Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/06/2019 (Nº 68) QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM ALTAMIRA- PA
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QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM ALTAMIRA- PA



Gileno Edu Lameira de Melo1; Ranieli Melo da Silva2; Elisângela Freitas da Silva3; Marta Reis Paiva Reginatto4; Maslova Carneiro Velasco5; Marcelo Coelho Simões6; Cléa Nazaré Carneiro Bichara7



1Universidade do Estado do Pará, Altamira, Pará, Brasil. E-mail: gilenouepa@yahoo.com.br

2Licenciatura em Educação Física pela Universidade do Estado do Pará. E-mail: ranielimelo@gmail.com

3Licenciatura em Educação Física pela Universidade do Estado do Pará. E-mail: elisangelafah@outlook.com

4Serviço de assistência Especializada-SAE, DST/HIV-Aids. E-mail: martareis_reginatto@hotmail.com

5Bacharel em Farmácia. Instituto Evandro Chagas. E-mail: mc-velasco@uol.com.br

6Biólogo. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará. E-mail: marcelo.uepa14@gmail.com

7Doutora em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários. Programa de pós-graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA. E-mail: cleabichara@ig.com.br

RESUMO: Os efeitos orgânicos e metabólicos ocasionados pelo vírus HIV, a doença e a terapêutica especifica influenciam na qualidade de vida. Com base nisso, o presente estudo objetivou descrever a qualidade de vida e nível de atividade fisica de pessoas vivendo com HIV/aids em Altamira-PA. Trata-se de um estudo descritivo envolvendo 48 pessoas vivendo com HIV/aids, com coleta de dados sociodemográficos e clínicos, e mensuraram-se o nível de atividade física, através do IPAQ versão curta e a qualidade de vida por intermédio do WHOQOL HIV – Bref e ainda a definição do Indice de Massa Corporéa (IMC) e Relação Cintura-Quadril (RCQ). Como resultados a população foi composta de 29 mulheres e 19 homens. Quanto ao nível de atividade física registrou-se que mais de 60% da amostra são sedentárias. Na distribuição das pessoas vivendo com HIV/aids houve diferença significativa (P=0,0013) na proporção do risco cardiovascular segundo o RCQ. Na avaliação da qualidade de vida observou-se média significativamente menor (P=0,011) no domínio psicológico do grupo com T CD4+ (< 200). Conclui-se que as mulheres estão em maior numero nas categorias de sobrepeso e obeso e sugere maior risco de doenças cardiovasculares segundo o RCQ do que os homens. A amostra teve 60% classificados como sedentários e com qualidade de vida intermediária.



Palavras-chave: HIV/aids. Qualidade de vida. Nível de atividade física.



QUALITY OF LIFE AND LEVEL OF PHYSICAL ACTIVITY OF PEOPLE LIVING WITH HIV/AIDS IN ALTAMIRA – PA



Abstract: The effects of organic and metabolic caused by the HIV virus, the disease and the therapy specifies influence on the quality of life. Based on this, the present study aimed to describe the quality of life and level of physical activity of people living with HIV/aids in Altamira-PA. This is a descriptive study involving 48 people living with HIV/aids, with the collection of sociodemographic data and clinical trials, and measured the level of physical activity by the IPAQ short version and the quality of life through the WHOQOL HIV – Bref and even the definition of Mass Index Corporéa (BMI) and Waist-Hip ratio (WHR). As a results the population was composed of 29 women and 19 men. As to the level of physical activity showed that more than 60% of the sample are sedentary. In the distribution of people living with HIV/aids there was a significant difference (P=0,0013) in the proportion of cardiovascular risk according to WHR. In the assessment of quality of life were observed average significantly lower (P=0.011) in the psychological domain in the group with CD4+ T (< 200). It is concluded that women are in greater number in the categories of overweight and obese and suggests a higher risk of cardiovascular disease according to the RCQ than men. The sample was 60% classified as sedentary, and quality of life intermediate.



Keywords: HIV/aids. The quality of life. The level of physical activity.



