Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Relatos de Experiências
27/09/2019 (Nº 69) DESCARTE ADEQUADO DE RESÍDUOS HOSPITALARES: EDUCAÇÃO EM SERVIÇO UTILIZANDO O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
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DESCARTE ADEQUADO DE RESÍDUOS HOSPITALARES: EDUCAÇÃO EM SERVIÇO UTILIZANDO O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL

Glêcia Carvalho Santana1, Thayná Oliveira Militão1, Thiago Silva Santana2, Anderson Reis de Sousa3

1. Graduandas em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de Santana - Bahia. Contatos: gley9fsa@hotmail.com, tomilitao@gmail.com.

2. Enfermeiro, Mestre em Enfermagem, Professor Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana – Bahia, Contato: ts.santana12@gmail.com.

3. Enfermeiro, Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. Professor Assistente da Escola de Enfermagem da UFBA – Salvador, Bahia, Contato: anderson.sousa@ufba.br



RESUMO

Objetivo: Relatar a experiência da educação em serviço acerca do descarte adequado de resíduos hospitalares a partir da utilização do planejamento estratégico situacional. Método: Trata-se de um relato de experiência, descritivo, desenvolvido a partir da formação acadêmica em Enfermagem no contexto hospitalar, em um hospital público de uma grande cidade da Bahia, Brasil. Realizou-se uma intervenção de educação em saúde em serviço, envolvendo 23 profissionais de Enfermagem, utilizando a aplicação do Planejamento Estratégico Situacional (PES) a fim de contribuir com o descarte adequado dos resíduos hospitalares. Resultados: Evidenciou-se que o PES se configurou em uma estratégia gerencial potente para mapear o problema, definir as ações, reconhecer facilidades e dificuldades, alcançar melhores resultados. Considerações Finais: A aplicação do PES mostrou-se satisfatória e promover resposta significativa no reconhecimento dos profissionais sobre a gravidade do problema, os riscos associados para sua atividade profissional, para a saúde pública e o meio ambiente, merecendo ser aplicado no âmbito hospitalar como estratégia metodológica.

Descritores: Resíduos de Serviços de Saúde, Resíduos Hospitalares, Planejamento Estratégico, Educação em Enfermagem, Educação Continuada, Serviços de Saúde de Emergência.



Abstract:

To report the experience of education in service about the adequate disposal of hospital waste from the use of situational strategic planning. Method: This is an experience report, descriptive, developed from the academic training in Nursing in the hospital context, in a public hospital in a large city of Bahia, Brazil. An in-service health education intervention was carried out, involving 23 Nursing professionals, using the application of Situational Strategic Planning (PES) in order to contribute to the proper disposal of hospital waste. Results: It was evidenced that the PES was configured in a powerful management strategy to map the problem, define actions, recognize facilities and difficulties, achieve better results. Final Considerations: The application of PES was satisfactory and promoted a significant response in the recognition of professionals about the severity of the problem, the risks associated to their professional activity, public health and the environment, deserving to be applied in the hospital as a strategy methodological approach.

Descriptors: Health Services Waste, Hospital Waste, Strategic Planning, Nursing Education, Continuing Education, Emergency Health Services.



INTRODUÇÃO

As questões relacionadas aos aspectos do gerenciamento de resíduos sólidos hospitalares constituem-se fenômeno de relevância para a atividade profissional em saúde e para a manutenção de uma sociedade saudável. O descarte inadequado destes insumos pode trazer sérios riscos à saúde, tanto de trabalhadores quanto da população, implicando na manutenção de um equilíbrio sustentável satisfatório, em que pese o surgimento de contaminações ambientais e o comprometimento de recursos naturais.

