Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/06/2019 (Nº 68) A EDUCACAO INFORMAL E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE E O DESENVOLVIMENTO LOCAL
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A EDUCAÇÃO INFORMAL E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE E O DESENVOLVIMENTO LOCAL



Matilde Meire Miranda Cadete ¹, Mirla Carolina Braga do Carmo ², Priscilla Tatiane Oliveira Vale de Souza ³,



¹ Doutora em Enfermagem pela EEUSP São Paulo, Enfermeira, professora e orientadora do Programa de Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, pelo Centro Universitário Una.

E-mail: matilde@nescon.medicina.ufmg.br

² Mestranda em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, pelo Centro Universitário Una. Pesquisadora, Publicitária. E-mail: mirlacaroltrabalho@gmail.com.

³ Mestranda em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, pelo Centro Universitário Una. Pesquisadora, Psicóloga. E-mail: priscillatsouza20@gmail.com



RESUMO

Este estudo buscou analisar a concepção de educação informal e sua contribuição para a sustentabilidade e o desenvolvimento local a partir de revisão da literatura Trata-se de estudo descritivo com base na metodologia de revisão sistemática. A coleta dos dados ocorreu entre os meses de outubro e novembro de 2018, nas bases de dados da SciELO e Google acadêmico, com os descritores: educação informal e sustentabilidade, educação e sustentabilidade e educação não formal e sustentabilidade. Após identificação, seleção e leitura dos títulos e resumos de cada artigo encontrado, nossa amostra foi composta de 12 artigos. Os estudos revelaram resultados efetivos da educação ambiental com reflexos na escola, na família e na comunidade e que esta deve se pautar na ética. Retratam a educação informal atrelada à sustentabilidade e ao desenvolvimento local e que novas pesquisas devem ser feitas à medida que se trata de uma temática que diz respeito a todos os locais de coexistência humana.

Palavras-chave: Educação. Sustentabilidade. Ambiente. Desenvolvimento local

ABSTRACT

This study sought to analyze the concepts of informal education based on literature review and its contribution to sustainability and local development. It is a descriptive study whose methodology was the systematic review. Data collection took place between October and November 2018, in the databases of SciELO and Google Scholar with the descriptors: informal education and sustainability. 6 articles were selected. The studies found portray the informal education linked to sustainability and local development and that new research can be done as it is a theme that concerns all places of human coexistence.

Keywords: Education. Sustainability. Environment. Local Development



INTRODUÇÃO

Há algumas décadas a preocupação e a capacidade em manter-se bem de maneira biopsicossocial faz parte da pauta mundial. A sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável são vistos como caminhos eficazes de utilização dos recursos naturais. Esses recursos são devastados por problemas ambientais e afrontados pelas ações humanas, quer seja para aquisição econômica quer seja por falta de planejamento de preservação. Como impactar de forma positiva o meio ambiente? Como trabalhar sustentabilidade nos espaços onde transitamos? Como aprender esses caminhos? Ceccon (2012, p. 5) afirma que:

Os sistemas educacionais do mundo todo têm sido provocados a assumirem sua responsabilidade frente à necessidade de formação de cidadãos e cidadãs com uma nova postura em relação à sociedade e à natureza, com valores e atitudes diferentes daqueles que levaram o planeta à situação atual de grandes desigualdades sociais e intenso desequilíbrio ambiental.

Esse contexto leva à convocação de que é imperativo propor e materializar ações que engendrem nas pessoas a reflexão sobre a importância de conservação com o mundo ao redor. Esses dizeres são corroborados pelo Ministério do Meio Ambiente ao afirmar que neste século XXI há urgência de mudanças diárias “que resgatem o respeito pela vida, com justiça ambiental, equidade, diversidade, sustentabilidade e. beleza”. Trata-se de um desafio a ser perseguido e cumprido conforme intenção da Educação Ambiental ao “ressignificar o cuidado com a diversidade da vida como valor ético e político, fugindo da equação simplista ambiente = natureza” (BRASIL, 2007, p. 5).

Diante disso, a prática tem mostrado que, além da sala de aula, existem alguns protagonistas que têm contribuído para a formação da consciência ambiental em suas comunidades. A partir de suas experiências de pesquisas as autoras identificaram, em comunidades diferentes, algumas formas de ensino e aprendizagem sustentável a partir do exemplo de alguns moradores locais.

