Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/06/2019 (Nº 68) SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE OFICINA SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NUMA ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA EM ITIÚBA –BA
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SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE OFICINA SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NUMA ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA EM ITIÚBA –BA



Celeste de Souza Morais1

Maria José Souza Pinho2

1 Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas. Universidade do Estado da Bahia-UNEB. celeste.souzacfc@gmail.com. Tel (74) 91974142.

2 Doutora em Educação. Universidade do Estado da Bahia-UNEB. mjpinho@uneb.br .Tel. (71) 9912-5696.



RESUMO: O artigo se preocupa com a sensibilização através da educação ambiental para melhorar o destino dos resíduos sólidos produzidos por diversas atividades humanas, geralmente descartados em “lixões” a céu aberto. Objetivou abordar os principais problemas enfrentados pelos moradores próximos ao lixão, no município de Itiúba-BA, através de métodos participativos nessa comunidade. A metodologia seguiu a abordagem participativa com a realização de uma oficina junto a Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Jacobina e Adjacências. Com a aplicação da oficina foi possível notar que os desejos que permeiam a todos são rede de esgoto, tratamento da área onde deposita o lixo e o término do calçamento. Neste sentido, os participantes entenderam que cabe a cada um de nós buscar direitos ambientais e perceber a importância da preservação ambiental para melhoria da qualidade de vida.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Resíduos sólidos, Participação Comunitária



ABSTRACT

The article is concerned with raising awareness through environmental education to improve the fate of solid waste produced by various human activities, usually discarded in open dumps. It aimed to address the main problems faced by the residents near the dump, of Itiúba-BA, through participatory methods in this community. The methodology followed the participatory approach with the realization of a workshop with the Community Association of Residents of the Jacobina Neighborhood and Adjacencies. With the application of the workshop it was possible to notice that the desires that permeate all are sewage network, treatment of the area where the waste is deposited and the end of the pavement. In this sense, the participants understood that it is up to each of us to seek environmental rights and realize the importance of environmental preservation to improve the quality of life.

Keywords: Environmental education, Solid Waste, Community Participation



INTRODUÇÃO

São nas diversas atividades do nosso dia a dia, por mais simples que sejam, que produzimos lixo. A preocupação com o gerenciamento dos resíduos sólidos vem sendo discutida ao longo dos tempos, tanto a nível nacional quanto internacional. A busca por soluções na área dos resíduos sólidos é refletida na demanda da sociedade que solicita mudanças em diferentes estratos sociais. No Brasil, o material que é descartado em sua maioria é liberado em locais impróprios a céu aberto (lixões), tornando-se criatório para animais que são vetores capazes de transmitir várias doenças. O manejo inadequado dos resíduos sólidos, sem levar em conta sua origem, pode causar riscos à saúde pública comprometendo a biodiversidade do local. O acúmulo dos resíduos sólidos em locais inadequados causa impactos negativos ao meio ambiente (MARTINS et al., 2014).

O que nos espanta é que o lixo está aí. Está na cara. Todos nós – em casa, no trabalho, na escola, na indústria, nas ruas, no lazer- geramos resíduos, todos os dias. Não é uma realidade distante do cidadão comum. É uma questão ligada à qualidade de vida, à saúde e ao bem-estar da população.

Segundo Andreoli et al. (2014, p. 532), existe uma diferença entre lixo e resíduo sólido. Os resíduos sólidos são gerados a partir de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de varrição entre outras e podem ser utilizados como matéria-prima. E lixo “coisas inúteis, imprestáveis, velhas e sem valor; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado”.

Certo é que com a grande quantidade de lixo produzido diariamente em cada espaço ocupado, faz com que percebamos que o tratamento adequado aos resíduos não se resume a coletar, transportar e dar um destino a materiais que não servem mais. É fundamental contar com um sistema bem planejado baseado na compreensão de que todas as ações envolvidas no gerenciamento de resíduos estão interligadas. É preciso prestigiar a visão do todo, do conjunto, em seus aspectos técnicos, ambientais e sociais, a reciclagem se mostre como uma necessidade e não como uma opção.

Nesse sentido, não podemos de pensar nas opções para diminuir esses resíduos. No filme Mogli, o menino lobo (1967), dos estúdios Disney, o personagem do urso Balu entoa versos numa canção que já nos chama atenção: “Eu uso o necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais, eu digo necessário, somente o necessário, por isso é que essa vida eu vivo em paz...”. O necessário não é apenas o alimento para o corpo físico, mas diversão e arte1. Aqui ganha destaque a questão do consumo, muito além do necessário, sem limites e sem critérios e cabe repensar para reduzir, rever nossas posturas, refletir sobre os problemas causados pelo lixo, recusar aceitar as coisas como estão.

