Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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05/03/2018 (Nº 63) MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA COMO FERRAMENTA PARA GESTÃO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SIRIRI VIVO-SERGIPE
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MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA COMO FERRAMENTA PARA GESTÃO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SIRIRI VIVO-SERGIPE

Cristyano Ayres Machado, Professor da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe, doutorando em Meio Ambiente e Desenvolvimento PRODEMA Universidade Federal de Sergipe.

Gregório Guirado Faccioli, Professor, doutor em engenharia agrícola, professor do Programa de pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Universidade Federal de Sergipe PRODEMA.

Antenor de Oliveira Aguiar Netto, Pós Doutor em Recursos Hídricos, professor do Programa de pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal de Sergipe.

Carlos Alberto Prata de Almeida, doutorando em Meio Ambiente e Desenvolvimento PRODEMA, Universidade Federal de Sergipe

Ernesto Frederico Costa Foppel, Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento PRODEMA, Universidade Federal de Sergipe.

Marinoé Gonzaga da Silva Doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento PRODEMA, Universidade Federal de Sergipe, professora Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe.

RESUMO

A qualidade da água depende das condições naturais e uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica e o seu conhecimento são fundamentais no processo de gestão dos recursos hídricos. O rio Siriri é afluente da bacia hidrográfica do rio Japaratuba é uma importante fonte de água para abastecimento humano e irrigação, tendo como principais afluentes os rios Siriri Vivo e Morto. Desta forma, este estudo tem o objetivo analisar através de parâmetros físico-químicos a qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Siriri e sua variação sazonal. O monitoramento foi realizado em sete campanhas de amostras entre fevereiro de 2010 a novembro de 2011, sendo avaliados os parâmetros: temperatura, pH, condutividade elétrica, cor, sólidos totais dissolvidos, dureza, oxigênio dissolvido, nitrogênio amoniacal, nitrato, nitrito, nitrogênio total, fosfato, fósforo total e Clorofila-a. O rio Siriri Vivo apresenta uma boa qualidade da água ao contrário do rio Siriri Morta, que apresenta indicativo de estado eutrofização.

Palavras-chave: monitoramento, bacia hidrográfica, recursos hídricos.

ABSTRACT

Water quality depends on natural conditions and use and occupation of the watershed and its knowledge is essential in the management process of resources water. The river is a tributary of Cirri river basin Japaratuba is an important source of water for human consumption and irrigation, and its main tributaries and rivers Siriri Vivo and Morto. Thus, this study aims to analyze through physico-chemical parameters of water quality in river basin Siriri and its seasonal variation. The monitoring was performed in 7 samples campaigns between February 2010 to November 2011, with the following parameters: temperature, pH, electrical conductivity, color, total dissolved solids, hardness, dissolved oxygen, ammonia, nitrate, nitrite, total nitrogen, phosphate, total phosphorus and chlorophyll-a. The river Siriri Vivo shows good water quality unlike Siriri Morto River, which has been indicative of eutrophication.

Keywords: monitoring, watershed, water resources.

1 INTRODUÇÃO

O uso indiscriminado dos recursos hídricos ocasionou a situações de poluição e contaminação dos mananciais, o que causa redução desse recurso, caracterizando-se em muitas situações como escassez hídrica.

A escassez hídrica apresenta-se em dois aspectos, quantitativo e qualitativo. Em relação ao primeiro, a demanda é superior à disponibilidade hídrica temporal e espacial, não sendo, portanto, suficiente para as necessidades relativas ao crescimento populacional, desenvolvimento econômico e tecnológico, agravando-se com o uso irracional e condições climáticas desfavoráveis em algumas regiões, como o Nordeste brasileiro (AGUIAR NETTO et al. 2012).

Dessa forma, a demanda crescente de água para os usos múltiplos, torna a gestão dos recursos hídricos imprescindível para atender as necessidades dos usuários. A gestão da água implica em conhecer a disponibilidade hídrica temporal e espacialmente, contudo antes de propor estratégias de melhoria para a gestão dos recursos hídricos é necessário avaliar a qualidade da água de diferentes áreas de uma bacia hidrográfica (SONG et al. 2011).