Na primeira comunidade, a educação informal em projetos de sustentabilidade apresenta-se com base no exemplo de uma artesã moradora do bairro Jardim Felicidade, região norte de Belo Horizonte-MG, que recolhe objetos descartados, reforma-os e transforma-os em um artefato utilizável e decorativo. Dessa maneira, pratica a educação informal com o exemplo, além de ensinar sobre essas práticas por meio de oficinas nas associações locais.

A segunda comunidade fica na Vila Vicentina, uma instituição de longa permanência para idosos situada na região metropolitana de Belo Horizonte-MG, que tem como objetivo acolher idosos em desamparo familiar. Estes tiveram em suas residências, a partir de um projeto em parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e o Grupo de Estudo e Pesquisa em Energia, instalações de sistemas de aquecimento solar, o que acarretou novas práticas cotidianas. Isso porque esse projeto gerou mudanças de atitudes nesses idosos, que multiplicaram as informações adquiridas nesse sistema tecnológico para os demais moradores e familiares, configurando, assim, uma prática de educação informal.

Nesse sentido, percebeu-se a importância da educação informal e sua contribuição para a sustentabilidade e o desenvolvimento local, o que impulsionou a um levantamento dos artigos que abordam a temática educação informal. Diante de algumas interpretações existentes, iremos nos limitar neste momento a uma conceituação da educação informal como o processo que se reproduz a partir de experiências anteriores e que são capazes de promover a sustentabilidade ou o desenvolvimento sustentável - o que consideramos uma tarefa maior, em que não cabe somente a educação escolar.

Ao longo da história foram estabelecidas instituições para cada temática de nossas vidas, ficando, nesse momento, predefinido que as escolas seriam as responsáveis pelo nosso aprendizado. É sabido, porém, que aqui no Brasil, particularmente, vivenciamos situações de dificuldades geográficas, sociais, culturais e econômicas impeditivas da presença regular de alguns alunos na escola com educação formal.

No artigo “Motivos da evasão escolar”, Neri et al. (2009, p. 7) ressaltam que “o abandono escolar e a pobreza são intimamente ligadas e que o trabalho infantil prejudica a obtenção de melhores níveis educacionais”. Além desse fator explicitado por esses autores, há diversos outros que levam o aluno à não assiduidade às aulas, comprometendo muitas vezes seu direito legitimo à educação.

Alguns pesquisadores, como Piaget, Vygotsky e Paulo Freire, concebem outras maneiras de aprender e ensinar. O exemplo de Paulo Freire nos faz perceber sua contribuição principalmente em pequenos povoados onde a educação formal não é suficiente para responder a todas as demandas sociais e econômicas. Isso justifica o interesse por estudos que busquem identificar essas formas que, embora não sejam legitimadas entre os padrões de ensino, contribuem igualmente para o desenvolvimento e aprendizado e, ainda, instigam nesses possíveis educandos o senso crítico e o reconhecimento de si e de seus direitos e deveres como cidadãos.

A educação informal pode ser concebida em qualquer lugar a partir das relações cotidianas. Surge da impossibilidade em não se delimitar o aprendizado e direcioná-lo como exclusividade para dentro das salas de aula, a partir de um novo olhar sobre a educação, onde se percebe a importância do aprendizado durante seu processo de socialização.

A educação informal, portanto, está associada aos valores morais e éticos da sociedade, além dos costumes culturais, religiosos e étnicos. Como afirma Bruno (2014, p. 5), é no convívio social que o indivíduo:

[...] desenvolve hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar segundo valores e crenças do grupo a que se pertence ou se frequenta. A educação informal é um processo permanente e não organizado: os conhecimentos não são sistematizados, são transmitidos a partir da prática e da experiência anteriores, e actua no campo das emoções e sentimentos.

Essa forma de aprendizado que acontece por meio das vivências individuais e coletivas dentro dos contextos sociais é tão importante para a formação de um ser humano quanto a educação formal ensinada nas escolas.

