Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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03/06/2016 (Nº 56) SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE BOTÂNICA USANDO PLANTAS DA MEDICINA POPULAR EM TURMAS DE 7° ANO DE ESCOLAS RURAIS DE CACHOEIRA/BA
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE BOTÂNICA USANDO PLANTAS DA MEDICINA POPULAR EM TURMAS DE 7° ANO DE ESCOLAS RURAIS DE CACHOEIRA/BA

 

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE BOTÂNICA USANDO PLANTAS DA MEDICINA POPULAR EM TURMAS DE 7° ANO DE ESCOLAS RURAIS DE CACHOEIRA/BA

OLIVEIRA, Nívia Aparecida dos Santos. [niviaaparecida@hotmail.com]

SOUZA, Girlene dos Santos de. [girlene@ufrb.edu.br]

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Centro de Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas

Rua Rui Barbosa, 710 - Campus Universitário CEP 44380-000, Cruz das Almas/BA

 

RESUMO

O uso de plantas medicinais é uma prática comum ao homem desde os primórdios das civilizações. Na região do Recôncavo Baiano essa prática ocorre de forma empírica como tradição de inúmeros povos.  Ao fazer uma análise do ensino de Botânica em escolas de ensino fundamental (Anos Finais) percebe-se que muitos dos estudantes se sentem desmotivados em aprender devido à escassez de recursos didáticos e o uso de livros didáticos que trazem nas suas ilustrações espécies ausentes do cotidiano do aluno, tornando-se necessário intervir na prática pedagógica. O trabalho apresentado trata de uma estratégia metodológica para o ensino de botânica usando espécies de plantas medicinais de uso comum na região do Recôncavo Baiano para o estudo da morfologia foliar. A partir dessa abordagem constatou-se que o uso desta metodologia é propicio para o ensino de botânica, pois traz ao aluno o contato com espécies de seu cotidiano permitindo uma melhor compreensão dos conteúdos abordados.

 

Palavras-Chave: Ensino de Botânica – cotidiano – Educação Científica – Plantas Medicinais

 

INTRODUÇÃO

 

O uso de plantas medicinais é uma prática que acompanha a história de algumas comunidades tradicionais. Em tempos antigos o uso de espécies vegetais fez com que o homem percebesse que muitas dessas possuíam efeito medicinal (DI STASI, 2007). O uso de plantas medicinais acompanha a história do homem e seu uso deu-se a partir de civilizações que utilizavam espécies vegetais para a alimentação e partindo do conhecimentos obtidos de forma empírica foi possível o desenvolvimento científico.

Uma das questões atuais para o ensino de Ciências é a relevância no uso de aspectos relacionados ao cotidiano dos alunos e o conhecimento tradicional advindo de relações cotidianas deve ser valorizado. Pesquisas relacionadas ao ensino de Ciências pontuam a necessidade de mudanças nas metodologias empregadas pelo professor desta área nos diferentes níveis de ensino. (DELIZOICOV, 2009)

O estudo apresentado neste trabalho trata-se da aplicação de metodologia para o ensino de botânica em turmas do 7° ano do ensino fundamental (Anos Finais) de escolas rurais de Cachoeira, por meio da utilização de plantas medicinais de uso comum na região do Recôncavo baiano com enfoque na morfologia foliar. Quando propomos o estudo da morfologia foliar buscamos que o aluno compreenda a importância da folha para a planta e qual a importância de compreender suas partes e respectivas funções, por vezes passadas de modo despercebido.

A importância para a realização deste trabalho foi conhecer as percepções dos estudantes do uso de plantas medicinais, bem como o conhecimento prévio que estes possuíam acerca da morfologia foliar.  Partindo disto objetivou-se o estudo das partes da folha utilizando plantas medicinais, bem como o uso na medicina popular, os benefícios e sua aplicabilidade.

