O conhecimento liberta, a ciência ilumina, informação salva vidas! – André Trigueiro
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 87 · Junho-Agosto/2024
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O que fazer para melhorar o meio ambiente
30/05/2024 (Nº 87) O QUE PODEMOS FAZER NO NOSSO DIA A DIA PARA PROTEGER OS RECURSOS NATURAIS E REDUZIR O VOLUME DE LIXO?
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O QUE PODEMOS FAZER NO NOSSO DIA A DIA PARA PROTEGER OS RECURSOS NATURAIS E REDUZIR O VOLUME DE LIXO?

As pessoas geram resíduos desde a hora que acordam, até a hora que vão dormir, todos os dias de suas vidas, pois de quase todas as ações realizadas no nosso cotidiano, sobram materiais, que perdem a utilidade ou que simplesmente já não queremos mais, e por isso os descartamos. O Brasil produz 82 milhões de toneladas de lixo por ano e só pouco mais de 2% são reciclados. (Fonte: Jornal Nacional)

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2020, estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELP, em média, cada brasileiro gera 379,2 kg de lixo por ano, ou seja, um pouco mais de 1 kg por dia. (Fonte: ABRELP)

O volume de lixo aumentou excessivamente ao longo da história, em razão do desenvolvimento tecnológico, da urbanização e da modernização da sociedade, que trouxe uma enorme produção de materiais artificiais, em sua maior parte feitos de plástico descartável.

Graves consequências ambientais e de saúde pública são geradas pelo consumo desenfreado e consequente descarte inadequado de resíduos sólidos.

Na correria do dia a dia, nem nos damos conta do enorme volume de resíduos que geramos, e temos a falsa impressão de que ele desaparece quando o colocamos para fora de casa, para a coleta municipal. A coleta de resíduos sólidos é um serviço especializado no recolhimento desse material. Ocorre que esse resíduo, que descartamos todos os dias, não desaparece como pensamos ou gostaríamos. Eles são levados para aterros sanitários, na melhor das hipóteses, mas infelizmente em alguns lugares do Brasil e do mundo ainda é possível encontrar lixões a céu aberto, algo totalmente inadequado, insalubre e ilegal.

Quais são as consequências do descarte inadequado de resíduos sólidos no meio ambiente?

Os resíduos sólidos quando são descartados de forma e em locais inadequados impactam diretamente o meio ambiente e a saúde pública: alguns resíduos sólidos demoram muito tempo para se decompor e ficam se acumulando na natureza; além disso, os resíduos sólidos contaminam as águas dos rios, córregos, lagos, mares e oceanos, o que causa graves impactos na biodiversidade, contaminam o ar, o solo e o subsolo; modificam a paisagem, degradando as espécies vegetais locais; causam assoreamento de rios, córregos e lagos; atraem vetores de doenças como baratas, ratos, moscas, mosquitos e escorpiões; emitem poluentes diversos, em seu processo de decomposição, como gases, fuligem, dioxinas e chorume (líquido escuro que contém alta carga poluidora e é proveniente de matérias orgânicas em putrefação), além de outras substâncias, como metais pesados e patógenos, que podem causar inúmeras doenças, como: cólera, disenteria, febre tifoide, leishmaniose, leptospirose, peste bubônica, salmonela, toxoplasmose, dentre outras. Tudo isso também causa impactos na saúde psicológica das pessoas devido à poluição visual e ao mau cheiro, além de um grave problema social, pois muitas pessoas de baixa renda infelizmente vivem próximas a lixões e pegam materiais nesses locais para sobreviver. Essas pessoas estão expostas a inúmeras doenças e acidentes nesses locais. A solução seria unir essas pessoas em associações ou cooperativas de catadores, para instruí-las a respeito da forma adequada de lidar com esses materiais, além de lhes dar condições dignas e salubres de trabalho.

 O que é a coleta seletiva?

