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Diagnóstico
do saber ambiental: um estudo de percepção na comunidade ribeirinha em São
Gonçalo do Amarante (RN), Brasil. Aline
Rocha de Paiva Costa1; Nilmara de Oliveira Alves2; Richelly da Costa
Dantas3 ; Sílvia Regina Batistuzzo de Medeiros4 e Viviane
Souza do Amaral5 1Mestranda
do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, linerpaiva@hotmail.com 2Mestre
em Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, nilmara1@yahoo.com.br. 3Mestranda
do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, richelly@gmail.com 4Doutora em
Genética, Professora Titular do Departamento de Biologia Celular e Genética da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Universitário, Lagoa Nova
– Natal/RN. CEP 59.072-970, (84) 3211-9209, sbatistu@cb.ufrn.br 5Doutora
em Genética, Professora Adjunta do Departamento de Biologia Celular e Genética
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Universitário, Lagoa
Nova – Natal/RN. CEP 59.072-970, (84) 3211-9209, vamaral@ufrnet.br RESUMO: A água é essencial para a
manutenção da vida. A poluição ambiental causa a perda da qualidade dos
recursos hídricos, afetando a saúde humana. Diante disso, torna-se necessário o
desenvolvimento de atividades que sensibilizem e promovam a conscientização da
população diante dos problemas ambientais. O presente trabalho teve como
objetivo avaliar a percepção ambiental dos moradores da comunidade ribeirinha
em São Gonçalo do Amarante/RN. O questionário aplicado abordou questões
relacionadas ao perfil do entrevistado, conhecimentos sobre meio ambiente e do
rio Golandim. A análise dos dados permitiu observar que a maioria dos
moradores são adultos e apresentam uma visão global do que faz parte do meio
ambiente. Além disso, citam a poluição do rio como um dos problemas do
município, considerando-o grave. Dessa forma, espera-se que os resultados
obtidos nesta pesquisa possam contribuir com futuros trabalhos de educação
ambiental no município e que estas atividades sensibilizem a população para os
problemas locais.
Palavras-Chaves:
Recursos hídricos, Rio Golandim, Educação Ambiental,
Percepção ambiental 1.
INTRODUÇÃO A água é indispensável para a manutenção da biodiversidade assim como é
fundamental para o desenvolvimento sócio-econômico e cultural. São inúmeros os
problemas relacionados com os impactos na quantidade e na qualidade da água,
tais como: aumento da população, urbanização, produções agrícolas e
industriais, uso excessivo de águas subterrâneas e outras atividades
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2009; TUNDISI & TUNDISI, 2005). No Brasil, mais de 90% dos esgotos
domésticos e 70% dos efluentes industriais são lançados diretamente nos corpos
aquáticos das regiões brasileiras mais densamente povoadas. Logo, estes
recursos hídricos se encontram bastante degradados e sem capacidade de
depurarem seus efluentes (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2009). É importante destacar que esses impactos comprometem a saúde humana, a
economia, o abastecimento público e o ambiente. Segundo BRITTO (2008), é
fundamental usar racionalmente e economizar a água, conciliando
sustentabilidade e qualidade, garantindo assim a sua disponibilidade para as
gerações futuras. Neste
contexto, o presente projeto surgiu devido aos sérios problemas ambientais na
comunidade ribeirinha em São Gonçalo do Amarante (RN). Estudos relatam que a
qualidade das águas do rio Golandim apresentou elevado grau de poluição devido
ao grande lançamento de efluentes industriais do Distrito Industrial de Natal,
curtumes e de alguns conjuntos habitacionais próximos a área em seu leito,
apresentando um comprometimento do seu nível ambiental, principalmente de sua
biota e do aproveitamento de sua água (TINÔCO et al., 2008, PRAD, 2002).