Introdução



Segundo a Joint United Nations Programe on HIV/aids – UNAIDS (2010), aproximadamente 33 milhões de pessoas vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em todo o mundo. No Brasil, mais de 600.000 pessoas estão infectadas pelo vírus HIV, ou já com quadro definido da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), e há registros de 4,5 mil mortes por ano, que crescem proporcionalmente à pandemia (BRASIL, 2015).

Não há cura para a doença, porém, para o combate ao vírus HIV, desde 1996, o Ministério da Saúde disponibiliza a utilização da terapia antirretroviral (TARV) que deu um salto de qualidade com a inclusão dos inibidores da protease, iniciando o advento da terapia antirretroviral de alta atividade. Tal conquista permitiu a redução da morbidade, da mortalidade e de infecções oportunistas em cerca de dois terços dos pacientes (PALERMO, 2003). No entanto, como uns dos efeitos colaterais da utilização da TARV, surgiu a Síndrome lipodistrófica do HIV (SLHIV), que é a distribuição anormal da gordura corporal (EIDAM, 2005).

A Síndrome lipodistrófica é uma doença progressiva, cuja prevalência estimada é de 30 e 50% entre os pacientes que fazem uso da TARV, provocando alterações corporais e o funcionamento do sistema músculo-esquelético, que acarreta dores musculares, cervicalgias, lombalgias, alterações metabólicas, alterações glicêmicas e aumento do risco de doença cardiovascular. Todo este conjunto de mudanças corporais pode levar a distúrbios emocionais e psiquiátricos, que afetam a autoestima, aumento de problemas familiares e exclusão social, comprometendo a qualidade de vida dessas pessoas (SEIDL, 2008; OMS, 2015).

Diante disso, no intuito de verificar como vivem e quais as alterações metabólicas e físicas decorrentes do HIV/aids é que se pretende averiguar qual a qualidade de vida e nível de atividade física das pessoas que vivem com HIV/aids que frequentam o Serviço de Assistência Especializada (SAE) do município de Altamira-PA.

É um estudo relevante na perspectiva de se acompanhar as possíveis repercussões físicas e sociais deste agravo, ao se obter estes dados, além do estilo de vida e aceitação social. Assim, será possível identificar indicadores e parâmetros que possam subsidiar ações e políticas públicas a serem direcionadas aos órgãos competentes de modo a colaborar com a implementação de medidas preventivas e de controle relacionadas aos efeitos deletérios da infecção pelo HIV/aids.

Este estudo teve como objetivo descrever o perfil antropométrico da qualidade de vida e nível de atividade física de pessoas vivendo com HIV/aids em Altamira-PA.



Metodologia



Estudo descritivo de delineamento transversal. O estudo foi realizado com 48 pessoas vivendo com HIV/aids sob uso de TARV ou não, que frequentam o SAE em Altamira-PA, sendo 29 do sexo feminino e 19 do sexo masculino nas faixas etárias de 22 a 63 anos, residentes em toda a região da Transamazônica e Xingu. Tendo como critérios de inclusão: pessoas com diagnóstico de infecção pelo vírus HIV, segundo normas do Ministério da Saúde do Brasil, independente do tempo de diagnóstico, com ou sem evolução para Aids; pessoas de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 20 anos e que façam acompanhamento no SAE do município de Altamira-PA-Brasil; Já os critérios de exclusão foram: estar hospitalizado; estar em fase avançada da aids; grávidas;

Após a adesão e assinatura do TCLE, executaram-se as seguintes etapas:

Foram obtidos os seguintes dados a partir do estudo dos prontuários clínicos: informações sociodemográficas (sexo, faixa etária, contagem de linfócitos T CD4+, carga viral, e informações sobre a TARV).

Para avaliação da qualidade de vida (QV) foi aplicado o questionário auto-administrado World Health Organization Quality Of Life - HIV - WHOQOL-HIV Bref, que é uma versão validada e está composto por cinco questões extras, específicas para pessoas que vivem com HIV/aids, além daquelas 26 que compõem o WHOQOL-Bref. Divide-se em seis domínios: físico, psicológico, nível de dependência, relação social, meio ambiente e espiritualidade/ religião e crenças pessoais, distribuídos em 31 questões. Há também uma faceta geral (“G” faceta) que pergunta sobre a QV geral e saúde7.

