Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/06/2019 (Nº 68) PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO MEDIO EM UMA REGIÃO DE EXTRAÇÃO DE ROCHAS ORNAMENTAIS: SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA/RJ.
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PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO MEDIO EM UMA REGIÃO DE EXTRAÇÃO DE ROCHAS ORNAMENTAIS: Santo Antônio de Pádua/RJ.

Claudia de Vilhena Schayer Sabino1, sabinoc@pucminas.br

Sebastião Duarte Dias1, sebastiaoduartedias@yahoo.com.br

Wolney Lobato1, pesquisaproppg@pucminas.br

1Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Resumo: Este trabalho foi desenvolvido em Santo Antônio de Pádua/RJ, maior polo de extração de rochas ornamentais do Estado. Os resultados demonstraram que os participantes não conheciam a problemática ambiental regional, o que seria importante no momento atual no qual, tragédias ambientais expuseram o desconhecimento das populações atingidas.

Abstract: This work was developed in Santo Antônio de Pádua / RJ, the largest extraction of ornamental rocks pole in the State. The results showed that the participants did not know the regional environmental problem, which would be important nowadays due to the environmental tragedies that exposed the not knowing of the affected populations.



Introdução

Compreender a percepção do homem sobre a natureza e suas inter-relações, é uma estratégia útil e até mesmo indispensável para muitas áreas da ciência. Todavia, torna-se necessário o envolvimento de diversas raízes epistemológicas, a fim de que, se obtenha aproximações conceituais que promovam o conhecimento das interações socioambientais, sobretudo norteie a construção de atitudes sustentáveis.

A partir do século XX, a filosofia transformou significativamente a concepção a respeito da percepção. As mudanças foram trazidas pela fenomenologia de Husser (Skovsmose 2018) e pela psicologia da forma ou teoria da Gestalt (Maia & Cunha 2017). Ambas mostraram, que não há diferença entre sensação e percepção. (Chaui 1999). Esse processo é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade, relacionado às representações mentais que experimentamos ao longo da vida.

Nesse sentido, baseado nas considerações de Saul &Saul. 2018, é possível afirmar que é pela percepção, além da reflexão sobre si mesmo, que o sujeito descobre a presença do outro e do ambiente. Assim, o problema da experiência do outro se coloca em um sistema de quatro termos: um primeiro termo que existe é o próprio eu; um segundo, o psiquismo deste eu, a imagem que este faz de seu corpo por meio do tato ou da sinestesia; um terceiro termo é o corpo ou aparência do outro tal qual o eu o vê (corpo visual); e enfim, um quarto termo, hipotético, que se trata justamente para o eu, de reconstituir, de adivinhar, o que é o ‘psiquismo’ ou realidade do outro, o sentimento que o outro tem de sua própria existência, tal como o um pode supor, imaginá-lo, através das aparências que o outro o oferece por seu corpo visual.

Rowsell & Burgess (1997) consideram que um dos avanços mais importantes no campo da educação ambiental é a utilização da percepção como um instrumento para a elaboração de projetos nesse âmbito, principalmente a partir das considerações de que os indivíduos entendem a natureza e a paisagem de formas diversas e distintas. Os seres humanos percebem o mundo em seu entorno através da visão, tato, olfato, paladar e audição. No estudo da percepção, a visão é o sentido que mais se destaca, pois, a visão se relaciona com os outros sentidos: quando vemos uma superfície áspera, por exemplo, não é preciso, na maioria das vezes, passar a mão sobre ela para saber qual é sua textura. (Lopes & Abib 2002, Gregório et al. 2018).