Considerando esta especificidade fruto de ações coletivas realizadas pela Organização Mundial da Saúde e Fundação das Nações Unidades para a Infância (UNICEF) em atividades de desenvolvimento de gestão de resíduos no leste e oeste da África, índia e sudoeste da Ásia, concordaram em levantar pontos relevantes. Entre eles destacam-se: instalação ou dispensa de resíduos cortantes secos, sobrepondo a prática de enterramento ou queima de seringas; adoção de caixas de incineração e tecnologias para evitar reutilização e para proteção contra ferimentos durante o manuseio de resíduos e auto-desativação para evitar reutilização de materiais infeciosos. Esses movimentos foram disparadores de ações posteriores em todo o mundo, direcionado maior atenção aos resíduos gerados no âmbito da saúde (LLOYD, 2019).

De acordo com a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) em 2017, 4.518 municípios prestaram os serviços de coleta, tratamento e disposição final de 256.941 toneladas de RSS, o equivalente a 1,2 kg por habitante/ano. O dado atual representa uma diminuição na geração de 0,04% em relação ao total gerado em 2016, e queda de 0,8% no índice per capita.

Durante o processo de atendimento ao paciente nos estabelecimentos de saúde, há uma produção de resíduos sólidos que necessitam de um descarte adequado por parte dos profissionais. Assim, o Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS), instituído por meio do meio do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos do estabelecimento de saúde, tem o objetivo de controlar os custos e danos financeiros, ambientais e ocupacionais provocados pela dificuldade na eliminação, manejo e disposição final desses resíduos (ZAJAC et al., 2016).

Os Resíduos sólidos podem ser definidos como: materiais ou substâncias no estado sólido ou semissólido, incluindo também líquidos e gases derivados de atividades humanas domésticas, da produção industrial, do comércio, das atividades agrícolas e dos serviços hospitalares de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (2018).

Neste contexto é considerado Resíduo de Serviços de Saúde (RSS) todo rejeito produzido por atividades exercidas por estabelecimentos como hospitais, clínicas, unidades básicas, farmácias, laboratórios de análises, consultórios odontológicos, ambulatórios entre outros (CAFURE, GRACIOLLI, 2015). Tais resíduos são de caráter heterogêneo, pois se constituem de materiais de diferente natureza como papel; restos alimentares enquadrados no lixo comum; materiais biológicos capazes de causar infecção como sangue e curativos; objetos perfuro-cortantes contaminados; produtos químicos e rejeitos radiativos, os quais requerem um descarte, transporte e tratamento específicos (BRASIL, 2006).

De acordo com a RDC 222 da ANVISA de março de 2018 que versa sobre as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, os mesmos podem ser classificados em cinco categorias: Grupo A (que são os resíduos com a possível presença de agentes biológicos os quais podem apresentar risco de infecção); Grupo B, (resíduos contendo produtos, considerando suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade); Grupo C (consiste nos resíduos que contém rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente); Grupo E (resíduos perfurocortante ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro entre outros) (ANVISA, 2018).

Os RSS representam um risco potencial à saúde da comunidade e do meio ambiente devido à deficiência no seu processo de gerenciamento. Esse fato ocorre devido ao manejo e descarte inadequado dos resíduos que tem como consequência a elevação dos índices de acidentes de trabalho entre os sujeitos envolvidos no processo de coleta, segregação e tratamento dos resíduos (CAFURE; GRACIOLLI,2015). Um fator agravante é o mau aproveitamento de materiais que poderiam ser reciclados e a destinação imprópria de substâncias tóxicas em locais inapropriados resultando na contaminação do solo, da água e do ar (GESSNER et al, 2013).

Na gestão de resíduos, a segregação é uma das etapas mais importantes do processo, pois ao ser feita de forma eficaz, permite a recuperação dos rejeitos passiveis de reciclagem. Sendo assim, para o descarte eficiente faz-se necessário realizar o treinamento e conscientização dos colaboradores envolvidos na geração dos RSS (ZAJAC, et al., 2016).

No âmbito do gerenciamento de resíduos, os profissionais de saúde possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre o descarte correto. Nota-se que existe uma fragilidade no que se refere a educação continuada das instituições de saúde. Assim como, detecta-se uma elevada produção de RSS pela equipe de saúde (BENTO, COSTA, 2015). Desse modo, para que haja uma educação em saúde fortalecida e de qualidade faz-se necessário estabelecer metas e práticas exequíveis na implantação gradual da segregação de RSS. (ZAJAC, et al., 2016).