A qualidade da água de rios e lagos estão relacionadas com as características físicas, químicas e biológicas intrínsecas de cada bacia hidrográfica. A configuração do espaço físico e a forma de ocupação humana provocam alterações na dinâmica de nutrientes e matéria orgânica que atingem o corpo hídrico, fatores esses que influenciam diretamente todo o ecossistema (KNAPIK, 2005). Nesse sentido programas de monitoramento são essenciais para o conhecimento sobre a dinâmica e comportamento hidrológico e da qualidade da água de uma bacia hidrográfica.

O monitoramento deve ser visto como um processo essencial á implantação dos instrumentos de gestão das águas, já que permite a obtenção de informações.

Estratégicas, acompanhamentos das medidas efetivas, atualização do banco de dados e atualização das decisões. Os bancos de dados são importantes instrumentos de gestão, pois sem eles corre-se o risco de gerenciar o que não se conhece (MAGALHÃES JÚNIOR, 2000).

A seleção dos parâmetros físico-químicos e biológicos de qualidade de água em um programa de monitoramento deverá levar em conta os usos previstos para o corpo d’água e as fontes de poluição existentes na sua área de drenagem. A combinação destes parâmetros possibilita a utilização de índices que podem representar a situação de determinado corpo d’água de forma confiável (DERÍSIO, 1992).

Para tanto, a Resolução de Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n° 357/2005, definiu parâmetros que estabelecem limites aceitáveis de substâncias estranhas, considerando os diferentes usos da água. Os corpos d’água são classificados em 13 classes sendo cinco classes de água doce, com salinidade inferior a 0,5%, quatro salobras, salinidade entre 0,5 e 30%, e quatro classes salinas, salinidade superior a 30% (BRASIL, 2005).

Contudo, para ser considerada adequada para consumo humano, à água deve ser potável. Assim, a Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, regulamentada pelo Ministério da Saúde, estabelece os padrões de potabilidade, ou seja, regulamenta os valores máximos permitidos (VMP) de um conjunto de parâmetros que definem as características físicas, químicas e biológicas que a água deve apresentar (BRASIL, 2004).

Nesse sentido, na bacia hidrográfica do rio Siriri foi implantada uma bacia escola, por meio do Projeto Preservando Nascentes e Municípios (parceria entre o Governo do Estado, Universidade Federal de Sergipe e Sociedade Semear), permitindo o estudo da qualidade da água dessas bacias, além de estudos sobre os efeitos das mudanças culturais nos processos hidrológicos, tais como desmatamento e/ou modificação no uso do solo, uma vez que estes envolvem uma mudança antrópica de uma ou mais características da bacia hidrográfica.

Sergipe é o menor estado da federação, mas possui uma densa malha hidrográfica, composta, entretanto, de pequenos rios, à exceção do rio São Francisco, intermitentes e irregulares, com nascentes e grande parte dos cursos médios, insuficientes para o suprimento permanente. No litoral, a influência das marés penetra vários quilômetros, resultando num imenso volume de água com elevado grau salino. Essas condições delimitam a carência e importância dos recursos hídricos em Sergipe, que se encontra no limiar do alerta em relação ao abastecimento de água (AGUIAR NETTO et al.2010).

A bacia hidrográfica do rio Japaratuba é uma das menores de Sergipe, apesar disso é muito importante para o estado devido a mesma ser caracterizada pela exploração da indústria de petróleo. Esta unidade de planejamento apresenta inúmeros problemas de degradação ambiental: exploração de argila, despejos de esgotos domésticos e industriais diretamente nos corpos d´água, desmatamentos, retirada de água em excesso para produção de petróleo (ARAÚJO e AGUIAR NETTO, 2010), acarretando degradação dos mananciais.