O ato de ver está associado a algumas estratégias de aperfeiçoamento da visão. No decorrer da vida do indivíduo, a resposta visual incondicionada “pura”, vai recebendo, cada vez mais, influência do condicionamento. Sendo assim, estímulos anteriormente tidos como neutros, com o passar do tempo, por meio do pareamento com o estímulo eliciador, biologicamente mais forte, passam a eliciar a resposta visual: tornam-se estímulos condicionados para essa resposta (Skinner 1990). Os fenômenos desse tipo encontram sua explicação naquilo que os psicólogos da Gestalt descrevem como a lei básica da percepção visual: qualquer padrão de estímulo pode ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto as condições permitem. (Pacheco 2018)

Portanto, os padrões de estímulos, tanto externos e, sobretudo os internos, tornam-se determinantes para o processo de formação das imagens mentais. Eles auxiliam os mecanismos da cognição para a construção da concepção do mundo que nos rodeia, norteados pela inteligência que possui cada indivíduo, tornando-o capaz de pensar e agir sobre sua realidade.

É necessário compreender o que está sendo visto. Quando falta significado, compreensão, a patologia da alienação mental se instala. Deixa de existir então a mediação entre o sujeito que aprende e o conhecimento (Vygotsky 1987). A relação do indivíduo com o meio ocorre por meio de particularidades, tais como, as representações, formadas por seus valores, expectativas e preferências. A atuação da pessoa sobre o ambiente é influenciada tanto por relações individuais que estabelecem com o meio, quanto por valores sociais que possuem em relação ao ambiente. As representações assumem o papel de organizar e estruturar o real em um sistema cognitivo coerente que permite que a pessoa possa entender o mundo e atuar sobre ele (Moser et al. 2005)

Poder-se-ia acrescentar que agimos conforme pensamos, ou seja, tão somente e em conformidade com o universo de nosso pensamento. Segundo Kant ‘não vemos a realidade como ela é, mas como nós somos’. Utilizamos o sentido seletivo, segundo interesses, pensamentos, estado da alma, sentido motivacional, expectativas do futuro e quase sempre atendendo ao sentido do prazer. (Palma 2005)

Desta forma, as ciências sociais e do comportamento têm se voltado para as questões ambientais em busca da compreensão das inter-relações entre a pessoa e o ambiente, considerando a influência que o meio exerce sobre a pessoa, bem como a influência que a pessoa exerce sobre o meio. A psicologia ambiental busca modelos explicativos para tal interação, que visam compreender a dimensão humana implicada no ambiente (García- & Real, 2002, Rebeca et al. 2018)

É compreensível que ao longo do processo de desenvolvimento intelectual, o indivíduo aperfeiçoa os significados e a própria percepção adquirindo mais entonação. Segundo Freitas (2009), há um amadurecimento do efeito de representação dos objetos, algo fundamental, para a possibilidade de reconstrução das representações mentais que caracterizam a vida saudável a partir de interações socioculturais.

Nesse sentido o homem se torna capaz de operar mentalmente sobre o mundo: planejar, estabelecer relações, compreender e associar, por meio da capacidade de lidar com representações que substituem o real, o que possibilita ao homem libertar-se do espaço e do tempo presentes, efetuar relações mentais na ausência das coisas, imaginar e planejar intencionalmente. As representações mentais da realidade exterior são na realidade os principais mediadores a serem considerados na relação do homem com o mundo. (Freitas 2009).

O desenvolvimento sustentável surge como estratégia para promover essa sintonia nas interações socioambientais. Carvalho, 1998, faz importantes considerações a respeito de práticas sustentáveis. Segundo o autor, uma cidade ou região que não reconhece seus bens naturais e, sobretudo apropria inadequadamente de seus recursos é como se estivesse eliminando, por decreto, parte do seu patrimônio natural. Sempre que a cidade deixa de lançar mão de fatores da sustentabilidade em seu território, ela gera a necessidade de fazê-lo alhures. Portanto pagam um custo alto por não conhecerem a própria sustentabilidade, fundamental sobretudo como geri-las. (Carvalho & Schwarzelmuller 2006)

A ideia do desenvolvimento local transferiu o foco de atenção da poluição para a gestão, da ênfase na espécie poluidora para a educação ambiental, para a técnica de comando-controle e para as políticas territoriais (Vecchiatti 2004).