As questões são individualmente pontuadas em uma escala tipo likert de 5 pontos, em que 1 indica percepções baixas e negativas e 5 percepções altas e positivas.

Os escores dos domínios e das facetas estão dispostos em um sentido positivo, na qual as pontuações mais altas denotam melhor qualidade de vida. Todavia, algumas facetas (dor e desconforto, sentimentos negativos, dependência da medicação, morte e morrer) não estão formuladas em uma direção positiva, desta forma para estas facetas pontuações mais altas não denotam melhor QV. Assim, os itens são revertidos na direção dos demais itens, possibilitando que em todos os domínios do WHOQOL–HIV Bref, maiores valores indicam melhor QV. Para melhores interpretações de resultados, os escores foram transformados em índices com ponderação de 4 a 20, em que 4 corresponde ao menor e 20 ao maior valor encontrado. Escore de QV entre 4 – 9,9 foram tomados como notas baixas, 10 – 14,9 como escores intermediários e 15 – 20 como alta pontuação (ZIMPEL e FLECK, 2007).

Já para a verificação do nível de atividade física que as pessoas vivendo com o vírus HIV/aids (PVHA) realiza no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa foi preenchido pelo próprio participante o Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ – VERSÃO CURTA proposto pela OMS (WHO, 2012), e que serve como um instrumento mundial para determinar o nível de atividade física em nível populacional. Essa versão é composta por oito questões abertas e suas informações permitem estimar o tempo despêndido por semana em diferentes dimensões de atividade física (caminhadas e esforços físicos de intensidades moderada e vigorosa) e de inatividade física (posição sentada) (PAHO, 2017). E permite classificá-lo em:

1. INATIVO: aquele que não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana.

2. IRREGULARMENTE ATIVO: aquele que realiza atividade física, porém, de forma insuficiente para ser classificado como ativo, pois não cumpre as recomendações quanto à frequência ou duração. Para realizar essa classificação soma-se a frequência e a duração dos diferentes tipos de atividades (caminhada + moderada + vigorosa).

3. ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de:

  1. VIGOROSA: ³ 3 dias/sem e ³ 20 minutos por sessão; ou

  2. MODERADA ou CAMINHADA: ³ 5 dias/sem e ³ 30 minutos por sessão; ou

Qualquer atividade somada: ³ 5 dias/sem e ³ 150 minutos/sem (caminhada + moderada + vigorosa).

4. MUITO ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de:

  1. VIGOROSA: ³ 5 dias/sem e ³ 30 minutos por sessão ou

  2. VIGOROSA: ³ 3 dias/sem e ³ 20 minutos por sessão + MODERADA ou CAMINHADA: ³ 5 dias/sem e ³ 30 minutos por sessão.

O Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul – CELAFISCS – Sugere uma forma de classificação adicional reduzindo para dois grupos. Aqueles que alcançam e não alcançam a recomendação, muito utilizada em estudos de Cálculo de Risco e que foi seguido nesta pesquisa, ficando, portanto, classificados em dois grupos:

Os grupos com a classificação Inativo e Irregularmente Ativo denominam-se SEDENTÁRIO ou Insuficientemente ativo.

Os grupos classificados como Ativo e Muito Ativo recebem o conceito de SUFICIENTEMENTE ATIVOS, aqueles que alcançam a recomendação de ≥ 150 minutos e ≥ 5 dias na semana.

Para determinar os índices antropométricos utilizou-se o formulário de dados antropométricos e utilizando as medidas das diferentes partes da arquitetura corporal que incluem:

  1. Estatura e peso corporal - coletados através de balança mecânica com estadiômetro Filizolla® para aferir o peso e altura dos indivíduos, em que para a medida de peso (kg), a balança estava regulada a 0,1 kg e para medida da estatura (m), o estadiômetro estava regulado a 0,1 cm. O individuo no centro da plataforma, em posição ereta com os pés unidos foi pesado com o mínimo de roupa possível e descalço, respeitando o plano horizontal de Frankfurt.