O Planejamento Estratégico Situacional (PES) pode se configurar uma importante ferramenta utilizada para elaborar intervenções no serviço buscando a solução de problemas por meio de ações sistematizadas (MATUS,1996). Sendo então salutar a sua utilização para enfrentamento das ações que dificultam o gerenciamento dos resíduos sólidos em saúde.

Como forma de desvelar os achados, buscou-se investigar: como pode ser realizado o descarte adequado dos resíduos hospitalares tomando como base o planejamento estratégico situacional? Diante do exposto e considerando a relevância social, econômica e ambiental do objeto, este artigo tem como objetivo relatar a experiência da educação em serviço acerca do descarte adequado de resíduos hospitalares a partir da utilização do planejamento estratégico situacional.



METODOLOGIA

O interesse pela temática surgiu durante o estágio obrigatório do componente curricular estágio supervisionado II, a observação durante a fase inicial motivou a construção de um Planejamento e posterior intervenção baseado no problema identificado como descarte inadequado dos RSS pela equipe de saúde. Para realizar as intervenções foi utilizado o planejamento estratégico situacional (PES) para garantir, que as ações surtirão efeito, considerando as dificuldades que podem vir a surgir.

Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, vivenciado no campo de desenvolvimento das práticas acadêmicas da formação em Enfermagem, especificamente na modalidade de formação prática em contexto hospitalar, operacionalizadas no ambiente institucional da sala vermelha de uma Unidade de Emergência Hospitalar (UEH) de um hospital público de uma grande cidade do estado Bahia, Brasil.

A experiência relatada vincula-se ao estágio obrigatório do componente curricular Estágio Supervisionado II, do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, Brasil, durante o período de outubro a dezembro de 2018.

Ações se constituíram de etapas, sendo a primeira, a realização de abordagem observacional e descritiva das problemáticas existentes no setor, que resultaram na construção do Planejamento Estratégico Situacional (PES). Este método de pesquisa qualitativo apresenta uma reflexão acerca das ações experenciadas no campo de interesse profissional e científico (CAVALCANTE, LIMA, 2012).

Posteriormente, tomando como base os resultados extraídos do PES, atividades de educação em saúde em serviço foram planejadas e posteriormente aplicadas por estudantes de Enfermagem durante o estágio junto as equipes profissionais do setor. A ação foi implementada com vistas a suscitar o aprendizado sobre o descarte adequado dos resíduos sólidos na unidade em questão, considerando que este se mostrava ser um complicador existente para o alcance da qualidade e segurança assistencial em saúde.

Enquanto marco teórico acessado para a elaboração e execução das ações, as estudantes utilizaram como instrumento norteador do planejamento das ações em saúde, o Planejamento Estratégico Situacional (PES), proposto por Carlos Matus (1996) que o define-o como sendo estruturado em momento explicativo, normativo, estratégico e operacional.

Por sua vez para a elaboração das ações de educação em saúde em serviço utilizou-se de recursos como: folders ilustrativos, dinâmica sobre o descarte correto do resíduo hospitalar, diálogo integrado com a equipe de enfermagem e rodas de conversas.

A construção do PES durante o estágio possibilitou a elaboração de ações que foram aplicadas para resolução de problemas identificados no cenário de prática com o objetivo de promover alcance de resultados eficazes. Para tanto, utilizou-se enquanto estratégia o estabelecimento de metas. Neste processo, as discentes tomaram decisões acerca do que fazer, como fazer, quando fazer e quem deveria fazer. Essas decisões foram tomadas em conjunto com as equipes, de maneira dialética, sob o apoio e supervisão docente.

