Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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16/09/2018 (Nº 65) O AMBIENTE E SUAS PROBLEMÁTICAS SOB A PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
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O AMBIENTE E SUAS PROBLEMÁTICAS SOB A PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO



João Ricardo Souza do Rêgo¹, Maria Gabriella da Silva Araújo², Denílson Elias Lima Silva3, Felipe Magno da Cruz Junior4,





¹Mestre em Ciências na Área de Recursos Hídricos, Universidade Federal do Pará (UFPA) Belém, Pará, Brasil, E-mail: ricardorego@ufpa.br;

²Mestranda em Ecologia Aplicada, Universidade de São Paulo (USP) – Piracicaba, São Paulo, Brasil, E-mail: gabriella.araujo@usp.br;

3Mestrando em Docência em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Federal do Pará (UFPA) Belém, Pará, Brasil, E-mail: denilson_elias@hotmail.com

4Aluno Especial do programa de pós-graduação em Docência em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Federal do Pará (UFPA) Belém, Pará, Brasil, E-mail: felipemag71@hotmail.com



RESUMO

A educação ambiental permite a todo ser humano adquirir conhecimento, habilidades, atitudes e valores necessários para formar um futuro sustentável. Este artigo pretendeu verificar a percepção dos profissionais da área da Educação Ambiental sobre os atuais problemas enfrentados no meio ambiente. A pesquisa é qualitativa, de caráter descritivo e exploratório. Os dados foram coletados com o auxílio de um questionário estruturado e auto aplicável a partir de uma plataforma digital, tendo como público alvo os profissionais que atuam na área da Educação Ambiental. A amostra constitui-se por um total de 74 entrevistados, dos quais 48 são homens (64,86%) e a faixa etária predominante e de 30 a 39 anos (24; 32,43%). Do total de participantes, 37,84% (28) afirmam ser pós-graduados. Quanto a abordagem ambiental, 37,84% (28) afirmam que para apenas alguns prejuízos ambientais seja possível a recuperação do meio ambiente. Na opinião da maioria dos participantes (36; 48,65%), em comparação ao ano 2000 o meio ambiente está bem pior. Verificou-se que 37,84% (28) dos participantes estão muito dispostos a mudar o seu estilo de vida para reduzir os danos que causam ao meio ambiente. Os resultados nos permitem concluir que os participantes que atuam na área da Educação Ambiental possuem uma boa percepção sobre os atuais problemas ambientais enfrentados pela sociedade, reconhecendo que todos os indivíduos são responsáveis pelos problemas ambientais, porém poucos são os profissionais que apontaram a escola como um meio de solução dos problemas, o que nos permite inferir que apesar de atuarem na Educação Ambiental, estes profissionais não percebem esta como uma opção para solucionar ou mesmo apontar as possíveis soluções dos problemas ambientais que surgem.

Palavras-chave: Danos ambientais. Conscientização. Educadores ambientais.



  1. INTRODUÇÃO



O termo Educação Ambiental (EA) tem sido usado desde 1948 (SECAD/MEC, 2007) embora as suas diretrizes tenham começado a ser traçadas apenas em 1972 na 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo (Suécia). Nesta conferência os dirigentes políticos elaboraram a Declaração de Estocolmo, que defende a inserção da Educação Ambiental na Agenda Internacional. Segundo Borges e Tachibana (2005), uma das resoluções apresentadas neste relatório foi a indicação da necessidade de promover a educação dos cidadãos comuns no sentido de buscar as soluções para problemas ambientais, instituindo-se assim a prática da EA.

A partir de então houve uma preocupação maior com o meio ambiente em face do consumo desenfreado e escassez de recursos essenciais para a humanidade, tais como a água potável. Após este período ocorreu uma série de conferências mundiais, no âmbito preservacionista, com o intuito de estabelecer metas dos países membros a se adequarem as condições mínimas exigidas de sustentabilidade (DIAS, 2015).

No Brasil, dada a importância que as questões ambientais assumiram, a Constituição promulgada em 1988 dedicou um capítulo inteiro ao assunto, visando assegurar direitos e determinar obrigações, prioridades e competências relativas ao Meio Ambiente. Entretanto, Chiavenato (1997, apud LEITE, 2011) relata que esta ação não significou a diminuição dos problemas ambientais no Brasil, mundialmente conhecido pela devastação das florestas, pela caça e pesca predatória de difícil controle pelas Instituições fiscais de uso e regulamentação dos recursos naturais brasileiros.