Na educação informal, não se faz necessário cumprir uma carga horária fixa ou ocupar um espaço em meio às cadeiras e quadro de um professor. Não apresenta rigor absoluto em uma metodologia sistemática a se seguir. Os conhecimentos são adquiridos oriundos da interação sociocultural. Nela, o aprender acontece de forma natural, sem que, na maioria das vezes, os próprios participantes tenham consciência.

Na educação formal o educador é o professor, o detentor do conhecimento; na educação informal os educadores são os pais, a família em geral, colegas de escola, igreja, os meios de comunicação de massa, etc. Gohn (2006a, p. 28) define a educação formal como:

Aquela que é desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante o seu processo de socialização – na família, bairro, clube, amigos, etc.- carregada de valores e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados; e a educação não formal é aquela que se apende no “mundo de vida”, via os processos de partilha de experiências, principalmente em espaços e acções colectivas quotidianas.

Para Vygotsky (1989, p. 94), filósofo que defendia que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das suas interações sociais; “existe uma relação clara entre o ensino informal e o ensino formal. O ensino informal tem características de origem espontânea, e o segundo, de conceitos científicos”. É importante considerar que o termo científico abrange toda forma sistemática como metodologia de ensino.

No artigo “Educação não formal na Pedagogia social”, Gohn (2006b, p. 7) busca definir conceitos básicos que diferem essas duas formas de ensino. E ressalta as finalidades de cada uma, demarcando de forma clara cada papel:

Na educação formal, entre outros objetivos destacam-se os relativos ao ensino e aprendizagem de conteúdos historicamente sistematizados, normalizados por leis, dentre os quais se destacam o de formar o indivíduo como um cidadão ativo, desenvolver habilidades e competências várias, desenvolver a criatividade, percepção, motricidade, etc. A educação informal socializa os indivíduos, desenvolve hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças de grupos que se frequenta ou que pertence por herança, desde o nascimento Trata-se do processo de socialização dos indivíduos (GOHN, 2006b, p. 7).

Contudo, existem também outras formas de apropriação do conhecimento, do educar, do aprender e do ensinar. Segundo Bianconi e Caruso (2005, p. 01):

[...] são classificadas na literatura como: educação formal, educação não formal e educação informal. A educação formal pode ser resumida como aquela que está presente no ensino escolar institucionalizado, cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturado, e a informal como aquela na qual qualquer pessoa adquire e acumula conhecimentos, através de experiência diária em casa, no trabalho e no lazer. A educação não formal, porém, define-se como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino.

Sem pormenorizar a educação formal, muito pelo contrário, enfatiza-se sua importância para o ensino e o desenvolvimento humano, porém, entendendo que o ideal é que tanto a educação formal quanto a educação informal podem e devem ser trabalhadas em conjunto. Este trabalho buscou direcionar os olhares para outras formas de ensinar e de aprender e evidenciar a importância, hoje pouco valorizada, da educação informal para a formação de indivíduos tomadores de decisões e cidadãos de senso crítico.

As autoras, observando a importância da educação informal nas comunidades onde pesquisam, se perguntam em que essas formas de aprendizado poderiam contribuir para a sustentabilidade e para o desenvolvimento local. Para tanto, buscaram-se pesquisas sobre essa relação e qual a sua atenção na academia.

A sustentabilidade aqui é entendida como a possibilidade de habitar, cuidar de si e do local onde se vive. Acredita-se que a educação, seja ela formal ou não formal, propulsiona o desenvolvimento e acelera todo tipo de avanço. O local em que se aprende sobre sustentabilidade pode variar.

Algumas pesquisas revelam que as práticas sustentáveis são adotadas, em sua maioria, pela população com alto nível de escolaridade (GUMUCIO; RAU, 2012) ou seja, a consciência sustentável pode ser construída a partir do contato com experiências edificantes. Gumucio e Rau 2012, p. 13) assinalam que “los estudiantes de carreras de elite muestran una mayor inclinación a estar totalmente de acuerdo con políticas de incentivo para que los empresarios inviertan en medidas de mitigación y adaptación al CC”, indicando que o aprender sobre a sustentabilidade sugestiona sua prática.

Além de se aprender sobre a sustentabilidade, existem formas didáticas de se aprender. As formas de se aprender e ensinar sobre a sustentabilidade variam em categorias e em esferas.

