Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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27/09/2019 (Nº 69) O ENSINO DE ARTRÓPODES PARA CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR COM A UTILIZAÇÃO DO KIT EM RESINA POLIÉSTER
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o ensino de artrópodes para crianças em idade pré-escolar com a utilização do kit em resina poliéster



Michele Macedo Lopes1, Luciana Paes de Andrade2, José Sabino3



1 Mestranda em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, Universidade Anhanguera-Uniderp; e-mail: michelemacedolopes@gmail.com



2 Doutora, Docente do Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Anhanguera-Uniderp; e-mail: luciana.andrade@uniderp.com.br



3 Doutor, Docente do Mestrado/Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional e do Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Anhanguera-Uniderp; e-mail: jose.sabino@uniderp.com.br



Resumo: No campo da educação, um novo projeto pode surgir a partir de uma deficiência sentida pelos discentes ou pelos docentes em aperfeiçoar a técnica de ensino e aprendizagem. Por esse motivo, o presente artigo se propõe apresentar um relato de experiência do uso do kit de artrópodes em resina, como recurso didático no tema “bichos de jardim”. As peças foram apresentadas pela professora da turma, a um grupo de crianças de 2 a 3 anos de idade de uma escola municipal de educação infantil de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Após a apresentação do material, foi perguntado às crianças os nomes dos animais, bem como o que elas sabiam sobre os mesmos. Nesse sentido, foi importante que a professora criasse momentos de diálogo de acordo com a realidade do cotidiano dos alunos, de forma que a assimilação do conteúdo fosse refletida na vida dos mesmos, mostrando a importância dos animais, motivando-os a preservar o meio ambiente. Concluímos que o uso de um material estruturado como esse, auxilia na aprendizagem desde a fase de desenvolvimento da fala e curiosidade (crianças de 2 e 3 anos), podendo se estender ao ensino fundamental e médio. Portanto, cabe ao professor escolher o material mais adequado a ser construído, bem como optar pela melhor forma de trabalha-lo, assim, o aluno terá oportunidade de aprender de forma mais efetiva e dinâmica sem restrições de idade e série.



Abstract: In the field of education, a new project can arise from a deficiency felt by the students or the teachers in improving the technique of teaching and learning. For this reason, the present article intends to present an experience report on the use of the resin arthropod kit, as a didactic resource in the theme "Garden animals". The class teacher presented the pieces to a group of children 2 to 3 years of age from a Municipal School in Campo Grande, Mato Grosso do Sul. After the presentation of the material, she questioned children about the names of the animals, as well as what they knew about them. In this sense, it was important for the teacher to create moments of dialogue according to the daily reality of the students, so that the assimilation of content reflected in their lives, showing the importance of animals, motivating them to preserve the environment. We concluded that the use of a structured material such as this, assists in learning from the stage of speech development and curiosity (children of 2 and 3 years), and can extend to elementary and high school education. Therefore, it is up to the teacher to choose the most appropriate material to be constructed, as well as choose the best way to work it, so the student will have the opportunity to learn more effectively and dynamically without age and grade restrictions.



Introdução

Na área de educação em relação ao ensino da zoologia, em especial dos artrópodes, pode-se dizer que apesar de estarmos em constante contato com estes invertebrados, e de representarem o maior e mais diversificado grupo de animais na Terra, o tema ainda é tratado de forma superficial nas escolas. Muitas vezes, o conteúdo exposto nos livros didáticos resume-se na classificação geral e na descrição básica de suas estruturas, sem enfatizar o verdadeiro papel do grupo na natureza (PUCCI et. al, 2010).

No campo da educação, um novo projeto surge a partir, de uma deficiência sentida pelos discentes ou pelos docentes em aperfeiçoar a técnica de ensino e aprendizagem. Nesse decurso é muito importante que se analise algo que capture a atenção dos alunos para conquistar com mais facilidade o conhecimento despertando o raciocínio sobre o conteúdo ofertado e auxiliando com a teoria.

A aprendizagem deve abranger três segmentos: conteúdos conceituais, procedimentos da resolução de problemas e aquisição dos objetivos gerais de aprendizagem na realização de experimentos (MARTÍNEZ; PARRILLA;1994). De acordo com ROSITO (2003), a função da experimentação proporciona aos estudantes a aproximação com o trabalho científico e beneficia a relação entre professores e alunos.

