Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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27/09/2019 (Nº 69) IMPRESSÕES, PRÁTICAS, VIVÊNCIAS E APRENDIZADO COM O PROJETO TERRA VIDA QUE PULSA
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IMPRESSÕES, PRÁTICAS, VIVÊNCIAS E APRENDIZADO COM O PROJETO TERRA VIDA QUE PULSA

Gledson Alessandro Silva Santos¹, Adilene Gonçalves Quaresma²



¹Programa de Mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, Centro Universitário UNA-Belo Horizonte

²Programa de Mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, Centro Universitário UNA-Belo Horizonte



RESUMO:

Este artigo apresenta os resultados da pesquisa desenvolvida em uma instituição privada localizada na região Norte de Minas Gerais, sobre as práticas de Educação Ambiental no Ensino Fundamental através do Projeto Terra Vida que Pulsa. Por meio de uma pesquisa qualitativa descritiva e quantitativa, buscou-se analisar as concepções de alunos sobre as ações realizadas pelo projeto na escola e em parceria com uma Associação de Catadores de Materiais Recicláveis, tendo em vista o desenvolvimento de intervenção na área de educação com características de inovação social e potencializadora do Desenvolvimento Local. Para a efetivação do estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental em literatura específica sobre a legislação ambiental e práticas educativas. Para a pesquisa empírica, foi aplicado um questionário para 74 alunos a fim de identificar a percepção destes, quanto às ações do Projeto Terra Vida que Pulsa e sobre a Educação Ambiental. O estudo permitiu considerar que as práticas educativas voltadas para a Educação Ambiental realizadas pela escola contribuem para o Desenvolvimento Local.



ABSTRACT:

This article presents the results of the research developed in a private institution located in the Northern region of Minas Gerais, about Environmental Education practices in Primary Education through the Projeto Terra Vida que Pulsa. Through a qualitative descriptive and quantitative research, we sought to analyze students' conceptions about the actions carried out by the project in the school and in partnership with an Association of Collectors of Recyclable Materials, with a view to the development of intervention in the area of ​​education with characteristics of social innovation and local development. To carry out the study, a bibliographical and documentary research was carried out in specific literature on environmental legislation and educational practices. For the empirical research, a questionnaire was applied to 74 students in order to identify their perception regarding the actions of the Projeto Terra Vida que Pulsa and Environmental Education. The study allowed to consider that the educational practices focused on Environmental Education carried out by the school contribute to Local Development ..



1 INTRODUÇÃO

A preocupação com o meio ambiente é assunto constante de debates e relatos na literatura científica e nos diversos meios de comunicação e temática nas instituições de ensino básico e superior. Conforme Brilhante e Caldas (1999) o meio ambiente é um dos temas essenciais na política governamental e uma grande preocupação dos cidadãos. Seja nos países desenvolvidos ou emergentes, a consciência política e social da integração entre meio ambiente e ser humano é um fato. Esta interdependência com os fatores ambientais é essencial para que o homem compreenda que é necessário dinamizar as ações que envolvem o meio ambiente.

Com o aumento populacional e consequente demanda de alimentos processados e industrializados também aumentou a produção de lixo. O uso indiscriminado dos recursos naturais é outro fator que implica na qualidade do nosso meio ambiente. A busca e a consciência do desenvolvimento sustentável é a abordagem universal para preservação do meio ambiente e manutenção da qualidade de vida. A coleta seletiva de lixo objetiva a diminuição da poluição do ar, do solo e dos recursos hídricos, o reaproveitamento de matéria-prima, diminuindo a exploração das riquezas naturais como a extração de minérios e madeira, do mesmo modo que aponta para a economia de energia. Uma das marcas registradas da reciclagem nacional é priorizar a geração de emprego e renda para as populações mais pobres e garantir a sustentabilidade socioeconômica dos programas de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos (BORBA et al. 1994). Há de se reconhecer o inegável trabalho realizado hoje no Brasil pelos catadores de materiais recicláveis que buscam e encontram no lixo uma fonte de receita para sua sobrevivência.