Van Bellen (2005) entendem que existem as categorias: ecológico, social, econômico e institucional; e as esferas: global, nacional, regional, organizacional e individual, que devem ser consideradas sustentáveis em um desenvolvimento.

Diante da necessidade de se aprender sobre a sustentabilidade e desenvolver formas de fazê-lo, em uma esfera global, diversos países se reúnem para chegarem a um ponto comum de que cabe ao poder local promover o desenvolvimento e a preservação. De acordo com Gomes (2014, p. 3):

A ideia de desenvolvimento sustentável, institucionalizada na Agenda 21, durante a [Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento] CNUMAD, em 1992, vem assegurar o discurso dominante, embora camuflado pela noção vaga de que é necessário preservar; de que o poder público e as comunidades locais, portanto, em âmbito municipal, devem criar formas de promover o desenvolvimento com base na capacidade de o meio ambiente se “regenerar”.

Entretanto, a sustentabilidade e o desenvolvimento são responsabilidade do global e do local, o que é percebido em Santos (2008).

No Brasil, a sustentabilidade ambiental está amparada na legislação brasileira. No artigo 225 da Constituição Federal de 1988 está previsto:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL,1988).

Anteriormente à Constituição Federal, nosso país já contava com a Lei no 6.938 de 31/08/1981, que regulamenta a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), uma estrutura estatal de gestão ambiental descentralizada, formada por órgãos e entidades com atribuições e objetivos definidos. É de competência da PNMA, segundo BRASIL (2012, s.p.):

[...] preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.

Há, por conseguinte, um olhar direcionado para a sustentabilidade, como uma responsabilidade de todos os envolvidos: governo, entidades civis e empresariais. A sustentabilidade é de interesse de quem mora, trabalha e produz. Os bens naturais são finitos e não pode haver futuro se não forem cuidados. De acordo com Silva e Quelhas (2006, p. 6):

A tendência mundial de valorização dos conceitos de desenvolvimento sustentável tem sido observada também nos mercados financeiros. A procura por investimentos socialmente responsáveis (SRI) por parte dos investidores tem determinado a criação de índices de ações, para identificar as empresas que incorporem esses conceitos em diversos países.

Quando se preservam os recursos naturais, garante-se o direito à vida e à qualidade de vida. Toda a população deve ser impelida e convocada para essa empreitada. No filme “O Lorax em busca da trúfula perdida” (2012) nota-se que a ambição pelo desenvolvimento não pode fazer sucumbir a ética pelo cuidado, pois os bens são limitados e de usufruto de todos, portanto, responsabilidade de todos. Essa noção leva ao desenvolvimento local sustentável.

Ao se expressar acerca de desenvolvimento local, é preciso entender que nem sempre este está somente ligado ao desenvolvimento nacional. Existem processos internos que aceleram avanços, independentemente de fatores externos, e se ligam aos moradores locais, sujeitos ativos e determinados na criação de estratégias para esse fim.

A respeito de desenvolvimento local, Santos (2012, p. 4) assinala:

As experiências de desenvolvimento local se deram de forma diferente nas diversas partes do mundo: América Latina, América do Norte, Reino Unido, etc. Cada um com sua trajetória histórica. Na teoria o desenvolvimento local é o desenvolvimento de um determinado território que estava à margem do processo e encontrou um mecanismo de mudanças e transformações positivas, proporcionando qualidade de vida para os cidadãos (trabalho, renda, saúde, educação). Daí se têm experiências diferenciadas em todo o mundo. Ou seja, não há uma origem única para o desenvolvimento local, nem um caminho único, os caminhos devem ser construídos.

Barros e Castro (2018) asseveram que “enquanto estratégia, o desenvolvimento local é compreendido como a utilização de recursos e competências locais disponíveis para enfrentar e superar os entraves”.

Essa busca por soluções de barreiras que impedem a qualidade de vida para uma comunidade vem se tornando cada vez mais crescente. E os protagonistas desses avanços geralmente são pessoas comuns, moradores antigos que lutam por melhores condições ou até mesmo aqueles que educam de forma perspicaz, intuitiva e que transformam o entorno pelo exemplo.