O conceito de desenvolvimento sustentável traz à tona alguns pré-requisitos­ necessários para que esse processo ocorra na realidade, constituindo-se a partir da confluência de três principais fatores interdependentes (Melazo 2005): o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e cultural das populações e a preservação ambiental, realizados simultaneamente e em harmonia. Tais fatores tornam-se peças fundamentais para a qualidade de vida da população atual e principalmente para futuras gerações.

O desafio é, pois, o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, em dois níveis: formal e não formal. (Barreto & Vilaça 2018) Assim a educação ambiental deve ser, acima de tudo, um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva holística de ação, que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo em conta que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o homem (Jacobi 2005).

Portanto, é fundamental que a educação ambiental se torne uma prática que priorize um pensar e repensar contínuo da realidade, um processo coletivo, que valorize a interlocução entre escola, educadores e comunidade; todos engajados na consecução de objetivos que potencializem o processo de construção do conhecimento e forneça novos significados aos saberes, e sobretudo possibilidades de leitura de si e do mundo.

Este trabalho teve como objetivo conhecer a percepção ambiental de alguns professores e alunos do município de Santo Antônio de Pádua/RJ, região onde há intensa extração de rochas ornamentais. Para avaliar os resultados foram utilizadas a representação de meio ambiente de Reigota 2007 e as definições de correntes de educação ambiental de Carvalho, 1998.

Materiais e métodos

Caracterização da área de estudo

O município de Santo Antônio de Pádua se localiza na região Noroeste Fluminense do estado do Rio de Janeiro e abrange uma extensão territorial de 603,357 km2, correspondentes a 11,2% da área total da região. A cidade fica a 86 metros acima do nível do mar, com latitude 210 32’ 22’, sul e longitude 420 10’ 49’, oeste e a 256 km da capital fluminense. A população é 40 600 indivíduos. A percentagem de pessoas ocupadas em relação a população total é 24%. (IBGE 2018).

Atualmente, Santo Antônio de Pádua é o maior polo de extração mineral de rochas ornamentais do estado do Rio de janeiro. A atividade tem gerado cerca de 6000 postos de trabalho direto e indiretos em um total de 10000 empregos no município. (mais que 60% dos empregos do município) (IBGE 2018).

Atualmente existem mais de 200 pedreiras e mais de 100 serrarias em operação. Embora a exploração de rochas ornamentais em Santo Antônio de Pádua venha crescendo de maneira acentuada, as técnicas de extração são rudimentares, o que compromete a produtividade local e a competitividade nacional e internacional do segmento, sobretudo compromete o meio ambiente da região, (Peiter e al. 2011).

As imagens das Figuras 1 e 2 retratam os impactos negativos da atividade mineradora no município de Santo Antônio de Pádua, RJ.

Figura 1: Rejeitos pétreos provenientes da extração mineraria, Serra do Bonfim, Pádua, RJ, 2011. Fonte: Alunos.

Figura 2 Degradação da paisagem na Serra do Catete, Pádua, RJ, 2017. Fonte: Alunos.



Entre os impactos ambientais causados pela mineração na região destacam-se: a construção de áreas de bota-fora, aberturas de estradas, maior exposição de solos, assoreamento de corpos de água, aumento da capacidade erosiva, supressão da vegetação, supressão de habitats, alteração da vegetação, alteração no ecossistema aquático, alteração estético-visual e alteração no uso do solo.