Dessa forma pensamos que a coleta seletiva, proporcionando a reciclagem dos materiais coletados iniciam num novo ciclo dos materiais e assim tomando novos rumos. Para Silva e Nascimento, 2014:

[...]compreende uma operação que viabiliza a maior efetividade de reciclagem, visto que incentiva a separação prévia do material diretamente na fonte geradora, evita que esse resíduo passível de ser reciclado seja contaminado pela matéria orgânica, possibilitando, portanto, o maior aproveitamento dos materiais e a diminuição dos custos de reciclagem (SILVA; NASCIMENTO, 2017, p. 34).

A Coleta Seletiva é o processo de recolhimento dos diversos tipos de resíduos para posterior separação e destinação correta deles. A separação dos resíduos sólidos se torna importante, pois cada material possui uma composição diferente e misturados se torna inviável para uma possível reciclagem. Desta forma, a Coleta Seletiva e a Reciclagem de lixo aparecem não como a solução derradeira, mas como uma das possibilidades na resolução do problema, por parte da comunidade. Neste contexto, adquirir bons hábitos em casa, no trabalho, nas indústrias, na escola, e nas empresas são essenciais para melhorar a qualidade de vida e diminuir a produção de lixo.

A reciclagem é o processo de transformação de um material (cuja primeira utilidade já terminou), em outro produto que pode ter uma utilidade totalmente diferente da utilidade do produto inicial (SÃO PAULO, 2013).

Há anos alguns autores apontavam que o problema do lixo seria resolvido com a reciclagem, mas hoje sabemos que a solução está no gerenciamento integrado do lixo, sendo a reciclagem apenas uma das partes da engrenagem. A reciclagem adota o lixo como matéria prima a ser reaproveitada para fazer novos produtos (JARDIM, 2005). A união da coleta seletiva e a reciclagem não seria apenas ganho para seres humanos, mas principalmente para outros seres vivos, pois os resíduos orgânicos podem se transformar em adubos quando a própria natureza trabalha no processo de decomposição.

No bairro Jacobina localizado na periferia do município de Itiúba-Ba, durante aproximadamente dez anos os moradores conviveram com o lixão a céu aberto, o que lhes causou muitos transtornos como a degradação do meio ambiente, desvalorização do bairro onde vivem, problemas de saúde da comunidade local, e que motivou por sua vez o difícil convívio dos moradores do bairro Jacobina com o restante da comunidade nas cercanias da cidade, gerando inclusive posturas discriminatórias. Os principais problemas encontrados durante nossa observação e destacados pelos participantes da oficina realizada foram: a presença de animais como cachorros, gatos, moscas, mosquitos; a falta de uma rede de esgoto, o inacabamento da pavimentação da rua e das calçadas; o odor gerado por animais mortos existentes no local e pelo próprio lixo; a fumaça proveniente da queima do lixo e posturas discriminatórias. Já cansados com essa situação a comunidade deliberou a proibição de descarte do lixo. Sendo assim, para dar mais força a essa luta árdua, foi criada no dia 26 de março de 2015 a “Associação dos Moradores Bairro do Jacobina e Adjacências”. A Associação teve um papel relevante na luta da não continuação da deposição do lixo no referido bairro, pois como pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, criada a partir da união de ideias e esforços em torno de um propósito lícito e comum, pôde representar muito bem a vontade dos moradores centralizando forças de moradores de maneira mais eficaz e em prol de interesses comuns.

As Associações têm como objetivo representar de maneira legal os interesses dos moradores de um determinado local e são classificadas pela legislação como a união de pessoas em busca de finalidades não econômicas (artigo 53, caput, do Código Civil), administrada pela coletividade (NETO; JUNIOR, 2011). É um conjunto de ações em defesa dos interesses dos moradores, em qualquer área que eles se apresentarem.

Arriscamos dizer que essa movimentação deu um impulso e culminou na construção do aterro sanitário do município de Itiúba. A Associação luta para a o tratamento da área que ainda se encontra o lixo, possui a relevância de ser um órgão formalizado, agindo como porta voz dos interesses da comunidade, sempre buscando melhorias para o bairro e para seus moradores.

Um bairro que tem seus interesses representados por uma Associação ou um órgão legalizado perante a sociedade civil tem voz ativa.