 

REFERENCIAL TEÓRICO

 

Refletindo o ensino de Botânica

Atualmente ocorrem críticas constantes ao ensino de botânica na educação básica. Muitas dessas críticas são pela forma com que este conteúdo é ministrado muitas vezes pelo uso excessivo de livros didáticos que não condizem com a realidade do aluno, tornando desta forma o conteúdo desestimulante por aqueles que observam. Essa exposição didática de conteúdos desmotiva a aprendizagem, pois não são utilizadas estratégias metodológicas que possibilitem o contato desse com os vegetais tornando desta forma difícil ensinar e aprender botânica. (ARAUJO; MIGUEL, 2013)

A afinidade vai ser um passo importante para que o aluno sinta-se estimulado a despertar o conhecimento. Para estimular a aprendizagem dos alunos em botânica é necessária a inserção de práticas pedagógicas que tornem o conteúdo interessante para o aluno, facilitando o seu aprendizado e tornando este significativo para o aluno. (MELO ET. AL., 2012)

É notável a inúmera dificuldade que muitos alunos possuem no que diz respeito a aprendizagem em botânica, esta que muitas vezes possui uma nomenclatura de difícil compreensão, sendo necessário ser realizada uma análise da forma que as metodologias estão sendo empregadas, para que possam facilitar a compreensão dos alunos, tornando-as compreensíveis aos mesmos. O ensino de botânica atualmente trata-se de um ensino em grande parte com uma nomenclatura complexa totalmente distante da realidade do aluno e estes fatores muitas vezes tornam-se incompreensíveis aos alunos e professores da educação básica. (CRUZ; FURLAN; JOAQUIM, 2009) Os alunos não demonstram interesse em aprender botânica pelo simples fato de possuir uma nomenclatura dificultosa que não se assemelha ao seu cotidiano. (SILVA; JOAQUIM, 2009)

É importante para o ensino de botânica considerar quais espécies vegetais o professor vai utilizar para trabalhar em sala de aula. (SILVA; CAVALLET; AQUINI, 2005) Analisando desta forma espécies contidas no cotidiano do aluno, buscando uma melhor aprendizagem e ao professor cabe a ser um pesquisador que busque o interesse de seus alunos pelos conteúdos abordados. É necessário aprimorar o ensino de botânica de forma a ser desenvolvido por concepções trazidas pelos alunos, tornando-o desta forma mais acessível e mais próximo da realidade do aluno. (FIGUEIREDO, 2009) Silva (2008, p.99) cita que “espera-se um ensino fundamentado na motivação e aplicabilidade da botânica a realidade em que vivemos”.

Uma das questões mais discutidas é sobre a prática para o ensino de botânica, pois se o aluno não tem contato com as espécies vegetais torna-se difícil compreender o conteúdo ministrado em sala de aula. Na maioria das escolas brasileiras os conteúdos de Ciências e Biologia são ministrados de forma expositiva e isto pouco favorece a aprendizagem significativa de conteúdos. (COSTA; MARINHO, 2013) Para o ensino de ciências naturais a prática não deveria ser de forma alguma desmembrada da teoria sendo que a prática ela vai se tornar uma importante ferramenta para a compreensão do conhecimento científico. (PRIGOL; GIANOTTI, 2008) a prática na disciplina de botânica não deveria ser desvinculada da teoria e são consideravelmente importantes para a compreensão da linguagem científica. (PINTO; SILVA, 2009)

Uma reestruturação nos conteúdos de botânica poderá despertar um maior interesse por parte dos alunos em adquirir conhecimento e a refletir questões relacionadas ao seu cotidiano. (PINTO; MARTINS: JOAQUIM, 2009) Para que ocorra uma motivação em aprender o conteúdo de botânica é necessário o desenvolvimento de estratégias pedagógicas que tornem o conteúdo interessante para o aluno (OLIVEIRA; PAES, 2008) buscando uma maior interação entre estes e o objeto de estudo.

 

O ensino de Ciências e suas ligações com o conhecimento cotidiano.