Percebe-se que a riqueza gerada por essa economia informal mostra que os trabalhadores da coleta não institucionalizada de lixo não aguardam uma solução para o problema do desemprego no país. Pode-se notar que, timidamente, do norte ao sul do país, inicia-se um movimento de articulação e mobilização na busca de estratégias que possam favorecer e dar a esse trabalho um caráter profissional. Os catadores são hoje os responsáveis pelos significativos índices de coleta seletiva no país, fazendo do Brasil um dos campeões mundiais em reciclagem de alumínio. Este índice é fruto de práticas educativas de conscientização. Práticas essas que podem e devem contribuir para acabar com o trabalho infantil no lixo, por exemplo. Estas crianças podem então, deixar a situação perigosa e degradante do trabalho no lixo para experimentar o direito à educação, ao respeito e à dignidade.

Na atualidade, várias são as entidades governamentais e não governamentais, indústrias, empresas públicas e privadas que tem investido nesta área com programas e projetos de reciclagem e cidadania. É importante: promover o conceito de gerenciamento integrado do resíduo sólido municipal, promover a reciclagem pós-consumo e difundir a educação ambiental com foco na teoria dos três R's (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), pois assim o processo de Desenvolvimento Local estará se concretizando.

Nesse sentido, no presente estudo analisa-se através de questionários aplicados a alunos a importância de um projeto educacional voltado para a Educação Ambiental e denominado Terra Vida que Pulsa e sua contribuição para o Desenvolvimento Local da cidade de Pirapora-MG.

A pesquisa da qual esse artigo resulta teve como objetivos: analisar como a comunidade escolar participa e compreende o Projeto Terra Vida Que Pulsa; verificar se as aprendizagens adquiridas no Projeto Terra Vida Que Pulsa estão em consonância com o que preconizam a legislação e a literatura sobre educação ambiental para o Ensino Fundamental; identificar a contribuição das aprendizagens sobre Educação Ambiental para o Desenvolvimento Local através da avaliação do projeto Terra Vida que Pulsa.



2 DISCUSSÃO TEÓRICA

Várias pesquisas relacionadas com a EA relatam que ela, quando realizada nas escolas da educação básica é inconsistente (TOZONI-REIS; CAMPOS, 2015), o que pode estar relacionado a diversas causas. Para essas autoras, uma das causas é a ainda precária forma com que a EA é trabalhada na formação dos professores (TOZONI-REIS; CAMPOS, 2015). Segundo Santos e Jacobi (2011), para se desenvolver um trabalho de EA que atinja as várias camadas da sociedade, um dos fatores necessários é a presença na escola de “profissionais críticos e reflexivos, com uma postura interdisciplinar e comunicacional, capazes de compreender as relações entre sociedade e ambiente” (SANTOS; JACOBI, 2011, p. 256). Porém, os professores, em sua maioria, não recebem formação profissional para atuarem na escola dessa forma (TOZONI-REIS; CAMPOS, 2015). Assim, diversos autores (ARAÚJO; FRANÇA, 2013; GUIMARÃES; INFORSATO, 2012; LOPES; ZANCUL, 2012; MARCOMIN, 2010; TOZONI-REIS, 2001) vêm discutindo a importância da inserção da EA nos cursos de licenciatura como uma forma de garantir a presença de conhecimentos referentes a esse campo de estudo na formação inicial docente.

Segundo Carvalho (2004): “é possível denominar educação ambiental a práticas muito diferentes do ponto de vista de seu posicionamento político-pedagógico” (CARVALHO, 2004a, p. 18). Assim, torna-se necessário situar o ambiente conceitual e político onde a educação ambiental pode buscar sua fundamentação enquanto projeto educativo que pretende transformar a sociedade.

Apesar do reconhecimento dessa polissemia, existem sentidos que são dominantes, compartilhados pela maioria das pessoas e que, portanto, atuam na conformação das representações discursivas de EA (LOUREIRO et al., 2009). Esses sentidos dominantes acabam por naturalizar determinados conceitos que vão moldando as práticas do campo. Porém, essas relações de poder não são estáticas, ou seja, os sentidos dominantes estão, a todo o momento, em disputa com outros sentidos pela hegemonia do campo. Assim, para entender as disputas ideológicas entre diferentes discursos sobre EA, alguns autores vêm buscando identificar quais são esses projetos educativos. Sauvé (2005), por exemplo, para auxiliar na exploração das diferentes propostas políticas e pedagógicas classifica quinze correntes. As correntes naturalista, conservacionista/recursista, resolutiva, sistêmica, científica, humanista e moral/ética foram as correntes preponderantes nas décadas de 1970 e 1980. Enquanto que as correntes holística, biorregionalista, práxica, crítica, feminista, etnográfica, ecoeducação e sustentabilidade são mais recentes. Assim, podemos inferir que o perfil inicial da EA era muito centrado nas ciências ambientais, com maior destaque para a esfera “ambiental” que “educacional” (LAYRARGUES; LIMA, 2011).