A educação ambiental significa incluir questões-chave sobre o desenvolvimento sustentável no ensino e na aprendizagem, por exemplo, mudança climática, redução de riscos de desastres, biodiversidade, redução da pobreza e consumo sustentável. Também requer métodos participativos de ensino e aprendizagem para motivar e empoderar alunos a mudar seus comportamentos e tomar atitude em favor do desenvolvimento sustentável. A educação ambiental promove competências como pensamento crítico, reflexão sobre cenários futuros e tomadas de decisão de forma colaborativa (BACCI; PATACA, 2008).

A educação ambiental permite a todo ser humano adquirir conhecimento, habilidades, atitudes e valores necessários para formar um futuro sustentável. A escala e a diversidade de seus recursos naturais fazem do Brasil um país de importância-chave em termos da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável (UNESCO, 2015).

O uso racional e a conservação da água necessitam, antes de tudo, de um processo de conscientização e de reflexão por parte da sociedade que, por ser ainda incipiente, exige que a escola exerça realmente o seu papel de mediador cultural (SANTOS; PEREIRA, 2015).

Isso requer mudanças profundas no modo que a educação é frequentemente praticada hoje. Esse esforço educacional irá incentivar mudanças de comportamento que virão a gerar um futuro mais sustentável em termos da integridade ambiental, da viabilidade econômica e de uma sociedade justa para as gerações presentes e futuras. Isso representa uma nova visão da educação capaz de ajudar pessoas de todas as idades a entender melhor o mundo em que vivem, tratando da complexidade e do inter-relacionamento de problemas tais como pobreza, consumo predatório, degradação ambiental, deterioração urbana, saúde, conflitos e violação dos direitos humanos, que hoje ameaçam nosso futuro (GUIMARÃES, 2006).

Neste sentido, esta pesquisa pretende avaliar qual a percepção dos profissionais que atuam na área da Educação Ambiental frente os problemas atuais do meio ambiente.

  1. A EDUCAÇÃO A PARTIR DO AMBIENTE

A educação não é um fim em si mesmo, é um direito fundamental e um instrumento-chave para mudar valores, comportamentos e estilos de vida. Por exemplo, para alcançar um futuro sustentável é necessário fomentar, entre a população, a consciência da importância do meio ambiente. Uma das formas de as pessoas adquirirem esta consciência, os conhecimentos e habilidades necessárias à melhoria de sua qualidade de vida se dão por meio da educação ambiental (UNESCO, 2015).

Na atualidade, segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competência voltadas para a conservação do meio ambiente. De acordo com o Art. 2º (BRASIL, 1999): “A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”.

Nesse contexto, o estudo sobre a educação ambiental se torna fundamental para que se possa compreender melhor as inter-relações entre o homem e o ambiente, principalmente no que tange aos recursos hídricos disponíveis, para que as questões ambientais sejam mais perceptíveis e assim poder determinar padrões de comportamento no espaço a qual um cidadão vive, suas expectativas, satisfações e insatisfações, bem como valores e condutas (MELAZO, 2009).

A percepção ambiental segundo Tuan (1980), trata-se das diversas maneiras de visualizar o espaço ao redor, de se construir a realidade por meio das ações desenvolvidas com o ambiente em que se vive, onde ao entrar em contato com o meio, as pessoas fazem uso dos cinco sentidos em um processo associado com os mecanismos cognitivos, ou seja, cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente frente às ações sobre o meio.

As respostas ou manifestações são, portanto, resultado das percepções dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada indivíduo. Neste âmbito, aplicam-se os mesmos processos de percepção ambiental quando se está analisando ações em face dos recursos hídricos. No contato diário com a água é possível cada indivíduo obter percepções distintas referentes ao seu manejo e utilização (FERNANDES, 2004).

A educação ambiental é importante para que os alunos tenham uma visão na melhoria da qualidade da vida e do meio ambiente. Esse viés da educação surge como uma ferramenta, por meio de um processo participativo permanente que procura incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental formando cidadãos éticos nas suas interações com a sociedade e com a natureza (MEDEIROS et al., 2011).

É de grande importância que as atividades no colégio, relacionadas ao ambiente, favoreçam o estabelecimento de uma responsabilidade coletiva, com concepções reais, presentes no cotidiano dos alunos, dessa forma prepará-los para atuar em ações mais amplas, bem como estimular visões mais críticas e integradas em relação ao ambiente (BARRETO; CUNHA, 2016).