 

As observações realizadas durante o cotidiano dos alunos permite que estes cheguem a sala de aula trazendo algumas concepções de alguns assuntos abordados em disciplinas curriculares, este conhecimento por vezes é desvalorizado pois não há vínculos com o conhecimento científico. Estes comportamentos acarretam uma limitação as aulas de Ciências por não tornar os conteúdos baseados na aprendizagem que muitos alunos trazem importantes para o desenvolvimento de metodologias didáticas provocando o desinteresse  nestes. (KRASILCHIK, 1987)

 As novas metodologias de educação pontuam que o cotidiano deve ser aplicado em metodologias de ensino para que seja feita uma relação com o que o aluno vivencia em sala de aula. (PRIGOL; GIANOTTI, 2008)

É importante ressaltar que uma das questões atuais para o ensino de Ciências é que os alunos trazem conhecimentos prévios de suas relações sociais por meio de concepções prévias. (BIZZO, 2009) O ser humano nasce em um meio mediado por vários fatores que irão construir a sua identidade e estes são sujeitos da sua aprendizagem. (DELIZOICOV, 2009) Se tratando de comunidades tradicionais e de relações sociais, a cultura que constrói a sua identidade de um povo não era um aspecto utilizado em sala de aula devido ao fato de estar desvinculado ao saber científico.

           

[...] muitas vezes o conhecimento não formal ser interpretado como um conhecimento não científico, pela ausência de pertinência com a metodologia científica, difundiu-se uma concepção que o mesmo é assistemático o que por si só o desvaloriza. (RODRIGUES; PASSADOR. 2010, P.8)

 

Os conhecimentos científicos devem ser adaptados ao cotidiano do aluno para que este venha compreender a relação desse conhecimento para a sua vida futura (PEREIRA; DEFANI [s.,d.]) e compreender a realidade em que está inserido. Possibilitando entre outros fatores especificamente no Ensino Fundamental o estímulo ao interesse em ciência pelo aluno e privilegiem ambos os envolvidos no processo de construção do conhecimento. No ensino fundamental a aprendizagem significativa de conteúdos deve motivar o aluno a Ciência e formar cidadãos cientificamente educados e poderá motivar a vocação de futuros cientistas. (COSTA, 2008)

Os conceitos científicos devem ser importantes para o aluno conhecer o ambiente em que está inserido e entender a importância deste para sua vida, os PCN’ s (1998, p.26) pontuam que “torna-se, de fato, difícil para os estudantes aprenderem o conhecimento científico que, muitas vezes discorda das observações cotidianas e do senso comum”. Repensar o contexto em que a escola está inserida é uma das alternativas para o ensino de Ciências tornando este conhecimento significativo e prazeroso para os envolvidos no processo.

 

LÓCUS DA PESQUISA

 

As escolas participantes da pesquisa estão situadas em dois distritos rurais da cidade de Cachoeira, Bahia. Colégio Estadual Padre Alexandre Gusmão localizado no distrito de Belém e o Colégio Estadual Antônio Joaquim Correia localizado no distrito de Capoeiruçu.

O Colégio Estadual Padre Alexandre Gusmão possui apenas uma turma de 7° ano e o Colégio Estadual Antônio Joaquim Correia possui duas turmas de 7° ano sendo que ambas atendem a outras turmas do Ensino Fundamental (anos finais), Ensino Médio além de turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no turno noturno.

 

ASPECTOS METODOLÓGICOS

 

Para análise dos conhecimentos prévios dos estudantes acerca das espécies medicinais que conheciam, afinidade sobre o material a ser estudado, bem como o conhecimento prévio que possuíam sobre morfologia da folha.

Após este momento deu-se início a aplicação da metodologia que contou com o estudo das partes da folha e reprodução de desenhos esquemáticos. Após esta etapa foram aplicados questionários pré-teste e para análise dos efeitos recorrentes a metodologia aplicada foi aplicado um questionário pós-teste.

 

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

 

A pesquisa foi efetuada durante o segundo semestre de 2014 e contou com a aplicação de questionários para uma diagnóstico prévio de percepção dos estudantes sobre a morfologia foliar, afinidade com o tema, bem como espécies medicinais de conhecimento dos estudantes para que estas fossem utilizadas durante a aplicação da metodologia.

Quando questionados se tinham interesse em estudar plantas os estudantes demonstraram muito interesse quando analisamos as respostas obtidas (figura 1), foi observado que é importante analisar as afinidades que os alunos possuem com o objeto de estudo buscando novos métodos de aprendizagem.