A partir da década de 1990, podemos notar uma alteração desse perfil, ao menos entre os educadores ambientais próximos ao núcleo orientador do campo (LAYRARGUES; LIMA, 2011), que passam a considerar como importante para se problematizar as questões ambientais aportes teóricos de outros campos do conhecimento. Lima e Layrargues (2014) identificam três macrotendências político-pedagógicas disputando a hegemonia do campo da EA no Brasil: a conservacionista, a pragmática e a crítica. A conservacionista entende os problemas ambientais principalmente através do olhar da ciência Ecologia, desprezando aspectos sociais, históricos e culturais, isolando o natural do social. Essa perspectiva reforça a visão de que o ser humano está fora desse natural e sua relação com ele é sempre negativa, de prejuízo ao ambiente. Porém, o ser humano, assim como as outras espécies de seres vivos, atua no ambiente em que vive modificando-o. O que precisa ser melhor compreendido e transformado é “o padrão societário e, consequentemente, a visão de mundo que se tem e o tipo de relações sociais e de produção” (LOUREIRO, 2012, p. 27) desenvolvidas, pois estas influenciam diretamente a forma como nós atuamos em nosso espaço. As práticas relacionadas à vertente conservacionista são direcionadas a mudanças de comportamentos individuais de um ser humano genérico em relação ao meio ambiente. Segundo Loureiro (2012):

(...) a generalização da categoria humanidade como perversa possibilita uso ideológico da questão ambiental, tirando o foco de análise da estrutura da sociedade e colocando a responsabilidade exclusivamente no indivíduo e numa tendência humana instintiva de destruição (naturalmente mau). (LOUREIRO, 2012, p. 25).

Portanto, tal proposta de EA não questiona a estrutura social vigente, apenas aponta mudanças pontuais de partes de um sistema extremamente complexo. É preciso considerar as consequências sociais da apropriação e exploração de determinados bens ambientais. Sobre isso, Loureiro (2012. p.28) afirma que “as consequências da crise ambiental não são consequência apenas do uso indevido dos recursos naturais; mas sim de um conjunto de variáveis interconexas derivadas das categorias: capitalismo /modernidade /industrialismo /urbanização/ tecnocracia”.

Na prática, essa vertente de EA sugere que os indivíduos sacrifiquem um pouco do seu padrão de conforto e exige uma maior responsabilidade das empresas em relação aos problemas ambientais. Mas, de forma similar à vertente conservadora não questiona a estrutura social vigente. Para Lima e Layrargues (2014), essa vertente pode ser entendida como uma “evolução” ou adequação da vertente conservacionista às mudanças recentes do capitalismo, como a globalização e o neoliberalismo. Layrargues (2012, p. 406) afirma que “as macrotendências Conservacionista e Pragmática representam duas faces e dois momentos de uma mesma linhagem de pensamento – o conservador –, que foi se ajustando aos desdobramentos econômicos e políticos até ganhar a atual face modernizada, neoliberal e pragmática que hoje a caracteriza”. A diferença é que, se para a opção Conservacionista há uma aparente indiferença com relação à manutenção ou transformação do projeto societário em curso, para a opção Pragmática, “o que está em jogo é exatamente a continuidade desse projeto, que precisa permanecer ideologicamente ocultado” (LAYRARGUES, 2012, p. 407).

Em relação ao modo como a EA é representada no imaginário social, afirmamos que existem diferentes formas, e que estas, são negociadas dialeticamente com a identidade pessoal de cada ator social. A aproximação com um modo ou outro de se trabalhar com a EA é atravessada pelas crenças e valores pessoais de cada pessoa ao estabelecer relação com o mundo. Como apontado acima, por entendermos que essas diferentes vertentes de EA disputam pela hegemonização de determinadas práticas e discursos, parece-nos fértil investigar essas relações de disputa por meio de estudos da linguagem.