Sendo assim, buscou-se contemplar e considerar a percepção de todos os profissionais da sala vermelha, conferindo deste modo diferentes significados ao problema identificado e proporcionando às discentes em formação, a possibilidade de conduzir as decisões a serem tomadas de forma supervisionada, continuada e decidida em coletivo.

Verificou-se também a priorização e os aspectos ligados à disponibilidade dos recursos e a sua viabilidade prática para a sua operacionalização. O planejamento das ações foi flexível, considerando as situações imprevisíveis relacionadas a dinâmica da unidade, a exemplo dos atendimentos emergenciais e também as particularidades inerentes a cada contexto, o que requer abordagens específicas diante do problema a ser resolvido.

O público-alvo deste estudo foi composto de 23 participantes entre eles enfermeiros, técnicos de Enfermagem e estudantes que estavam em atividade prática no setor no período supracitado.



RESULTADOS E DISCUSSÃO



Cenário da aplicação do PES

O cenário deste estudo foi a sala vermelha de uma UEH, de um Hospital Público do interior da Bahia, destinada ao atendimento de pacientes graves com risco iminente de morte, os quais necessitam de assistência imediata até estabilização do quadro clínico fornecendo uma assistência adequada até que o paciente obtenha condições de ser transferido para outra unidade.

Nesta unidade são atendidos em sua maioria vítimas de trauma e politrauma, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio (IAM), queimaduras, e pacientes que se agravam dentro do hospital. O tempo de permanência na unidade é 24 horas, apresentando, portanto, grande rotatividade e alto fluxo de atendimento.

O quadro de profissionais é composto por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, totalizando cerca de sete colaboradores por plantão. A sala vermelha também funciona como campo de prática de estágio curricular para estudantes de graduação e nível técnico de enfermagem de diversas instituições de ensino.

Assim, o Planejamento estratégico utilizado para elaboração das ações foi realizado seguindo os quatro momentos descritos por Matus (1996), ou seja, momento explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional.



Momento explicativo

No momento, denominado explicativo, que se configura no momento onde são desenvolvidas a análise da realidade presente e a ligação que existe entre o momento atual e o futuro que se deseja chegar. Nesse momento desenvolvem-se a complexa tarefa de promover identificação e seleção dos problemas, buscando-se explicar com determinada profundidade as causas de cada um do conjunto de problemas existentes (MATUS, 1996).

É também no momento explicativo que se marca a situação inicial do plano estratégico a ser definido, é o ponto de partida para o alcance das metas levantadas, configurando-se num importante marco. Deve-se contar com a macro participação de todos os atores envolvidos para a análise dos problemas que os afligem (MATUS, 1996).

Considerando esse pressuposto, foi realizado uma análise da situação de saúde através da caracterização do território e da população, a identificação dos problemas, descrição, priorização e explicação dos mesmos.

Neste cenário as estudantes atuaram junto às enfermeiras no desenvolvimento das atividades assistenciais e gerenciais. Na primeira semana de estágio, fase de observação, procuraram compreender a rotina da unidade e oportunamente observaram os problemas e dificuldades enfrentados pela equipe de saúde no desenvolvimento de suas atividades. Em seguida foi realizada uma listagem de problemas, dentre os problemas listados estão aqueles com possibilidade de ser solucionado no período do estágio e com maior necessidade de intervenção, a saber: (des) organização dos impressos da unidade; descarte (in) adequado dos RSS e falha no controle de materiais e equipamentos da unidade.

Após a listagem dos problemas, realizaram a hierarquização dos mesmos, procurando estabelecer as relações de causas e consequências evitando expressões vagas, soluções inexistentes e más interpretações.

Assim, foi possível priorizar o problema descarte (in) adequado dos RSS, escolha atribuída ao grande fluxo de atendimentos na unidade, que gera muitos procedimentos, produzindo uma quantidade excessiva de resíduos sólidos. Notou-se perceptivelmente em diversas ocasiões o descarte prejudicado, fato este que foi pontuado diversas vezes pelo setor de Gerenciamento de Resíduos do hospital em suas visitas de supervisão na unidade.