 

Figura 1- Afinidade dos alunos pelo estudo da botânica Fonte: Autora da pesquisa, 2014

 

As questões atuais em Ensino de Ciências pontuam a importância dos conhecimentos prévios, ou seja aquele conhecimento construído nas relações sociais, para a construção do conhecimento científico. A limitação apresentada nas aulas de Ciências propicia aos alunos uma disciplina irrelevante e sem significado, pois não valoriza os conhecimentos que os estudantes trazem do seu cotidiano tornando-se desvinculada aos seus interesses. (KRASILCHIK, 1987) O aluno precisa estar motivado e interessado em aprender Ciências e nada mais pertinente que aproximar a disciplina a fatores visualizados em seu dia-a-dia.

Quando questionados sobre o uso de plantas medicinais nas aulas de Ciências (figura 2) a análise de dados permitiu visualizar que a maioria dos estudantes manifestou interesse no estudo das plantas medicinais. O ensino de Ciências poderá ser modificado abordando situações simplificadas, principalmente para o ensino de botânica o qual envolve temas tão complexos. Estes podem permitir que o professor através das metodologias aplicadas desperte a vontade do aluno a adquirir e a buscar a construção do conhecimento cientifico. Pinto, Martins, Joaquim (2009) demonstram ser necessária a adoção de diferentes metodologias que possibilitem um maior contato com a flora da região para que estes alunos despertem o interesse pelo estudo de botânica. Corroborando com Delizoicov (2009, p.127) verificamos que

 

A maioria dos professores da área de ciências naturais ainda permanece seguindo livros didáticos, insistindo na memorização de informações isoladas, acreditando na importância de conteúdos tradicionalmente explorados e na exposição como forma principal de ensino.

Figura 2 – Análise da afinidade dos alunos ao estudo das plantas medicinais nas aulas de Ciências.

FONTE: Dados da pesquisa, 2014

 

As deficiências relacionadas ao ensino de Ciências muitas vezes ocorre devido ao distanciamento das metodologias com a realidade do aluno, Dias; Schwarz e Vieira ([s.d.], p. 2) descrevem que a “botânica, muitas vezes é oferecida no modelo convencional de ensino, de forma totalmente desvinculada da realidade da escola e da comunidade”. Em uma escola rural o ensino de botânica deve intervir com a realidade ‘do aluno, passando de um conteúdo distanciado da realidade para a aproximação com o local onde o aluno está inserido.

Para a metodologia foi necessário fazer um levantamento das espécies de plantas medicinais que os alunos conheciam. No questionário disposto foi verificado o conhecimento de diversas espécies vegetais de uso tradicional na região. (quadro 1) O conhecimento popular deve ser levado em conta pois alguns envolvidos na comunidade conhecem muito sobre plantas sendo importante haver um contato entre academia e sociedade. (RODRIGUES; PASSADOR, [s.d.]) O levantamento das ideias prévias dos alunos é de grande importância na elaboração de práticas pedagógicas que visam proporcionar uma nova perspectiva no ensino dos vegetais, principalmente quando se trata de estabelecer vínculo entre academia e comunidade.

O conhecimento obtido através do meio cultural em que o aluno está inserido deverá ser valorizado. (OLIVEIRA;PAES, 2008) De acordo com os estudos de Delizoicov (2009, p. 134) observamos que “aqui vai se chamar esse conhecimento de cultura prevalente ou primeira, no sentido de que é prévia e concomitante ao aprendizado sistematizado das ciências naturais, mas se dá fora de situações organizadas para seu ensino.”

 O uso de plantas medicinais é um dos fatores frequentes em muitas comunidades tradicionais e deve-se por vezes a transmissão da sabedoria dos antepassados, mais evidentes em comunidades interioranas ou rurais, onde este conhecimento é divulgado com facilidade. (FONSECA, et. al. 2012) Muitos dos conhecimentos tradicionais que envolvem o uso de plantas com fins medicinais foram passados como tradição, por gerações para a sua aplicabilidade, para cura ou tratamento de algumas enfermidades entre outras finalidades. Em muitos locais ainda é possível verificar que as nomenclaturas populares existiram e se disseminaram até a atualidade (SILVA, 2001). Delizocoiv (2009, p. 131) discorre em suas análises que

 

nenhum aluno é uma folha de papel em branco em que são depositados conhecimentos sistematizados durante sua escolarização. As explicações e os conceitos que formou e forma, em sua relação social mais ampla do que a de escolaridade, interferem em sua aprendizagem de ciências naturais.