Atualmente, uma parte da população que vive às margens do rio Golandim utiliza
a água extraída de poços subterrâneos, embora alguns já sejam atendidos pelo
sistema de abastecimento público do município, através do Sistema de
Abastecimento Autônomo de Água e de Esgoto (SAAE) (FALCÃO, 2008). Diante deste cenário, torna-se necessária a realização de atividades que
sensibilizem e promovam a conscientização da população principalmente com
relação à água. Uma importante recomendação em nível internacional é a de se
investir em uma mudança de mentalidade e valores, sensibilizando as pessoas
para a necessidade de se utilizar novas posturas diante da degradação
ambiental. Uma comunidade sensibilizada aceita a responsabilidade pela
realidade em que vive e assumem a tarefa de transformá-la (FALCÃO, 2008). Nesse
sentido, estudos sobre a percepção ambiental dos indivíduos tem sido uma
prática realizada por pesquisadores, pois fornece subsídios para um maior
entendimento das interações que as pessoas estabelecem com o meio ambiente.
Dessa forma, é possível a realização de um trabalho com bases locais, partindo
da realidade do público alvo (FAGGIONATO, 2002; MENDES, 2005). Neste
trabalho, destacam-se os seguintes objetivos: investigar como os moradores da
comunidade ribeirinha do rio Golandim no município de São Gonçalo do Amarante
(RN) percebe o ambiente em que vivem; avaliar os conhecimentos básicos dos
participantes sobre o meio ambiente assim como as fontes de informação e
analisar como os habitantes utilizam o rio da sua cidade, o qual vem
apresentando problemas de contaminação por dejetos industriais e domésticos,
impondo riscos à saúde dessa população. 2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1.
Caracterização da área de estudo
São
Gonçalo do Amarante está localizado no Estado do Rio Grande do Norte (RN),
distante 13 km da capital Natal, situado à margem esquerda do rio Potengi, na
microrregião de Macaíba. O município ocupa
uma área total de 264 km, integra a Grande Natal, fazendo limites ao norte com
os municípios de Ceará - Mirim e Extremoz, ao sul com Macaíba, a leste com
Natal e a oeste com Ielmo Marinho. Segundo o censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2010), o município possui uma população de
87.668 habitantes. O rio Golandim, localizado próximo a comunidade, possui uma
extensão que compreende a nascente, na BR 406, próximo a Ceará - Mirim até o
mangue, onde o rio termina. É afluente do rio Potengi, pertencendo então a
bacia hidrográfica do Potengi (Figura 1). Figura 1.
Localização do município de São Gonçalo do Amarante e o rio Golandim 2.2.
Procedimento metodológico Um questionário previamente elaborado com questões fechadas e abertas
foi utilizado para a coleta de dados. Segundo MENDES (2005), a utilização de
questões fechadas em um estudo de percepção permite avaliar as experiências, as
características individuais e coletivas de determinados grupos, bem como as
tomadas de decisões e as perguntas abertas complementam as informações obtidas
através das questões estruturadas, fornecendo informações sobre a identidade
dos indivíduos e a percepção sensorial dos mesmos. O protocolo para essa pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN), mediante parecer nº
303/2010 e CAAE 0158.0.051.000-10. Os participantes da comunidade deveriam ter
idade igual ou superior a 18 anos, que habitassem no município, de ambos os
sexos, de qualquer etnia, grupo ou classe social. A escolha desses indivíduos
foi feita de forma aleatória e 100 questionários foram aplicados com os
habitantes das imediações do rio Golandim no município de São Gonçalo do
Amarante/RN, no período de novembro/2010 a março/2011. Todos os participantes
foram voluntários e assinaram um termo de Consentimento Livre e Esclarecido
sobre a pesquisa. A elaboração do questionário baseou-se em pesquisas sobre percepção
ambiental, sendo feitas algumas adaptações visando o direcionamento e o
foco de interesse da pesquisa (CALDAS et al, 2005; LIMA, 2003; MENDES,
2005; GARCIA et al, 2011; BEZERRA et al, 2007;FERNANDES et al,
2005).