As práticas no Ensino de Ciências, visto que uma boa formação dos estudantes passa por experiências que extrapolam o assunto teórico e provocam nos alunos a curiosidade e o fascínio de investigação dos distintos elementos da natureza. Contudo, para que a abordagem prática no ensino tenha êxito é primordial desenvolver uma relação didática em harmonia com os conceitos e modelos científicos (BARBOSA et al., 1999). Atividades diversificadas em sala de aula podem proporcionar um interesse maior aos alunos, o que ajuda a entender as diferenças de cada um deles.

Existem fatores que limitam as práticas no cotidiano escolar mesmo com todo o potencial da experimentação em sala, como por exemplo, falta de tempo para a preparação do material e equipamentos e instalações adequadas. Por esse motivo as aulas práticas são propostas de maneira insatisfatória aos alunos. Aliando a má qualidade dos livros didáticos, esses fatores são apontados pelos professores como uma das principais deficiências no ensino (ROMANATTO, 2010; KRASILCHIK, 2008).

O estudo dos artrópodes está incluso no conteúdo de diversas disciplinas da matriz curricular do ensino fundamental e ensino médio e cursos superiores. Alguns livros didáticos propõem artrópodes como recurso didático em aulas práticas por servirem de modelo na área de evolução, ecologia, comportamento, anatomia, fisiologia, bioquímica e genética (GULLAN; CRANSTON, 2008).

Por essas e outras razões os artrópodes se destacam com sua importância ecológica, em cadeias alimentares, na riqueza de espécies e por atingir a sociedade de diversas maneiras, seja eles como pragas urbanas ou agrícolas (formigas, lagartas, baratas e pernilongos), seja pelo uso dos produtos gerados por eles (seda, mel) ou de seus serviços ecossistêmicos como, polinização, dispersão de sementes, controle populacional de outros invertebrados (BORROR; DELONG, 1988).

Como esses animais possuem características que causam repulsa nas pessoas em geral, a utilização desses organismos em aulas práticas, beneficia a diminuição dos conceitos pejorativos, desmistificando o fato de estarem associados a seres que causam doenças ou outros prejuízos (COSTA-NETO; PACHECO,2004).

O Filo Arthropoda é classificado como o maior filo do Reino Animal, sendo considerado o filo mais variado e profuso com 85% das espécies de animais já registradas, possuem aproximadamente 900.000 a 1.100.000 espécies já descritas, havendo variações com relação ao número exato dada a magnitude específica. Este grupo tem como representantes as aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos, insetos e crustáceos (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004; BRUSCA; BRUSCA, 2007).

Esse grupo têm um importante papel no funcionamento ecológico dos ecossistemas, pois ocupam uma grande diversidade de micro-hábitats e nichos, são ótimos bioindicadores de ação antrópica na qualidade do hábitat, devido a sua associação física e biológica, assinalando o grau de alteração que ocorreu em determinado ambiente, além de serem prestadores de ampla gama de serviços ecossistêmicos (LONGCORE,2003; ROCHA; et al., 2008; FREITAS, 2006; LEIVAS; FISCHER, 2008).

No entanto, a ação antrópica vem induzindo uma perda expressiva desta biodiversidade. Isto pode justificar o porquê da conscientização e a importância da preservação, pois a supressão da biodiversidade pode prejudicar a uma série de fatores ambientais. A ONU decretou no ano de 2010 uma grande ação pela biodiversidade, e o MMA desenvolveu o PROBIO II, que incentivam projetos a favor da biodiversidade (JOLY et al., 2011; ICMBIO, 2014).

De acordo com as informações obtidas por Brasil (2003), onde consta a Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, pode-se considerar os seguintes grupos de animais invertebrados no geral ameaçados: Arachnida, Diplopoda, Insecta, Onychophora, Oligochaeta e Gastropoda.

A afirmação de que os recursos naturais do planeta são finitos e que o uso desordenado deles envolve a sobrevivência e aspirações humanas são centrais à questão do desenvolvimento sustentável e acompanham à necessidade de se estabelecer estratégias de conservação ambiental e especialmente da biodiversidade a diversidade biológica é o alicerce da preservação do mundo que conhecemos (WILSON, 1997).



Metodologia

A elaboração das peças dos artrópodes incrustados em resina poliéster seguiu o descrito por Lopes et al. (2018). As peças foram então apresentadas pela Professora da turma, a um grupo de crianças de 2 a 3 anos de idade de uma Escola Municipal de Educação Infantil de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Após a apresentação do material, foi perguntado às crianças os nomes dos animais, bem como o que elas sabiam sobre os mesmos.