3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia a orientar este estudo incorpora a abordagem qualitativa e quantitativa. A pesquisa da qual esse artigo é resultado foi do tipo exploratória e descritiva, que permitiu apreender, analisar e descrever, a partir da análise de questionários as percepções e vivências dos alunos sobre a Educação Ambiental no Ensino Fundamental.

A pesquisa envolveu os seguintes procedimentos: pesquisa bibliográfica, documental e empírica. A pesquisa bibliográfica analisou na literatura especializada conceitos sobre a Educação Ambiental, bem como os conceitos de Desenvolvimento Local. A pesquisa documental compreendeu a análise da legislação ambiental e do Projeto Terra Vida que Pulsa.

O cenário da pesquisa compreendeu uma instituição particular de educação básica, do norte mineiro com 642 alunos. O questionário para 74 alunos continha questões fechadas e abertas e objetivou apreender perfil, visão dos discentes sobre a Educação Ambiental.

Todos os entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE, após a aprovação da pesquisa pelo comitê de ética, sob o parecer nº2661290 – CEP/UNA/Belo Horizonte.



4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1 Os dados dos questionários dos alunos

Os dados obtidos foram organizados em categorias, geradas com base em referencial teórico previamente construído, com o objetivo de orientar e organizar as discussões e conclusões (OLIVEIRA, 2007). Os resultados quantitativos foram avaliados por estatísticas simples. Os questionários foram aplicados à 74 alunos, na faixa etária de 9 a 14 anos, que estão cursando o Ensino Fundamental I e II (especificamente alunos do 5ºano ao 9ºano). Para orientar a análise e facilitar a discussão dos resultados, as perguntas do questionário foram denominadas de acordo com as siglas apresentadas em cada quadro de categorias e seus respectivos gráficos apresentados e discutidos a seguir:

Quadro 1: Categorização das questões do questionário aplicado aos alunos do Ensino Fundamental (faixa etária – 9 aos 14 anos).



CATEGORIA



QUESTÕES DO QUESTIONÁRIO



PA=Perfil dos Alunos



*Nome; idade; série.





CATEGORIA 1: Ações de Educação Ambiental que a escola promove.



Marque as ações de educação ambiental que sua escola faz.

__coleta seletiva do lixo

__aulas de educação ambiental

__palestras sobre educação ambiental

__cursos sobre educação ambiental

__parceria com associação de catadores

__excursões

__oficinas de material reciclável

__ Outras____________________




CATEGORIA 2: Disciplinas em que o aluno já recebeu informações sobre a importância da Educação Ambiental para a sua vida e a vida de outras espécies.



Marque a(s) disciplina(s) na(s) qual (is)você já estudou informações sobre a importância da educação ambiental para a sua vida e a vida das outras espécies?

__Português

__Física

__Matemática

__Empreendedorismo

__Geografia

__Educação Física

__História

__Literatura

__Filosofia/Ensino Religioso

__Artes

__Biologia/Ciências

__Inglês/Espanhol

__Química

__Outras _________________






CATEGORIA 3: O projeto de Educação Ambiental desenvolvido na escola segundo os entrevistados.



Você já participou de algum projeto sobre o Meio Ambiente desenvolvido na sua escola?

( )Sim. Qual_________________ ( ) Não



Você acha que sua escola tem ensinamentos sobre educação ambiental que lhe ajudam no seu dia-a-dia? ( ) Sim ( ) Não.

Quais?_____________



Você já aprendeu na sua escola que existem leis que garantem a todos os brasileiros o acesso à Educação Ambiental?

( ) Sim ( ) Não.












CATEGORIA 4: Conteúdos conceituais e procedimentais adquiridos com o   Projeto Terra Vida que Pulsa.