No município, a atividade mineradora, além de ser uma alternativa de trabalho, atrai a atenção das pessoas em busca de emprego e melhores condições de vida. As inquietações, em longo, prazo se tornam um desafio, sobretudo social e ambiental, uma vez que se trata de um recurso não renovável, algo que cria um horizonte de incertezas em relação ao futuro da econômica local. Santo Antônio de Pádua possui a segunda maior população da região e concentra o segundo PIB do Noroeste Fluminense do estado do Rio de Janeiro, fica atrás apenas do município de Itaperuna. (IBGE 2018)

Procedimentos metodológicos

A pesquisa realizada pode ser caracterizada como de natureza qualitativa e como um estudo exploratório descritivo. Foram elaborados e aplicados dois questionários, um para docentes e um para discentes e na análise dos resultados considerada a concepção que alunos e professores têm em relação às questões ambientais e à educação ambiental. Em uma roda de conversa foi discutida também a importância e pertinência dos temas diante dos desafios do processo educativo.

A análise dos dados foi feita utilizando a avaliação de conteúdo, que para Silva & Fossá. 2015, se constitui de várias técnicas nas quais se busca descrever o teor do processo de comunicação, seja ele por meio de falas ou de textos. Desta forma, a técnica é composta por procedimentos sistemáticos que proporcionam o levantamento de indicadores permitindo a realização de inferência de conhecimentos.

Resultados e discussões

O levantamento dos dados foi realizado durante o mês de novembro de 2016 e envolveu um total de 58 alunos (com idades entre 15 e 18 anos) e 26 docentes.

Resultado do questionário aplicado aos professores.

Os dados revelaram que os profissionais têm idade oscilando entre 30 a 60 anos. A experiência no magistério variou entre três anos e mais de vinte anos, 77% cursam pós-graduação em nível de especialização.

Visando conhecer a percepção ambiental, os docentes foram questionados sobre o que entendiam por representação do meio ambiente. Para a análise dos resultados foi utilizado o modelo sugerido por Reigota 2007, apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 Representação de meio ambiente, conforme Reigota 2007.

Concepção

Definição



Antropocêntrica

Os que focalizam sua atenção na utilidade dos recursos naturais para a sobrevivência do ser humano, que dispõe destes para garantir melhor condição de vida para si.



Globalizante

Os que observam as relações de reciprocidade entre a sociedade e a natureza, enfocando aspectos naturais, políticos, sociais, econômicos, filosóficos e culturais, compreendendo o ser humano, portanto, como parte do meio.



Naturalista

Consideram como se o meio ambiente estivesse voltado apenas para o que é natural, envolvendo, desta forma, conceitos tais como os de ecossistema, habitat e ecologia. Nessa visão, o ser humano seria um observador passivo que estaria fora do contexto da fauna, da flora e do meio abiótico, não tendo com essas instâncias laços de responsabilidade ou pertencimento.

Fonte: Reigota 2007

As respostas dos professores estão apresentadas na Figura 3.

Figura 3 – Resultados da representação dos professores sobre o meio ambiente.

Fonte: Dados da pesquisa

Ao trazer as representações de meio ambiente à discussão, não significa que devemos estabelecer um juízo de valor e classificar as mesmas como certas ou erradas, aliás, o que importa de fato é compreender as peculiaridades das representações em função de um espaço/tempo onde estão inseridos os sujeitos envolvidos na investigação e partir de um diagnóstico cauteloso contribuir para a construção da autonomia do pensamento e ação e, sobretudo ampliar a possibilidade de participação social. A visão antropogênica, que corresponde à maioria das respostas, é compreensível em um local cuja economia depende dos recursos naturais. (Reigota 2007).

Em uma região, na qual a economia é baseada na extração de rochas foi coerente a maioria dos professores terem uma visão antropogênica do meio ambiente.

Na sequência, os professores foram questionados sobre as principais fontes que utilizam para obter informações sobre o tema. (Figura 4).

Figura 4 - Fonte de informações sobre o meio ambiente utilizada pelos professores.

Fonte: Dados da pesquisa.