  2. Equação do Índice de Massa Corpórea – IMC: É usado para avaliar o peso em relação à altura e foi calculado dividindo o peso corporal pela estatura em metros elevada ao quadrado (peso/estatura m2) e utilizado a classificação internacional de baixo peso adulto, sobrepeso e obesidade segundo o IMC.

(3) Circunferências corporais: A aferição das circunferências corporais foram realizadas com fita mé­trica flexível de precisão de 0,1 mm. As medidas foram coletadas com o avaliado em pé, estando a fita em ângulo reto em relação ao eixo do corpo. As regiões mensuradas foram: cintura e quadril. Todas as medidas foram feitas em triplicata e considerou-o valor médio das três.

(4) A relação Cintura/quadril (RCQ): foi obtida através da divisão do perímetro da Cintura (PC) pela do quadril (PQ). Foram classificados observando a faixa etária e o gênero proposto por Bray e Gra y (GALATO, 2009).

Os resultados obtidos foram organizados em planilhas do Microsoft Excel® 2007 e analisados nos programas SPSS Statistics 17.0. Realizou-se análise descritiva dos dados, apresentando-se a frequência absoluta, frequência relativa, medidas de tendência central (média aritmética, mediana, mínimo e máximo) e de dispersão (desvio-padrão).

Realizou-se análise estatística inferencial através dos testes não paramétricos para duas amostras independentes: Teste G com correção de Williams, Qui-quadrado corrigido de Yates e exato de Fisher, de acordo com as características das variáveis e dos testes.

Para as variáveis quantitativas com distribuição normal utilizaram-se o teste ANOVA (para três ou mais amostras independentes). Fixou-se como nível alfa de significância valores iguais ou menores a 0,05 (5%) para rejeição da hipótese de nulidade.

Todos os sujeitos deste estudo foram abordados segundo os preceitos das normas de pesquisas envolvendo seres humanos (Res. CNS 196/96), sendo o projeto previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Núcleo de Medicina Tropical – NMT/UFPA, com o parecer 45.692 de 27/06/2012. Assinaram o Termo de consetimento livre e esclarecido – TCLE do qual lhes davam a garantia de privacidade e retirada da pesquisa a qualquer momento.



Resultados



Na tabela 01 mostra a correlação do grupo das PVHA entre o IMC, RCQ e Nível de Atividade física com o sexo e mostrou que: segundo o RCQ houve diferença significativa na proporção do risco cardiovascular, sendo encontrados maiores percentuais nas faixas alto e muito alto no sexo feminido. No nível de atividade física observou-se mais homens como sendo sedentários que as mulheres. Não foi observada diferença nas proporções da amostra estratificada segundo o sexo. Entretanto, verificou-se que as mulheres apresentam-se maior percentual na faixa de sobrepeso.

Tabela 1 – Distribuição das PVHA atendidas no SAE de Altamira-PA-Brasil, por sexo, de acordo com o IMC, RCQ e Nível de Atividade Física.

Variáveis

Sexo


Masculino

n (%)

Feminino

n (%)

P

Índice de Massa Corporal



0,2510**

Magreza/Eutrofia

15 (79,0)

17 (58,6)


Sobrepeso/Obesidade

4 (21,0)

12 (41,4)


Total

19 (100,0)

29 (100,0)






Razão Cintura/Quadril



0,0013*

Baixa

3 (15,8)

-


Moderada

10 (52,6)

5 (17,2)


Alta

5 (26,3)

13 (44,8)


Muito Alta

1 (5,3)

11 (37,9)


Total

19 (100,0)

29 (100,0)






Nível de Atividade Física – IPAQ



0,8875**

Sedentário

13 (68,4)

18 (62,1)


Ativo

6 (31,6)

11 (37,9)


Total

19 (100,0)

29 (100,0)


Nota: *Teste G com correção de Williams; **Teste do Qui-quadrado.