Para construir um meio ambiente mais sustentável é preciso compromisso, mudanças de comportamento, de conduta e valores por parte dos alunos e do colégio. A percepção ambiental é como uma visão que cada indivíduo tem do espaço que o cerca, uma imagem real do que vê e que o leva a interagir, podendo influenciar pessoas e o ambiente no qual interagem (MELAZO, 2009).

Nas práticas de educação ambiental, é possível enfatizar os problemas locais e envolver os estudantes como sujeitos participativos e construtivos do seu conhecimento ambiental, capazes de observar, perceber e refletir sobre sua realidade e nela intervir (AGUIAR et al., 2015). Sendo assim, a educação ambiental é uma alternativa para articular experiências, perceber o ambiente em que se vive, incentivar saberes críticos reflexivos sobre a realidade, difundir conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade mais sustentável e participativa das questões ambientais (MUELLER, 2012).

A participação é um processo que gera a interação entre diferentes atores sociais na definição do espaço comum e do destino coletivo. Nestas interações, como em quaisquer relações humanas, ocorrem relações de poder que incidem e se manifestam em níveis distintos em função dos interesses, valores e percepções dos envolvidos (LOUREIRO, 2004, p. 34).

A percepção e o engajamento do cidadão em relação à importância dos elementos naturais e aos problemas ambientais locais são um passo importante para contemplar os objetivos da Educação Ambiental. Para que isso ocorra, há necessidade de uma sintonia entre as diferentes realidades políticas, econômicas, soci­ais e culturais, bem como questões ecológicas. A Percepção Ambiental deve ser entendida enquanto um processo participativo, envolvendo uma série de fatores sensoriais, subjetivos e valores sociais, culturais e atitudes ambientais das comunidades residentes nas cidades em relação ao espaço natural e transformado (MELAZO, 2009).

A educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. A relação entre meio ambiente e educação assume um papel cada vez mais desafiador demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais complexos e riscos ambientais que se intensificam (JACOBI, 2004).

Um termo recente vem sendo utilizado no discurso educacional, sob a perspectiva da educação ambiental, denominado de pedagogia da práxis. Segundo Gadotti (2016), consiste na teoria de uma prática pedagógica que procura não esconder o conflito, a contradição, mas entende-os como inerentes à existência humana, explicita-os, convive com a contradição e o conflito. O referencial maior dessa pedagogia é o conceito de práxis em grego, significa literalmente ação. Assim, Pedagogia da práxis poderia ser confundida com a pedagogia da ação defendida pelo movimento da escola.

A relação entre a pedagogia da práxis e a educação ambiental ocorreu na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), com as primeiras reflexões sobre a ecopedagogia. Esta não quer oferecer apenas uma nova visão da realidade, ela pretende reeducar o olhar, ou seja, desenvolver a atitude de perceber e não ficar indiferente diante das agressões ao meio ambiente, criar hábitos alimentares novos, evitar o desperdício, a poluição sonora, visual, a poluição da água e do ar e intervir no sentido de reeducar o habitante do planeta (GADOTTI, 2016).

Enquanto o ambientalismo superficial apenas se interessa por um controle e gestão mais eficazes do ambiente natural em benefício do ‘homem’, o movimento da ecologia fundamentada na ética reconhece que o equilíbrio ecológico exige uma série de mudanças profundas em nossa percepção do papel que deve desempenhar o ser humano no ecossistema planetário (GUTIÉRREZ; PRADO, 1999, p. 33).

A escola pode se transformar no espaço onde o aluno poderá analisar a natureza dentro de um contexto entrelaçado de práticas sociais, parte componente de uma realidade mais complexa e multifacetada (JACOBI, 2004).

Assim, a Educação Ambiental não tem a finalidade de reproduzir e dar sentido universal a modos de vida e a valores de grupos dominantes, hegemonicamente apresentados ou compreendidos como adequados à harmonização com a natureza (como se esta fosse uma exterioridade à história), impondo condutas. Seu sentido primordial é o de estabelecer processos práticos e reflexivos que levem à consolidação de valores que possam ser entendidos e aceitos como favoráveis à sustentabilidade global, à justiça social e à preservação da vida (LOUREIRO, 2004).