Observa-se diante dos dados, a influência exercida pela internet e a TV, os quais são definidos por Moran, 2000, como meios de comunicação sensoriais, que estimulam sincronicamente importantes órgãos sensoriais. Segundo Carvalho et al., 2013, a linguagem audiovisual estimulada pela TV traz para perto o que está longe, aumentando a intimidade com os objetos e consequentemente a estruturação de seus significados, por meio da imagem e do som. Assim sendo, mesmo diante de sua inabilidade de interação quando comparada aos recursos do computador e, sobretudo da internet, a televisão continua sendo na visão de Almeida et al., 2016, importante instrumento de aprendizado na sociedade atual, pois representa grande fonte de informação sobre o mundo.

A próxima pergunta abordou o conhecimento dos professores acerca do conceito de educação ambiental. De acordo com os estudos de Sauvé (2005), existem diversas correntes em EA. Decerto, podem se incorporar a uma mesma corrente, uma pluralidade e uma diversidade de proposições, bem como, uma mesma proposição pode corresponder a mais de uma corrente, de acordo com as análises de (Sauvé 2005). Para a análise dos resultados foram utilizadas as correntes de EA apresentadas por Carvalho, 1998. São elas: a tradicional, a genérica e a alternativa, discutidas a seguir. Os resultados estão apresentados na Figura 5.

Figura 5 – Respostas dos docentes sobre a corrente de educação ambiental.

Fonte: Dados da pesquisa.

As concepções apontadas por professores evidenciaram uma maioria com estilo de pensamento tradicional, o que para Lorenzetti (2008), compreende um grupo de profissionais que se preocupa com a conservação e preservação dos recursos naturais, voltados para uma base comportamentalista, em que se promove a valorização da aprendizagem por meio de uma disposição teórico-conceitual (Lorenzetti 2008).

Corrente Tradicional: Foram incluídos nessa categoria, professores que já tinham ouvido falar de educação ambiental e os que nunca haviam ouvido falar, mas que independentemente de qualquer mudança no cenário da educação, ainda mantém o mesmo estilo no qual estão inseridos, ou seja, sentem-se confortáveis e comprometidos quanto à proposta curricular que é desenvolvida na escola como parte de sua prática pedagógica. Portanto, o que se manifestou foi a visão utilitarista do ser humano em relação à natureza. (Chaves & Goergen 2017). Algumas respostas dos docentes classificados como tradicionalistas estão apresentadas a seguir:

É o cuidado que devemos ter com o ambiente, evitando o desperdício de água, reciclando materiais, jogando lixos em locais apropriados, separando lixos orgânicos e os demais’. P6

É o que deveria tornar responsável todos os indivíduos pela preservação dos recursos naturais’. P9

É um processo empregado para preservar o patrimônio ambiental criando modelos de desenvolvimento, com soluções limpas e sustentáveis’. P12

Uma maneira de mostrar aos alunos a relevância de se preservar o ambiente em que vivem, pois estamos inseridos todos em um mesmo local’. P14

É a preocupação em formar indivíduos buscando a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade’. P15

Conscientização das pessoas sobre a importância da preservação do meio ambiente e da importância do meio ambiente para o ser humano’. P19



Corrente Genérica: Foram considerados, nessa categoria, os professores que confundem a educação ambiental com o próprio ambiente, reforçam a dicotomia da relação do ser humano e a natureza e recorrem constantemente a comentários pouco precisos. Algumas expostas dos docentes classificados nessa corrente estão apresentadas a seguir:

São as nossas atitudes positivas ou não com o meio ambiente’. P2

Orientações acerca do que nos cerca’. P5

É a conscientização do meio que vive’. P13



Os profissionais que a princípio se enquadram em uma tendência ‘Genérica’, correspondem a um grupo de educadores que segundo Campos, 2007, apresentaram definições imprecisas ou vaga sobre o conceito de educação ambiental. Abordam comentários que carecem de precisão, aprofundamento e crítica.