Você acredita que o Projeto Terra Vida que Pulsa da sua escola pode ensinar aos alunos quais dos itens a seguir:

__Cidadania

__Coleta seletiva

__Preservação da natureza

__Sustentabilidade

__Desenvolvimento local

__Cooperativismo

__Direitos em relação ao meio ambiente: informação, conscientização, participação.

__Deveres em relação ao meio ambiente: preservar fauna e flora, multiplicar ações positivas.

Outros __________________________



Dentre as capacidades abaixo, as atividades de EA desenvolvidas na escola lhe possibilitam:

A-___Separar o lixo em cestos com identificação por cor e tipo de material ( alumínio, papel, plástico, latas, orgânico)

B-___Ter atitudes responsáveis em relação ao tratamento do lixo

C-___Compreender a necessidade da preservação ambiental

D-___Compreender e aplicar no seu cotidiano os 3 R’s(Reduzir – Reutilizar – reciclar)

E-___Repensar sobre a crise hídrica

F-___Repensar sobre a necessidade da preservação do Rio São Francisco e de seus afluentes.

G-___Usar a energia elétrica com responsabilidade.

H-___Cuidar e preservar praças, rua e parques.




CATEGORIA 5: Contribuição dos ensinamentos escolares para o Desenvolvimento Local.



Você acredita que os ensinamentos e as ações que aprende na escola contribuem para o Desenvolvimento Local da sua cidade?

( ) Sim ( ) Não


Fonte: Dados coletados e organizados pelo autor.



CATEGORIA 1: Ações de Educação Ambiental que a escola promove

Esta categoria de análise retrata as ações de Educação Ambiental que a escola promove. Essas ações se mostraram presentes nas respostas dadas pelos alunos nos questionários aplicados.

GRÁFICO 1 - Ações de Educação Ambiental promovidas pela escola

Fonte: dados coletados e organizados pelo autor através dos questionários

Partindo para a análise do GRAF.1 podemos perceber que os discentes acreditam aprenderem mais sobre as ações do Projeto Terra Vida que Pulsa através de aulas sobre Educação Ambiental e, também, com palestras ministradas por pessoas advindas de outros contextos educativos. No GRAF.1 é nítido também que a coleta seletiva aponta um caminho positivo na prática educativa relacionada às ações sobre EA que a escola se propõe a desenvolver.



CATEGORIA 2: Disciplinas em que o aluno já recebeu informações sobre a importância da Educação Ambiental para a sua vida e a de outras espécies.

Esta categoria de análise retrata as disciplinas em que o aluno já recebeu informações sobre a importância da Educação Ambiental para a sua vida e a de outras espécies.

GRÁFICO 2: Disciplinas que trabalham com a Educação Ambiental

Fonte: dados coletados e organizados pelo autor através dos questionários



O GRÁF.2 aponta que as disciplinas de Geografia, Biologia/Ciências e Português são as que mais transmitem conteúdos relacionados com a EA. E a disciplina de Filosofia/Ensino Religioso também é marcante para transmissão de valores voltados para a prática da EA.

Diante dos dados expostos no gráfico 2, percebe-se que as disciplinas citadas no parágrafo anterior (Geografia, Biologia/Ciências e Português) oferecem um suporte teórico, através dos seus diferentes portadores de textos, sobre a Educação Ambiental. E esses conceitos extraídos dos conteúdos ministrados por essas disciplinas ajudam o aluno refletir sobre como se produzem os problemas ambientais, quais são suas causas e como podemos resolvê-los, identificando, também, a quem devem ser encaminhadas as soluções que independem de uma ação imediata de um determinado grupo afetado por tais problemas. E junto com esse reconhecimento do ambiente, muitos outros conteúdos curriculares podem ser trabalhados. Conhecimentos de Ciências, Matemática, Geografia, História, Português e a própria Filosofia (citada pelos alunos) podem ser acionados para a compreensão e a discussão sobre o entorno ambiental. O passeio pelo bairro, pela escola, ou até mesmo uma verificação nas condições da sala de aula podem ser um ótimo exercício para aprender a olhar com novos olhos aquilo que vemos diariamente, como se fosse apenas um cenário no qual se desenrolam as ações cotidianas dos seres humanos. Muito mais que uma cena estática, o meio ambiente cotidiano está em permanente mutação, é dinâmico e todos fazem parte dessa dinâmica. Outra atividade simples, mas muito indicada para se trabalhar as dinâmicas ambientais, é pensar sobre os hábitos cotidianos. Algumas perguntas que podem pertencer às diferentes disciplinas podem ajudar a problematizar os atos que já se tornaram quase automáticos e por isso não são questionados. Algumas dessas perguntas podem ser formuladas assim: o que compramos em uma mercearia? Como são embalados esses produtos? Quanto lixo produzimos por dia após o consumo desses produtos? Quanto lixo sobra depois de um almoço? De que se compõe esse lixo? O que pode ser reaproveitado e o que não se aproveita? Em relação aos hábitos de consumo dos recursos ambientais podemos questionar, por exemplo, a respeito do consumo de água: quanta água usamos por dia? Quanta água gastamos para o banho? Fechamos a torneira enquanto escovamos os dentes ou deixamos a água jorrar como se ela fosse um recurso inesgotável? De onde vem a água que usamos? Qual é o estado dos mananciais que abastecem nossa cidade? Será que todas as regiões de nosso país têm facilidade de acesso à água? Quais regiões têm menor potencial hídrico? Assim, pode-se notar que, com perguntas simples, porém dirigidas para construir um olhar crítico sobre o cotidiano ambiental, é possível criar práticas educativas com criticidade.