O questionário está dividido em três avaliações: perfil do entrevistado,
conhecimento sobre meio ambiente e sobre o rio Golandim. Para análise e
interpretação dos dados foi usado o programa SPSS Statistics 15.0 (Statistical
Package for the Social Science) e técnicas estatísticas descritivas, como
distribuição de freqüência e tabulação cruzada (ou crosstabs). 3.
RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Perfil
do entrevistado Neste
trabalho, analisaram-se informações do perfil pessoal dos moradores da
comunidade ribeirinha do rio Golandim em São Gonçalo do Amarante (RN), tais
como: gênero, idade, tempo de moradia e escolaridade.
Para o total da entrevista, observou-se que 54% dos
entrevistados são do sexo feminino e 46% do masculino, mostrando um equilíbrio
na amostra.
Com relação à idade dos entrevistados foram determinadas as categorias segundo
classificação do IBGE e Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo considerados
jovens de 18 – 24 anos, adultos de 25 – 59 anos e idoso acima de 60 anos. Nesta
pesquisa, a maioria dos entrevistados são adultos (65%), seguidos dos jovens
(25%) e idosos (10%).
Quanto ao tempo de moradia, 60% dos entrevistados residem na cidade há mais de
10 anos. Este é um dado importante, pois mostra que a maioria dos participantes
conhece a realidade do município e possuem uma relação mais afetiva. De acordo
com LIMA (2003), quando as pessoas vivem muitos anos em um determinado lugar, a
familiaridade permite uma maior sensibilização para as questões ambientais de
sua cidade e também estão mais disponíveis para a participação de ações que
sejam para o bem comum. Os dados sobre escolaridade indicaram que há o predomínio do 1° grau incompleto (38%) e do 2º grau completo (20%), conforme mostra o gráfico abaixo (Figura 2). Resultados similares, também foram encontrados nos trabalhos de LIMA (2003) e CALDAS et al. (2005). Figura 2.
Escolaridade dos entrevistados 3.2.
Conhecimento sobre o meio ambiente A questão ambiental vem sendo discutida de maneira interdisciplinar e
essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho
vinculado com a participação, co-responsabilidade e solidariedade dos seres
humanos (LOCATELLI et al., 2009). Nesse sentido, investigou-se o
conhecimento dos participantes em relação ao meio ambiente em que vivem,
contribuindo para o diagnóstico do saber/agir ambiental dessa
comunidade.
Segundo REIGOTA (1991), o meio ambiente é definido como o lugar onde os
elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e em interação. Dentro
dessa análise, os elementos que constituem o meio ambiente podem ser definidos
como naturais e artificiais. Nesse estudo, constatou-se que 80% dos
entrevistados têm essa visão global, mostrando que os moradores dessa
comunidade ribeirinha possuem um entendimento de que tanto os elementos
naturais como os antrópicos são parte constituinte do meio. Ainda
nesta perspectiva, questionou-se a preocupação que os moradores possuem em
relação ao meio ambiente. Do total dos entrevistados, 78% responderam que se
preocupam com o meio ambiente, 21% responderam às vezes e apenas 1% afirmou que
não se preocupam (Figura 3). Diante desse resultado, percebeu-se que a maioria
dos participantes se preocupa com o meio em que vivem, sendo um ponto de
partida para a sensibilização e soluções dos problemas. Figura 3.
Preocupação dos entrevistados com o meio ambiente Ao cruzar os dados em relação ao gênero e
a preocupação dos entrevistados com o meio ambiente, observa-se que o sexo
feminino tem maior preocupação, correspondendo a 55,12% (Figura 4). Estudos
mostram que homens e mulheres têm visões diferenciadas em relação à prioridade
e uso da água, porém o importante é garantir que haja a interação desses
pensamentos, permitindo que a gestão dos recursos hídricos caminhe para a
sustentabilidade (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA, 2009). Figura 4.