Forma de preservar tudo que existe na natureza, não prejudicar o meio ambiente e conservá-lo para o bem comum da humanidade’. P20



Corrente Alternativa: Incluiu os professores que a princípio buscam o conhecimento que o educando tem do ambiente, questionando as visões antropocêntricas e as formas de organização da sociedade, as quais promovem ações concretas para a melhoria do ambiente, a busca contínua pela mudança de atitude e almejam progresso na qualidade de vida. (Dias & Dias 2017). Algumas expostas dos docentes classificados como alternativos estão apresentadas a seguir:

É a educação que visa desenvolver atitudes de respeito e, consequentemente, conservação do ambiente, onde interagem todos os seres vivos e os fatores abióticos que favorecem a vida’. P3

Processo de transformação com objetivo de garantir melhores condições de vida’. P4

Educação ambiental consiste em processos direcionados para a construção de valores sociais, habilidades e conhecimentos no indivíduo e na coletividade, capazes de diferenciar uma relação sustentável de bem-estar social, ambiental e econômico’. P10



Segundo Lorenzetti, 2008, profissionais da concepção alternativa apresentam um estilo crítico-transformador, o qual envolve uma visão mais ampla do processo educativo, compreendendo e analisando os problemas ambientais em suas múltiplas dimensões: naturais, históricas, culturais, sociais, econômicos e políticos. Nesse sentido, a educação ambiental se volta para a formação de uma nova sociedade, cujos valores e práticas deverão diferir em muito dos atuais, abordando o ser humano integrado aos demais seres vivos.

A partir das informações supracitadas, foi possível notar, sobretudo pontos de convergência com os contextos, os quais fundamentados em Sauvé, 2005, levam a conclusão que ao longo da trajetória histórica, a EA foi demarcada pela pluralidade de ideias e concepções, se afirmando assim como um campo heterogêneo.

Na sequência, quando perguntados se conheciam algum lugar, no município, com acomodação imprópria de resíduos, que alteram a paisagem local. Foram também questionados sobre o tipo de resíduos estocados nesses locais. 100% afirmou que conhecia, os resultados dos tipos de resíduos citados estão apresentados na Figura 6.

Figura 6 – Respostas dos docentes sobre os tipos de resíduos armazenados em locais impróprios no município.

Fonte: Dados da pesquisa.

Nesse resultado, muito particular para a presente investigação fica evidente que não existe preocupação real sobre os danos causados pela extração de rochas no município. Resíduos de mineração não foi citado.

Após avaliar a percepção ambiental dos docentes, foi traçada a relação desta com as atividades escolares e foram levantadas as informações pertinentes à caracterização das estratégicas didáticas utilizadas e os meios pelos quais o tema ambiental é abordado. Os resultados estão apresentados na Figura 7.

Figura 7 - Principais estratégias didáticas utilizadas pelos docentes durante as atividades de Educação Ambiental.

Fonte: Dados da pesquisa

Os dados revelam que existe uma grande variedade de estratégias e recursos apoiados no esforço do educador em oferecer maiores possibilidades para atender e envolver o aluno no processo de construção do conhecimento. Nesse sentido, é importante destacar que o trabalho em grupo, que contribui para o desenvolvimento de características como a de cooperação, responsabilidade e interação dentro da turma. Além disso, alunos que apresentam maiores dificuldades de diálogo diante de toda uma classe, muitas vezes, têm facilidade de interagir num grupo menor e com isso, suas dúvidas podem alcançar o devido esclarecimento e, aliás, melhorar o seu desempenho. (Braz-Aquino et al. 2016).

Quanto à opção da aula expositiva, um recurso muito usado pelos professores, é segundo Correa & Lunardi, 2007, geralmente centrada no professor e voltada na transmissão de informações, com o aluno numa posição predominantemente espectadora, sem a autonomia de argumentar sobre o assunto. Os professores que trabalham com essa estratégia deveriam promover espaços de discussão sobre o assunto tratado. Estando a base da Educação Ambiental ancorada no envolvimento e na participação do aluno (Krasilchik & Marandino 2004), esse deve ser capaz de analisar, discutir e tomar decisões sobre problemas de valor, indo além da mera expressão de sentimentos. Portanto, as aulas expositivas devem abrir espaços para a discussão entre professor e aluno. (Soares & Frenedozo 2009.