PVHA - Pessoas vivendo com HIV/aids; SAE- Serviço de Assistência Especializada

IMC - Índice de Massa Corporea; RCQ - Relação Cintura-Quadril.

A correlação entre os sexos observou-se que as mulheres são as que apresentam maior numero sob uso da TARV. Entretanto, não houve diferença significativa na proporção de uso de TARV, faixa de linfócitos T CD4+ e carga viral na amostra estratificada segundo o sexo, conforme tabela 02.

Tabela 2 – Distribuição das PVHA atendidas no SAE de Altamira-PA-Brasil, segundo o uso de TARV, contagem de Linfócitos TCD4+ e Carga Viral, de acordo com o sexo.

Variáveis

Sexo


Masculino

n (%)

Feminino

n (%)

P

Uso de TARV



1,00#

Sim

14 (73,7)

22 (75,9)


Não

5 (26,3)

7 (24,1)


Total

19 (100,0)

29 (100,0)






Linfócitos T CD4+



0,8003*

<200

2 (12,5)

4 (14,8)


201 a 500

10 (62,5)

14 (51,9)


>500

4 (25,0)

9 (33,3)


Total

16 (100,0)

27 (100,0)






Carga viral



0,1012#

Detectável

13 (81,3)

14 (51,9)


Indetectável

3 (18,7)

13 (48,1)


Total

16 (100,0)

27 (100,0)


Nota: *Teste G com correção de Williams; #Teste Exato de Fisher.

PVHA - Pessoas vivendo com HIV/aids; SAE- Serviço de Assistência Especializada

TARV – Terapia Antirretroviral

Na avaliação da Qualidade de Vida dos participantes através do WHOQOL - HIV – Bref identificou-se através dos escores utilizados que os resultados mais positivos foram os obtidos com as características de Espiritualidade/religião/crenças pessoais. O menor score observado foi o do quesito meio ambiente. Quando esta análise foi estratificada por sexo não foi observada diferença significativa nas médias dos domínios e do escore geral do WHOQOL HIV – Bref, demonstrado na tabela 03.

Tabela 3 – Características do perfil da Qualidade de Vida através do WHOQOL HIV - Bref das PVHA atendidas no SAE de Altamira-PA-Brasil.

WHOQOL HIV - Bref

Média

Mediana

Mínimo

Máximo

Desvio-padrão

Físico

13,57

14,0

5

20

3,95

Psicológico

12,85

12,8

5

17

2,65

Nível de independência

13,42

14,0

5

18

2,90

Relações sociais

14,39

15,0

8

20

3,24

Meio ambiente

12,45

12,0

7,5

17

2,36

Espiritualidade

14,99

16,0

8

20

3,49

Auto-avaliação da qualidade de vida

13,67

14,0

8

18

2,38

Geral WHOQOL

13,63

13,94

8

17

2,16

PVHA - Pessoas vivendo com HIV/aids SAE- Serviço de Atendimento Especializado.

Na tabela 04 foi possivel identificar que as PVHA com menores taxas de linfocitos T CD4+ apresentaram pior avaliação em todos os domínios. Observou-se média significativamente menor no domínio psicológico do grupo com linfócitos T CD4+ ≤200, em comparação aos demais. Não houve diferença significativa nas médias dos demais domínios e do escore geral do WHOQOL HIV - Bref em relação aos estratos de linfócitos T CD4+.

Tabela 4 – Distribuição dos escores dos dominios do WHOQOL HIV – Bref segundo a contagem de T CD4+ de PVHA atendidas no SAE de Altamira–PA-Brasil.

WHOQOL HIV - Bref

CD4 +

P¥

200

201-500

>500

Físico

10,17±3,87

14,54±3,40

13,38±4,68

0,112

Psicológico

11,07±2,74

12,98±2,12

12,35±2,97

0,011

Nível de independência

10,67±3,08

14,00±2,95

13,23±2,65

0,067

Relações sociais

13,00±3,41

14,15±3,17

14,46±2,99

0,216

Meio ambiente

11,25±3,14

12,60±2,16

12,88±2,65

0,545

Espiritualidade

13,83±4,96

14,60±3,11

15,08±3,62

0,197

Auto-avaliação da qualidade de vida

13/,33±2,73

14,00±2,36

13,23±2,65

0,805

Geral WHOQOL

11,70±2,20

13,90±1,99

13,65±2,39

0,095

Nota: ¥Teste ANOVA.

