Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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20/03/2020 (Nº 70) PERCEBENDO EFEITOS DA CEGUEIRA BOTÂNICA ENTRE PROFESSORES DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NA AMAZÔNIA OCIDENTAL, BRASIL
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PERCEBENDO EFEITOS DA CEGUEIRA BOTÂNICA ENTRE PROFESSORES DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NA AMAZÔNIA OCIDENTAL, BRASIL



Kethelin Souza Oliveira1, Marcus V. Athaydes Liesenfeld2



1 Discente em Ciências Biológicas, Campus Floresta, Universidade Federal do Acre. Email: kethelinlopes26@gmail.com

2 Pesquisador Doutor, Laboratório de Ecoanatomia e Ecologia Vegetal, Campus Floresta, Universidade Federal do Acre. Email: athaydes@gmail.com



Resumo

A falta de habilidade dos indivíduos em perceber as plantas no seu cotidiano pode ser resumida no termo “Cegueira Botânica”. Interessados nesse efeito, investigamos a percepção dos educadores de Ensino Médio e Fundamental na Amazônia Ocidental, regional Alto Juruá, Estado do Acre (nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves), verificando o grau de inabilidade dos mesmos na percepção das plantas. Na coleta de dados utilizamos questionário e o método de “Piscada de Atenção” de forma online. Os resultados indicam que, de uma maneira geral, os entrevistados tenderam a lembrar mais nomes de animais do que de plantas. Concluímos que a cegueira botânica é um fator de educação ambiental a ser considerado entre os professores do ensino médio e fundamental no Alto Juruá.

Palavras-chave: Alto Juruá, Educação ambiental, Percepção.



Abstract: Perceiving effects of plant blindness between fundamental and middle education teachers in western Amazon, Brazil

The inability of individuals to perceive plants in their daily lives can summarized in the term "Plant Blindness". Interested in this effect, we investigated the perception of high school and elementary educators in the Western Amazonia, Alto Juruá regional, Acre state (Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima and Rodrigues Alves municipalities), verifying their degree of inability in the perception of plants. In the data collection, we used a questionnaire and the method of “Attention Blink” online. The results indicate that, overall, respondents tended to remember more animal names than plant names. We conclude that plant blindness is an environmental education factor to be considered among high school and elementary school teachers in Alto Juruá.

Keywords: Alto Juruá, Environmental Education, Perception.

  1. Introdução

Embora as plantas estejam constantemente presentes no nosso cotidiano, a grande maioria das pessoas apresenta sintomas da cegueira botânica, ou cegueira vegetal (“plant blindness”, Wandersee & Schussler, 2001), ou seja, uma incapacidade de perceber, prestar atenção nas plantas do seu entorno. Os indivíduos sob esse fenômeno, tendem a exibir percepção deturpada em relação às plantas, subvalorizando a sua diversidade, importância, beleza, cuidados necessários para sua sobrevivência, e seus riscos de extinção (Frisch et al., 2010; Salatino & Buckeridge, 2016).

Uma explicação evolutiva para esse fenômeno, indica que os humanos se tornaram melhor adaptados a prestarem maior atenção aos animais, por conta da resposta rápida às situações de defesa contra predadores e/ou busca por caça (New et al., 2007). As plantas não portam tantas características marcantes quanto os animais, para chamar a atenção do ser humano. Ao contrário dos animais, as plantas são estacionárias e podem crescer de forma quase ilimitada, enquanto que os animais são móveis e tem necessariamente seu tamanho limitado (Oliveira, 2003).

Ao longo dos séculos, uma percepção fragmentada da vida vegetal sujeitou a humanidade a uma diminuição no reconhecimento dos vegetais (Pany & Heidinger, 2017), estabelecendo-se na sociedade uma visão imprecisa dos vegetais, onde as plantas passam a ser enxergadas mais como um plano de fundo para as outras formas de vida, como seres inanimados, dificilmente lembrados como seres vivos, e a floresta como um borrão verde (Ramalho et al., 2017).

Uma das consequências dessa diminuição do interesse nas plantas é o fato que financiamentos para a conservação da natureza são mais voltados para animais bandeira, do que para as plantas. São raras as estratégias promovendo o aumento da empatia dos indivíduos pelas plantas, através da educação ambiental, do ensino de botânica ou da diminuição dos efeitos da cegueira botânica, em temas que contariam a favor da conservação de espécies vegetais (Balding & Williams, 2016).

Infelizmente as plantas e, consequentemente, a botânica como ciência, não são assuntos que estejam despertando a curiosidade de alunos e professores, e na grande maioria dos casos, esses interlocutores não são nem mesmo instigados à curiosidade (Katon et al., 2013). O fenômeno de negligenciar as plantas no processo educativo foi nomeado de várias formas ao longo dos anos: zoochauvinismo, zoocentrismo, miopia botânica, cegueira vegetal, mas repete um padrão: se professores não são estimulados a saber sobre as plantas, tampouco repassam ensinamentos botânicos aos seus alunos (Frisch et al., 2010; Neves et al., 2019).

