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PORQUE SOU CONTRA O PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 221, DE 2015
Por Cláudio Loes
Existe quem defenda e quem não, o meio ambiente. O que já é no mínimo estranho e contraria uma lógica muito simples. Se a natureza prove a vida de todos, e se nós fazemos parte do todo, então nós precisamos cuidar da natureza, porque cuidar dela é cuidar de nós mesmos. Isto é claro para todos? Não, e todos os que poluem, causam danos, tem justificativas econômicas e sociais para seus atos. E como a maioria é totalmente alheia ao que acontece ficamos nesta situação de como muitas outras espécies acabar sendo extintos. A razão deste início é a tentativa de novamente alterar a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), Lei Nº 9.795 de abril de 1999, fazendo com que a Educação Ambiental (EA) se torne uma disciplina obrigatória no ensino fundamental e médio. Todos nós concordamos que quanto mais educação melhor e para a maioria educação e disciplinas escolares são sinônimos quando na realidade não são. A política atual estabelece que a EA é uma responsabilidade de todos e deve permear toda a sociedade. No passado lembro que tive uma disciplina denominada “ecologia”, ela era a responsável por resolver todos os problemas do mundo, enquanto que as outras disciplinas continuavam fazendo mais do mesmo. O resultado foi que não deu certo porque contraria o que foi apresentado no primeiro parágrafo deste texto. Esta tentativa de novamente transformar em disciplina irá gerar o mesmo resultado. Então fica uma dúvida. Porque esta nova tentativa. Posso colocar o que penso sem ter pesquisado muito, somente rememorando algumas situações. A primeira é econômica com transferência de responsabilidade. Porque você agrada quem quer dar aulas de EA com todos os outros que já dão aulas em diversas disciplinas e não tem a EA em seus conteúdos e nem querem. Porque existem muitos que estão fazendo e encontrando bons resultados no conjunto escola, comunidade e sociedade. A outra é acenar com um tema mais palatável e até tecnicamente viável. É só ver o que acontece com disciplinas como filosofia e artes. São relegadas para um segundo plano, quando são essenciais para uma sociedade que deseja evoluir. E finalizando, penso que se fizéssemos uma pesquisa agora para saber quantos professores ao menos leram uma vez a PNEA e dialogaram sobre a mesma em suas disciplinas teríamos uma mensuração melhor do tamanho do problema. O fato é que na EA temos ainda muito discurso e pouca prática educacional de fato. Porque ao mesmo tempo em que dizemos que a educação é essencial e melhora tudo, nós ainda acreditamos que a disciplina, materialização de conteúdo específico vai resolver tudo. Se você concorda, peço para ajudar e votar contra o Projeto de Lei (PLS nº 221/2015) acessando: http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/120737 . |