Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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03/06/2016 (Nº 56) APLICAÇÃO DA MACRÓFITA AQUÁTICA (EGÉRIA DENSA) NA PRODUÇÃO DE TIJOLOS ECOLÓGICOS PARA CONSTRUÇÃO DE CASA ECOLÓGICA
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APLICAÇÃO DA MACRÓFITA AQUÁTICA (Egéria densa) NA PRODUÇÃO DE TIJOLOS ECOLÓGICOS PARA CONSTRUÇÃO DE CASA ECOLÓGICA

 

Zilmar Timoeo Soares¹

 Dr. Em Educação Ambiental, Professor da Universidade Estadual do Maranhão.

Livia Miranda Rufino²

Acadêmica de Engenharia e Arquitetura Pela Universidade Estadual do Maranhão.

  Carlos Pereira Martins³

Acadêmico de Enfermagem da UNIFACVEST, Santa Catarina Brasil.

 

RESUMO

 

A engenharia, em seu vasto campo de atuação, oferece uma série de oportunidades para a redução dos impactos ambientais causados pelas atividades produtivas. Nesse contexto, este trabalho discute algumas implicações existentes entre construção civil e meio ambiente. O trabalho foi realizado na cidade de Governador Edson Lobão – 30 km de Imperatriz com objetivo de mostrar a importância das inovações na área da gestão ambiental, buscando alternativas para o aproveitamento da macrófita aquática (Egéria densa) verificando a viabilidade de sua incorporação na produção de tijolos ecológicos tipo adobe (tijolos de barro cru, secos ao sol) para melhor resistência, preservação do meio ambiente e diminuição dos problemas causados na fabricação do tijolo comum, As porcentagens de biomassa adicionada à argila para elaboração dos tijolos foram: 1%, 2% e 5% visando verificar o melhor percentual da macrófita, para utilização aglutinante na confecção dos tijolos.  Com o acréscimo da fibra da macrófita em quantidade certa (5%) e contrastando-se com a estrutura de um tijolo normal de adobe sem macrófitas verifica-se neste último, mais fissuras do que um tijolo de  adobe inoculado por esta biomassa vegetal e que nos testes de resistência apresentou melhores  resultados.

 

Palavras-chave: Meio ambiente – Sustentabilidade – Construção civil

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

De acordo com Fittipaldi (2008), são vários os discursos sobre o tema “habitação”, abrangendo desde seus aspectos físicos, até sua falta. Embora a constituição dê a todos o direito à moradia, visando uma vida mais digna, na maioria dos países há problemas com a questão habitacional e, a maior preocupação existente é em relação ao custo e maneira como são construídas essas moradias. Porém, é de extrema importância que as propostas para habitações tendam à melhoria da qualidade de vida e a proteção ao meio ambiente, visando à inclusão social e sustentabilidade.

Xavier (2008), afirma que há um debate tradicional na construção de habitações de interesse social, onde o foco é o custo das mesmas. Assim, no Brasil, nos últimos anos, muitas dessas residências foram construídas sem que, para a realização dos projetos, fossem consideradas as características climáticas e ambientais dos locais onde as mesmas seriam instaladas. Como resultado, tem-se o excessivo consumo de energia para suprir o desconforto sentido no interior dessas edificações. Portanto, visando a não ocorrência de problemas como os citados, durante o processo de realização de um projeto, deve-se levar em conta os aspectos

humano e social, garantindo um bom nível de qualidade de vida aos usuários.

Silva, Pizzo e Fernandes (2005), lembram que estudos sobre construções sustentáveis derivam da grande preocupação de diversos países do mundo com o desenvolvimento sustentável, sendo as ações direcionadas através de um documento denominado “Agenda 21”.

                   

A humanidade se encontra em um momento de definição histórica. Defrontamos-nos com a perpetuação das disparidades existentes entre as nações e no interior delas, o agravamento da pobreza, da fome, das doenças e do analfabetismo, e com a deterioração contínua dos ecossistemas de que depende nosso bem-estar. Não obstante, caso se integrem as preocupações relativas a meio ambiente e desenvolvimento e a elas se dedique mais atenção, será possível satisfazer às necessidades básicas, elevar o nível da vida de todos, obter ecossistemas melhor protegidos e gerenciados e construir um futuro mais próspero e seguro. São metas que nação alguma pode atingir sozinha; juntos, porém, podemos -- em uma associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável.