CATEGORIA 3: O Projeto de Educação Ambiental da escola

Esta categoria tem como objetivo verificar a percepção dos alunos em relação ao Projeto de Educação Ambiental desenvolvido na escola. Seguem as percepções dos alunos.



GRÁFICO 3 – O Projeto de Educação Ambiental desenvolvido na escola segundo os entrevistados

Fonte: dados coletados e organizados pelo autor através dos questionários

Percebe-se que os entrevistados apontaram três situações envolvendo a concepção de um Projeto de Educação Ambiental na escola que estudam. E a maioria demonstra conhecer o Projeto Terra Vida que Pulsa. Isso demonstra que o Projeto consegue projeção diante dos discentes, pois trabalha com a ideia de que o conhecimento tem mais valor quando construído coletivamente porque se divide o que se sabe e se aprende com aquilo que os outros repartem conosco. É com esta construção coletiva que o ensino deve se preocupar mais (YUS, 2002).

GRÁFICO 3.1- Você acha que sua escola tem ensinamentos sobre educação ambiental que lhe ajudam no seu dia-a-dia? Quais?

Fonte: dados coletados e organizados pelo autor através dos questionários.

Ao visualizarmos o GRÁF.3.1 percebe-se que os discentes fazem alguma associação dos ensinamentos que recebem na escola possivelmente com o Projeto Terra Vida que Pulsa, aos conceitos de reciclagem e coleta seletiva. Aqui é importante referendarmos a ligação existente entre o projeto de EA desenvolvido na escola e um dos seus objetivos principais que é a contribuição de cada aluno, no processo de geração de renda às famílias da associação de catadores, bem como a contribuição de cada um deles com o desenvolvimento local da cidade de Pirapora/MG.

Assim, de acordo com Carvalho (2001) o processo educativo não se concretiza apenas pela aquisição de informações, mas por uma aprendizagem ativa, a partir da construção de novas conexões e sentidos para a vida, incidindo em novas identidades e posicionamentos diante do mundo. Portanto, “é a transformação das condições materiais e simbólicas que expressa a concretude do ato educativo na superação das formas alienadas de existência e das dicotomias entre sociedade e natureza” (LOUREIRO, 2008, p.8).

GRÁFICO 3.2 – Você já aprendeu na sua escola que existem leis que garantem a todos os brasileiros o acesso à educação ambiental?

Fonte: dados coletados e organizados pelo autor através dos questionários.

Percebe-se nesse GRÁF.3.2, que a grande maioria dos alunos que responderam o questionário sabem da existência de leis que garantem o acesso de todos os cidadãos brasileiros à EA.

Este gráfico, responde à questão central inicialmente levantada no projeto de pesquisa: As ações do Projeto Terra Vida Que Pulsa têm promovido a Educação Ambiental no Ensino Fundamental conforme preconiza a legislação e tem contribuído para o Desenvolvimento Local ?



CATEGORIA 4: Conteúdos conceituais e procedimentais adquiridos com o Projeto Terra Vida que Pulsa

Partindo dos dados levantados nos questionários aplicados aos alunos percebe-se que esses dados apontaram para uma vertente de análise sobre conteúdos conceituais e procedimentais adquiridos através dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Projeto Terra Vida que Pulsa. Através deles foram elaborados os gráficos a seguir:

GRÁFICO 4 - Conteúdos conceituais e procedimentais adquiridos com o   Projeto Terra Vida que Pulsa.