Outro ponto positivo e importante, que deve ser enfatizado na discussão desse resultado foi a realização de visitas em loco. A educação ambiental abrange diversas áreas, por isso, pode ser trabalhada nos mais variados contextos, dentre eles, a realização de atividades em áreas que permitem o contato direto com o ambiente, que torna-se uma estratégia de grande importância, pois permite a sensibilização sobre os problemas ambientais e uma abordagem menos fragmentada do conhecimento ecológico (Rodrigues el al. 2015);

Foram então perguntados sobre como o tema meio ambiente deve ser desenvolvido na escola. Os resultados estão apresentados na Figura 8.

Figura 8 – Como é a abordagem do tema meio ambiente durante as aulas, segundo professores.

Fonte: Dados da pesquisa.

A análise dos dados indicou que parte significativa dos docentes acredita que a EA deve ser desenvolvida de forma multi e interdisciplinar. É possível destacar que o aspecto positivo dessa visão holística é a participação do conhecimento de diferentes áreas científicas. Nesse sentido, ao adotar um enfoque global, sustentado em uma ampla base multi e interdisciplinar, a EA cria uma unidade que engloba o meio natural e o meio artificial, explicitando a continuidade dos vínculos dos atos do presente, com consequências no futuro, bem como a interdependência das comunidades nacionais e a solidariedade necessária entre os povos.( Dias 2015).

Resultado do questionário aplicado aos discentes

58 alunos responderam ao questionário. Os alunos foram questionados sobre como obtêm informações sobre o meio ambiente. Os resultados estão apresentados na Figura 9.

Figura 9 - Meio de comunicação utilizado pelos alunos para obter informações sobre o meio ambiente.

Fonte: Dados da pesquisa.

Foi observado que os alunos utilizam mais a mídia que os professores. As gerações atuais estão crescendo com essas novas tecnologias, oferecidas cada vez mais cedo, para bebês e crianças, e ocupam cada vez mais espaço em suas vidas. Os aparelhos eletrônicos são partes integrais de suas vidas, já que passam a maior parte do tempo “cercados e usando computadores, videogames, tocadores de música digitais, câmeras de vídeo, telefones celulares, e todos os outros brinquedos e ferramentas da era digital”. (BUENO & LUCENA 2016)

Os alunos foram questionados sobre as disciplinas escolares que abordam o tema meio ambiente. O resultado está apresentado na Figura 10.

Figura 10 - Disciplina que trabalha o tema Meio Ambiente na opinião dos alunos.

Fonte: Dados da pesquisa.

Os resultados mostram que diversas disciplinas abordam o tema, que está sendo tratado como transdisciplinar, conforme sugerido nos PCN’s. (Brasil 1997)

Em seguida, os alunos foram questionados sobre quem seria o responsável pela conservação do meio ambiente em Santo Antônio de Pádua. Essa pergunta teve como objetivo, observar se os alunos têm consciência a quem devem responsabilizar, e recorrer para denunciar os problemas do meio ambiente e se assumem também as responsabilidades de proteção do ambiente. Os resultados estão apresentados na Figura 11.

Figura 11 - Responsável pela conservação do meio ambiente na opinião dos alunos.

Fonte: Dados da pesquisa

A maioria dos alunos citou a população, demonstrando que tem uma visão limitada da problemática ambiental. Torna-se imprescindível promover estudos, pesquisas, leituras, debates, e mais para esclarecer os estudantes e o desenvolvimento de cidadãos autônomos, de indivíduos que pensam por si mesmos e que estabelecem relações de reciprocidade e interação (Teixeira 2010).