As negligências ocorridas durante a segregação dos resíduos hospitalares configuram-se numa problemática presente em diversos hospitais do Brasil. Tal situação tem se revelado em expressivo agravo para a saúde pública, dada a magnitude dos efeitos nocivos que podem ser gerados à população (SOUZA, et al., 2016; BASTOS, 2016). Não somente as unidades de saúde sofrem o impacto como também o meio ambiente, afetando sobremaneira o bem-estar social e sanitário, sendo ressaltados por diferentes estudos em realidades de diversos estados, a exemplo do Ceará, Goiânia e Santa Catarina (CASTRO et al., 2014; PEREIRA et al., 2013; MASSOLA, FANK, 2017).

Ao analisar o problema identificado, elencou-se como possíveis causas o (des) conhecimento das consequências socioambientais, decorrentes do descarte inadequado dos resíduos, tanto por parte dos profissionais quanto dos estudantes que atuam na unidade; rotina intensa da unidade, com alto fluxo de atendimentos que levavam a alta produção de lixo em pouco espaço de tempo, fazendo com que o descarte fosse feito com pouca atenção e de modo inadequado. Essas causas têm sido apontadas com destaque, em que se mostram o conhecimento deficiente sobre a correta segregação dos resíduos por parte dos funcionários enquanto umas das principais causas do aumento do descarte e tratamento irregular dos mesmos (BASTOS, 2016).

Enquanto repercussões desse descarte inadequado, encontra-se a elevação dos custos e os problemas de base socioambientais que possuem íntima relação com a qualidade de vida e saúde (RIBEIRO FILHO, 2001). Desse modo, é possível identificar a relevância da atividade explicativa durante a realização do planejamento e das intervenções, como forma de produzir conhecimento e difusão das informações acerca do problema existente, pois se há desconhecimento por parte dos operantes e mesmo causadores do problema, assim como se não são conferidas as devidas importâncias às repercussões que os problemas poderão causar, as situações prejudiciais ocorridas não deixarão de acontecer (MATUS, 1996).

Portanto um dos recursos relevantes a serem empregados pelas equipes de saúde e suas respectivas gestões é investir na capacitação profissional e no desenvolvimento das ações de educação em saúde em serviço. Com isto os profissionais estarão mais engajados, comprometidos, sapientes e motivados a realizarem o alcance dos melhores resultados.

Momento Normativo

No momento normativo, que compreende o momento em que são estabelecidos o que se deve fazer, são definidas as operações, considerando os diferentes cenários e as possibilidades de mudanças de situação inicial em direção à situação ideal que se quer alcançar. É um momento em que se deve, portanto centra-se no direcionamento das operações para que se efetivem os objetivos propostos e/ou as metas levantadas.

Para que este momento se torne efetivado, Matus (1996) convida para o exercício da discussão cuidadosa da eficácia de cada ação em relação à situação objetivo, fazendo com que haja íntima ligação entre os resultados desejados e os recursos necessários bem como os produtos disponíveis de cada ação.

A partir disso, deliberaram-se sobre como seria elaborado o plano, e definiram-se os objetivos, além de terem sido propostas as atividades de intervenção considerando os atores envolvidos conforme também reitera Lima, Haddad, Sardinha (2008).

Destacam-se enquanto marcos relevantes para a gestão de resíduos o estabelecimento de liderança, compromisso, planejamento, para vinculação orçamentária para mobilização de infraestrutura e gerenciamento das ações. Inclui-se vinculação de mecanismos regulatórios, aquisição de produtos, embalagens que evitem a poluição; criação de infraestrutura para coleta, transporte, reciclagem e incineração e destruição dos resíduos e por fim o monitoramento do suprimentos, consumo e destruição (LLOYD, 2019). Estes marcos mostram-se indispensáveis no processo normativo de execução do planejamento.

Assim, diante do problema escolhido, foi estabelecido como objetivo sensibilizar e conscientizar os profissionais de saúde que atuam na sala vermelha para a realização do descarte adequado dos resíduos produzidos na unidade.