Loureiro (2007) defende a educação ambiental crítica como uma prática escolar que considera “o conhecimento da posição ocupada por educandos na estrutura econômica, da dinâmica da instituição escolar e suas regras e da especificidade cultural do grupo social com o qual se trabalha”. Tal prática inclui a problematização da realidade, dos valores, atitudes e comportamentos dos sujeitos mediante um processo dialógico de aprendizagem, reflexão e ação sobre o mundo.

A Educação Ambiental (EA) não se constitui um tema recente nas agendas públicas dos governos, no entanto pouco se tem realizado na implementação concreta de programas, diretrizes e políticas com o propósito de incentivá-la e promovê-la, tanto no âmbito da educação formal quanto no da educação informal (VEIGA et al., 2005).

  1. METODOLOGIA

A pesquisa é do tipo qualitativa, de caráter descritivo e exploratório. Optou-se pela entrevista estruturada aplicada com o auxílio de um questionário auto aplicável. De acordo com a Resolução CNS 196/96 foi preservado o anonimato dos participantes da pesquisa.

Após a coleta procedeu-se à análise estatística para o tratamento das variáveis, utilizando-se como ferramenta os recursos do software MicrosoftExcel e Statistic Package for Social Sciences (SPSS) versão 22.0, todos em ambiente Windows 7.

  1. RESULTADOS

A amostra é constituída de 74 entrevistados, sendo 64,86% homens (48) e 30 e 39 anos (24; 32,43%), a faixa etária predominante dos participantes, seguido da faixa etária entre 21 e 29 anos (22; 29,73%). Do total, 37,84% (28) possui como mais alto título de formação a pós-graduação e 32,43% (24), o ensino superior completo (Tabela 1).

Tabela 1 - Perfil sociodemográfico dos participantes da pesquisa.

Perfil Social

N

%

P-Valor(1)

Sexo

 

 

 

Feminino

26

35,14

0.011*

Masculino

48

64,86

Faixa Etária

 

 

 

18 a 20

3

4,05

0.000**

21 a 29

22

29,73

30 a 39

24

32,43

40 a 49

11

14,86

50 a 59

11

14,86

60 ou mais

3

4,05

Escolaridade

 

 

 

Ensino fundamental completo

2

2,70

0.000**

Ensino médio completo

3

4,05

Ensino superior incompleto

15

20,27

Ensino superior completo

24

32,43

Pós-Graduação

28

37,84

Nenhuma das opções acima

2

2,70

Fonte: Dados resultantes da pesquisa (2017). 

 (1) Teste Qui-quadrado de Pearson (p-valor <0.05). 

** Valores Altamente significativos; *Valores Significativos; NS Valores Não Significativos.

H1: Existe tendência significativa entre as frequências (p<0.05).



Verifica-se na tabela 2 que a maioria dos participantes afirmou: atuar com ocupações a serviço de proteção ambiental (20; 27,03%); dispõe de informações a respeito de meio ambiente por meio da internet (38; 51,35%); conceitua o meio ambiente como sendo biosfera (28; 37,84%); afirma que para apenas alguns prejuízos seja possível a recuperação do meio ambiente sem intervenção, dos problemas causados pelo homem (28; 37,84%); e que em comparação ao ano 2000, o meio ambiente do planeta está bem pior (36; 48,65%).

Tabela 2 - Frequência de distribuição dos resultados da pesquisa segundo questões sobre meio ambiente.

Educação Ambiental

n

%

P-Valor(1)

Qual das seguintes opções melhor descreve a sua profissão atual?

 

Ocupações no serviço de proteção Ambiental

20

27,03

0.002**

Ocupações educacionais

11

14,86

Ocupações de gestão

11

14,86

Ocupações na engenharia e arquitetura

7

9,46

Ocupações no florestamento, pesca e agropecuária

5

6,76

Ocupações nas ciências da vida, físicas e sociais

4

5,41

Ocupações na matemática e informática

4

5,41

Outros

12

16,22

Como você dispõe de informações a respeito de meio ambiente? (escolha a principal fonte).

Internet

38

51,35

0.000**

Jornais

10

13,51

Revistas

8

10,81

Televisão

6

8,11

Outros

6

8,11

Livros

5

6,76

Rádio

1

1,35

Para você, o que é meio ambiente?