Aqui nesse trabalho são apresentados resultados sobre percepção de plantas, obtidos pela primeira vez, entre educadores do ensino fundamental e médio de diversas matérias. Investigamos a existência dos efeitos da cegueira botânica, e analisamos o nível de empatia dos educadores com as plantas, em relação aos animais e objetos. Também procuramos compreender diferenças entre gêneros sobre a percepção vegetal, e se professores de biologia se destacam no reconhecimento da diversidade e usos das plantas.



  1. Material e Métodos

O estudo foi realizado com educadores da Amazônia Ocidental, habitantes de três municípios da regional Alto Juruá, Estado do Acre (Figura 1): Cruzeiro do Sul, que possui uma área de 7.924 km², com uma população estimada em 87.673 habitantes; Mâncio Lima, com uma área 5.452 km², com uma estimativa de 18.638 habitantes; e o município de Rodrigues Alves, com uma área de 3.076 km², e uma população estimada em 18.504 habitantes (IBGE, 2018). O estado do Acre faz parte do Bioma Amazônia, e preserva atualmente mais de 80% de sua floresta ainda remanescente (Azevedo, 2019).



Figura 1. Mapa dos limites municipais do Estado do Acre, destacado em verde os municípios abrangidos no estudo: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

Fonte: Autores.



Para o levantamento dos dados elaboramos um questionário padrão, que foi aplicado de forma online através da Plataforma do Google® Formulários, direcionado aos educadores de ensino médio e fundamental de 24 escolas presentes nos três municípios do estudo, entre os meses de setembro a outubro de 2019. O questionário contou com duas seções, a primeira de perguntas sociodemográficas, e na segunda a aplicação do método da “Piscada de Atenção” (modificado de Balas e Momsen, 2014). Durante a submissão do formulário na plataforma, foi anexado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foi devidamente aceito pelos pesquisados.

Após finalizar a aplicação dos formulários, os dados coletados foram armazenados em planilhas eletrônicas. Métodos qualitativos e comparativos de análise foram executados para avaliar o grau de inabilidade que os indivíduos possuem de ver ou perceber as plantas no seu ambiente, se há uma empatia maior em relação aos animais comparado às plantas, e ainda comparar homens e mulheres sobre a distribuição do número de visualizações de plantas x animais. A Análise de Variância (ANOVA) foi utilizada para buscar diferenças entre o número de visualizações dos professores por grupo na “Piscada de Atenção”.

3. Resultados

3.1 Perfil sociodemográfico

Na fase de divulgação da pesquisa e convite dos educadores, foram previamente incluídos 186 professores. Destes, 76 demonstraram interesse em participar da pesquisa, 34 aceitaram o TCLE e finalmente 22 responderam ao questionário online. Das 24 escolas dos três municípios do estudo, entre urbanas e rurais, 11 tiveram participação na pesquisa.

Dos 22 professores que responderam adequadamente ao questionário, 81,8% são do gênero feminino e 18,2% do gênero masculino. Esses dados foram compostos por indivíduos de 20 e 35 anos (45,5%), mais de 35 anos de idade (45,5%) e de até 20 anos (9,1%).

Língua Portuguesa foi a matéria lecionada mais frequente entre os educadores (40,9%), seguida de Biologia (22,7%). A maioria dos educadores já vem lecionando sua matéria entre 5 e 10 anos (36,4%), seguido de educadores que lecionam 2 anos (31,8%), entre 2 e 5 anos (22,7%), e mais de 10 anos (9,1%).



3.2 Piscada de Atenção

Comparando o número de visualizações dos educadores entre os grupos (objetos, plantas e animais), verificamos que não houve diferença entre eles (F=0,85; P=0,43). A percepção por objetos (média das visualizações ± desvio padrão = 2,69 ±0,57), plantas (3,34 ±0,71) e animais (3,36 ±0,71) na piscada atenção foi equilibrada (Figura 2).

Por outro lado, o número de citações por nome de animais foi maior (54,8%), em relação ao citado para plantas (45,2%). O animal mais citado a partir das visualizações foi o jacaré (14 vezes), e nas plantas destacam-se o buriti e o café (08 vezes cada).

Não há diferença do número de visualizações de plantas por professores de biologia em relação aos professores de outras matérias (F= 0,1383; P=0,71). Já que no que se refere à distribuição comparativa do número de visualizações de plantas entre homens e mulheres (N= 19), a tendência observada é que as mulheres perceberam maior número de visualizações de plantas (Figura 3).