 

Quadro 1 - Espécies de plantas medicinais citadas pelos alunos em questionário.

Nome Popular

Nome Científico

Família

Citações

Capim Santo

Cymbopogon citratus

(DC.)  Stapf

Poaceae

32

Erva Cidreira

Lippia alba (Mill.) N.E. Br.

Lamiaceae

18

Erva Doce

Foeniculum vulgare (Mill.)

Apiaceae

18

Boldo

Plectranthus barbatus

Lamiaceae

17

Camomila

Matricaria recutita L.

Asteraceae

7

Hortelã Grosso

Plectranthus barbatus Andrews

Lamiaceae

7

Quioiô/ alfavaca

Ocimun basilicum L.

Lamiaceae

6

Caatinga de Porco

Caesalpinia pyramidalis Tui.

Leguminosae

3

Tanchagem

Plantago major L.

Plantaginaceae

3

Tapete de Oxalá

Coleus barbatus (Andrews)

Lamiaceae

3

Quebra Pedra

Phyllanthus niruri L.

Phyllanthaceae

2

Alumã

Vernonia condensata Baker

Asteraceae

1

Arruda

Ruta graveolens L

Rutaceae

1

Folha de Louro

Laurus nobilis

Lauraceae

1

Hortelã miúdo

Mentha piperita L.

Lamiaceae

1

Mastruz

Chenopodium ambrosioides L.

Amaranthaceae

1

Meracilina

Não identificada

Não identificada

1

Sabugueiro

Sambucus australis

Adoxaceae

1

FONTE: Alunos do 7° ano de escolas rurais de Cachoeira, Bahia¹

            Para a análise do conhecimento que os estudantes possuíam sobre a morfologia da folha foram dispostas em questionário questões para identificação do conhecimento prévio para que pudéssemos entender os efeitos recorrentes da metodologia aplicada. O tema proposto foi importante para a disciplina, pois, na unidade posterior o assunto seria abordado na disciplina de Ciências.    

Ao serem questionados sobre as partes as quais as folhas eram divididas muitos dos estudantes não conseguiram descrever corretamente os termos botânicos, assim dos 58 alunos envolvidos inicialmente na pesquisa apenas 24% (14 alunos) conseguiram distinguir a alternativa correspondente as partes da folha (figura 3). Alguns que o acertaram, provavelmente não o fizeram por meio de um conhecimento científico previamente abordado durante as aulas.

 

Figura 3- Conhecimento prévio dos alunos envolvidos sobre a morfologia da folha Fonte: Dados da Pesquisa, 2014

 

O pecíolo, popularmente conhecido como talo durante a aplicação do questionário, muitos dos participantes questionavam acerca do que seria o mesmo. Foi feita uma breve explicação sem citar o nome cientifico do mesmo e muitos identificaram pelo nome tipicamente conhecido. Na análise dos dados foi perceptível que 48% dos alunos (figura 4) compreenderam que o mesmo estaria ligado à respiração. 

Foi notável, durante a sistematização dos dados que o aluno traz um conhecimento oriundo de suas relações interpessoais em sua comunidade ou grupo onde aprende nomenclaturas desenvolvidas em sua comunidade. É importante ressaltar que estes conhecimentos interferem diretamente na aprendizagem de Ciências naturais.  Bizzo (2002, p.57) cita que “a outra falácia muito aceita é a de que os alunos, e suas vivências socioculturais, já detém todos os termos técnicos, mas utilizam outro nome, que seria igualmente válido.” É importante inferir que os estudantes através dos seus meios de cultura desenvolvem métodos de aprendizagem que  permite uma comunicação com o mundo a sua volta.

 

Figura 3- Conhecimento prévio dos alunos envolvidos sobre a morfologia da folha FONTE: Dados da pesquisa, 2014

 

Quando questionados sobre função do limbo (figura 5) os alunos não conseguiram descrever qual a sua função, apenas durante o momento onde foi citado onde o limbo se encontrava na folha, puderam descrever o que eles achavam ser a função. Dos participantes 43% dos envolvidos na pesquisa (25 alunos) descreveram que o limbo apresentava nervuras contendo vasos condutores de xilema e floema e 45% (26 alunos) descreveram a parte da folha como responsável pela fotossíntese.