O desenvolvimento local vem se tornando temática de destaque nas pesquisas acadêmicas. Em 1990, depois de estudos de aprimoramento do entendimento desta temática, foi identificada a necessidade de pensar no desenvolvimento local como um desenvolvimento sustentável (ANDION, 2003).

Para Baroni (1992), o desenvolvimento sustentável solicita o crescimento renovável; a mudança na qualidade do crescimento; a satisfação das necessidades essenciais por comida, emprego, energia, água e saneamento básico; a garantia de um nível sustentável de população; a conservação e proteção das bases de recursos; a reorientação da tecnologia e gerenciamento do risco; e a reorientação das relações econômicas internacionais.

Sendo assim, diante de todas essas condições que norteiam a existência de um desenvolvimento sustentável, para Deluiz e Novicki (2018, p. 6) “torna-se imprescindível enfrentar o desafio de propor alternativas ao modelo de educação vigente no sentido da construção de uma proposta educacional crítica comprometida com um projeto de desenvolvimento justo, solidário e sustentável para o país”.

Há preocupação com o todo, com a natureza, com as formas inteligentes de descarte, com a inclusão, com a redução do consumo desnecessário, com a importância do trabalho coletivo.

Questiona-se, portanto: a literatura tem publicações relativas à educação informal e sua contribuição para a sustentabilidade e o desenvolvimento local?

Este estudo objetivou analisar a concepção de educação informal e sua contribuição para a sustentabilidade e o desenvolvimento local a partir de revisão da literatura.

A metodologia aqui utilizada é descritiva, balizada na pesquisa bibliográfica sistemática. Esta é reconhecida como um método moderno de pesquisa científica, que possibilita identificar, selecionar e analisar um conjunto de dados simultâneos e que permite construir uma síntese das informações e o conhecimento do que se tem publicado até o momento do tema estudado (LEUNG et al., 2017).

O levantamento do material para estudo foi realizado nas bases de busca dos portais da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google acadêmico com os seguintes descritores: educação informal and sustentabilidade. Como critérios de inclusão elegeram-se os artigos/dissertações e teses publicados no período de 2014 a 2018, perfazendo os últimos cinco anos, e artigos disponíveis na íntegra, além de artigos no idioma português.

Após identificação dos artigos por meio da leitura de títulos e resumos, os selecionados foram lidos diversas vezes, feitas leituras flutuantes, identificadas as unidades de registro e análise (BARDIN, 2011).

RESULTADOS

Artigos provenientes de duas bases de dados produziram corpus para este estudo: SciELO e Google acadêmico. Registra-se que não há descritor com a expressão educação informal. Pode-se inferir que a educação só é valorada na academia se regida por normas doutrinárias? A ausência desse descritor como filtro de busca impôs a investigação por meio das palavras educação and sustentabilidade.

No primeiro momento, fez-se busca na base de dados da SciELO, período de 2014 a 2018, artigos na íntegra e em português, com as palavras-chave: educação and sustentabilidade. Foram identificadas 22 publicações e, após leitura minuciosa dos títulos e resumos e respeito aos critérios de inclusão do estudo, totalizaram-se sete publicações, conforme apresentado na Tabela1 a seguir.

Tabela 1: Publicações oriundas da SciELO, 2018

22 estudos identificados:

08 estudos excluídos após leitura do título e resumo

07 estudos excluídos por não atenderem ao objetivo

07 artigos relacionados para o estudo

Fonte: Organizada pelas autoras

No segundo momento, utilizando a base de dados do Google acadêmico, com a expressão e aspas “educação informal sustentabilidade”, sem a preposição e/ou and, foi identificado um artigo sobre a temática abordada. Ressalta-se que o Google acadêmico aceita essa expressão contrariamente à SciELO.

Com o intuito de substanciar mais esta investigação, um novo levantamento se fez, agora substituindo o vocábulo “educação informal” por “educação não formal” e ampliando o tempo de 2014 para 2012. Dessa nova captação, seis publicações foram encontradas, todas direcionadas para a temática deste artigo, conforme apresentado na FIG. 2.

O interesse em contrapor essas duas palavras se deu pelo fato de esses dois modelos de estudos, educação informal e educação não formal, estarem muito próximos e com a semelhança de que nos dois casos trata-se de um tipo de educar e aprender que acontece fora dos muros das escolas. Com base em Gohn (2006a, p. 28).

A educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdo previamente demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo de socialização – na família, bairro, clube, amigos, etc., carregada de valores e cultura próprias, de pertencimento e sentimentos herdados; e a educação não formal é aquela que se aprende “no mundo da vida”, via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas cotidianas.

A tabela 2 abaixo retrata que de um estudo identificado com as palavras “ educação informal and sustentabilidade” compôs a amostra do artigo e cinco estudos identificados com as palavras “educação não formal e sustentabilidade” atenderam ao objetivo deste estudo.

Tabela 2: Publicações originárias do Google acadêmico, 2018



01 estudo identificado com as palavras “ educação informal and sustentabilidade”




O estudo compôs a amostra do artigo




05 estudos identificados com as palavras “educação não formal e sustentabilidade”




Os 05 estudos atenderam ao objetivo deste estudo




Fonte: Organizada pelas autoras

N o QUADRO 1 encontram-se apresentados os sete artigos da base de dados SciELO que compõem este estudo.

Quadro 1 – Artigos selecionados da SciELO com as palavras-chave: educação and sustentabilidade, 2018

Título do Artigo

Objetivo


Contribuições para o campo de investigação

Autores/ano

Desenvolvimento sustentável e concepções de professores de Biologia em formação inicial.

Avaliar as concepções de professores de Biologia em formação sobre desenvolvimento sustentável e práticas para o promover.

O trabalho desvela concepções indutoras de uma visão protecionista e conservacionista relativa ao desenvolvimento sustentável, tendo em vista que as práticas citadas pelos sujeitos, alunos de curso de Ciências Biológicas, se conectam ao desenvolvimento sustentável, como reciclagem, economia de água e energia. As práticas educativas, porém, são escassamente mencionadas como pertinentes ao desenvolvimento sustentável.

ARAÚJO, Magnólia Fernandes Florêncio; PEDROSA, Maria Arminda, 2014

Sujeitos, políticas e educação ambiental na gestão de resíduos sólidos.

Demonstrar as análises sobre a sustentabilidade do modelo de produção e consumo que temos gerado.


Os resultados desta pesquisa convocam para um olhar mais aguçado a respeito das atividades e relações da cadeia produtiva da reciclagem que continuam conservando relações históricas de inclusão precarizada, mantendo exploração de trabalhadores em ambientes insalubres e deteriorados.

PINHEIRO, Leandro Rogério et al., 2014



Promoção do consumo alimentar sustentável no contexto da alimentação escolar.

Pesquisar sobre o consumo alimentar no contexto da alimentação escolar, entendendo-se esse espaço como fortemente propositivo na formação de hábitos alimentares saudáveis e de desenvolvimento sustentável.

O estudo alerta que é possível realizar educação alimentar e nutricional aliando-a à saúde e à sustentabilidade com a utilização de programa alimentar como se destaca o de alimentação escolar. Há, portanto, a percepção da promoção de práticas de alimentação escolar sobre a temática em educação sustentável.



TRICHES, Rozane Márcia, 2015

Educação ambiental na formação psicossocial dos jovens.

Identificar, problematizar e agir diante de questões socioambientais numa perspectiva de emancipação social e transformadora.

O estudo mostra a importância e pertinência do papel da educação ambiental, na vida familiar, escolar e social de jovens partícipes em programas de educação ambiental. Atesta-se a ocorrência de mudanças psicossociais e os jovens se comprometem com o meio ambiente onde vivem e são transformadores de seus mundos individual e coletivo.


SILVA, Winnie Gomes

HIGUCHI, Maria Inês Gasparetto

FARIAS, Maria Solange Moreira, 2015



Quadro 1 – Artigos selecionados da SciELO com as palavras-chave: educação and sustentabilidade, 2018 – conclui

Título do Artigo

Objetivo


Contribuições para o campo de investigação

Autores/ano

Abordagens sobre sustentabilidade no ensino CTS: educando para a consideração do amanhã.