 

 

 

Biosfera

28

37,84

0.000**

Tudo que está a nossa volta a qualquer momento

20

27,03

Local onde interagimos

12

16,22

É o resultado de boas ações do homem e a natureza

9

12,16

Ambiente apropriado para se viver

5

6,76

Até que ponto você acha que seja possível a recuperação do meio ambiente sem intervenção, dos problemas causados pelo homem?

Alguns prejuízos apenas

28

37,84

0.066ns

Impossível recuperar

13

17,57

Mesmo com intervenção do homem não é possível recuperar

18

24,32

Perfeitamente possível

15

20,27

Em comparação ao ano 2000, o meio ambiente do planeta está melhor, pior ou está relativamente a mesma coisa?

Bem pior

36

48,65

0.000**

Pouco pior

18

24,32

Mais ou menos pior

10

13,51

Mais ou menos a mesma coisa

6

8,11

Mais ou menos melhor

2

2,70

Pouco melhor

1

1,35

Muito melhor

1

1,35

Fonte: Dados resultantes da pesquisa (2017). 

 (1) Teste Qui-quadrado de Pearson (p-valor <0.05). 

** Valores Altamente significativos; *Valores Significativos; NS Valores Não Significativos.

H1: Existe tendência significativa entre as frequências (p<0.05).



Na opinião de 24,32% (18) dos participantes, poucas vezes ou na metade das vezes, quando as pessoas se envolvem na tentativa de resolver problemas ambientais, elas conseguem melhorar alguma coisa. Para a maioria dos participantes (20; 27,03%), todos os problemas citados são graves e prejudiciais ao meio ambiente. Para 41,89% (31) dos participantes, todos são responsáveis pelo surgimento de problemas ambientais; 31,08% (23), acha que outras pessoas poderiam ajudar a resolver os problemas ambientais, ressaltando que apenas 8,11% (6) dos entrevistados apontaram a escola como uma soluções aos problemas ambientais enfrentados. Verifica-se que 35,14% (26) dos participantes participam poucas vezes de alguma ação voltada para a proteção do meio ambiente (Tabela 3).

Tabela 3 - Frequência de distribuição dos resultados da pesquisa referente a percepção dos entrevistados a respeito dos problemas ambientais.

Educação Ambiental

n

%

P-Valor(1)

Quando as pessoas se envolvem na tentativa de resolver

problemas ambientais, elas conseguem melhorar alguma coisa?

Poucas vezes

18

24,32

0.282ns

Na metade das vezes

18

24,32

Na maioria das vezes

17

22,97

Nunca

13

17,57

Sempre

8

10,81

No seu entender, dentre os problemas ambientais, quais os mais graves e prejudiciais?

Acidentes nucleares que causam contaminação do solo por centenas de anos.Podemos citar como exemplos os acidentes nucleares de Chernobyl (1986) e na Usina Nuclear de Fukushima no Japão (2011)

2

2,70

0.000**

Aquecimento Global, causado pela grande quantidade de emissão de gases o efeito estufa

6

8,11

Desmatamento com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira

1

1,35

Diminuição da Camada de Ozônio, provocada pela emissão de determinadosgases (CFC, por exemplo) no meio ambiente

3

4,05

Diminuição e extinção de espécies animais, provocados pela caça predatóriae destruição de ecossistemas

1

1,35

Esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultura), provocado pelo uso incorreto

3

4,05

Falta de água para o consumo humano, causado pelo uso irracional (desperdício),contaminação e poluição dos recursos hídricos

11

14,86

Poluição de rios, lagos, mares e oceanos provocada por despejos de esgotos e lixo,acidentes ambientais (vazamento de petróleo)

8

10,81

Poluição do ar por gases poluentes gerados, principalmente, pela queima de combustíveisfósseis (carvão mineral, gasolina e diesel) e indústrias

8

10,81

Poluição do solo provocada por contaminação (agrotóxicos, fertilizantes e produtosquímicos) e descarte incorreto de lixo

5

6,76

Queimadas em matas e florestas como forma de ampliar áreas para pasto ou agricultura

6

8,11

Todos acima.

20

27,03

Para você quem são os responsáveis pelo surgimento de problemas ambientais?

A população

12

16,22

0.000**

As empresas

9

12,16

Não sei

5

6,76

O governo

17

22,97

Todos

31

41,89

Para você quem poderia ajudar a resolver os problemas ambientais?