Neste momento, iniciaram o desenho do conjunto de ações/atividades necessárias para a resolução do problema priorizado, a saber: levantamento das principais dúvidas dos profissionais sobre o descarte dos resíduos; articulação com a gerente e enfermeiras da unidade para elaboração de rodas de diálogos sobre o PGRSS; reunião com os responsáveis pelo setor de gerenciamento de resíduos do hospital para obter o regulamento sobre como ocorre o descarte adequado dos resíduos; reconhecimento dos indicadores de descarte e conhecimento de como é feito o controle do descarte nas unidades e pôr fim a confecção de materiais informativos (folders) sobre o descarte adequado dos resíduos hospitalares.



Momento Estratégico

O momento estratégico é destinado a analisar as restrições e as facilidades que interferem no cumprimento de desenho normativo estabelecido. Faz relação com os aspectos de viabilidade e, portanto, os obstáculos que possam emergir a serem vencidos afim de aproximar da realidade da situação eleita como objetivo. São identificados também os atores envolvidos e o seu grau de concordância e oposição aos desejos projetados nas ações previstas (MATUS, 1996).

Trata-se também de estabelecer o desenho e os cursos da ação para a superação de obstáculos, expressando um balanço entre o que deve ser e o que pode ser feito (TONI, 2004). Logo, delinearam-se um conjunto de ações ou operações necessárias e eficientes para investir contra as dificuldades fundamentais para a solução do problema (também chamadas de nós críticos ou estratégicos).

Em seguida, definiram-se o conteúdo propositivo do plano, discutiu-se a eficácia de cada ação/atividade, além de, terem sido pensados nos resultados desejados e nos recursos necessários para os produtos de cada ação, em atendimento as recomendações aportadas por Toni (2004).

Como estratégias para elaboração das ações foram feitas uma leitura da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 222, do Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde e dá outras providências. E, firmado uma parceria com a gerente da unidade e com a equipe do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Saúde (PGRSS) do referido hospital, que além de prestarem explicações sobre as atribuições do PGRSS e ofertarem o apoio instrumental, forneceram materiais educativos para a realização das rodas de conversa.

A sala vermelha por configurar-se enquanto porta de entrada do hospital, com alto fluxo de pacientes, limitou a participação dos profissionais nas atividades propostas, sendo esta uma situação dificultadora. No entanto, para contornar essa situação não foram definidos horários rígidos para as rodas de conversa. Estas foram promovidas em horários flexíveis, ocorrendo em momentos considerados oportunos pela equipe em supervisão de docentes do componente curricular na qual faziam parte as estudantes estagiárias. Por ser campo de prática de diferentes instituições de ensino, a unidade possui alto fluxo de estudantes, e por isso as rodas de conversa também os incluíram, bem como os profissionais que estavam atuando como trainee no setor, ampliando assim a capacidade de propagação do conhecimento.

Outra dificuldade encontrada para desenvolvimento das ações foi o fato dos profissionais não atribuírem a devida importância à temática. Observou-se a ausência de histórico de priorização do tema por parte das equipes nas atividades de educação em saúde e ou capacitação profissional, motivo pelo qual mobilizou a atenção da equipe executora.

Mesmo que hajam dificuldades, o problema do descarte inadequado dos resíduos não pode ser desprivilegiado. Na Índia surtos mortais de hepatite provocaram significativo problema de saúde pública em consequência do comercio ilegal de equipamentos médicos descartados inadequadamente (SOLBERG, 2009).

Diante dessa gravidade, a adoção de práticas de responsabilidade ambiental nos hospitais deve ser implantada é o que revela um estudo que investigou quatro instituições hospitalares privados brasileiros sobre a motivação para realização de programas de gestão ambiental nesses espaços (KUNGER, ARAUJO, CURI, 2017).