O rio Siriri é afluente da bacia hidrográfica do rio Japaratuba e uma importante fonte de água para abastecimento humano e irrigação, neste sentido este trabalho teve como objetivo analisar através de parâmetros físico-químicos a qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Siriri e sua variação sazonal.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

    1. Área de estudo

A bacia hidrográfica do rio Siriri (Fig. 1) faz parte da bacia hidrográfica do rio Japaratuba e localiza-se entre as coordenadas 10°11’ e 10°49’ latitude sul e 36°41’ e 37°26’ longitude oeste, apresentando uma área total de 433,85 km2. Seu afluente principal nasce no município de Nossa Senhora das Dores - SE, e sua área de drenagem se estende pelos municípios de Capela, Carmopólis, Divina Pastora, General Maynard, Maruim, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, Siriri, e Japaratuba. O rio Siriri se compõe de vários tributários, mas é formado de modo consistente após a junção dos rios Siriri Vivo, Siriri Morto e Sangradouro, abastecendo integralmente o município de Nossa Senhora das Dores-SE, que possui uma população de 24.579 habitantes. De acordo com a Resolução 357/2005 do CONAMA, o rio Siriri é enquadrado como rio de água doce classe 3 (SERGIPE, 2009). Segundo a classificação Coppe-Geiger, esses municípios são caracterizados por um clima tropical chuvoso com verão seco (As') onde a temperatura média anual é de 25°C, com o período chuvoso concentrado entre os meses de março e agosto, com pluviosidade média anual de 1.400 mm (SERGIPE,2000).

Figura 1: Localização da bacia hidrográfica do rio Siriri, no Brasil e em Sergipe.

Os solos predominantes da região são os Argissolos. O relevo caracteriza-se pela presença de planícies litorâneas, tabuleiro costeiro, planície fluvial e feições dissecadas de colinas, cristas e interflúvios tabulares (SERGIPE, 2000). Predomina na região a vegetação caracterizada como Floresta Estacional Sem decidual de acordo com a classificação de Veloso et al. (1991)

A sub-bacia do Rio Siriri encontra-se num contexto geológico dominado por rochas da Bacia Sedimentar de Sergipe-Alagoas e de Coberturas Recentes. A bacia do Siriri está inserida em dois domínios hidro geológicos: o poroso e o fratura do cárstico. O primeiro corresponde às rochas da Bacia Sedimentar de Sergipe, a Formação Barreiras e os sedimentos de praia e aluvião. O segundo inclui as formações Riachuelo e Cotinguiba (Grupo Sergipe), que apesar de estarem inseridas na Bacia Sedimentar de Sergipe, são constituídas basicamente por rochas calcárias, que apresentam comportamento hidrogeológico distinto dos demais sedimentos, daí a sua inclusão no domínio fratura do cárstico (BRASIL, 2005). Os usos do solo na bacia do rio Siriri são indicados na Tabela 1, sendo que os principais usos são pastagem, 42.83%, cultivos agrícolas/solos expostos, 34.52% e área de floresta, 13.78% (SERGIPE, 2009).

Tabela 1: Uso do solo na Bacia Hidrográfica do rio Siriri.

O déficit hídrico das cidades concentra-se entre os meses e setembro a março, estando seus picos nos meses de dezembro e janeiro. Já o período chuvoso ocorre entre os meses de maio e julho, sendo que a maior precipitação média mensal (203,5 mm) observada ocorre no mês de maio (AGUIAR NETTO et al., 2009).

    1. Monitoramento da qualidade da água

O monitoramento foi realizado em sete campanhas trimestrais de amostragem, no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011 (Tab. 2) em sete estações distribuídas ao longo da bacia hidrográfica do rio Siriri (Fig. 2). As estações SM1 e SM2 estão localizadas no rio Siriri Morto e SV1 e SV2 estão localizadas no rio Siriri Vivo (Tab.3).

Tabela 2: Datas das campanhas para monitoramento da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Siriri.