Fonte: dados coletados e organizados pelo autor através dos questionários.

A análise do GRÁF.4 aponta para os conteúdos conceituais e procedimentais adquiridos através das atividades do Projeto Terra Vida que Pulsa. A maioria dos discentes entrevistados ressaltou a preservação da natureza como aprendizagem primordial advinda do projeto desenvolvido na escola. Aqui, é importante rememorar a Carta de Belgrado, onde se estabeleceu que a meta básica da ação ambiental seria melhorar todas as relações ecológicas, incluindo as relações do ser humano entre si e com os demais elementos da natureza, bem como desenvolver na população mundial consciência e preocupação com o meio ambiente e com os problemas associados a ele, com conhecimento, habilidade, motivação, atitude e compromisso para atuar de forma individual e coletiva na busca por soluções para os problemas atuais e para a prevenção de novos problemas relacionados com o meio ambiente.

Ressalta-se também a importância que os discentes deram aos seus direitos e deveres com o meio ambiente; uma vez que o Projeto Terra Vida que Pulsa tem como objetivo geral estabelecer a Educação Ambiental como eixo norteador de todos os trabalhos pedagógicos, proporcionando aos alunos e suas famílias, professores, funcionários e a comunidade local condições para que possam compreender a importância de sua harmonização e integração com o Planeta Terra procurando despertar nos envolvidos o desejo de serem protagonistas e multiplicadores de valores e atitudes que mantenham o equilíbrio socioambiental.

Outros conceitos destacados pelos discentes em suas respostas e que interagem entre si são os de coleta seletiva, cidadania e sustentabilidade. Pode-se aqui fazer menção à Declaração de Tessalônica, pois nela se afirma que a educação e a consciência pública adequadas constituem pilares da sustentabilidade cujo conceito envolve, além do meio ambiente, a pobreza, a população, a saúde, a segurança alimentar, a democracia, os direitos humanos e a paz. Reconhece ainda, que a EA desenvolvida segundo as recomendações de Tibilisi e sua evolução posterior contemplam temas globais incluídos nas conferências da ONU e na Agenda 21, oferecendo condições para que a EA seja por isso também tratada como uma educação para a sustentabilidade.

Em menor grau de citação pelos alunos, mas que cabe aqui também referendar são os conceitos de cooperativismo e desenvolvimento local. Estes conceitos também se interrelacionam uma vez que o Projeto Terra Vida que Pulsa desenvolvido na escola acontece em parceria com uma associação de catadores de materiais recicláveis. Associação esta que se fundamenta como uma cooperativa destinada à geração de renda para suprimento das famílias que a compõem. Este trabalho voltado para a reciclagem de materiais contribui para o Desenvolvimento Local da cidade de Pirapora/MG.



CATEGORIA 5: Contribuição dos ensinamentos escolares para o Desenvolvimento Local

Nesta categoria os dados coletados tiveram como centro de interesse verificar a contribuição dos ensinamentos escolares para o Desenvolvimento Local, de acordo com as respostas dos 74 alunos pesquisados.

Nesta categoria, 94% responderam sim e 6% responderam não. Desta forma, onde se questiona aos alunos se os ensinamentos que recebem na escola contribuem para o Desenvolvimento Local é possível identificar o sim como resposta da maioria dos pesquisados.

Diante deste apontamento positivo emitido pelos alunos podemos inferir que o Desenvolvimento Local pode ser impulsionado pelo Projeto Terra Vida que Pulsa através de ações como:

  • Economia solidária (a cidade de Pirapora possui uma “feirinha” que acontece todas as sextas-feiras à noite) onde produtos fabricados pelos alunos em oficinas pedagógicas, por meio dos frutos do cerrado podem ser comercializados;