 

As escolas

6

8,11

0.000**

Não sei

5

6,76

O governo

7

9,46

Os ambientalistas

15

20,27

Os empresários

2

2,70

Os moradores de bairros

6

8,11

Os políticos

5

6,76

Outros

23

31,08

Você individualmente

5

6,76

Você participa de alguma ação voltada para a proteção do meio ambiente?

 

Na maioria das vezes

13

17,57

0.008**

Na metade das vezes

10

13,51

Nunca

8

10,81

Poucas vezes

26

35,14

Sempre

17

22,97

Fonte: Dados resultantes da pesquisa (2017). 

 (1) Teste Qui-quadrado de Pearson (p-valor <0.05). 

** Valores Altamente significativos; *Valores Significativos; NS Valores Não Significativos.

H1: Existe tendência significativa entre as frequências (p<0.05).



Verifica-se na tabela 4 que 37,84% (28) dos participantes estão muito dispostos a mudar o seu estilo de vida para reduzir os danos que causa ao meio ambiente. Observa-se que 41,89% (31) entrevistados, de vez em quando, participa de algum encontro com profissionais que atuam na Educação Ambiental e na maioria das vezes (22, 29,73%) ou sempre (21; 28,38%) incentiva seus familiares, amigos, vizinhos a realizarem ações voltadas para a conservação do meio ambiente. Além disso, verifica-se que 28,38% (21) dos participantes desaprova completamente ou moderadamente (21; 28,38%) as formas como os representantes do seu estado estão lidando com as questões do meio ambiente.

Tabela 4: Frequência de distribuição dos resultados da pesquisa referente a percepção dos entrevistados acerca de atitudes ambientais.

Educação Ambiental

n

%

P-Valor(1)

Quão disposto você está a mudar o seu estilo de vida para reduzir os danos que causa ao meio ambiente?

Extremamente disposto

13

17,57

0.000**

Mais ou menos disposto

19

25,68

Muito disposto

28

37,84

Nada disposto

5

6,76

Pouco disposto

9

12,16

Você incentiva seus familiares, amigos, vizinhos a realizarem ações voltadas para a conservação do meio ambiente?

Na maioria das vezes

22

29,73

0.005**

Na metade das vezes

11

14,86

Nunca

4

5,41

Poucas vezes

16

21,62

Sempre

21

28,38

Você já participou de algum encontro com profissionais que atuam na Educação Ambiental?

De vez em quando

31

41,89

0.001**

Não tive oportunidade

10

13,51

Nunca participei

11

14,86

Sempre participo

22

29,73

Você aprova a forma como os representantes do seu estado estão lidando com as questões do meio ambiente, desaprova, ou nem um, nem outro?

Aprovo completamente

1

1,35

0.000**

Aprovo moderadamente

6

8,11

Aprovo um pouco

4

5,41

Desaprovo completamente

21

28,38

Desaprovo moderadamente

21

28,38

Desaprovo um pouco

15

20,27

Nem aprovo, nem desaprovo

6

8,11

Fonte: Dados resultantes da pesquisa (2017). 




 (1) Teste Qui-quadrado de Pearson (p-valor <0.05). 




** Valores Altamente significativos; *Valores Significativos; NS Valores Não Significativos.


H1: Existe tendência significativa entre as frequências (p<0.05).





  1. DISCUSSÃO

Desde cedo na escola, os temas ciência e ecologia são abordados em classe para que a criança possa situar-se na realidade global do planeta e dos seres vivos. A partir do ensino fundamental, palavras como ecologia, preservação, meio ambiente e poluição, tornam-se cada vez mais comuns nos discursos em sala de aula e estendem-se em situações extra-classe (HOLT et al., 2009).

A percepção ambiental pode ser definida como sendo uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, o ato de perceber o ambiente que se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo (FERNANDES et al., 2004). Portanto, conhecer a percepção ambiental do indivíduo é de grande importância para poder identificar e descrever alguns problemas ambientais, pois cada pessoa tem uma experiência única de percepção que contribui para formar suas representações, ideias e concepções sobre o mundo e o ser humano deve estar no centro de todo processo de gestão dos recursos (OLIVEIRA et al., 2013).

Ao abordar a percepção ambiental, é preciso diferenciar entre sensação, percepção e cognição. Sensação significa que há um órgão corporal para realização da percepção; enquanto percepção tem o sentido de apreensão de uma realidade sensível, acrescida de uma significação; cognição, tem a conotação de conhecer (-se) e construir o objeto de conhecimento (OLIVEIRA et al., 2013).