Relação entre a preocupação dos entrevistados e o sexo Dentre
os meios de informações mais utilizados em relação às questões ambientais, os
entrevistados citaram a televisão (52%) e a escola (15%). Estes resultados
corroboram com os trabalhos de LIMA (2003) e MENDES (2005), indicando que os
veículos de massa e a escola têm influência na comunicação junto à comunidade e
podem ser utilizados para sensibilizar a população quanto às questões
ambientais. Outras
fontes também foram citadas, tais como: rádio (12%), jornais (9%), livros (5%),
revistas (4%) e internet (3%). Um
dado que chamou atenção, foi o pequeno percentual de pessoas que citaram a
internet, demonstrando que mesmo nos dias atuais onde se fala muito em inclusão
digital ainda existem pessoas que não tem acesso a mesma. Segundo JACOBI
(2003), são necessários os meios de informação e o acesso a eles, bem como o
papel indutivo do poder público nos conteúdos educacionais, para alterar a
situação atual de degradação sócio-ambiental. Vale
ressaltar que 83% dos participantes desse trabalho consideram graves os
problemas ambientais do município (Figura 5). Figura 5.
Avaliação dos problemas ambientais do município de São Gonçalo do Amarante. Dentro
desse contexto, foram especificados os principais problemas ambientais
existentes na comunidade ribeirinha conforme mostra a tabela 1. Nessa análise,
o rio Golandim foi o mais citado (42%), evidenciando que os moradores estão
cientes das dificuldades ambientais do município. Tabela 1.
Percentual dos problemas ambientais no município de São Gonçalo do Amarante.
Além
disso, observou-se que 42% dos entrevistados afirmaram que não causam prejuízo
ao meio ambiente. Em contrapartida, mais da metade dos participantes disseram
que já causaram algum prejuízo (poucos (33%) e muitos (24%)) e 1% não souberam
responder (Figura 6). É importante destacar que GARCIA et al. (2011)
encontraram resultados semelhantes, demonstrando que apesar da preocupação com
o meio em que vivem, os moradores contribuem, de alguma forma, para o
crescimento dessa problemática. Segundo JACOBI (2003), a postura de dependência
e a falta de responsabilidade da população decorrem principalmente da
desinformação, da falta de consciência ambiental e de um déficit de práticas comunitárias
baseadas na participação e no envolvimento dos cidadãos. Dessa forma, é urgente
a necessidade de projetos de educação ambiental, ampliando as relações que
essas pessoas estabelecem com o ambiente da sua localidade. Figura 6.
Avaliação dos entrevistados em relação aos prejuízos causados ao meio ambiente. 3.3.
Conhecimento sobre o rio Golandim Nesta pesquisa, procurou-se investigar se a população aproveita a água
do rio Golandim para atender as suas necessidades básicas. Os dados obtidos
indicam que a maioria dos entrevistados não utiliza (80%) e 63% consideram a
água do rio como péssima, fato este que justifica a insegurança no uso desse
recurso hídrico. A percepção dos entrevistados concorda com os trabalhos já
citados anteriormente que ressaltam que o rio está impactado pelo despejo de
efluentes industriais e domésticas e com isso a população não se sente
segura em utilizá-lo (TINÔCO et al., 2008, PRAD, 2002). Dentre aqueles que usufruem do rio Golandim (19%), a maioria consideram
a qualidade da água como péssima. Esta informação ressalta a necessidade de se
trabalhar com esta parcela da comunidade, uma vez que reconhecem o risco, mas
não deixam de utilizá-lo. Ao relacionar a qualidade da água do rio com o tempo de residência do
entrevistado no município, observa-se que 58,73% dos que consideram a qualidade
da água péssima, residem há mais de 10 anos no município, constatando que
quanto maior o tempo de residência na cidade maior o conhecimento deles em
relação aos problemas encontrados (Tabela 2). Tabela
2. Relação entre o tempo de residência e avaliação da
qualidade da água do rio
Tendo
como foco o estudo da percepção sobre o rio Golandim, questionaram-se os
prejuízos que essa água pode trazer para a saúde humana. Em geral, notou-se que
88% dos moradores supõem que o rio pode trazer sérios riscos ao bem-estar da
população exposta (Figura 7). Curiosamente, ao analisar os dados dos
entrevistados que afirmaram utilizar o rio, percebeu-se que a maioria (84,21%)
acredita que a água do rio pode prejudicar a saúde (Tabela 3). Figura 7.