  • A coleta seletiva do lixo realizada no colégio toda sexta-feira é recolhida pelos catadores da Associação. Este lixo é enviado para reciclagem gerando renda para os catadores.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pensar a prática da educação ambiental num viés interdisciplinar no contexto escolar através de Projeto de Educação Ambiental na escola exige que discutamos esta prática considerando a escola como uma instituição social em disputa por atores associados a distintos projetos de sociedade, inserida em contexto socioambiental com base local onde se relacionam os componentes da crise ambiental global refletidos nos problemas ambientais. Escola, constituída em relação com sua comunidade, diante de uma diversidade de saberes e, ao mesmo tempo, diante de distintos (e muitas vezes, antagônicos) projetos políticos-pedagógicos. Desta forma, este trabalho teve como objetivo investigar a abordagem da Educação Ambiental, no Ensino Fundamental, em uma escola privada, na cidade de Pirapora-MG, através das ações do Projeto Terra Vida que Pulsa, em parceria com uma Associação de Catadores de Materiais Recicláveis e sua contribuição para o Desenvolvimento Local.

A partir da análise de dados da pesquisa defende-se que a práxis de Educação Ambiental não deve ser neutra, nem geral, e, muito menos, homogênea. Faz-se num determinado contexto escolar, refletindo e condicionando práticas sociais. Diante desses pressupostos, evidenciou-se através da pesquisa realizada que a EA no Ensino Fundamental precisa incentivar a mudança de algumas práticas não sustentáveis, dentro e fora da escola, pelos diversos integrantes da comunidade escolar; fornecer aos professores novas condições metodológicas para o desenvolvimento de atividades e com uma análise mais profunda e atualizada da realidade.

A partir disso, observa-se a necessidade de mais estudos sobre as concepções de Educação Ambiental nas escolas para a proposição de práticas educativas que venham atender às demandas atuais.

Verifica-se que a educação ambiental desenvolvida na escola pesquisada é de natureza pluridisciplinar e envolve a responsabilidade de todos os atores pertencentes à comunidade escolar (alunos, funcionários e professores de diversas disciplinas), conscientes do seu papel na conservação do meio ambiente para as novas gerações. Há, portanto, a necessidade da escola avançar no desenvolvimento do projeto para uma perspectiva de integração interdisciplinar. Nesta perspectiva o educador ambiental, deve ter como finalidade o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, como um processo permanente, que integra as diversas disciplinas para a análise do tema e não de forma isolada ou justapondo disciplinas.

A partir dessa pesquisa, percebe-se que a escola privada responsável pelo Projeto Terra Vida que Pulsa cumpre o que é proposto pela Lei 9.596/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, a qual enfatiza que a EA deve ser trabalhada de forma interdisciplinar. Porém, não foi possível identificar pelo relato que os entrevistados fizeram, se as atividades desenvolvidas são interdisciplinares. É possível dizer que têm caráter pluridisciplinar.

Percebe-se também que o Projeto Terra Vida que Pulsa é um marco e um diferencial na vida dos catadores e de suas famílias ao ajudar a prover o sustento dos mesmos, contribuindo assim, para o Desenvolvimento Local de Pirapora-MG.

Em relação à visão dos alunos pode-se concluir que as práticas educativas do Projeto Terra Vida que Pulsa desperta neles um processo de significação em relação aos direitos e deveres que devem ter em relação ao meio ambiente, colocando-os como protagonistas desse processo.

Sugere-se a partir dos dados obtidos na pesquisa que para se trabalhar com a Educação Ambiental no Ensino Fundamental seja realizada a promoção de articulações com outros e novos arranjos institucionais, destacando a temática das parcerias e vínculos implantando redes de atores e entidades, mobilizando-os em torno de problemas e interesses públicos, pois a articulação em rede se constitui, por si só, numa inovação em relação à participação da sociedade em decisões e representações de uma comunidade. O que se pode considerar é que uma inovação tem uma relação direta com uma mudança. Mudando as pessoas pode-se mudar positivamente as ações sobre o meio ambiente.

REFERÊNCIAS

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BOGDAN, Roberto C.; BIKLEN, Sari Knopp. Investigação qualitativa em educação. Tradução Maria João Alvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Porto: Porto Editora, 1994.

BORBA, C.S.; ANDRADE, R.V.; AZEVEDO, J.T.; ANDREOLI, C.;OLIVEIRA, A.C. Maturação fisiológica de sementes do milho BR451. In: CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 20., 1994, Goiânia. Resumos... Goiânia: ABMS, 1994b. p.264.

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Ilustrações: Silvana Santos