Na análise viabilidade, realizou-se em supervisão docente, o agrupamento das facilidades que se tinha disponível para a superação dos obstáculos que se colocaram para a efetivação das mudanças traçadas. Destacaram-se os relativos à escassez de recursos, como quantidade insuficiente de lixeiras especificas para o descarte adequado dos resíduos, e de articulação política, caracterizado pela dificuldade na reunião de todos os profissionais de saúde para as atividades de educação em serviço.



Momento tático operacional

Por fim, no momento tático-operacional estrutura-se no momento decisivo, em que todas as análises desenvolvidas nos momentos anteriores se transformam em ações concretas. É necessário monitorar as ações, com proposições de mudanças ou ajustes ao longo do desenvolvimento do processo (MATUS, 1996).

É nesse momento se caracteriza no "fazer", é o momento decisivo do PES. Já que o planejamento é concebido como cálculo que precede e preside a ação, as possibilidades ou o alcance do processo de planejamento se darão pela capacidade desse cálculo alterar, conduzir, orientar as ações presentes. É o momento tático-operacional que articula o planejamento situacional de conjuntura com o planejamento de situações-perspectivas (LIMA, 2008).

Foram realizadas seis rodas de conversa, em um período de duas semanas, sobre o descarte correto dos RSS com os enfermeiros, técnicos de enfermagem e estudantes de enfermagem. Durante a roda, foram ouvidas as dificuldades dos participantes com relação a dinâmica da unidade e o descarte dos resíduos, e foi realizada uma dinâmica onde cada indivíduo teve a oportunidade de retirar um papel com o nome de um resíduo escrito indicando em seguida em qual lixeira deveria fazer o descarte.

Dos 23 participantes, ao final das duas semanas, observamos que menos da metade havia sinalizado dúvidas com relação ao descarte adequados dos resíduos, e durante a dinâmica, mais da metade tiveram acerto no tocante ao descarte correto. A ação foi proveitosa, e considerada exitosa, pois discutiu-se as diferenças do descarte dos resíduos da referida instituição de saúde e de outras. As dificuldades, que os profissionais encontram como o pequeno número de lixeiras dispostas no hospital foi um dos pontos elencados na discussão.

As discussões e debates com os profissionais do PGRSS mostraram, que não possuem indicadores para avaliar a produção de resíduos hospitalares. Eles quantificam a quantidade de resíduos produzidos por tipo, porém, não têm indicadores da quantidade de resíduos descartados incorretamente no hospital o que foi sugerido e também o cálculo da taxa de produção anual, o que compromete o conhecimento panorâmico da situação problemática.

Para a avaliação aprendizagem realizou-se investigação quantitativa a partir da aplicação de questionários (tipo quis) com os profissionais sobre o descarte adequado dos resíduos sólidos após as ações, que pôde ser feito no momento da integração do profissional admitido no hospital.

Desta forma emergiu-se como produto a criação de indicadores quantitativos e qualitativos, a saber: taxa dos resíduos gerados na sala vermelha por grupo de resíduos, de acordo com a classificação da Resolução RDC Nº 222, de 28 de março de 2018.

Ao se realizar o PES os profissionais são instigados a pensarem uma solução para o tema, fazendo com que os mesmos se apoderem sobre o seu papel na melhoria da qualidade do serviço prestado. E os estudantes apesar, de ficarem por um determinado tempo no setor puderam adquirir conhecimento agregando a sua prática. Foi perceptível uma melhoria na atenção dos profissionais do setor quanto ao descarte correto dos resíduos, após a efetivação das ações.

Conforme aponta Bento e outros (2017) a promoção de espaços de reflexão no cotidiano da assistência poderá promover significativas mudanças na realidade de trabalho. No âmbito do gerenciamento dos resíduos hospitalares, potencializa a minimização de agravos à saúde e ao meio ambiente. Equipes comprometidas, a exemplo da equipe de Enfermagem, por intermédio da liderança, podem desempenhar um papel relevante no que tange a orientação e supervisão das etapas que correspondem ao adequado manejo dos resíduos sólidos em saúde.