(AGENDA 21 – Preâmbulo)

 

Para Carvalho, Guimarães e Castillo (2008), projetar moradias que atendam às necessidades de conforto térmico, lumínico e, que possuam seus cômodos dimensionados a partir das atividades cotidianas não é o suficiente. Atualmente, o novo desafio de setores ligados à construção civil é a sustentabilidade. Assim, materiais, técnicas construtivas e componentes de projeto devem ser eleitos objetivando a diminuição do impacto ambiental da edificação, aperfeiçoando seu desempenho ambiental.

De acordo com Nerbas e Kuhn (2010), o setor da construção civil tem sido apontado como tendo papel significativo para o alcance de sociedades mais sustentáveis em todas as dimensões em que está envolvida. Os autores afirmam que assim como em outros países emergentes, no Brasil, os impactos ambientais relacionados à construção civil são potencializados pela sua associação a outros problemas de ordem econômica e social, podendo ser o déficit habitacional, um dos maiores problemas nesse campo. Considera-se que a construção e fornecimento dessas moradias refletem em intervenções no meio ambiente, gerando impactos, além do local onde se constrói, pelos processos envolvidos na produção, uso e disposição final das edificações e de seus componentes. Ressalta-se também que as soluções projetuais adotadas e os materiais nelas empregados são determinantes para a saúde e conforto de seus usuários.

A indústria da construção foi identificada como tendo um papel importante na realização de sociedades mais sustentáveis ​​em todas as dimensões que estão envolvidas, como em outros países emergentes, no Brasil, os impactos ambientais relacionados à construção são reforçados por sua associação a outros problemas de desenvolvimento económico e da ordem social, e pode ser o déficit habitacional, um dos maiores problemas nesse campo.

Considera-se que a construção serve para refletir sobre as intervenções no meio ambiente, gerando impactos para além do local onde ele constrói os processos envolvidos na produção, uso e descarte dos materiais e seus componentes. Ressaltamos, ainda, que as soluções de projeto adotadas e o material utilizado são cruciais para o meio ambiente. O uso da macrófita aquática como um material alternativo para fabricação do tijolo é utilizado pela solução de gestão de resíduos que permitam a redução de custos e um material ecológico mais barato do que o convencional.

 

São vários os discursos sobre o tema “habitação”, abrangendo desde seus aspectos físicos, até sua falta. Embora a constituição dê a todos o direito à moradia, visando uma vida mais digna, na maioria dos países há problemas com a questão habitacional e, a maior preocupação existente é em relação ao custo dessas moradias. Porém, é de extrema importância que as propostas para habitações tendam à melhoria da qualidade de vida e a proteção ao meio ambiente, visando a inclusão social e sustentabilidade. (Fittipaldi et. al 2008)

 

 

Espera-se que a difusão de novas técnicas construtivas e de soluções alternativas despertem o interesse de micros e pequenos empresários, principalmente de cunho artesanal, atentos para o lançamento de novos produtos e serviços no mercado, incentivando também a geração de emprego e renda.

 

Foto 01: Construção de uma casa popular convencional com tijolo cerâmico. Foto 02: Construção de uma casa popular utilizado alternativa ecológica (Tijolo de solo cimento).

 

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Foto Zilmar Soares

 

O aproveitamento sustentável da macrófita é um modelo de sustentabilidade econômica, política, social, cultural e ambiental equilibrada, que venha satisfazer às necessidades das comunidades ligadas a construção civil.

             Esta concepção começa a se formar e difundir junto com o questionamento do estilo de desenvolvimento adotado para fabricação de tijolos, quando se constata que este é ecologicamente predatório na utilização dos recursos naturais, socialmente perverso com geração de resíduos que acaba sendo prejudicial para o meio ambiente, culturalmente alienado em relação as suas próprias tecnologias e eticamente censurável no respeito ao meio que se é construído.

Construir com qualidade e eficiência significa adaptar os melhores materiais e as melhores tecnologias dentro de um padrão técnico aceitável, buscando alternativas que viabilizem a execução da obra em um prazo mínimo a custo mínimo. (Vaghetti et. al. 2010)

1.1  Justificativa

 

No Brasil pouco se emprega materiais que permitam levar em consideração o aproveitamento dos recursos ambientais disponíveis, contudo estão mais visíveis edificações utilizando essas inovações amplamente, aproveitando os benefícios que trazem para a construção civil e meio ambiente, como qualidade e desempenho – quesitos de uma boa edificação.