Saber em que termos se observa a inserção do tema (in) sustentabilidade em trabalhos de tese e de dissertações que se caracterizam como análise de práticas/ações de educação com enfoque CTS, na abordagem de temas socioambientais, nas pesquisas da área de ensino, no contexto da Educação em Ciências/Educação Científica e Tecnológica

Destaca-se a importância de que discussões sobre sustentabilidade sejam inseridas no campo educacional, com enfoque na CTS, uma vez que se detectou diversos trabalhos sem qualquer referência aos termos e conceitos sustentabilidade e sustentável.

.

FREITAS, Nadia Magalhães da Silva; MARQUES, Carlos Alberto, 2017

A importância da educação ambiental para graduandos da Universidade Estadual de Goiás: Campus Morrinhos.

Investigar a percepção de Educação Ambiental dos acadêmicos dos cursos de graduação em Ciências Biológicas, Geografia e História da Universidade Estadual de Goiás


A Educação Ambiental deve ser compreendida como processo educativo materializado em princípios éticos, em regras políticas de convívio social e econômico e deve “movimentar-se pelas práticas e relações sociais em mutação com vistas à construção de novas práticas e relações sociais reais, visto que é a ação material do sujeito mediante o conhecimento teórico que promove as transformações no local, na comunidade, no país e no mundo”.

SANTOS, Reis Santos; 

SILVA, Adriana Maria, 2017

Construindo uma universidade sustentável: uma discussão baseada no caso de uma universidade portuguesa.

Discutir visões sobre o que deve ser uma Universidade Sustentável (US), bem como sobre as diferentes etapas necessárias à sua implementação, a partir do caso de uma universidade portuguesa.

A pesquisa mostra ser necessário estimular o estudo da sustentabilidade no ensino superior, respeitando as condições e características de cada instituição, o que lhe confere autonomia para responder às demandas sociais atuais. Os autores sugerem estratégias para que as Universidades Sustentáveis (US) adotem uma visão holística de US por meio da discussão interna de documentos oficiais, fóruns e prática da gestão democrática e participativa, e a criação de canais formais de diálogo com a sociedade.

BIZERRIL, Marcelo Ximenes Aguiar; ROSA, Maria João

CARVALHO, Teresa , 2018




Quadro 2 – Investigação no Google acadêmico com as palavras-chave: “educação informal sustentabilidade” e “educação não formal sustentabilidade”, 2018

Título do Artigo

Objetivo


Contribuições para o campo de investigação

Autores/ano

A trajetória da comunidade Lagoa do Junco e o desafio de construir conhecimento com educação não formal

Compreender a relação entre educação ambiental e organização de agricultores da comunidade Lagoa do Junco em cooperativa, numa sociedade sustentável

A presente pesquisa proporcionou o entendimento sobre a maneira de produção e de organização de uma comunidade que, com muita determinação, construiu sua história de vida e construiu conhecimento com educação não formal por meio de cursos realizados. Passou da forma convencional de produção de alimentos para a forma orgânica

GESSINGER, Rosana Maria; JOB, Leila Fátima Corrêa; LIMA, Valderez Marina do Rosário, 2012

Educação ambiental para a escola básica: contribuições para o desenvolvimento da cidadania e da sustentabilidade

Estudar os conhecimentos prévios de alunos da educação básica relacionados a temas ambientais e tomá-los como base para realizar atividades de educação ambiental

Identifica-se que poucas escolas visitam espaços extraclasses como um recurso educacional e de apoio para o ensino formal; contudo, diversos estudos constatam a importância do desenvolvimento da educação ambiental em todos os espaços e níveis sociais.

KONDRAT, Hebert; MACIEL, Maria Delourdes, 2013

Nós do mundo: um diálogo educativo sobre a sustentabilidade




Promover um debate ambiental que mude atitudes e comportamentos

Consiste no relato e análise da experiência de educação não formal de uma exposição interativa sobre o tema da sustentabilidade. Traz reflexões sobre as práticas educativas utilizadas, a necessidade de discussões com a sociedade, com abordagens de temas da degradação ambiental de nosso planeta, inseparáveis das questões de iniquidades sociais.



BATISTA, Alessandro Franco Machado; VIANA, Laís Lacerda e GUIMARÃES, Vanessa Fernandes, 2013








As percepções de jovens sobre questões socioambientais e possíveis contribuições da Educação Ambiental

Verificar as incoerências entre as concepções ambientais e as ações cotidianas praticadas pelos jovens

Reflete acerca de possíveis contribuições da Educação Ambiental sob a perspectiva de uma nova ética ambiental, que se baseia em concepções e práticas coletivas e sociais, que objetivam a sustentabilidade.