Análise e Discussão dos Resultados



Segue abaixo o relato da Professora sobre a sequência didática aplicada para a turma de crianças de 2 a 3 anos e suas reflexões acerca dessa prática.



Bichos de jardim – experiências com as crianças do Grupo 2 (2 a 3 anos) no EMEI de Campo Grande



O grupo 2 atende as crianças de 2 a 3 anos de idade nessa faixa etária o desenvolvimento da fala e da capacidade de representação são aspectos marcantes. Apresenta curiosidade em explorar o ambiente que a cerca. Diante das grandes problemáticas socioambientais globais, pontuamos a necessidade de contemplar com as crianças temáticas como manutenção da biodiversidade.

Movidas por essa curiosidade natural de sua faixa etária, as crianças, esses pequenos seres humanos em formação, tem a necessidade de explorar e interagir com o mundo que as rodeiam desde muito pequenas. O mundo natural, muito as encanta e fascina. Pedrinhas, grama, areia, terra, plantas são elementos que fazem parte do cotidiano das crianças no EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil), com eles as crianças brincam, desenvolvem-se e aprendem a cuidar e preservar nosso ambiente.

Nesse sentido, todos os anos propomos atividades e projetos com temáticas envolvendo a natureza e seus elementos. O trabalho com os “bichos de jardim” surge a partir do interesse das próprias crianças que observam esses pequenos animais no nosso cotidiano e tem curiosidade em saber onde vivem, o que comem, se podem tocar, levar para casa, entre outros.

Um projeto sobre “bichos de jardim” foi realizado com as crianças do grupo 2 (2 a 3 anos de idade” na EMEI Michel Scaff situada no Jardim Columbia em Campo Grande). Iniciamos nosso projeto a partir da curiosidade das crianças sobre as formigas e lagartas que frequentemente aparecem no EMEI. Nossa atividade inicial foi levantar o conhecimento prévio das crianças sobre esses animais. Perguntamos se sabiam o que eram e, nesse primeiro contato, deixamos que elas verbalizassem e procurassem em revistas imagens de animais que elas acreditavam ser “bichos de jardim”.

Após esse levantamento começamos nosso trabalho. Toda semana ou a cada 15 dias apresentamos artrópodes diferentes para estudarmos e conhecermos melhor cada um deles. Procuramos dar prioridade para aqueles artrópodes que encontraríamos no jardim do EMEI tais como formigas, borboletas, joaninhas, aranhas, abelhas.

A cada novo animal, nós procuramos mostrar para os pequenos, suas características físicas, habitat, do que se alimentam, bem como espécies diferentes como no caso da joaninha em que mostramos às crianças que existem joaninhas de outras cores não somente a vermelha com pintinhas pretas.

Durante nossos estudos, também orientamos às crianças sobre tocar em alguns insetos que podem ser perigosos e, portanto, devemos evitar e chamar um adulto quando o encontrarmos.

Feito todo esse trabalho de pesquisa, o auge foi conhecer alguns desses insetos bem de pertinho. O kit de artrópodes incrustados fez muito sucesso com as crianças. Organizamos uma roda de conversa no gramado do EMEI, e dissemos a elas que veríamos uma surpresa. Mostramos, então, os artrópodes incrustados que havíamos estudado. As crianças ficaram eufóricas e curiosas. Mostramos um por um, perguntando se sabiam os nomes e nesse momento pudemos ver nosso trabalho dando resultado.

Elas nos surpreenderam mostrando que sabiam os nomes dos animais, se haviam ou não no jardim do EMEI, do que se alimentavam. Exploraram o material e a maior curiosidade foi saber como eles entraram naquele “vidrinho”, se estavam mortos ou vivos lá dentro. A borboleta foi a mais querida dentre as crianças.

Uma nova experiência será desenvolvida com as crianças nesse ano, acerca da lagarta e a metamorfose até virar borboleta. Essa foi uma experiência muito significativa para nossas crianças, uma vez que esses bichinhos fazem parte do cotidiano delas e estão por todas as partes do EMEI. Mesmo sendo muito pequenas, as crianças possuem a capacidade de explorar, pesquisar e aprender sobre diversos temas. Procuramos propor temas que surgem a partir do interesse delas. Assim, nossos pequenos aprendem sobre o mundo e a preservá-lo.