PVHA - Pessoas vivendo com HIV/aids; SAE- Serviço de Assistência Especializada



Discussão



Os dados aqui apresentados refletem a realidade de um importante momento que perpassa o Brasil, do confronto da miséria e da probreza, do agravamento das condições de saúde, com a busca dos avanços econômicos e tecnológicos. O fenômeno socioeconômico com todo seu alcance demográfico está na região da Transamazônica e Xingu, no maior município do país, no seio do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. Desse modo, oportunamente serão apresentados pela primeira vez os dados de um estudo com PVHA, sobretudo da perspectiva da qualidade de vida, através de informações a partir da estrutura de um SAE.

Do mesmo modo que Galato et al. (2009) e seguindo a tendência epidemiológica da doença no mundo quanto a heterossexualização da epidemia, os resultados obtidos neste estudo também confirmam as mulheres como as que mais estão sendo proprocionalmente infectadas, aqui na razão 1,5 em relação aos homens. Atribui-se tal fenômeno ao aumento da transmissão heterossexual do HIV que é evidenciando pelo maior contágio no sentido homem-mulher e a diminuição progressiva da razão entre os sexos, corroborando também com as publicações de Brito, Castilho e Szwarcwald (2000); Silva, Saldanha e Azevedo (2010).

Quanto aos parâmetros antropométricos do grupo estudado verifica-se que o sobrepeso é o principal desvio do estado nutricional nesta população, o que foi observado, sobretudo entre as mulheres que apresentaram maiores índices na faixa de pré-obeso e obeso classe I do que os homens o que vem refletir que estas estão mais propicias ao aumento do risco de morbidade que está associado com o excesso de peso corporal ou IMC extremo, alto ou baixo (SEGATTO, 2010).

Lake (2017) ao investigar a influência da dieta e exercício físico na qualidade de vida de pessoas obesas vivendo com HIV constataram que a participação em um programa de treinamento e controle dietético, por 12 semanas, reduziu significativamente a adiposidade subcutânea e visceral das mesmas, sinalizando que o exercício físico combinado com uma dieta equilibrada pode trazer bons resultados, sendo, portanto, uma indicação sugestiva para a amostra deste estudo.

A caracterização do risco cardiovascular foi obtida segundo avaliação da relação cintura/quadril - RCQ e tem sido utilizada em diversos estudos. Nossos achados destacam que na correlação entre o sexo e a RCQ houve diferença significativa (P=0013) mulher-homem na proporção de risco cardiovascular.

A avaliação do risco cardiovascular pela RCQ das mulheres deste estudo estava acima dos valores limítrofes e apresentaram risco que variou de alto a muito alto (82,7%), sendo maiores que os dos homens e pode evidenciar as alterações de gordura corpórea e risco de doenças associadas à obesidade abdominal. Pois, segundo Guimarães et al. (2007) a distribuição da gordura corporal, principalmente com o acúmulo de tecido gorduroso intra-abdominal, está associada com desordens neuroendócrinas, entre elas a resistência insulínica e síndrome metabólica, que pode ocasionar um grande aumento da morbidade e da mortalidade cardiovascular.

Na contextualização de que os dados observados são compatíveis com a população normal e podem não estar diretamente relacionados em ser uma PVHA ou não, que faz uso de TARV ou não, Hernandez et al. (2017) mostra que o acúmulo de gordura é frequentemente maior entre as mulheres, cuja a tendência é de padrão de corpo andróide (aumento da gordura no tronco).

Para Segatto (2010) isto se configura como fator adicional de risco à saúde da mulher que vive com HIV, que somado com outros processos de envelhecimento como as modificações hormonais advindas da menopausa e ao estilo de vida compromete ainda mais a sua qualidade.