A última questão dessa investigação avaliou o conhecimento do aluno sobre determinada área no município, ou no seu entorno, em que a população joga algum tipo de resíduo que gera problemas para o meio ambiente e quais seriam os prováveis resíduos. A princípio, o intuito foi averiguar se os estudantes percebiam o excesso de material litológico descartado em diversos pontos do município, inclusive nas áreas rurais, oriundos da atividade de extração de rochas. 100% citaram alguma área e os resultados dos tipos de resíduos citados estão apresentados na Figura 12.

Figura 12 – Tipos de resíduos descartados no município e citados pelos alunos

Fonte: Dados da pesquisa

Por meio das informações prestadas é possível notar que os alunos de um modo geral citam o lixo ‘doméstico e industrial’ como um dos principais resíduos incorretamente descartados. Assim como os docentes, não citaram os resíduos de mineração. Isso sugere que a população não está consciente da problemática local causada pela extração de rochas ornamentais. Por isso, o debate na escola deve incluir a realidade, a dimensão política e a perspectiva da busca de soluções para situações que trazem danos à população, como é o caso do agravamento dos problemas ambientais causados pela mineração, apontados nesta pesquisa. (Brasil 1997)

Conclusão

O avanço técnico científico associado a um padrão de sociedade induz refletir sobre novos padrões e significados na noção escala-espaço-tempo. A contribuição, desse trabalho, com base nos resultados, é mostrar a necessidade de pensar e de agir na busca de novas respostas procedentes de problemas complexos da realidade. A população necessita conhecer os problemas locais e ser conscientizada sobre a real importância da problemática, independentemente das vantagens financeiras que a destruição ambiental possa trazer para a localidade.

A Educação Ambiental pode ser considerada como princípio gerador e unificador de condutas podendo gerar a reflexão epistemológica que permite incorporar o saber prático às estratégias criadas: a ideia da racionalidade ambiental sustentada que envolve princípios e conceitos ancorados em um novo paradigma emergente fundado no pensamento sistêmico que incorpora valores do meio ambiente. A base é a percepção ambiental de forma direta, multissensorial e seletiva. Há um processamento cognitivo com formação de imagens, ações, valores, preferências e significados. Tais assimilações cognitivas consistem na incorporação pelo indivíduo de elementos do mundo exterior que se acomodam às estruturas de conhecimento já existentes, alternando seus esquemas sensoriais, motores e/ou conceituais.

A percepção se manifesta pelos sentidos e as relações são estabelecidas diretamente com o lugar. Há uma íntima conexão entre o perceptivo e o cognitivo. O espaço não é apenas território, implica qualidades de profundidade, solidez, plasticidade que são respostas reais, intuitivas e simbólicas e a realidade em termos locais evidencia as condições de sustentabilidade dos recursos e das identidades dos lugares.

Os enfoques cognitivos destacam a importância dos âmbitos de conhecimentos concretos sobre os quais se centram a aprendizagem. Os processos de ensino-aprendizagem podem ser compreendidos como essenciais para leituras do mundo. Há uma dimensão formadora do humano a ser apreendido pelo sentimento. Para isso a emergência de novas formas de percepção da realidade favorece o surgimento de atitudes e comportamentos sintonizados com valores universais de humanidade: equidade, não violência e cooperação.

A alta produtividade, os avanços tecnológicos e o desenvolvimento econômico podem e devem buscar a sustentabilidade ambiental que envolve, princípios e conceitos que incorporam valores da natureza e busca fortalecer uma ética que estimula as sensibilidades ecológicas e os valores emancipatórios contribuindo para a qualidade de valorização da vida. Esperamos que essas reflexões possam contribuir positivamente para a compreensão e interesse pela sustentabilidade ambiental, principalmente no momento atual em que tragédias ambientais expuseram o desconhecimento das populações, sujeitas aos riscos ligados à mineração.

Referências

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Ilustrações: Silvana Santos