Descobrir a relação que há entre a existência dos espaços públicos, especialmente as associações de moradores, e a promoção da cidadania (participação democrática) é entender o próprio exercício dos direitos do cidadão e sua participação na tomada de decisões. Além de compreender a sociedade como campo de interações e conflitos (POZZER, 2010, p. 32).

Diante disso, nosso objetivo por meio de oficinas participativas, tendo foco os princípios da educação ambiental participativa, abordar os principais problemas enfrentados pelos moradores próximos ao lixão no sentido de mobilizar a comunidade para mitigar os problemas encontrados e descritos por eles. Identificamos os problemas ambientais relacionados com o descarte de resíduos sólidos para motivá-los na sensibilização no intuito de articular ações sociais e ambientais com a comunidade local, integrando o saber científico ao conhecimento popular e depois buscarmos possíveis soluções para os transtornos observados.



METODOLOGIA

O estudo se caracterizou como qualitativo, pois se preocupa em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano (LAKATOS e MARCONI, 2007). Para Godoy (1995), optar pela metodologia qualitativa é necessário após definir o problema é estabelecer os objetivos da pesquisa a ser realizada. O projeto foi enviado ao Comitê de Ética e aprovado CAAE nº 89494418.0.0000.0057 e parecer de nº 2.789.947.

Primeiro identificamos os principais problemas através da observação local, relacionados com o descarte de resíduos sólidos no bairro Jacobina. A partir desse primeiro contato através de reuniões da Associação, houve o convite para participação em uma oficina educativa com o objetivo de identificar as percepções dos participantes sobre os resíduos sólidos. Em seguida, convidamos os associados. Esse convite foi feito por meio de um anúncio em um carro de som a fim de trazer os moradores que se situavam próximos aos lixões.

Participaram 15(quinze) moradores que foram identificados com números de 1 a 15 (Tabela 01). Os critérios de inclusão para participação foram: ser morador da cidade de Itiúba, participar da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Jacobina e adjacências e assinar o TCLE. Nesse termo está informado sobre os objetivos e metodologia da pesquisa. Somente após a devolução do TCLE, é que foi realizada a oficina.

A oficina foi adaptada e elaborada de acordo com manual de TEIXEIRA; DUARTE; MOROMOTO (2008). A oficina teve duração de quatro horas, na sede da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Jacobina e Adjacências e abordou diversos temas, dentre os quais: a quantidade de resíduos produzidos em suas residências; sua percepção ambiental, sobre conservação do meio ambiente, poluição de rios, solo, ar, problemas causados pelo tratamento inadequado de resíduos sólidos e ao final qual a sua contribuição para a conservação do meio ambiente.

Com processo preparatório à oficina, foi feito um levantamento entre os moradores de recolhimento de imagens e fotografias antigas do bairro, porém não conseguimos e em substituição, utilizamos imagens extraídas da internet, a fim de representar o bairro pré-colonizado e fotografias do bairro pós-colonizado, para que a linha do tempo pudesse ter as características mais parecidas possíveis com o bairro.



RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em relação ao perfil dos participantes, pudemos perceber (tabela 02) que mesmo com baixo índice de escolaridade (66,65% dos participantes possuem nível fundamental incompleto ou não são alfabetizados), todos comungavam do mesmo pensamento: preservar ambientalmente o local em que mora e o meio ambiente. A maior parte dos alimentos consumidos por 100% dos participantes são de origem industrializada, o que requer o uso de embalagens plásticas, vidros, papel para acondicioná-los. Poucos perceberam que esse tipo de material pode ser reaproveitado ou reciclado e que está ao alcance deles realizar a coleta seletiva para diminuir o descarte no lixão próximo a suas casas. Apenas 03(três) participantes disseram fazer a separação de materiais, contudo a separação é apenas de garrafa plástica tipo Pet ou vidro quebrado.

Tabela 02- Perfil socio econômico dos participantes

Fonte: elaboração das autoras, 2018.



Quanto a oficina, ela consistia de duas atividades: na primeira realizamos a atividade “Linha do tempo” que teve como objetivos: resgatar a história do Bairro Jacobina; permitir que os participantes conhecessem com mais profundidade as suas histórias de vida, criar laços de pertencimento e de identificação com as demais pessoas da comunidade, através das narrativas orais. Os moradores foram instigados a imaginar como era o bairro antes da chegada do primeiro morador. Um ambiente totalmente natural, foi usado como referência. Na sequência, os moradores foram provocados a relatar, a partir dos seus conhecimentos e memórias, fatos sequenciais e relevantes para serem adicionados à linha do tempo, sempre retratando-os com imagens ilustrativas e\ou com fotografias reais de datas mais recentes (Figura 01)