Desenvolver o tijolo com macrófita aquática contemplando soluções para menor impacto no meio ambiente já que a construção é um dos grandes agentes de poluição, trará benefícios ecológicos além de melhores resultados quanto ao seu desempenho – redução de custo.

 

Há um debate tradicional na construção de habitações de interesse social, onde o foco é o custo das mesmas. Assim, no Brasil, muitas dessas residências foram construídas sem que, para a realização dos projetos, fossem consideradas as características climáticas e ambientais dos locais onde as mesmas seriam instaladas. (Xavier et. al 2008)

 

1.2  Objetivos

 

Ostentar que é possível construir casas eficientes do ponto de vista ecológico e econômico, agregando materiais e soluções sustentáveis visando o aproveitamento dos recursos ambientais disponíveis, contrapondo com as soluções de casas populares hoje disponíveis no mercado. Esse objetivo permeia, portanto, conscientizar a comunidade científica, os arquitetos e todos os profissionais ligados à tecnologia da construção, para a importância das moradias sustentáveis, com custos reduzidos e voltados para populações de baixa renda, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Objetivou-se ainda:  Construir um tijolo ecológico ligando sustentabilidade e economia; Aproveitar macrófita aquática a fim de favorecer a comunidade, arquitetos e o meio ambiente;  Atentar a cinco dimensões, de modo a orientar os consecutivos planejamentos: Sustentabilidade social, econômica, ecológica, espacial e cultural;  Conscientizar comunidades e profissionais ligados à construção civil que é possível construir degradando menos o meio ambiente.

 

2      REFERENCIAL TEÓRICO

 

De acordo com Vaghetti et. al. (2010, p.02): Afirma que todo o esforço em busca da qualidade e eficiência apenas será válido se a construção atingir sua real função de abrigar seus moradores com adequado nível de conforto térmico, devendo o projetista lidar com três ingredientes considerados básicos na arquitetura: o clima, a edificação e as pessoas que a ocupam. Ainda como um trabalho mais desafiador é a realização de um projeto de uma edificação voltada para uma camada da população que tem muitas carências básicas (como alimentação, vestuários, escolaridade, etc.) e de fatores de entorno (como infra-estrutura básica de água,

esgoto e energia elétrica).

Assim, o objetivo do trabalho de Vaghetti et. al. (2010), em contraposição ao mercado, é mostrar a viabilidade da construção de casas populares eficientes, ecológica e economicamente, agregando materiais e soluções sustentáveis visando o aproveitamento dos recursos ambientais disponíveis. Também há a busca pela conscientização da comunidade científica e de todos os profissionais ligados à tecnologia e construção da importância de moradias sustentáveis e de baixo custo voltadas para as populações de baixa renda.

Vislumbrando ampliar as discussões a respeito do assunto, Diligenti et.al (2010), apresentam uma “proposta de criação de um protótipo laboratorial de habitação para aplicação e avaliação de técnicas de baixo impacto ambiental em Habitações de Interesse Social”. A partir de estudos a respeito das diretrizes de sustentabilidade e do histórico do déficit habitacional no Brasil surgiu a idéia da construção de um protótipo que servirá como uma casa de testes de tecnologias e técnicas construtivas, em busca da melhoria de habitações já existentes e de inovações tecnológicas. Itens como o comportamento dos materiais, viabilidade e possibilidade de aplicação devem ser analisados durante todo o período de teste

de forma que, à longo prazo, seja possível o desenvolvimento de cartilhas de uso e execução de determinadas técnicas, incluindo a formação de um banco de dados de inovações tecnológicas. Nerbas e Kuhn (2010), desenvolvem um modelo de habitação padrão para o estado do Rio Grande de Sul. Frente as aparentes e intransponíveis contradições entre os conceitos de projeto-padrão e sustentabilidade, buscam aprofundar o entendimento dos problemas nas esferas prática e teórica, objetivando a discussão das possibilidades e desafios da inserção dos requisitos de sustentabilidade ambiental em projetos-padrão para habitação de interesse social. Assim, como resultados das pesquisas realizadas, a partir da adoção de estratégias que visam a sustentabilidade das edificações, são apresentados três modelos de habitações, que variam de acordo com a orientação solar da testada do lote. São notáveis as soluções adotadas visando a melhoria energética das edificações, porém, neste trabalho não é realizada a simulação para a análise do desempenho das mesmas.