 

 

Figura 5 – Conhecimento prévio dos alunos da função do limbo  FONTE: Dados da pesquisa, 2014

 

Muitos alunos no questionário (53% dos participantes) citaram que a bainha seria capaz de fixar a raiz da planta no solo (figura 6), estas colocações foram relevantes ao desenvolvimento da metodologia, pois, percebeu-se por meio dos dados coletados que muitos dos estudantes ainda não conheciam cientificamente as estruturas foliares.

 

Figura 6 – Conhecimento prévio da função da bainha FONTE: Dados da pesquisa, 2014

 

         A aplicação dos questionários ocorreu com o intuito de avaliar o conhecimento que os participantes da pesquisa já obtinham sobre espécies medicinais para que pudessem ser trabalhadas em sala de aula as espécies mais citadas pelos alunos. É importante salientar que durante as etapas metodológicas muitos dos estudantes já sabiam distinguir visualmente algumas espécies e identificavam muitas por meio da nomenclatura popularmente conhecida.

          Logo após os alunos foram convidados a assistir uma oficina abordando a estrutura da folha, durante esta etapa os alunos puderam observar as partes das respectivas folhas as quais estavam dispostas. Através de informações disponibilizadas por meio de recursos audiovisuais os estudantes puderam fazer analogias, observar e identificar as partes. Na visão de Pinto; Martins; Joaquim (2009, p.1) “as aulas práticas devem permitir ao estudante observar, vivenciar e discutir um conjunto de experimentos, fenômenos biológicos e físico-químicos“.

         Após este momento de observação, os alunos foram convidados a fazer uma atividade, onde puderam ilustrar a espécie da planta medicinal (figura 7), que estava sendo utilizada para a visualização da morfologia e neste os mesmos foram orientados a descrever no desenho das partes relacionadas (figura 8).  De acordo com Moura; Silva

( 2012, p.1) “ a  ilustração botânica alia os conhecimentos científicos das espécies vegetais com os aspectos artísticos, de maneira que uma área influencia e sofre a influência da outra“.

Como em algumas espécies como “quebra-pedra” (Phyllanthus niruri L.) ficava difícil a observação e identificação das partes, os alunos que estavam com esta espécie em mãos foram orientados a trocar estas espécies por outras. Ocorreu um momento de interação  entre os alunos, onde estes observaram as folhas e fizeram o desenho ilustrativo (figura 9) observando as partes das plantas que estavam demonstradas em uma imagem e associando as espécies disponibilizadas. Silva; Cavassan (2007, p.1) disserta que “é evidente, ainda, que a observação direta dos vegetais contribui muito para a aprendizagem do que a simples observação de suas ilustrações em livros didáticos”.

 

 

Figura 7- Alunos das respectivas escolas envolvidas utilizando as espécies medicinais para desenho esquemático.

100_3270.JPG

FONTE: Dados da pesquisa, 2014

 

Figura 8- Alunos utilizando as espécies medicinais para ilustrações

100_3275.JPG

FONTE: Dados da pesquisa, 2014

 

Figura 9– Algumas ilustrações feitas pelos alunos durante a aplicação da metodologia

Fonte: Alunos do 7° ano de escolas rurais de Cachoeira, Bahia

 

Num segundo momento ocorreu uma aula, acerca das propriedades medicinais das plantas citadas nos questionários, muitos alunos já obtinham o conhecimento do uso medicinal. Muitos dos alunos se posicionavam citando as propriedades das espécies medicinais relatadas durante a aplicação da segunda parte da metodologia. Alguns citaram o “arcançu” [sic] como uma planta utilizada para tratar de dores de dente e quebra pedra como uma planta que agia nos rins.

Á partir disto houve uma aplicação de questionários para identificar como os alunos receberam aquela metodologia e qual a percepção deles do conhecimento científico ministrado a partir do uso de plantas usadas popularmente.