É incrível, mas há riqueza no lixo! A maior parte dos resíduos sólidos descartados são materiais que podem ser reaproveitados e virar matéria-prima.

A coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos sólidos, que foram previamente separados de acordo com a sua composição. Ou seja, resíduos com características similares são selecionados pelo gerador (que pode ser um cidadão/ residência, um órgão público, uma empresa, um estabelecimento comercial ou outra instituição) e disponibilizados para a coleta separadamente.

Os resíduos recicláveis são compostos por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, tetrapak, diferentes tipos de plásticos e vidro.

As indústrias transformam e reutilizam esses materiais para a fabricação de matéria-prima e até mesmo de outros produtos.

Já, os rejeitos, que não são resíduos recicláveis, são compostos por resíduos de banheiros, tais como papel higiênico usado, absorventes, fraldas, cotonetes e outros resíduos de limpeza. Esses resíduos são levados para um aterro sanitário.

 

No Brasil, a coleta seletiva é realizada porta-a-porta ou nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV) ou Ecopontos. A coleta porta-a-porta pode ser realizada tanto pelo prestador do serviço público de limpeza e manejo dos resíduos sólidos (público ou privado), quanto por associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Nesse tipo de coleta, um veículo, geralmente um caminhão, passa em frente às residências e estabelecimentos recolhendo os resíduos que foram separados pelas pessoas.

Já, os Pontos de Entrega Voluntária ou Ecopontos estão situados em locais estratégicos da cidade, para entrega dos resíduos separados, os quais serão coletados pelo poder público. Procure se informar na sua cidade.

Há, também, os resíduos orgânicos, que são os restos de alimentos e folhas secas de jardins e restos de podas, que podem ser reaproveitados na compostagem ou são enviados para o aterro sanitário.

 

 “Compostagem é o processo de degradação controlada de resíduos orgânicos sob condições aeróbias, ou seja, com a presença de oxigênio. É um processo no qual se procura reproduzir algumas condições ideais (de umidade, oxigênio e de nutrientes, especialmente carbono e nitrogênio) para favorecer e acelerar a degradação dos resíduos de forma segura (evitando a atração de vetores de doenças e eliminando patógenos). A criação de tais condições ideais favorece que uma diversidade grande de macro e micro-organismos (bactérias, fungos) atuem sucessiva ou simultaneamente para a degradação acelerada dos resíduos, tendo como resultado final um material de cor e textura homogêneas, com características de solo e húmus, chamada composto orgânico.

É um método simples, seguro, que garante um produto uniforme, pronto para ser utilizado nos cultivos de plantas e que pode ser realizado tanto em pequena escala (doméstica) quanto em média (comunitária, institucional) ou grande escala (municipal, industrial). No entanto, é um método que necessita ser bem compreendido e bem operado para evitar problemas como a geração de odores e a proliferação de vetores de doenças.” (MMA, 2017.) *grifo nosso

 

 E o que é a logística reversa?

Segundo o SINIR:

A Logística Reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

O cidadão, no papel de consumidor, é responsável por descartar os resíduos nas condições solicitadas e nos locais estabelecidos pelos sistemas de logística reversa. O setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos, sua reincorporação na cadeia produtiva, adoção de inovações que tragam benefícios socioambientais bem como pelo uso racional dos materiais e prevenção da poluição ambiental. Por fim, cabe ao Poder Público a fiscalização do processo e, de forma compartilhada com os demais responsáveis pelo sistema, conscientizar e educar o cidadão. (…)

Consumidores, importadores, fabricantes, distribuidores e comerciantes devem agir de forma conjunta para que os resíduos sejam reaproveitados, reciclados e tenham uma destinação ambientalmente adequada. (SINIR) *grifo nosso

 

 Quais tipos de resíduos podem fazer parte da logística reversa?

Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; baterias de chumbo ácido; eletroeletrônicos e seus componentes de uso doméstico; embalagens de aço; embalagens plásticas de óleos lubrificantes, embalagens em geral; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; medicamentos, seus resíduos e embalagens; óleos lubrificantes usados ou contaminados (OLUC); pilhas e baterias; pneus inservíveis; latas de alumínio para bebidas; dentre outros produtos.

Leia a embalagem do produto e esteja atento às instruções do fabricante para realizar o descarte adequado.

O que podemos fazer no nosso dia a dia para proteger os recursos naturais e reduzir o volume de lixo?

Repense, reduza, reuse, recuse, recicle!

Contribuir para a coleta seletiva, descartando os materiais recicláveis e o óleo de cozinha usado nos dias estabelecidos pela Prefeitura municipal para coleta desses resíduos na sua rua ou entregando no ponto de entrega voluntária – PEV; e contribuir para a logística reversa, descartando os materiais conforme orientação do fabricante. Dessa forma, irão melhorar as condições ambientais pela redução da necessidade de extração de recursos naturais e novas matérias-primas, pois os resíduos serão reinseridos na cadeia produtiva; irá reduzir a quantidade de resíduos enviada para aterros sanitários, aumentando a sua vida útil; e, consequentemente, irá melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

Repensar e reduzir os hábitos de consumo e verificar se realmente é necessário comprar ou descartar determinado produto.

Reaproveitar materiais que, na maior parte das vezes, vão para o lixo, mas que podem ser reutilizados.

Dar preferência a produtos que tenham refil.

Procurar adquirir e usar produtos recicláveis e também os fabricados com materiais resistentes e duráveis. Não usar produtos descartáveis como sacolas plásticas, copos, pratos, talheres e canudos de plástico. Evitar o excesso de embalagens.

Conservar, consertar e reformar as coisas ao invés de substituí-las por outras.

Doar roupas, sapatos e objetos que não precisa.

Reaproveitar os resíduos orgânicos (restos de alimentos e poda) como adubo para as plantas de jardins e hortas.

Descartar medicamentos não utilizados ou vencidos em farmácias e drogarias habilitadas no seu município, assim se preserva o solo e as águas de contaminação.

 

 CONHEÇA ALGUMAS INICIATIVAS E DESCUBRA PONTOS DE DESCARTE DE DETERMINADOS PRODUTOS:

Produtos Diversos


Saiba onde descartar seus resíduos: 
https://www.ecycle.com.br/

Materiais Diversos, na cidade de São Paulo

Descubra pontos de coleta de diversos produtos:www.reciclasampa.com.br

 

Óleo de Cozinha

Onde Descartar? https://www.oleosustentavel.org.br/pontos-de-entrega

 

Medicamentos Domiciliares de uso humano

Onde Descartar? https://www.logmed.org.br/ ou https://www.entidadegestora.eco.br/ 

Obs.: Na cidade de São Paulo, existem coletores de medicamentos e cartelas instalados nas grandes redes de farmácias, em algumas UBS e hospitais. Procure se informar na sua região.

Lâmpadas: fluorescentes, de vapor de sódio, vapor de mercúrio e de luz mista

 

Onde Descartar? https://reciclus.org.br/onde-descartar/

 

Pilhas e baterias

Onde Descartar? https://sistema.gmclog.com.br/info/green

Eletrodomésticos, eletroeletrônicos e celulares

Onde Descartar? https://abree.org.br/pontos-de-recebimento ou http://greeneletron.org.br/ localizador

Pneus

Onde Descartar?  https://www.reciclanip.org.br/pontos-de-coleta/coleta-no-brasil/

Outros itens que causam dúvidas no momento do descarte são os tecidos e calçados em geral. Estes itens não devem ser queimados ou encaminhados para a coleta seletiva, mas podem ser doados e reutilizados ou redirecionados para outros propósitos. Para descartar estes produtos, entre em contato com os fabricantes para descobrir se possuem iniciativas de Logística Reversa.