A aplicação e incorporação de tecnologia tem permitido alcançar patamares satisfatórios de adequação, como forma de promover princípios norteadores e competentes às práticas profissionais. Tal feito proporciona ampliação da gestão das unidades e impactam positivamente no alcance de resultados (LORENZETTI et al., 2016).

Nesse aspecto o gerenciamento de resíduos de saúde quando ineficaz ou inexistente conduz para a geração de situações de risco elevadas, tanto para os profissionais que manipulam, quanto aqueles responsáveis pela limpeza, preparo de materiais esterilizáveis, e até catadores de lixo, refletindo em elevação de acidentes de trabalho, infecção hospitalar e a degradação ambiente como já foi problematizado (FREITAS, SILVA, 2012).

Desse modo é imprescindível que haja iniciativas sustentadas e expandidas em todo o sistema de saúde pública. Programas integrados de saúde global devem ser incorporados em articulação com demais esferas do sistema de saúde buscando contemplar a gestão plena dos resíduos, sendo então colocado na agenda de prioridade dos governos e demais agências relevantes a exemplo da Organização das Nações Unidas (ONU) (LLOYD, 2019).

É importante salientar que como as organizações e ações de saúde são dinâmicas, o ordenamento desses momentos não foi realizado como etapas estanques. Reforça-se que a dependência de cada situação, o planejamento pode começar por qualquer um dos momentos descritos por Matus (1996).



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi exposto, observou-se a importância do descarte correto dos RSS, a potencialidade do Planejamento Estratégico Situacional na organização das ações para alcance de melhores resultados e a potencialidade da educação em serviço como meio promotor de contribuir para que esta melhoria aconteça. O problema identificado e priorizado neste estudo têm grande relevância social, ambiental e econômica, e de saúde por se tratar de uma questão que envolve o equilíbrio da manutenção do bem-estar coletivo.

Notou-se que a ocorrência do descarte inadequado dos resíduos sólidos nas unidades hospitalares traz diversas consequências para quem lida diretamente com o lixo produzido e nos seus processos de tratamento, para o meio ambiente que recebe esses resíduos com alto potencial infectante. Para evitar tantas repercussões negativas, faz-se necessário que o manejo desse tipo de resíduo seja feito de maneira consciente e responsável desde a segregação até os processos de tratamento.

Identificou-se que tomar como base o pressuposto explicativo, normativo, estratégico e tático operacional do planejamento estratégico situacional tem se configurado um importante dispositivo de gestão a ser aplicado na prática profissional em saúde que garante a instrumentalização necessária para enfrentar problemas cotidianos. Tal problemática submetida à experimento do PES mostrou-se complexa, geradora de elementos dificultadores, no entanto mostrou-se passível de resolução e eficazmente satisfatória quando observados os resultados alcançados em cada etapa de operacionalização.

A segregação é um dos passos mais importantes nesse processo, esta é feita ainda nas unidades hospitalares pelos próprios profissionais de saúde e demais funcionários do hospital, os quais são peças-chave nesta fase do gerenciamento de resíduos e por isso necessitam de preparo e capacitação através de ações educativas que visam à sensibilização dos mesmos acerca do descarte adequado. Desse modo percebe-se a relevância deste estudo e da necessidade do aprofundamento de pesquisas e intervenções que contemplem esta problemática.



REFERÊNCIAS

  1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS (ABRELPE). Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. Disponível em: http://abrelpe.org.br/panorama/Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) 2017.

  2. BASTOS, A.C.D. Variação dos custos associados ao processo de gerenciamento dos resíduos sólidos infectantes em um hospital geral. Salvador, 2016. Disponível em:< https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/21675/1/Diss%20Ana%20Claudia%20Bastos.%20MP%202016.pdf>. Acesso em: 12 de dezembro de 2018.

  3. BENTO, D. G.; COSTA, R. Estado da arte acerca dos resíduos de serviço de saúde. Revista Eletrônica Estácio Saúde, v. 4, n. 2, p. 125-138, 2015.

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Ilustrações: Silvana Santos