As amostras de água foram coletadas na camada de superfície utilizando garrafa de Van Dorn, em seguida, as amostras foram acondicionadas em frascos de polietileno de 1 L e mantidos em caixa de isopor com gelo, para conservação em baixa temperatura e proteção contra a luz até chegarem ao laboratório. No momento da coleta, foi determinada a temperatura do ar e da água, em seguida as amostras foram encaminhadas para o laboratório de Química Ambiental da Universidade Federal de Sergipe para posterior análise. Todos os procedimentos de coleta, conservação e análise dos parâmetros obedeceram às metodologias descritas no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2005).

Figura 2: Localização das estações de coleta de água na bacia hidrográfica do rio Siriri.

Tabela 3: Descrição das estações de amostragem da água na bacia hidrográfica do rio Poxim.

As amostras tomadas em cada estação foram assim distribuídas:

Fração 1: Destinada a determinação do oxigênio dissolvido (OD). As amostras foram tomadas em frascos de DBO. Depois de encher o frasco com o devido cuidado para evitar formação de bolhas, adicionou-se 1 ml da solução de sulfato de manganês e 1 ml da solução de iodeto alcalino, agitando-se em seguida para homogeneizar. Os frascos foram guardados em maletas, protegidos da luz, para posterior determinação do OD no laboratório.

Fração 2: Destinada à determinação das variáveis gerais (pH, condutividade, cor, dureza, sólidos totais dissolvidos, alcalinidade, dureza), nutrientes (nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato, fosfato). Em cada estação foram coletados 2 litros de água em frascos plásticos previamente descontaminados e depois armazenados em isopor com gelo até chegar ao laboratório.

Fração 3: Destinada a determinação da Clorofila-a. As amostras foram tomadas em frascos plásticos escuros de 1,5 L mantidas ao abrigo da luz até chegar ao laboratório. As metodologias utilizadas para a quantificação das variáveis químicas, físicas e biológicas da água constam na Tabela 4.

Tabela 4: Variáveis, métodos e referências utilizados para a caracterização da qualidade da água do rio Siriri.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os descritores estatísticos calculados para as variáveis da qualidade da água do rio Siriri estão representados na Tabela 5, enquanto na Tabela 6 é apresentada a matriz de correlação entre os parâmetros analisados. Variáveis com r > 0.7 apresentam correlações fortes e 0.5 < r < 0.7, mostram correlações moderadas em nível de significância p < 0.05.

Os valores de temperatura variaram entre e 23°C e 30°C (Tab. 5), sendo que a temperatura máxima foi verificada nas estações SM1 e SM2. Já a estação SV1 apresentou os menores valores de temperatura, uma vez que esta situada em área de mata, impedindo a incidência direta da radiação solar, que tem influência direta sobre a temperatura dos corpos d’água. A temperatura média mais elevada em SM1 pode ser explicada pelo fato desta estação ser caracterizada como um ambiente lêntico.

A temperatura dos corpos d’água tem influência direta na solubilidade do oxigênio dissolvido e no pH. Na Tabela 6 pode-se observar que, a temperatura apresentou correlações significativas com o pH e o oxigênio dissolvido. O aumento da temperatura tem o efeito de elevar o pH, pois a correlação foi positiva. Entre a temperatura e oxigênio dissolvido, a correlação foi negativa, assim com aumento da temperatura a concentração de oxigênio dissolvido é reduzida.

Tabela 5: Descritores estatísticos para as variáveis de qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Siriri/SE

Tágua: temperatura da água; CE = condutividade elétrica; STD = sólidos totais dissolvidos; OD = oxigênio dissolvido; Dur = dureza; Chl-a = clorofila-a.

Com relação aos valores de pH encontrados, o máximo foi de 8.84 e o mínimo de 5.15 (Tab. 5). Como a Resolução n° 357 do CONAMA, estabelece uma faixa de6. 0 a 9.0, para a classe 3, as estações SV1 e SV2 apresentaram amostras com valores inferiores ao mínimo para estas classe (Fig. 3), onde 71,4 % e 28,6 % das amostras, respectivamente, abaixo do estabelecido pela Resolução.

Tabela 6: Matriz de correlação dos parâmetros de qualidade de água no rio Siriri no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011.