Caixa de texto:  DSC02036

Foto 03: Casa ecologicamente correta.

Foto: www.ecolaria.com.br

 

 

Foto 04: tijolo ecológico solo-cimento

Foto: Mariane de Moura Soares

 

 
             

 

 

 

2.1  Materializando o sustentável

 

            Este é um ato de grande importância e um passo adiante para a construção de um verdadeiro compromisso com o desenvolvimento sustentável, sem falácias ou demagogias.

            Em escala descendente, todos os segmentos produtivos devem estar focado na preservação ambiental, no crescimento econômico racional e sustentado, com equilidade, justiça social e promovendo acima de tudo a qualidade de vida das pessoas. Esta é a principal referência ao século XXI onde as ações humanas deverão estar focadas na preservação e na sustentabilidade do planeta.

            A agenda 21 nasceu com a presença de mais de 170 países presentes na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio Eco 92. O tema definido pela CPDS (governo brasileiro criou a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável) para ampla discussões junto a sociedade organizada, visando a consecução dos objetivos da Agenda 21 brasileiras então idealizada, foram:

 

  1. Infra- estrutura e integração regional;
  2. Cidades sustentáveis;
  3. Agricultura sustentável;
  4. Gestão dos recursos naturais;
  5. Redução das desigualdades sociais;
  6. Ciência, tecnologia e desenvolvimento sustentável.

 

Cientistas apontam, ao longo do ano, os principais problemas que seriam enfrentados pela população humana no século XXI. O planeta edificação, analogia que é devida a grande concentração de construções trazendo junto os impactos, teria grandes desafios a serem vencidos no novo século. O homem é um elemento da própria natureza, mas não sabe preservar, tendo um potencial todo peculiar para desequilibrar os ecossistemas. A degradação é muito alta e o conceito de desenvolvimento sustentável nunca foi tão importante como já afirmado. A pressão do homem sobre a terra é nítida, reafirmamos, em dois aspectos fundamentais:

 

  1. O próprio crescimento da raça humana
  2. A exploração sobre os recursos naturais

 

2.2         O homem e o ambiente construído

 

            De acordo com Arantes (2011), desde os primórdios da humanidade o ser humano buscou, ainda sem tecnologia, a partir da utilização de meios e elementos disponíveis em seu ambiente, proteger-se de intempéries. Visava, em suas construções, soluções que amenizassem as sensações de calor, frio, umidade e secura do ar, sendo as inovações na maneira de pensar e construir começaram a ser introduzidas de forma lenta, com o advento e evolução da tecnologia.

Lamberts, Dutra e Pereira (1997) afirmam que, inicialmente, as construções se davam, geralmente, a partir do aproveitamento das características desejáveis do clima, de forma que as indesejáveis fossem evitadas. Assim, na Roma Antiga uma lei que garantia o direito do povo ao sol foi criada. Nas cidades romanas antigas, o aquecimento de água e de ambientes ocorria através de túneis subterrâneos que funcionam como fornalhas que aqueciam o ar dissipado. No deserto do Colorado, nos Estados Unidos, as habitações eram construídas de forma que ficassem protegidas pelas encostas de pedras: no verão quente e seco as edificações eram sombreadas, já no inverno, a menor inclinação do sol garantia a entrada de raios solarese o consequente aquecimento das construções. Em cidades com climas muito severos, as edificações eram subterrâneas.

Lima (2010), afirma que os avanços tecnológicos de variados setores começaram a ocorrer a partir da Revolução Industrial, não ficando a construção civil de fora desse contexto. O constante desenvolvimento de novas técnicas e materiais construtivos, além do aumento da velocidade na circulação de mercadorias e produtos fizeram com que a maneira de pensar as edificações sofresse mudanças drásticas. Os projetistas passaram a ter maior liberdade de criação e a possibilidade de desconsiderar aspectos já considerados imprescindíveis em projetos arquitetônicos.

Como resultado da despreocupação com adaptação do edifício ao local de implantação do mesmo e, ao abandono do uso de materiais regionais nos projetos, a autora cita a criação das chamadas “soluções arquitetônicas internacionalizadas” (soluções que podem ser aplicadas nos mais variados tipos de projetos, em diferentes locais do mundo).