Os resultados do IPAQ indicaram que mais de 60% da amostra foi classificada como sedentária, o que demonstra que os participantes não tem um nível de atividade física satisfatório, fator relacionado ao estilo de vida agravante a várias doenças cardiovasculares. Resultado semelhante foi encontrado no estudo realizado por Guariglia et al. (2007), no qual 62% da amostra foi também classificada como sedentária.

Como recomendações para a população geral e especificamente para as PVHA sob uso da TARV, realizar atividade física trás mais saúde e menos adoecimento por doenças cardiovasculares. Segatto (2010) observou que PVHA fisicamente ativos apresentam 79% menos chance de apresentar lipodistrofia que os sedentários. Buchcz et al. (2013) apontam os benefícios da prática da atividade física nas ações cotidianas, no intuito de prevenir a deposição de gordura abdominal em PVHA, o que infelizmente não foi observado nesta pesquisa.

Com o advento da TARV e o seu impacto sobre o metabolismo de lipídios e glicídios, muitos estudos apontam correlação entre a infecção pelo HIV e doença cardiovascular, e esta, com a utilização dos antirretrovirais e fatores de risco24. Neste estudo, detectou-se que mais de 70% das PVHA estão sob TARV e sob riscos de apresentarem doenças cardiovasculares, dislipidemias e síndrome lipodistrofica em consequência da medicação e sedentarismo.

A monitorização dos linfócitos T CD4+ vem sendo utilizada como um parâmetro laboratorial para avaliar a progressão da infecção pelo HIV e ainda como um indicador de risco para doenças oportunistas desde os primeiros anos da epidemia. Também, vem sendo utilizada, tanto na possível indicação como na avaliação da necessidade de modificação dos esquemas da TARV (FERREIRA, 2012).

Neste estudo, menos de 15% dos pacientes apresentavam-se com comprometimento de sua imunidade celular representada pela contagem de Linfócitos T CD4+ < 200 cel/mm3, mais da metade tinha entre 201-500 cel/mm3 e cerca de 25% estava com Linfócitos T CD4+ acima de 500 cel/mm3. Possivelmente, isto é um reflexo do uso da TARV, condição de mais de 70% destes pacientes o que faz com que estejam respondendo bem ao tratamento, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012).

A carga viral é outro importante indicador clinico do qual reflete a dinâmica deste vírus nas pessoas infectadas, mostrando e quantificando as partículas que estão em produção e lançadas na circulação sanguínea. Níveis significativamente elevados de replicação do vírus e o aumento da carga viral estão associados à deteriorização acelerada do sistema imunológico (GASPAR, 2011).

Neste estudo, foram encontrados 27 (56,3%) participantes com carga viral detectável, refletindo talvez, pacientes com pouco tempo de tratamento, em troca de esquema terapêutico, ou até mesmo falha terapêutica, o que é possível e vem sendo monitorado em todos os serviços, e está em consonância com a literatura.

Outro fator importante foram os resultados encontrados quanto a Qualidade de vida (QV). Colaborando com a discussão encontra-se a definição de QV pela OMS que é abrangente e multidimensional envolvendo vários domínios (físico, psicológico, social, ambiental e espiritual) e diz que é a “percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

Assim, quanto a QV detectou-se que os seis domínios tiveram escores médios variando de 12,45 a 14,99 sendo classificados como intermediários, como sugerido por Santos et al. (2007) que considerou escore entre quatro e dez como posição inferior, entre dez e 14,9 como intermediária e entre 15 e 20 como posição superior.

Foram encontrados resultados semelhantes nos estudos Ferreira, Oliveira e Paniago (2012) no qual a maioria das 205 pessoas vivendo com HIV/aids apresentou qualidade de vida intermediaria nos domínios físico, nível de independência, relações sociais, meio ambiente e espiritualidade, religiosidade e crenças, e somente no domínio psicológico a maioria foi classificada com qualidade de vida superior. A avaliação do domínio espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais foi o que demonstrou o maior escore. Esse domínio refere-se às facetas de espiritualidade, religiosidade, crenças pessoais, perdão e culpa, preocupações sobre o futuro, morte e morrer, muito natural pelo estado em que se encontram, pois buscam na influência religiosa um tratamento auxiliar na cura e no tratamento de suas enfermidades.