 

Figura 10-  Percepção dos alunos sobre a metodologia aplicada FONTE: Dados da pesquisa, 2014

 

Os envolvidos da pesquisa quando questionados se gostaram do estudo das partes da folha usando plantas medicinais (figura 10), demonstrou por meio das respostas descritas que gostaram daquele tipo da metodologia devido a disponibilidade de interação com as espécies. Prigol e Gianotti ([s.d.], p.2) corroboram que “as novas metodologias de educação devem fazer uma relação entre o que é aprendido na sala de aula com aquilo que o aluno vivencia em seu dia a dia”.

Ressalta-se a importância da valorização de espécies utilizadas no cotidiano dos alunos para que possa suscitar o interesse nos conteúdos trabalhados na disciplina. Kovalski ; Obara (2013, p.1) ressaltam que “a valorização do conhecimento popular que os alunos trazem sobre as plantas medicinais potencializa o interesse destes sobre os conhecimentos científicos a serem trabalhados sobre o tema.

 

Quadro 2 – Concepções dos envolvidos na pesquisa sobre o estudo das plantas nas aulas de Ciências

A1- Gostaria de estudar todo tipo de planta.

A-5 Com as folhas e também fazendo os chás para nós tomarmos.

A2- Que o professor trouxesse as plantas pra algumas pessoas que não conhece as plantas passarem a conhecer etc.

A- 6 Tocando nas plantas, vendo as folhas e aprendendo como cuidar e plantar.

A3- Coma ela e reproduzida.

A- 7 Saído para rua para conhecer melhor os tipos de plantas.

A4- Eu quero estudar as plantas no laboratório de ciências.

A– 8 Cada dia mostrando um uso das plantas.

FONTE: Alunos do 7° ano do Ensino Fundamental de escolas rurais de Cachoeira, Bahia²

 

De acordo com a fala dos alunos muitos gostariam de ter contato com as plantas medicinais (quadro 2) , ou todo o tipo de planta, ou até mesmo numa aula prática. Foi verificado que o aluno possui interesse em estudar as espécies de plantas em suas mais variadas formas e entender sua aplicabilidade, bem como a sua manipulação.

Analisando de uma forma geral o uso dessa metodologia, o uso de plantas medicinais para a compreensão e análise da morfologia foliar pode ser adequada para o ensino de botânica. Após a aplicação da metodologia foi perceptível um aumento de acertos em questionário sobre as partes da folha, sendo que no primeiro questionário aplicado 14 alunos conseguiram pontuar as partes da folha e após a metodologia 37 dos envolvidos se posicionaram de forma coerente ao assunto ministrado. A aplicação da sequência metodológica certamente irá auxiliar o professor durante o conteúdo a ser abordado na unidade posterior. A valorização do conhecimento prévio que os estudantes detêm pode ser uma importante chave para o desenvolvimento de métodos que serão fortes aliados ao desenvolvimento cientifico do aluno.

Os conhecimentos trazidos do meio social e cultural que estes convivem, trazem intervenções para a ajuda do aprendizado em Ciências, sendo então necessária a busca de uma aprendizagem que vise intervir com práticas ao conhecimento teórico. Para que o ensino de botânica seja estimulante aos alunos é necessário ao professor estar sempre se atualizando acerca de metodologias de ensino pois,  aprendizagem de botânica exige atividades que estimulem o contato do homem com as plantas. (MELO et. al. 2012)

No primeiro questionário verificou-se que os alunos não compreendiam a função do pecíolo  sugere-se que este resultado foi devido ao assunto nunca ter sido apresentado aos mesmos.  Usar as plantas de uso na região em que os alunos pertencem foi muito relevante, ocorrendo construção do conhecimento por meio das etapas metodológicas. No segundo questionário percebeu-se que 22 dos 55 alunos presentes durante a pesquisa souberam distinguir qual a função do pecíolo apresentado nas folhas.