Almeida (2010) ressalta que, também devido ao desenvolvimento tecnológico e aumento do padrão de vida das sociedades modernas, a concepção de edifícios, quer para habitação, trabalho, ou lazer, passou a ser orientada por um conjunto de exigências funcionais nas quais o conforto, sendo de percepção direta e imediata do utilizador, ganha particular destaque.

Porém, diante da busca por bons níveis de conforto ambiental no interior dos edifícios concebidos sem que características do seu local de implantação sejam levadas em consideração, faz-se necessário o uso de sistemas artificiais de resfriamento e aquecimento da edificação, o que contribui para o baixo desempenho energético das mesmas.

Assim, como sinônimo de poder, começam a serem criados e exportados os edifícios “estufa”: edifícios sustentados por megaestruturas de aço e concreto, com grandes cortinas de vidro, sofisticados sistemas de ar condicionado e, projetados sem que as características físicas que ambientais de seu local de implantação sejam consideradas.

Porém, atualmente, por conta das discussões cada vez mais freqüentes em torno de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável do planeta, a maneira internacionalizada de concepção de edifícios tem sido substituída. Pode-se observar a preocupação crescente dos arquitetos e, a conscientização dos proprietários com aspectos relacionados não só ao conforto ambiental, mas também a eficiência energética dos edifícios.

Porto, 2009, afirma que questionamentos a respeito de adoção de medidas sustentáveis nos projetos, que contribuam para a minimização do impacto ambiental, devem estar presentes no processo de concepção do projeto, pensando-se nas maneiras de otimização de sua operação. Deve-se considerar que ações individuais contribuem para a diminuição do impacto coletivo.

2.3 As casas populares e a sustentabilidade

 

Com relação às casas populares que estão sendo pesquisadas e que levam em consideração os conceitos de sustentabilidade, pode-se citar os dois protótipos de habitação social construídos em 2003 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), projeto integrado ao Programa de Tecnologia de Habitação (Habitare). Localizadas no campus universitário, ao lado do Departamento de Engenharia Civil, as duas casas-modelo foram construídas com materiais diferentes: uma foi executada em madeira de reflorestamento do tipo pinus e a outra foi feita de blocos pré-moldados, concretos e argamassas produzidos com a adição de resíduos, tais como: cinzas de termoelétricas, cinzas de casca de arroz e entulho da construção civil. Esses protótipos da UFSC têm como objetivo reduzir custos sem perda de qualidade, atendendo uma faixa de renda da população de 4 a 10 salários mínimos. O modelo construído tem 37m2 distribuídos em dois pavimentos e utiliza intensamente a madeira, tanto nas paredes e entre pisos quanto na cobertura. Outra característica do protótipo em madeira é sua flexibilidade, permitindo a ampliação através de painéis modulados (Fonte: COLEÇÃO HABITARE).

Outra casa construída com objetivo ambiental, foi idealizada pela Secretaria de Estado para Assuntos do Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo, com o apoio da Aracruz Celulose S.A. e do Laboratório de Planejamento e Projetos do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O uso previsto para a edificação foi definido para possibilitar atividades voltadas à educação ambiental, principalmente nos aspectos relacionados à construção civil (do partido adotado à escolha dos materiais) e do uso racional do potencial energético instalado. As diretrizes principais constituíram-se no uso de materiais construtivos renováveis, na medida do possível, aproveitamento dos condicionantes naturais (sol e vento), no tratamento dos resíduos oriundos do uso e na busca de racionalização e eficiência energética (ALVAREZ et al., 2001).

No livro “Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável” de Roaf et al.(2006) , existe diversos estudos de caso onde são utilizadas tecnologias construtivas e de materiais que contribuem para uma “casa ecologicamente correta”, aonde a preservação da natureza e o conforto térmico dos usuários vem como premissa básica de projeto, induzindo a uma arquitetura bela e sustentável. Como exemplo de um estudo de caso envolvendo uma “casa ambientalmente sustentável”, poderia se citar a “Oxford Ecohouse” no Reino Unido, que é uma casa suburbana de três pavimentos construída afastada das divisas do terreno, com alinhamento norte-sul. Essa residência foi construída com paredes duplas convencionais. Os elementos chave para o programa de necessidades do projeto eram que a casa fosse calma e silenciosa e que tivessem emissões mínimas de CO2. Isso foi alcançado com uma construção com grande massa, acabamentos naturais, sem carpetes e, muito importantes, espaços de transição na frente e nos fundos da casa, onde as roupas molhadas pudessem ser penduradas. Dentre as características de sustentabilidade

pode-se destacar os altos níveis de isolamento, alta massa térmica, espaço de aquecimento solar passivo com sombreamento solar, iluminação natural, vedação contra vento, telhado fotovoltaico, aquecimento de água quente, entre outros (ROAF et al., 2006).