Para Seidl (2008), espiritualidade possui relação estreita com a melhora da QV de PVHA com doenças crônicas. Aponta que a religiosidade e espiritualidade em PVHA podem auxiliar no ajustamento psicológico e no enfrentamento da doença.

Estudo de Reis (2008) analisando 228 portadores de HIV apresentou resultados semelhantes, demonstrando que o enfrentamento da infecção pelo HIV/aids através da espiritualidade pode ser um grande auxílio para a adaptação à sua nova realidade, suportando as privações e angústias impostas pela infecção e pelo vírus HIV.

O domínio meio ambiente obteve o menor escore, resultado semelhante foi encontrado em estudos de Erlandson (2015). Esse domínio refere-se às facetas segurança, moradia, finanças, cuidados com a saúde, informação, lazer, transporte e ambiente. É notória a insatisfação dos participantes da pesquisa com a situação financeira e com o acesso aos serviços de saúde, tendo ainda, poucas oportunidades de lazer, de informação e a precariedade dos meios de transporte.

Observou-se média significativamente menor (P = 0,011) no domínio psicológico do grupo com T CD4+ < 200 cel/mm3 em comparação aos demais domínios do WHOQOL HIV-Bref. Resultado semelhante foi encontrado nos estudos de Chandra et al. (2006) que avaliaram 82 portadores de HIV assintomáticos e a QV é menos sensível às alterações imunológicas nesses pacientes do que em indivíduos sintomáticos.

Nos estudos de Achhra et al. (2016) encontraram associação com o T CD4+ com os domínios físico e psicológico, possivelmente pelo aumento da morbidade do quadro, a atitude negativa frente à vida e o enfrentamento do pré-conceito imposto pela família e pela sociedade. É preciso enfatizar a melhora da contagem de linfócitos T CD4+, pois essa elevação mesmo que discreta pode se reverter em melhoria e benefícios em vários domínios da QV.

Diante do cenário estudado comum ao grupo de 48 PVHA do interior da Amazônia brasileira, em que os contrastes sociais de toda ordem se estreitam e os desafios são muitos, foi possível realizar uma pesquisa no contexto da qualidade de vida destas pessoas, observando-se que é possível com medidas simples, da ordem do dia, interferir no controle dos agravos referentes ao HIV/aids e as demandas outras na vida de cada um.



Conclusão



Conclui-se que aumentou o numero de mulheres infectadas e que apresentam o maior índice classificadas nos parâmetros pré-obeso e obeso classe I do IMC e sugere que estão em maior risco de doenças cardiovasculares e de doenças associadas à obesidade abdominal segundo o RCQ do que os homens. Não foram encontradas diferenças significativas entre o sexo, faixa etária, escolaridade, estado civil, IMC e nível de atividade física.

Com relação ao IPAQ mais de 60% dos participantes estão classificados como sedentários ou inativos e com maior chance de sofrer com os efeitos da lipodistrofia, problemas metabólicos e alterações corporais pela ausência da atividade física e do exercício físico.

Quanto à qualidade de vida, os resultados com escore mais positivos foi o domínio de espiritualidade/religião/crenças pessoais e o de menor escore apresentado foi o domínio meio ambiente. As PVHA desta pesquisa apresentaram QV intermediária.

No WHOQOL HIV – Bref com TCD4+ houve médias significativamente menor no domínio psicológico do grupo com T CD4+ menor 200 em comparação aos demais. Houve tendência à diferença nos mesmos grupos em relação ao domínio nível de independência.

Há necessidade de estudos adicionais com ampliação amostral para melhor avaliação do nível de atividade física, qualidade de vida de PVHA, possibilitando propostas de intervenções específicas para pacientes que vivem com HIV/aids.



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Ilustrações: Silvana Santos