É necessário reaprender a ensinar determinados conceitos e buscar a melhor forma a fazê-lo para que contemple as perspectivas dos alunos aos conteúdos do ensino de Ciências. Todo o professor sempre tem o que aprender sobre a forma de ministrar os assuntos aos seus alunos e sobre o assunto. (BIZZO, 2002)

Quanto a função do limbo após a aplicação da metodologia 38 alunos conseguiram distinguir a sua função, sendo considerado um aspecto importante para esta pesquisa. Arcanjo et. al ([s.d.], p.1) descreve que

 

[...]a utilização de recursos didáticos alternativos serve para que o aluno descubra seu próprio mundo, esclareça suas dúvidas, valorize o ambiente que os cerca e entenda que não é apenas com materiais previamente preparados, que muitas vezes não condizem com as suas realidades, e adquiridos pela escola que irá ilustrar a sua aula.

 

A alternativa de se utilizar recursos didáticos propícios à realidade social do aluno é pertinente de ser utilizado, tornando o aluno conhecedor do mundo e do contexto social em que está inserido. O uso de plantas medicinais em aulas de ciências poderá ser utilizado para diversas finalidades de estudo permitindo que o aluno conviva com as espécies de seu dia a dia. Bizzo (2002, p. 62) cita que “atividades diferentes induzem os alunos a desenvolver capacidades diferentes” e inúmeras são as discussões sobre a utilização de diversas práticas em aulas de Ciências principalmente quando se trata do conteúdo de botânica que muitas vezes causa desinteresse tanto do professor quanto do aluno.

A bainha foliar antes da aplicação da metodologia foi descrita inúmeras vezes pelos alunos como sendo uma sustentação da raiz da planta no solo e durante a etapa pós-metodológica a maioria dos alunos conseguiu descrever as funções responsáveis.

É notável que através do uso de plantas medicinais os alunos puderam estar em contato com espécies de seu convívio tornando o estudo prazeroso e isso foi perceptível por meio da análise dos dados. O aluno que adentra a uma sala de aula traz perspectivas e ideias que podem tornar-se uma ferramenta para a interação destes com o conhecimento científico, este que chega muitas vezes de forma tardiamente a vida dos alunos.

Tem-se, portanto uma forte aliança a ser firmada entre o conhecimento prévio do aluno e o conhecimento a ser construído por este em suas relações no ambiente escolar.  Para muitos alunos aprender Ciências é decorar leis, nomes e fórmulas.  (KRASILCHIK, 1987) Refletindo sobre o ensino de Ciências e Biologia Silva e Cavassan (2005) dissertam que a divulgação e o contato com a biodiversidade brasileira deve ser um dos objetivos para o ensino de Ciências e Biologia. E partindo da  análise do autor isto poderá proporcionar  uma interação dos alunos com a flora pertencente da sua região.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            O ensino de Botânica em muitas escolas de educação básica, torna-se pautado no uso de aulas extremamente expositivas sem a interação do aluno com as espécies pertencentes a flora de sua região. A introdução de uma estratégia didática para o ensino permitiu que o aluno pudesse ter contato com espécies popularmente conhecidas tornando a aprendizagem do assunto significativa e enriquecedora.

            O trabalho apresentado tratou-se de uma abordagem, utilizando espécies medicinais para a análise da morfologia foliar na região do Recôncavo Baiano, região esta que carrega uma cultura na utilização de espécies vegetais para inúmeras finalidades.

             A aplicação da estratégia para o Ensino de Ciências permitiu que o aluno analisasse a morfologia foliar utilizando espécies conhecida pelos mesmos, bem como o conhecimento empírico que muitos trouxeram sobre as plantas medicinais por meio de uso em suas residências para inúmeras finalidades.

 

REFERENCIAS

 

Arcanjo, J. G. H.; Santos. P. R.; Silva S. P., Tenório. A. C. Recursos Didáticos e o Processo de Ensino- Aprendizagem. Acesso em: 07 de ago. 2014,  http://www.educadores.diaadia.prgov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/Pedagogia/arec_  

didaticos.pdf

 

 BIZZO, N. (2002). Ciências: Fácil ou difícil? São Paulo: Editora Ática, 2. Ed.

 

BIZZO, N.(2009). Mais Ciência no Ensino Fundamental: metodologia de ensino em foco. São Paulo: Editora Brasil..

 

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¹ Espécies identificadas conforme a literatura de LORENZI; MATOS, 2008.

² Correção ortográfica das respostas dos participantes realizada pela autora da pesquisa.

Ilustrações: Silvana Santos