Tágua: temperatura da água; CE = condutividade elétrica; STD = sólidos totais dissolvidos; OD = oxigênio dissolvido; Dur. = dureza; Chl-a = clorofila-a

Os rios brasileiros tendem a apresentar caráter de neutro a ácido. Às águas superficiais possuem um pH entre 4 e 9. Às vezes são ligeiramente alcalinas devido à presença de carbonatos e bicarbonatos. Naturalmente, nesses casos, o pH reflete o tipo de solo por onde a água percorre (MAIER, 1987). De modo geral, as águas estações SM2, SV1 e SV2 apresentam, em média, caráter de leve a moderadamente ácido, enquanto as águas da estação SM1, são caracterizadas como alcalinas, tanto no período chuvoso, quanto no período seco (Fig. 3). Segundo Maier (1983) ambientes lóticos, como é o caso das estações SM2, SV1 e SV2, caracterizam-se por apresentarem valores de pH variando do neutro ao levemente ácido. Observa-se ainda que o pH nos locais analisados não seja influenciado pela precipitação e que existe uma tendência de aumento do pH do SV1 ao SV2, e a redução do pH do SM1 ao SM2.

Figura 3: Variação sazonal de pH em comparação com a Resolução 357/CONAMA para Classe 1 de águas doces para a bacia hidrográfica do Siriri no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011

A principal causa da dureza é presença de sais de cálcio e magnésio, contudo, íons polivalentes como ferro, alumínio, manganês e zinco também podem contribuir com a dureza (ALVES et al., 2007, VON SPERLING, 2006). Os valores para a dureza variaram entre 223.44 e 25.48 mg.L-1 de CaCO3, com os valores médios mais elevados correspondendo ao rio Siriri Morto 154.85 e 94.85 mg.L-1 de CaCO3, para SM1 e SM2, respectivamente (Tab. 5). A água do rio Siriri Vivo quanto à dureza é caracterizada como mole (< 50 mg.L-1 de CaCO3), para a estação SV2, moderadamente dura para as estações SV1 e SM2 mole (50 a 150 mg.L-1 de CaCO3), enquanto a estação SM1 tem a água caracterizada como dura (150 a 300 mg.L-1 de CaCO3).

O parâmetro condutividade elétrica (CE) pode contribuir para possíveis reconhecimentos de impactos ambientais que ocorram na bacia de drenagem ocasionada por lançamentos de efluentes industriais, domésticos, resíduos de mineração, dentre outros. A condutividade elétrica da água pode variar de acordo com a temperatura e a concentração total de substâncias ionizadas dissolvidas. Em águas cujos valores de pH se localizam nas faixas extremas (pH> 9 ou pH< 5), os valores de condutividade são devidos apenas às altas concentrações de poucos íons em solução, dentre os quais os mais frequentes são o H+ e o OH- (APHA, 2005).

Os valores de condutividade elétrica (CE) variaram entre 387.0 a 109.0 µS cm-1 e 730 a 120.5 µS cm-1, nos períodos chuvosos e secos respectivamente (Tab. 7). Já para os sólidos totais dissolvidos (STD) as concentrações variaram de 186.0 a21. 0 mg L-1 e 358.0 a 19.0 mg L-1, nos períodos chuvoso e seco respectivamente (Tab. 6). A estação SM1 apresentou os valores mais elevados tanto para a condutividade elétrica, como para os sólidos totais dissolvidos. Com relação à Resolução 357/2005 do CONAMA os valores de STD mantiveram-se dentro do limite para a classe 3 de água doce para os sólidos totais dissolvidos (500 mg L-1). Observa-se que, ocorreu redução da CE no período chuvoso, explicada pelo aumento da vazão dos rios nesta estação, reduzindo assim a concentração dos sólidos dissolvidos, esta observação ainda é confirmada com a correlação entre essas variáveis, r = 1, ou seja, com redução dos STD há redução da CE (Fig. 4).

Figura 4: Variação sazonal para a condutividade elétrica (CE), sólidos totais dissolvidos (STD) e cor para a bacia hidrográfica do Siriri no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011.