A importância do material estruturado

A metodologia aplicada ao ensino de ciências, nas escolas de ensino pré-escolar, fundamental ou médio é algo que já vem sendo debatido e descrito nos eventos e congressos da área (SILVA, 2010). Essa realidade, em alguns casos, pode ser explanada pelas metodologias de ensino que são manipuladas em salas de aula, como por exemplo: a relação teoria-exercício-teoria, que, em algumas situações, somente regressa à preocupação em afixar fórmulas, fatos e teorias, chegando a um estado de “decorar” uma equação científica (ATHAIDE; SILVA; 2011).

Em razão disso, desenvolvimento de material didático estruturado para auxiliar nas aulas práticas do ensino de ciências, é de extrema importância pois segundo Astolfi e Develay (1990), não se pode chegar e derramar no aluno todo o conteúdo da aula, pois isso pode impossibilitar seu raciocínio.

Alguns docentes revelam a falta de espaço físico apropriado para a realização das atividades, a falta de reagentes e materiais indispensáveis, e uma escassa preparação para este tipo de atividade como sendo as dificuldades cruciais para o aspecto citado (SILVA e NEVES, 2006, p. 7). Ferreira (2000), destaca que: “A utilização de resina poliéster é muito simples e permite a formação de um acervo escolar de material didático vitalício para o ensino de ciências. Com isso a falta de espaço e de materiais estariam resolvidos para as aulas de artrópodes”.

Considerando à ética no ensino, pode-se dizer que a utilização desse kit didático de artrópodes é um substituto para a morte de animais em sala de aula e uma escolha factível para facilitar o conhecimento de assuntos científicos e a conscientização do respeito à vida animal. Segundo Napoli (2007), as coleções zoológicas servem de testemunhos da biodiversidade.

Utilizando este tipo de recurso, além dos benefícios do conhecimento científico, envolvemos ainda mais os alunos com seu objeto de estudo e possibilitamos uma melhor e mais intensa interação entre aluno e professor.

Algumas discussões compostas pela Didática das Ciências associadas aos professores em exercício são alicerce para a idealização de novas práticas e metodologias que opõem o currículo escolar enciclopédico (SILVA, 2010). De acordo com Silva e Neves (2006), mesmo que muitos professores acreditem que as atividades experimentais e práticas propiciam a aprendizagem dos alunos, as mesmas ainda são poucos realizadas.

Considerando a carência de material biológico para a realização de aulas práticas na maioria dos estabelecimentos de ensino do Brasil, a utilização de coleções entomológicas no ensino de Ciências nas escolas de Ensino infantil e fundamental, além de se caracterizar em material de baixo custo, tem o potencial de tornar as aulas mais atrativas e motivadoras (MATOS et al., 2009).



Educação Ambiental

A Educação Ambiental (EA), por ser interdisciplinar e por adotar uma abordagem que considera todas as perspectivas que integram a educação – socioculturais, científico-tecnológicos, éticos e ecológicos - pode e deve ser agente potencializador de recentes métodos educativos, ao incentivar a educação para uma cidadania (DIAS, 2004). Isso é possível porque o ser humano é capacitado a realizar alterações cognitivas, promovendo o lado lógico e estruturado, simultaneamente ao lado sensível com o intuito de aflorar o interesse, o comprometimento e a atuação de indivíduos em questões socioambientais (STOLZ; VAZ, 2009).

A EA está estreitamente ligada ao indivíduo como ser social, portanto é admissível que a percepção individual seja componente da prática ou propagação de conhecimentos de cada sujeito. A humanidade, desde a sua origem, buscou maneiras de influenciar no meio ambiente e de transformá-lo no sentido de satisfazer às suas necessidades, mesmo essa transformação se mostrando desfavorável em algumas ocasiões (NUNES, 2009).

Segundo Spironello et al. (2012), a EA deve ser um método educativo e constante, com o propósito de indicar caminhos para o aperfeiçoamento das relações com os recursos naturais e com a qualidade de vida da população visando, ainda, promover a percepção ambiental.



Considerações finais

Conclui-se, que o uso do kit de artrópodes incrustados em resina tem sua importância no que concerne ao ensino aprendizagem do aluno desde a fase do desenvolvimento da fala e da curiosidade. Porém, é necessário que o professor, que é a figura mais próxima desta criança, esteja preparado e utilize tal recurso visando o objetivo de fazê-lo compreender realmente o conteúdo proposto.

O relato demonstra que realmente é fundamental o contato com o material concreto na sala de aula ou até mesmo fora dela, desde a fase do ensino pré-escolar. Os animais podem ser demonstrados com clareza e segurança às crianças, de forma a evidenciar a importância de preservá-los e as diferenças entre eles.



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Ilustrações: Silvana Santos