Dentro dessa perspectiva, todos estão desempenhando papel vital na preservação do nosso planeta para gerações futuras.

 

3      METODOLOGIA

 

3.1  local da pesquisa

 

A pesquisa aconteceu na zona urbana de Imperatriz, Maranhão – Brasil analisando o ensino de química nas escolas públicas estadual de ensino médio.

 

 

 

 

Fotos 05 e 06: aspectos do centro Urbano do Município de Imperatriz, Maranhão - Brasil

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Foto: Zilmar Soares

           Imperatriz é um município do Estado do Maranhão, sendo o segundo mais populoso deste Estado, com uma população de 257.553 habitantes, possuindo uma área de 1.367,901 km², dos quais 15. 480 km² estão em zona urbana.

            Sede da Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense, a cidade se estende pela margem direita do rio Tocantins, e é atravessada pela Rodovia Belém-Brasília, situando-se na divisa com o estado do Tocantins, (IBGE 2011).

             Imperatriz é o maior entroncamento comercial, energético e econômico do estado, sendo ainda o segundo maior centro populacional, econômico, político e cultural do Maranhão e possui um posicionamento estratégico útil não só ao estado, mas também para todo o norte do país.

           Imperatriz está num cruzamento entre a soja de Balsas, no sul do Maranhão, a extração de madeira na fronteira com o Pará, a siderurgia em Açailândia e a agricultura familiar no resto do estado, com destaque para a produção de arroz, e também das futuras potencialidades como a produção de energia e celulose com a implantação da hidroelétrica de Estreito,  Serra Quebrada  e da fábrica da Suzano Papel e Celulose em Imperatriz.

           Além dessas potencialidades, pode-se perceber também intensa atividade extrativista, principalmente na reserva do Ciriaco. Para dar suporte logístico a todas essas atividades, Imperatriz assume postura de capital local, pois através do Complexo atacadista do Mercadinho e do Centro Varejista do Calçadão, a produção do sul do Maranhão, norte do Tocantins e leste do Pará são escoados.

           Para tanto, Imperatriz conta com a Rodovia BR-010 (Belém-Brasília), com um dos maiores rios do país, o Rio Tocantins e com a Ferrovia Norte-Sul e a Estrada de Ferro Carajás. Além disso, por Imperatriz passam as principais linhas de transmissão de energia elétrica do Maranhão e de outros estados, (IBGE 2011).

A cidade possui 23 estabelecimentos estaduais de ensino médio 10.000 alunos matriculados e 42 professores de química, (Diretoria Regional de Educação 2011).

 

Fotos 07 e 08: Localização de Imperatriz no Maranhão, Brasil e America do Sul.

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Fotos: www.google.com.br 26/07/2015

3.2 Delineamentos da pesquisa

A pesquisa foi planejada de acordo com o foco dos problemas e possíveis soluções (hipóteses).

Os métodos e técnicas utilizadas na pesquisa basearam-se em bibliografias, documentos, observações, experimentos, análise de casos        e fotografias que serviram como base para fundamentar as amostras. Já os métodos e técnicas de observações foram delineados em pesquisa ação. Para a obtenção dos dados focou-se a pesquisa em observação sistemática, diário de campo, análises de citações, comparação com materiais bibliográficos publicados sobre o tema, análises das atividades propostas para os alunos e acompanhamento do comportamento dos materiais em fase de teste.

O sistema de amostragem foi determinado por definições de conteúdos e séries onde os problemas apresentaram-se mais acentuado. O critério de seleção delineou-se de acordo com a resistência dos tijolos. As amostragens aconteceram sistemáticas, estratificada, por intencionalidade e por acessibilidade.

Os equipamentos utilizados na coleta de dados foram máquinas fotográficas, filmadora, caderno de anotações, vidrarias, fichas de controles de dados e fichas de avaliações. As fichas de avaliações foram utilizadas tanto no decorrer do projeto na escola e quanto nas anotações dos resultados nas atividades práticas e lúdicas.