Carvalho e Rodrigues (2008) e Dias (2015) indicam que as escolas devem desenvolver atividades voltadas para a conscientização do tema, tais como visitar a represa para conhecer os problemas, com o intuito de formar o conhecimento e a consciência dos desafios. Tais atitudes ampliam a percepção do individuo sobre os problemas ambientais e reforçam a ideia do que é necessário fazer para garantir, por exemplo, o abastecimento de água de boa qualidade.

Desta forma, acredita-se que a educação é a solução para tudo, já que por essa lógica, basta repassar o conteúdo, para que o aluno, compreendendo esse ensinamento (racionalista), transforme seu comportamento, passando a agir corretamente (GUIMARÃES, 2006).

Na opinião de Rezende et al. (2014), a crise ambiental resulta de uma crise de percepção. Os aspectos relacionados à temática ambiental vêm se tornando um assunto comum e prioritário na sociedade em geral. Muito se falou, e ainda hoje se fala, sobre meio ambiente, no entanto, ainda não é tão patente a correta percepção que os indivíduos compreendem sobre o assunto, principalmente com relação à verdadeira dimensão das variantes ambientais e seus resultados sobre o ambiente como um todo, inclusive no meio rural.

Nesse contexto, a educação ambiental inserida no processo educativo, tem surgido como uma proposta de construção de um novo pensar e agir, através do desenvolvimento de uma consciência ambiental, ou seja, de uma “sensibilização” que provoque mudança de mentalidade e de atitudes na relação homem-natureza. A participação dos educadores é fundamental na proposta para o enfrentamento da crise ambiental, sendo a educação um potencial motor das dinâmicas do sistema social, (OLIVEIRA et al., 2013).

A percepção ambiental não depende só dos órgãos dos sentidos, mas de um conhecimento prévio, da cognição e da motivação que a capacitação oferece e reforça, ela tem uma base sociocultural e psicológica adequadas para interpretar as informações que o ambiente fornece. O ambiente é percebido sob diferentes formas, influenciadas pelos seus valores e práticas culturais (DIAS, 2016).

A exemplo de que não é recente a discussão da temática, que no ano 1973 a UNESCO, através do seu programa Homem e a Biosfera, já se preocupava com a percepção da qualidade ambiental, constatando que uma das dificuldades para a proteção dos ambientes naturais está na existência de diferenças nas percepções dos valores entre os indivíduos de culturas diferentes ou de grupos socioeconômicos que desempenham funções distintas nesses ambientes (REMPEL et al., 2008; OLIVEIRA et al., 2013).

As pesquisas sobre a percepção ambiental requerem uma abordagem inter ou transdisciplinar, juntando disciplinas como a psicologia, sociologia, antropologia, geografia e uma variedade de outras ciências. A maior dificuldade consiste no fato de que os pesquisadores estão lidando com processos cognitivos e mentais que são de difícil captação e que muitas vezes apenas podem ser decifrados quando se manifestam em forma concreta através de comportamento, ações, desenhos, etc (FERNANDES et al., 2004).

Abordar a percepção ambiental enquanto processo, no contexto da educação ambiental, não deve ser entendido como algo disciplinar, mas como um meio que permite os temas voltados para o meio ambiente permear todos os conteúdos e práticas, de modo a propiciar as interações e inter-relações entre as várias áreas do conhecimento (SILVA; LEITE, 2008).

A educação ambiental transformadora enfatiza a educação enquanto um processo permanente, cotidiano e coletivo pelo qual agimos e refletimos transformando a realidade de vida. É focada nas pedagogias problematizadoras do concreto vivido, no reconhecimento das diferentes necessidades, interesses e modos de relações na natureza que definem os grupos sociais e o lugar ocupado por estes em sociedade (MEDINA, 2002; LOUREIRO, 2004; CARDOSO et al. 2012).

Em termos de procedimentos metodológicos, a educação ambiental transformadora tem na participação e no exercício da cidadania princípios para a definição democrática de quais são as relações adequadas ou vistas como sustentáveis à vida planetária em cada contexto histórico. Além disso, Jacobi (2004) afirma que educar para transformar significa romper com as práticas sociais contrárias ao bem-estar público, à equidade e à solidariedade, estando articulada necessariamente às mudanças éticas que se fazem pertinentes.