Tabela 7: Descritores estatísticos no período seco para as variáveis de qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Siriri/SE.

Tabela 8: Descritores estatísticos no período chuvoso para as variáveis de qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Siriri/SE

Foram observados para a cor valores que variaram entre 71.09 a 1.86 mg Pt L-1e 73.12 a 0.38 mg Pt L-1, nos períodos chuvoso e seco, respectivamente (Tab. 7). O aumento da cor no período chuvoso está associado ao aumento do aporte de material particulado e matéria orgânica no rio através do escoamento superficial (Fig.4). Ressalta-sequeemnenhumaamostrahouvevaloressuperioresaoestabelecido pela Resolução 357/2005 do CONAMA para a cor referente às classes 2 e 3 de águas doces (75 mg Pt L-1).Os valores mais elevados para a cor ocorreram nas estações SM1 e SM2, tanto no período seco, como no chuvoso. Este fato está associado ao aporte de efluentes domésticos na estação SM1, que e um açude, ocasionando assim alteração da cor. Ressalta-se ainda que as margens desse açude estejam completamente desprotegidas, o que favorece a entrada de material particulado. Como a estação SM2 esta a jusante da estação SM1, todos os materiais presentes neste último ponto são transportados pela corrente de água.

De acordo com Farias (2006) as diferentes colorações das águas dos rios podem ser por influência de materiais como folhas e detritos orgânicos (água amarelada), vegetação densa (água escura ou negra). O mesmo autor ressalta que é preciso percorrer a margem do rio para saber se a sua coloração não é proveniente ainda de despejos industriais, como curtumes, tecelagens, tinturarias e esgotos domésticos. O oxigênio dissolvido (OD) é um dos principais parâmetros indicadores da qualidade da água de um rio. É indispensável para os seres aeróbios e, em mananciais com aporte alto de matéria orgânica sua concentração tende a ser reduzida, pois o mesmo é utilizado na decomposição desta matéria orgânica, muitas vezes atingindo níveis próximos ou iguais a zero, comprometendo assim o ecossistema aquático. Para Farias (2006), um rio considerado limpo, em condições normais, apresenta normalmente a concentração de OD de 8 a 10 mg L-1.

Com relação ao parâmetro oxigênio dissolvido, as concentrações variaram entre 4.10 a 13.19 mg L-1 para o período de estudo, com uma concentração média variando entre 6.32 e 8.00 mg L-1 (Tab. 5). Nenhuma amostra apresentou concentrações inferiores às preconizadas pela Resolução 357/2005 do CONAMA (Fig. 5), para as águas doces classes 3 (4 mg L-1). A estação SM1 apresentou as maiores concentrações de OD, apesar de receber alta carga de efluentes domésticos de toda a cidade de Nossa Senhora das Dores. Como exposto anteriormente, esta estação apresentou também os maiores valores de pH. De acordo com Silva e Mendonça (1997) valores mais elevados de pH são frequentes em corpos d’água durante períodos de elevada fotossíntese onde ocorre supersaturação, aumento da concentração de OD, sendo um indicativo do estado de eutrofização do corpo. A estação SV2 é ponto de captação de água para abastecimento da DESO, e considerando o parâmetro OD, os valores encontrados indicam que a qualidade da água neste local é adequada para consumo, tanto para classes de água doce 2 e 3. A mesma análise aplica-se à estação SV1.

Figura 5: Concentrações de oxigênio dissolvido de acordo com a Resolução 357/CONAMA para classe 3 de águas doces para a bacia hidrográfica do rio Siriri no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011