 

3.3 Coleta de materiais

 

O primeiro passo foi coletar o material no lago em Governador Edson Lobão – 30 km de Imperatriz - foi realizada no período da manhã para aproveitar a boa visibilidade da água em dia de sol forte na região onde se encontrava o material, colheu-se um volume aproximado de 20 kg, sendo quantidade de macrófitas suficiente para as devidas etapas do experimento.

Após a coleta, as plantas foram devidamente acondicionadas em sacos plásticos, levadas e espalhadas ao sol por 48 horas para perda do excesso de umidade (87%), tornando a planta seca sem se tornar quebradiça. Após a secagem da macrófita e adquirida à fibra propriamente dita, foi iniciado o processo de pesagem que ocorreu no sentido de separar em embalagens com os respectivos volumes do percentual estipulado para cada amostra dos tratamentos. 

Assim, foram selecionados 10 volumes com 20 g equivalentes as amostras de 1%; 10 volumes com 40 g equivalentes as amostras de 2% e 10 volumes com 100 g equivalentes as amostras de 5% de E. densa. O percentual foi baseado no peso total de tijolos utilizados na região (2 kg). Outro material utilizado foi à argila, doada pela cerâmica São Pedro.

argila

 

 
 

Foto1 0 - Argila.

Fonte: Lívia Miranda;

 

 

Foto 09 - Egeria densa.

Fonte: Lívia Miranda;

 

 
 

 

 

 

 

 

 


3.4 Produções de Tijolos

 

Os tijolos foram produzidos manualmente na área externa da residência, onde as etapas de produção dos tijolos maciços exigiram bastante mão-de-obra. Esta pesquisa de utilização de macrófitas aquáticas na fabricação de tijolos de adobe consistiu em três tratamentos (T1, T2 e T3) com 10 repetições cada.

Foi utilizado um modelo de “forma” ou gabarito de tijolo maciço, comum, utilizado e produzido nesta região, aonde as dimensões adotadas para confecção dos tijolos são: 8cm x 12cm x 25cm. Assim, cada amostra do tijolo necessariamente estará pesando 2 kg, que é o peso referente a esse tamanho de tijolo adotado na construção civil local.

Para se início da construção dos tijolos é necessário o amassamento e descanso da argila. Segundo Minke (2000), é necessário o amassamento do barro (mistura de solo, biomassa e água), para melhor homogeneização da umidade e absorção, sendo necessário o descanso do barro por média de 48 horas, antes da moldagem dos tijolos.

Trata-se de um processo vigoroso e repetitivo para a boa qualidade da mistura do aglomerante ao aglomerado. Com isso adquirir o melhor ponto de liga do material composto, o solo passou por uma peneira grossa para o seu melhor “destorroamento” e mistura para homogeneização do mesmo.

2013-09-06 15

 
                                                

 

 

 

Foto 11 - Destorroamento.

Fonte: Lívia Miranda;

 

 
 

 

 


Esse processo de amassamento teve toda execução manual por meio artesanal e rústico. Logo com o tempo de descanso do material concluído, observou-se o ponto de umidade do material. Assim, foi dado início a distribuição das partículas e medição dos volumes disponíveis de cada amostra. Onde foram separados os volumes respectivos de cada amostra de percentual determinado por tratamento. Para o tratamento 1 (T1) 1% de Egeria adicionado a argila. Para o tratamento 2 (T2) 2% Egeria adicionado a argila e para o tratamento 3 (T3) 5% da macrófita fenada para inoculação na argila e confecção dos tijolos de adobe. Todos os três tratamentos tiveram 10 repetições.

A moldagem consistiu em produzir uma amostragem com 10 peças de tijolos de adobe com peso de 2 kg de cada série. Logo foi feito o processo de pesagem volumétrica das amostras usando uma balança mecânica. Com o material já em ponto de boa mistura, onde a biomassa foi devidamente incorporada à argila para imediatamente colocá-la nas formas para tijolos. O ponto de boa mistura foi identificado visualmente. Antes da utilização das formas, estas se mantiveram dentro de tanques com água para manter-se úmida e facilitar à rápida desmoldagem das peças.