Na opinião de Nunes et al. (2012), geralmente as medidas de educação ambiental se voltam para resoluções de problemas locais imediatos e esse imediatismo gera problemas acerca da percepção da crise ambiental global e contribui para uma visão limitada e simplista desse tipo de educação. Para Layrargues (2000), a educação ambiental desenvolvida a partir da resolução de problemas ambientais orientada como uma atividade-fim, por maior que seja o aprendizado da experiência prática e o desenvolvimento de qualidade dinâmicas e ativas, fomenta a percepção equivocada de que o problema ambiental não está inserido numa cadeia sistêmica de causa-efeito e que sua solução encontra-se na orbita da esfera técnica.

Desta forma, a educação ambiental é um grande desafio para ser desenvolvido na atualidade. Dias (2004) destaca, neste âmbito, cinco enfoques norteadores interligados entre si, a fim de propor que as atividades ocorram de maneira adequada: 1 - Consciência: ajudar os indivíduos e grupos sociais a sensibilizarem-se e a adquirirem consciência do meio ambiente global e suas questões; 2 - Conhecimento: a adquirirem diversidade de experiências e compreensão fundamental sobre o meio ambiente e seus problemas; 3 - Comportamento: a comprometerem-se com uma série de valores, e a sentirem interesse pelo meio ambiente, e participarem da proteção e melhoria do meio ambiente; 4 - Habilidades: adquirirem habilidades necessárias para identificar e resolver problemas ambientais; e 5 - Participação: proporcionar a possibilidade de participarem ativamente das tarefas que têm por objetivo resolver os problemas ambientais.

Porém, inúmeros projetos ligados à educação ambiental não proporcionam efeitos esperados, pois não possuem objetivos direcionados ao público que se almeja alcançar, devendo para isto haver triagem de procedimentos a ser aplicado para cada classe de pessoas envolvidas. Jacobi (2004) considera que no desenvolvimento de ações voltadas ao âmbito escolar, onde as classes envolvidas encontram-se em desenvolvimento psicossocial, é necessária a adoção de ferramentas que possam estar mais próximas possível da realidade escolar do aluno, para que desta maneira, os resultados possam atingir o nível esperado de pessoas, concernente a percepção ambiental e mudanças de ações não sustentáveis a natureza.

A partir de pesquisas, projetos e programas direcionados aos alunos, é possível determinar a correta relação que existe entre o homem e a natureza, elaborando assim bases importantes para planejamentos e implementação de novos modelos de aprendizagem no âmbito da educação ambiental (CASTOLDI et al., 2009). Projetos voltados para a percepção ambiental podem proporcionar melhorias com embasamento e entendimento dos problemas, alcançando mais eficiência na solução dos mesmos (PALMA, 2005). É fundamental a presença da Educação Ambiental nas discussões referentes aos recursos hídricos no interior do âmbito escolar, para o fomento de uma mentalidade sustentável compatível com a realidade da sociedade (CARVALHO, 2008).

Fernandes e Pelissari (2003) afirmam que uma das dificuldades para a proteção dos ambientes naturais está na existência de diferenças nas percepções dos valores e da importância dos mesmos entre os indivíduos de culturas diferentes ou de grupos socioeconômicos que desempenham funções distintas, no plano social, nesses ambientes. Desta maneira, compreender os pontos positivos e negativos que norteiam cada área do corpo social possibilita equalizar soluções específicas para os grupos alvos de projetos e programas imanentes à percepção ambiental, contribuindo para que as ações adequadas possam ser colocadas em prática de maneira correta. O contato com temas relacionados à conservação dos recursos hídricos será mais bem assimilado pelos alunos durante essa fase, pois é quando estarão mais aptos a receber conhecimento e formar seu pensamento critico (OLIVEIRA et al, 2013).

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados nos permitem concluir que os participantes que atuam na área da Educação Ambiental possuem uma boa percepção sobre os atuais problemas ambientais enfrentados pela sociedade, inclusive com participação moderada em eventos voltados para a discussão do tema, reconhecendo que todos os indivíduos são responsáveis pelo surgimento dos problemas ambientais que atualmente enfrenta-se, porém poucos são os profissionais que apontaram a escola como um meio de solução dos problemas, o que nos permite inferir que apesar de atuarem na Educação Ambiental, estes profissionais não percebem esta como uma opção para solucionar ou mesmo apontar as possíveis soluções dos problemas ambientais que surgem.

REFERÊNCIAS



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Ilustrações: Silvana Santos