BELOMO, Caroline Cunha Frutuoso; VASCONCELOS, Valéria de Oliveira, 2014

Trabalho, meio ambiente e desenvolvimento sustentável: implicações para uma proposta de formação crítica

Analisar as relações entre a temática ambiental e do trabalho na perspectiva da construção de um modelo de desenvolvimento sustentável, com o propósito de indicar princípios norteadores para uma proposta crítica de Educação Ambiental

Reconhecer a necessidade de produção de conhecimento sobre a relação educação, trabalho e meio ambiente, dada a lacuna existente na pesquisa sobre a temática, considerando a interdisciplinaridade necessária à compreensão de uma realidade com múltiplas

determinações.

DELUIZ, Neise; NOVICKI, Victor, 2018



A análise dos artigos mostrou haver concordância entre os pontos de vista dos autores no que concerne à importância da educação, quer seja informal quer seja formal, para que o nosso planeta seja viável, humano e ético. Os artigos levantados pelos descritores educação and sustentabilidade, de modo geral, desvelam iniciativas de práticas sustentáveis no âmbito escolar formal (ARAÚJO; PEDROSA, 2014; FREITAS; MARQUES, 2017; SILVA; HIGUCHI; FARIA, 2015; TRICHES, 2015). Santos e Silva (2017) e Belomo e Vasconcelos (2014) avançam nas suas considerações e asseguram que a educação ambiental deve ter como norte a ética com contribuições práticas e coletivas. Contudo, Kondrat e Maciel (2013) detectaram, no seu trabalho, que ainda há poucas escolas que visitam espaços extraclasses para mais conhecimento, autonomia e cidadania.

Diversos autores abordam a educação ambiental com reflexos na vida escolar, familiar e da comunidade (SILVA; HIGUCHI; FARIA, 2015) bem como a necessidade de estimular essa educação no ensino superior com abordagem holística (BIZERRIL; ROSA; CARVALHO, 2018). As ponderações trazidas por Deluiz e Novicki (2018) se ligam à necessidade de mais produções que inter-relacionem educação, trabalho e meio ambiente considerando a interdisciplinaridade.

Avanços na educação ambiental são nítidos. Araújo e Pedrosa (2014), porém, asseguram a existência de práticas educativas com visão protecionista e conservadora relativas ao desenvolvimento sustentável. E Pinheiro et al. (2014) mostram que cadeia produtiva de reciclagem mantém visão de inclusão precarizada.

A busca de artigos com base nos descritores educação informal e sustentabilidade e educação não formal e sustentabilidade e com mais interação com o objetivo deste trabalho revelou contribuições para o campo de investigação.

Gessinger, Job e Lima (2012) evidenciaram contribuições efetivas alcançadas por uma comunidade que, com determinação, edificou sua história de vida a partir de conhecimentos com educação não formal e de produção convencional passou para produção orgânica, por meio de cursos. Também Batista, Viana e Guimarães (2013) relatam experiência vivida durante um evento de grande porte no qual oportunizaram aos participantes discutir sobre sustentabilidade, com alcance efetivo de seus objetivos por meio da educação não formal.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

A literatura referencia que a educação informal pode ser estudada também como educação não formal e faz refletir ser imperativo desenvolver pesquisas sobre a importância de uma educação para além dos muros institucionais.

Este estudo constatou a importância de fomentar e incentivar a educação não tradicional, ou seja, aquela educação que acontece por meio de vivências familiares, na convivência coletiva, no ambiente de trabalho, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e, ainda, a importância desses conhecimentos para materializar práticas sustentáveis e contributivas para o desenvolvimento local.

É imprescindível que se valorize o educar e o ensinar em todos os espaços e níveis sociais, de maneira direta ou indiretamente, com vistas à colaboração para uma vida planetária sustentável e feliz.

Registra-se a carência de trabalhos publicados com a temática educação informal e sustentabilidade, o que revela a necessidade em se promoverem mais estudos sobre esta temática.



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Ilustrações: Silvana Santos