Esse processo é bastante rápido, pois a partir do ponto de homogeneização de mistura o material é rapidamente lançado nas formas e em seguida depois de 10 minutos já é feita a desmoldagem, com isso torna-se um processo repetitivo de operação de: mistura homogeneização, moldagem e desmoldagem.

 

3.5 Caracterizações dos ensaios

 

Depois de confeccionados os tijolos com o intuito testar capacidade de resistência dos mesmos, foram enviados três amostras de cada ensaio e uma amostra de tijolos confeccionados somente com argila, sem acréscimo da macrófita a sua constituição.

Estas amostras foram encaminhadas para os ensaios de resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto, blocos (cerâmicos e de concreto) e prismas (de blocos cerâmicos de concreto).

As amostras encaminhadas ao laboratório caracterizam-se por quatro amostragens de tijolos maciços. Os ensaios foram realizados com base nos métodos de ensaios recomendados pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): NBR 8492/81 – tijolo maciço de solo – cimento – Determinação da resistência à compressão da absorção d’água – Método de Ensaio e NBR 7170 Tijolo maciço para alvenaria.

Em exame verificou-se que os tijolos (T1), que foi adicionado 1% de biomassa à argila, foram encontrados nas dez amostras confeccionadas oito blocos que apresentaram fissuras. No experimento (T2), com 2% de biomassa adicionada à argila, dos dez blocos, cinco (50%) apresentaram fissuras. Nos blocos com 5% de biomassa misturada à argila somente em dois blocos (20%) foram encontradas fissuras, o que já demonstra que os tijolos com cinco por cento de macrófitas misturada à argila apresentam melhor resistência.

 

4 - RESULTADOS E DISCURSÃO

 

Na busca dos pontos críticos, passamos a ter os seguintes resultados transformados em tabelas.

 

Tabela 1- apresenta os resultados de resistência da amostra (tijolos de barro sem macrófitas).

ENSAIO DIMENSÕES (mm)

LOTE

BLOCO

COMP.

LARG.

CARGA (N)

TENSÃO (MPA)

0

1

111

108

22072

1,8

0

2

111

108

17413

1,5

0

3

111

108

22072

1,8

MÉDIA

 

 

 

 

1,7

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 2- apresenta os resultados de resistência em tijolos de barro com inóculo de 1% de E.densa.

ENSAIO DIMENSÕES (mm)

LOTE

BLOCO

COMP.

LARG.

CARGA (N)

TENSÃO (MPA)

1

1

111

103

24525

2,1

1

1

111

101

24525

2,2

MÉDIA

2,2

 

1,7

 

2,2

 

 

Tabela 3- apresenta os resultados de resistência em tijolos com inóculo de 2% de E. densa.

ENSAIO DIMENSÕES (mm)

LOTE

BLOCO

COMP.

LARG.

CARGA (N)

TENSÃO (MPA)

2

1

109

104

27959

2,5

2

2

108

100

26978

2,5

2

3

107

100

24525

2,3

MÉDIA

 

 

 

 

2,4

 

 

Tabela 4- apresenta os resultados de resistência em tijolos com inóculo, 5% de E. densa.

ENSAIO DIMENSÕES (mm)

LOTE

BLOCO

COMP.

LARG.

CARGA (N)

TENSÃO (MPA)

5

1

107

105

22073

2,0

5

2

108

102

27713

2,5

5

3

107

105

25751

2,9

MÉDIA

 

 

 

 

2,5

 

 

 
Diante os resultados, observa-se que a inoculação de 5% de fibra de E. densa à argila, para confecção de tijolos de adobe, apresentou menos fissuras e maior resistência que os demais.

5-CONCLUSÃO

 

Macrófita aquática Elódea, Egeria densa, misturada a argila para confecção de tijolos artesanais reduz os impactos causados ao meio ambiente através da construção civil, sendo um material de fácil acesso e construção hábil, ao fazer o teste de resistência, aderência, sobrecarga e tensão encontrou-se resultados coerentes com o esperado teórico.

No tocante ao seu comportamento mecânico e desempenho em serviço, como também com melhor custo/benefício (viabilidade econômico-financeira) em função da sua proximidade do local de construção, fácil acesso e que tenham ou venham a ter uma produção (fabricação) em larga escala, possibilitando a sua utilização para uma quantidade razoável de casas em um loteamento, principalmente em local onde as pessoas têm necessidade de habitação de baixo custo.

 

REFERÊNCIAS

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Ilustrações: Silvana Santos