Percentual das respostas dos entrevistados com relação aos prejuízos que a água
pode causar à saúde. Tabela 3.
Relação entre a utilização do rio e se a água causa prejuízo a saúde
Uma
grande parte dos entrevistados não utilizam o rio Golandim e acreditam que o
mesmo pode prejudicar a saúde. Além disso, 63% dos moradores consideram a
qualidade da água como péssima. Entretanto, 52% dos entrevistados afirmaram que
não imaginam o município sem o rio, considerando-o como elemento indispensável
ao ambiente e às suas vidas. 3.4. O Rio
Golandim para o entrevistado Com
o objetivo de esclarecer a relação entre os moradores e o rio Golandim, foi
feita uma pergunta aberta sobre o que o rio representava para os entrevistados.
Para facilitar a análise, as respostas foram separadas em positivas, quando foi
possível observar que tinham algum grau de importância benéfica do rio para o
entrevistado e negativas, quando apresentava algum aspecto maléfico. Dos
100 questionários analisados, 47% deles apresentaram respostas positivas e 33%
como negativas. Algumas respostas haviam sido respondidas como “nada” o que
correspondeu a 11% e 9% foram consideradas respostas invalidas por não terem
sido respondidas.
Em seguida, destacam-se algumas respostas positivas dadas pelos entrevistados
com relação ao rio Golandim: “Faz parte
da natureza” “Sobrevivência
para natureza, pesca, ajuda financeira a comunidade” “O rio é uma
importante fonte de água para irrigação, utilizado por comunidades vizinhas” “Eu pesco e
muitas pessoas sobrevivem desse rio” “Fonte de
sustento da população ribeirinha”
Como respostas negativas: “Muito
poluído e causa mau cheiro aos moradores” “Era bom
quando era limpo” “Problema
sério por causa da poluição” “Pra mim é
muito importante, mais o rio é muito poluído, vai causar muitas doenças para
todos do município” Para que a educação ambiental colabore com a construção de uma nova
concepção de ambiente e de um novo cidadão, seus princípios devem ser sempre a
base para qualquer ação ambiental educativa. Estes princípios são:
participação, pensamento crítico-reflexivo, sustentabilidade, ecologia de
saberes, responsabilidade, continuidade, igualdade, conscientização,
coletividade, emancipação e transformação social (GONZALEZ et al, 2007).
Segundo CARVALHO (2001), uma forma seria através da educação popular, a qual
compreende o processo educativo como um ato político no sentido amplo, isto é,
como prática social de formação de cidadania, que compartilha com essa visão a
idéia de que a vocação da educação é a formação de sujeitos políticos, capazes
de agir criticamente na sociedade, buscando estar inserida dentro do contexto
dos grupos sociais, trabalhando de acordo com a realidade em que vivem. 4.
CONCLUSÕES De
acordo com os dados obtidos, pode-se concluir que:
A demanda
por água de boa qualidade é um dos maiores desafios atuais. Dessa forma,
espera-se que os dados obtidos nesta pesquisa possam contribuir com trabalhos
futuros de educação ambiental no município de São Gonçalo do Amarante (RN),
principalmente com a comunidade que vive no entorno do rio Golandim. Com base
nesse estudo, as atividades podem ser dirigidas com foco nos principais
problemas, para que se possa atingir a sensibilização da população para os
problemas locais.
5.
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