A quantificação dos nutrientes, nas formas de nitrogênio e fósforo, nas frações orgânicas e inorgânicas, permite inferir sobre a origem dos efluentes e o estágio de degradação em que sem encontram. Juntamente com a determinação de Clorofila-a, esses parâmetros também refletem a condição de vulnerabilidade do corpo hídrico (KNAPIK, 2005). As principais formas de ocorrência de nitrogênio em água são: N2, compostos orgânicos, amônia (NH3 ou NH4+), nitrito (NO2-) e nitrato (NO3-). A presença de amônia em um corpo d’água caracteriza a poluição recente, o nitrato, caracteriza uma poluição remota, e o nitrito representa uma fase intermediária entre a amônia e o nitrato (ESTEVES, 2011; MACÊDO, 2003). As concentrações do nitrogênio amoniacal variaram de 0.01 a 1.52 mg L-1, a concentração média foi mais elevada para as estações SM1 e SM2 (Tab. 4). Contudo, considerando a Resolução 357/2005 do CONAMA, para as classes de água doce 2 e 3, os valores foram satisfatórios.

O nitrato foi à forma de nitrogênio predominante encontrada no estudo realizado, suas concentrações variaram de 0.17 a 11.11 mg L-1. Os valores médios das concentrações de nitrato foram inferiores aos estabelecidos pela Resolução 357/2005 do CONAMA (10 mg L-1). As estações SV1 e SV2 apresentaram as maiores médias, 4.70 e 3.67 mg L-1, respectivamente, para este parâmetro no período chuvoso (Fig. 6). Este nitrato pode ser proveniente da aplicação de fertilizantes nitrogenados, uma vez que, o rio Siriri Vivo é ocupado predominantemente pela monocultura da cana-de-açúcar e durante o período chuvoso ocorre o transporte destas substâncias através do escoamento superficial.

No período seco, as concentrações de nitrogênio amoniacal foram superiores ao período chuvoso, exceto para a estação SV2 que não foi observado para o nitrato (Fig. 6). Fontes pontuais de poluição pode ser a origem deste nitrogênio amoniacal para o período seco, já que no período chuvoso devido o aumento da vazão dos rios, as concentrações encontradas foram menores. As concentrações de nitrato para as estações do rio Siriri Morto, SM1 e SM2, foram mais elevadas no período seco, ao contrário das estações do rio Siriri Vivo, SV1 e SV2, em que as concentrações de nitrato foram maiores no período chuvoso. Pode-se afirmar que a poluição do Siriri Morto está relacionada às fontes pontuais, enquanto no rio Siriri Vivo está relacionada às fontes difusas.

A principal fonte de nitrogênio na estação SM1 é o aporte de efluentes domésticos, assim este parâmetro apresentou valores mais elevados no período seco, havendo redução no período chuvoso pelo aumento do nível de água (Tab. 7, Fig. 7).

Figura 6: Variação sazonal para o nitrato e nitrito na bacia hidrográfica do Siriri no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011

As concentrações para o nitrogênio total variaram de 44.24 a 1.22 mg L-1, sendo que a maiores concentrações médias foram encontradas para a estaçãoSM1, 13.12mgL-1e6. 78mgL-1SV1.AResolução357/2005doCONAMAnão limita para este parâmetro referente à classe de água doce 3, entretanto para as águas doces de classes 1 e 2, estabelece que quando o nitrogênio for fator limitante para eutrofização, nas condições estabelecidas pelo órgão ambiental competente, o valor de nitrogênio total (após oxidação) não deverá ultrapassar 1.27 mg L-1 para ambientes lênticos e 2.18 mg L-1 para ambientes lóticos, na vazão de referência (BRASIL, 2005).

Figura 7: Variação sazonal para o nitrogênio total na bacia hidrográfica do Siriri no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011

O fósforo é essencial para o crescimento de organismos e pode ser o nutriente que limita a produtividade primária de um corpo d’água, sendo apontado como o principal responsável pela eutrofização dos sistemas aquáticos. O fosfato pode ser proveniente de adubos, a base de fósforo, ou da decomposição de materiais orgânicos e esgoto (ESTEVES, 2011; FARIAS 2006).