Ainda nesta etapa, os moradores foram levados a refletir quais mudanças foram ocorrendo no meio ambiente, que problemas são enfrentados por eles, quais eram positivos e negativos do ponto de vista socioambiental e quais as consequências destrutivas da ação antrópica naquele ambiente, principalmente quando o lixo começou a causar prejuízos socioambientais para a comunidade. Os principais problemas descritos pelos participantes são ocasionados pelo lixão a céu aberto no bairro Jacobina como, por exemplo, a presença constante de insetos e animais, como mosquitos, baratas, moscas, ratos, urubus, cachorros, gatos, odor e a fumaça gerada pela queima constante desse lixo. Os moradores estão cientes desses problemas e sabem que o local onde o lixo ainda está depositado precisa de tratamento.

Figura 01: A. Apresentação e explicação da oficina; B. Desenvolvimento da oficina; C. Participantes colando seus desejos na Árvore dos Sonhos; D. Lembrancinha da oficina.

Fonte: Arquivo das autoras, 2018

Na segunda parte realizamos a elaboração de uma atividade em grupo chamada “Árvore dos sonhos”. Nessa etapa, os participantes foram sensibilizados a refletir de que maneira a situação incômoda poderia ser mitigada. Questionou-se sobre o papel de cada um, começando de cada morador, perpassando pela Associação e alcançando o poder público. Os registros das reflexões foram feitos em folhas de papel para representar e formar a copa da árvore, que foi montada, examinada e discutida pelo grupo.

Os moradores foram levados a refletir quais mudanças foram ocorrendo no meio ambiente, que problemas são enfrentados por eles, quais eram positivos e negativos do ponto de vista socioambiental e quais as consequências destrutivas da ação antrópica naquele ambiente, principalmente quando o lixo começou a causar prejuízos socioambientais para a comunidade. Os principais problemas descritos pelos participantes são ocasionados pelo lixão a céu aberto no bairro Jacobina (Figura 02) como, por exemplo, a presença constante de insetos e animais, como mosquitos, baratas, moscas, ratos, urubus, cachorros, gatos, odor e a fumaça gerada pela queima constante desse lixo onde segundo os moradores, 3 e 4, seus filhos sofriam com problemas respiratórios: “meu filho vivia praticamente no hospital com falta de ar por conta da fumaça”. Os moradores estão cientes desses problemas e sabem que o local onde o lixo ainda está depositado precisa de tratamento.

Figura 02: Lixão localizado no bairro Jacobina, Itiúba. A e B área do lixão anteriormente; C e D área atualmente.

Fonte: Arquivos das autoras, 2018.

O intuito dessa oficina foi fazer com que as pessoas envolvidas e a comunidade em geral, pudessem sonhar com um espaço melhor para viver; resgatando ideias comuns para melhor qualidade de vida; organização do pensamento coletivo, visando um planejamento futuro



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que a questão de resíduos produzidos pela população e sua destinação final inadequada é ainda uma questão muito intensa na maioria dos municípios, este artigo teve como objetivo abordar os principais problemas enfrentados pelos moradores próximos ao lixão, no município de Itiúba-BA, bem como compreender os transtornos causados pelo acúmulo de lixo, propondo métodos participativos de sensibilização junto à comunidade.

A oficina foi escolhida por ser uma metodologia participativa e porque há uma troca de saberes e informações entre os participantes. Durante a aplicação da oficina os participantes se sensibilizaram a respeito dos problemas que foram apontados, fato que ficou evidenciado nas discussões da segunda etapa “Árvore dos Sonhos”, além de apontarem outros problemas presentes no bairro como a falta de rede de esgoto, a não conclusão do calçamento e o não tratamento da área onde está depositado lixo. Durante a sensibilização, eles indicaram que iriam primeiramente continuar cobrando do poder público, além de reconhecerem algumas falhas próprias. Concluímos que realizar atividades de Educação Ambientais pontuais, não significa mudança de hábitos e comportamentos, as atividades precisam ser contínuas até que surtam efeitos. É essencial destacar que programas de educação ambiental nas associações comunitárias que trabalhem com a questão de resíduos sólidos de forma contínua, proporcionará que a própria comunidade contribua na minimização dos problemas enfrentados.



REFERÊNCIAS

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TEIXEIRA, D. de L.; DUARTE, Mariana F.; MOROMOTO, Pamela. Manual de metodologias participativas para o desenvolvimento comunitário. São Paulo: ECOAR, 2008.

1 Poesia de Titãs em Comida

Ilustrações: Silvana Santos