamos agir antes da devastação. Pois bem a natureza está nos avisando que não é possível viver
sem lhe dar a devida atenção, nenhum animal selvagem morreu, eles puderam
“prever” este acontecimento e se precaveram. Somos seres humanos, e temos dentro de nós esta intuição que os
animais possuem; a diferença, é que não sabemos mais como ouvir a esta intuição.
Desta forma o exercício que proponho hoje, é o seguinte: Que tal reaprendermos a ouvir o nosso “coração”, nosso
“grilo falante”? Para começar, Entre em seu quarto apague a luz, sente-se no meio do quarto,
feche os olhos, respire fundo, acalme-se... e tente lembrar de alguns itens de
seu quarto com a sua localização EXATA (tipo, travesseiro em cima da cama,
livro de capa vermelho em cima do criado mudo ao lado do abajur). Abra os olhos e verifique se acertou ou errou. Você pode optar
por escrever as anotações ou não. Se acertar mais da metade, passe para a próxima etapa, se não
refaça. Lembre-se que este é um exercício pessoal, ninguém vai cobrar
resultados, você é quem vai percebê-los ou não. Agora, sente-se num jardim ou em uma praça, feche os olhos,
respire, concentre-se, tente identificar cada ruído, de que lado ele vem, e o
quê é. Confira. Assim, com o tempo, você vai aprendendo a se acalmar e deve começar
a ouvir a sua voz interior, aquela mesma que nos diz que atitude devemos tomar
antes, durante ou depois dos “tsunamis pessoais”. Boa sorte! |