As concentrações de ortofosfato estiveram entre <0.001 e 0.250 mg L-1. Assim como para as formas nitrogenadas, a estação SM1 apresentou a maior concentração média, 0.09 mg L-1 para o ortofosfato (Tab. 5). Considerando o fósforo total, as concentrações variaram entre 0.003 a 0.288 mg L-1(Tab. 5). As concentrações médias do fósforo total estiveram de acordo com o limite para este parâmetro estabelecido na Resolução 357/2005 do CONAMA, tanto para a estação SM1, caracterizado como ambiente lêntico (0.05 mg L-1) como para as demais estações, caracterizadas como ambientes lóticos (0.15 mg L-1), apesar de na campanha de fevereiro de 2010 os valores terem sido excedidos para os pontos SM1 e SM2.

No que se refere à Clorofila-a o menor valor de concentração foi observado na estação SV2, 0.00 ?g L-, e o maior valor foi referente à estação SM1, 110.50 ?g L-1 (Tab. 5). O limite preconizado pela Resolução 357/2005 do CONAMA é de 30 e 60 ?gL-1, para as classes de água doce 2 e 3, respectivamente, dessa forma os.

valores obtidos para a estação SM1 para os meses de fevereiro e julho de 2011 excederam estes limites (Fig. 8), contudo, as concentrações médias para Clorofila-a mantiveram-se abaixo do referido limite.

A determinação da concentração de clorofila permite estimar sobre a capacidade de reoxigenarão das águas em seu próprio meio, além de permitir inferir sobre a densidade de algas e avaliar o aporte da quantidade de nutrientes (HERMES et al. 2006).

Figura 8: Variação sazonal para o Clorofila-a na bacia hidrográfica do Siriri no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2011

CONCLUSÃO

A análise dos dados dos parâmetros permite inferir que o rio Siriri Vivo, estações SV1 e SV2, apresenta boa qualidade. Apesar do rio Siriri em toda sua extensão ser enquadrado como classe de água doce 3, o rio Siriri Vivo pode ser enquadrado na classe 2, considerando os parâmetros os analisados. Contudo, deve- se ter preocupação com a ocupação do solo, pois como o principal uso é a monocultura da cana-de-açúcar, o carreamento de nutrientes provenientes da aplicação de fertilizantes pode comprometer a qualidade desta água, uma vez que as estações de coleta localizadas neste rio, apresentaram as maiores concentrações de nitrato.

A situação do rio Siriri Morto é preocupante, uma vez que a estação SM1 recebe efluentes domésticos da cidade de Nossa Senhora das Dores, dessa forma foram verificados valores elevados de oxigênio dissolvido, que é importante parâmetro de qualidade da água, e indicativo de boas condições sanitárias, contudo estes elevados valores estiveram associados à elevação das concentrações de Clorofila-a, permitindo inferir que este oxigênio é proveniente da atividade de algas. Este fato associado às maiores concentrações de nutrientes indica processo de eutrofização deste açude. Nesse sentido para a melhoria da qualidade da água do rio Siriri deve-se buscar o tratamento dos efluentes domésticos lançados no rio Siriri Mortos e realizar o manejo sustentável do uso do solo desta bacia hidrográfica, de forma a minimizar os impactos na qualidade da água causados pelas atividades agropecuárias da região.

O monitoramento da qualidade da água é uma ferramenta muito importante na gestão ambiental, inclusive no gerenciamento de recursos hídricos, que permite uma oportunidade para um levantamento de dados que servem como fontes em estudos para mostrar um perfil da realidade em que se encontram os corpos hídricos, bem como serem utilizados como critérios nas tomadas de decisões por parte das autoridades. Permitindo uma criação de cenários, em decorrência desses níveis de qualidade da água, será possível uma gestão racional dos recursos hídricos, comprometido com o desenvolvimento sustentável e oferta de insumos. As bacias hidrográficas, que são importantes fontes de recursos naturais, mas estão em constantes situações de vulnerabilidade e sofrendo com intensas pressões antrópicas, cabe aos gestores promoverem ações de políticas públicas comprometidas com a preservação e monitoramento das bacias hidrográficas, nas suas mais diversas formas seja por meio de ações de educação ambiental ou pesquisas acadêmicas.

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Ilustrações: Silvana Santos