Na cidade de São Paulo, descubra onde descartar: www.reciclasampa.com.br

 

Saiba mais sobre logística reversa visitando o site da CETESB: https://cetesb.sp.gov.br/ logisticareversa

Conheça o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis

Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/12

  

Veja também o que já foi publicado sobre esse assunto no
Portal de Educação Ambiental

Calendário Ambiental – 


Dicionário Ambiental – Resíduos Sólidos

Dicionário Ambiental – Logística Reversa

Dicionário Ambiental – Reciclagem

Dicionário Ambiental – Resíduos Sólidos

Vida Sustentável – E se não for vidro, papel, metal ou plástico? Conheça outros resíduos recicláveis!

Participe! Lixo nosso de cada dia: caminhos para o gerenciamento de resíduos nas cidades

Participe! 9º Diálogos de Educação Ambiental – Educação Ambiental na Gestão de Resíduos Sólidos

Prateleira Ambiental – Caderno 10 – Consumo Sustentável

Prateleira Ambiental – Resíduos Sólidos

Prateleira Ambiental – Políticas de Gestão e Educação Ambiental para Resíduos Sólidos na Economia de Mercado: a Obsolescência Planejada e os limites da Sustentabilidade no Capitalismo

Prateleira Ambiental – Educação de professoras e resíduos sólidos: aspectos dos conhecimentos dos conteúdos

Prateleira Ambiental – Caderno 19 – Gerenciamento online de Resíduos da Construção Civil

Prateleira Ambiental –  [Instagram] O caminho dos resíduos

Prateleira Ambiental – Minuto Ambiental – Resíduos Sólidos

Prateleira Ambiental – Educação ambiental como parceira no tratamento de resíduos sólidos

Prateleira Ambiental – Caderno 6 – Resíduos Sólidos

Prateleira Ambiental – Educação Ambiental e gestão de resíduos sólidos

Prateleira Ambiental – 3° Diálogos de EA – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

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Texto: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Gestão de conteúdo, planejamento e arte: Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL
Imagem: pixabay

 

Referências 

ABRELP. Disponível em: https://abrelpe.org.br/
JORNAL NACIONAL. Disponível em: 
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/04/14/apos-12-anos-de-espera-brasil-passa-a-ter-plano-para-tratamento-de-residuos-solidos.ghtmlLEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
DECRETO Nº 10.936, DE 12 DE JANEIRO DE 2022. Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
LEI Nº 12.300, DE 16 DE MARÇO DE 2006. Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.

LEI Nº 14.026, DE 15 DE JULHO DE 2020. Atualiza o marco legal do saneamento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) competência para editar normas de referência sobre o serviço de saneamento, a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para alterar o nome e as atribuições do cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, para vedar a prestação por contrato de programa dos serviços públicos de que trata o art. 175 da Constituição Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimorar as condições estruturais do saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, para tratar dos prazos para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de aplicação às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017, para autorizar a União a participar de fundo com a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos especializados.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Compostagem Doméstica, Comunitária e Institucional de Resíduos Orgânicos. Manual de Orientação. Brasília, DF, 2017.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E MUDANÇA DO CLIMA. https://www.gov.br/mma/pt-br

NAÇÕES UNIDAS BRASIL. ODS. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. O hábito faz o lixo: Resíduos Sólidos para Jovens. São Paulo: SMA, 2014.

SINIR. Disponível em: https://sinir.gov.br/

 

UFRRJ. Doenças relacionadas ao lixo. Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/lixo1.htm#:~:text=Doen%C3%A7as%20relacionadas%20ao%20lixo,triquinose%20e%20mais%20outras%20nove

UOL. Lixo. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-lixo.htm

Fonte: https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/2024/03/o-que-podemos-fazer-no-nosso-dia-a-dia-para-proteger-os-recursos-naturais-e-reduzir-o-volume-de-lixo/

Ilustrações: Silvana Santos