3.3 Percepção de Plantas, Atividades, Diversidades e Uso

Quando interrogamos aos professores sobre a frequência de idas ao campo com os alunos, 45,5% dos 22 professores responderam que não levaram seus alunos em atividades de campo no último ano. O apoio financeiro para a realização das atividades de campo (Figura 5) foi apontado por 77,3% dos educadores como principal dificuldade para falta destas atividades, e a maioria (90,9%) considerou que conhecer novos ambientes fora da sala de aula, é a principal vantagem das atividades de campo (Figura 6).

Quando perguntamos aos professores sobre a diversidade de plantas, especificamente de quantas espécies de plantas eles lembram o nome e usos, constatamos que os professores de biologia, no geral, conhecem um número maior de espécies, do que os que lecionam em outras áreas (Tabela 1).





Figura 2. Gráfico boxplot mostrando médias de visualizações por grupo (Animais, Objetos e Plantas) da Piscada de Atenção, segundo 22 professores entrevistados de ensino médio e fundamental de três municípios da regional Juruá, no Acre.

Fonte: Autores.

Figura 3. Gráfico boxplot sobre a distribuição do número de visualizações de plantas entre homens e mulheres, segundo 19 professores entrevistados de ensino médio e fundamental de três municípios da regional Juruá, no Acre.

Fonte: Autores.



Figura 5. Análise das dificuldades encontradas para levar os alunos à campo, segundo 22 professores entrevistados de ensino médio e fundamental de três municípios da regional Juruá, no Acre. D5: Apoio financeiro para a realização das atividades; D4: Acesso ao material; D3: Acesso a áreas de campo seguras; D2: Apoio institucional; D1: Conhecimento das espécies de plantas.

Fonte: Autores.

Figura 6. Análise das vantagens das atividades de campo, segundo 22 professores entrevistados de ensino médio e fundamental de três municípios da regional Juruá, no Acre. V6: Conhecer novos ambientes fora da sala de aula; V5: Observar o objeto de estudo fora da estrutura burocrática da sala de aula; V4: Compreender aspectos que não poderiam ser compreendidos apenas com leituras; V3: Mostrar que fenômenos e processos naturais estão presentes no ambiente como um todo; V2: Desenvolver maior sensibilização ao mundo natural e cultural; V1: Manipular e interpretar dados in loco para solução de problemas.

Fonte: Autores.

Tabela 1. Distribuição da quantidade de espécies vegetais que os educadores de ensino médio e fundamental, da biologia x outras matérias, relataram saber o nome e o uso, segundo 22 entrevistados de três municípios da regional Juruá, no Acre.


Outras matérias

Biologia

Até 5 espécies

59%

20%

Entre 5 e 10 espécies

41%

0%

Entre 10 ou mais espécies

0%

80%

Fonte: Autores.

  1. Discussão

Vários autores abordaram a cegueira botânica a partir da percepção dos estudantes (ex.: Frisch et al., 2010; Balas & Momsem, 2014; Pany & Heidinger, 2017; Strgar, 2017; Amprazis et al., 2019; Prokop & Fančovičová, 2019). Em muitos destes estudos, os animais receberam mais atenção do que as plantas, e isso pode geralmente ser explicado pela baixa capacidade dos entrevistados de prestarem atenção nas plantas. “Ver” e “prestar atenção” têm sentidos complementares em análise de percepção, sendo que a capacidade de “prestar atenção” se torna limitada quando a mente ignora estímulos sem sentido, dando mais atenção aos estímulos que representem algum sentido (Frisch et al., 2010).

Diferentemente do relatado nos estudos acima para os estudantes, os resultados aqui observados por meio do método de “piscada de atenção”, indicam que a percepção dos educadores foi equilibrada na relação animais e as plantas, e que apesar dos animais portarem características que se destacam mais, aparentemente a empatia dos educadores continua ampla. Os educadores, portanto, não demonstraram possuir a classificação antropogênica equivocada dos animais serem superiores às plantas (Wandersee & Schussler, 1999; Oliveira, 2003).

Essa evidência é muito importante, pois de uma forma hierárquica, os alunos possivelmente estarão sendo bem instruídos a não subvalorizar as plantas, deixando o seu senso de empatia melhor para com os dois grupos (plantas e animais), possibilitando igualdade entre o cuidado, preservação e envolvimento. Importante ressaltar que os professores formam a mentalidade ambiental dos alunos, e incluir o respeito e a importância às plantas pode complementar e nortear os fundamentos de uma cidadania ambiental (Ampraziz & Papadopoulou, 2018).

Já o resultado “recall”, imagem associada ao nome, mostra tendência a um sintoma da cegueira botânica, aonde apesar das pessoas reconhecerem o grupo “plantas” (grupo distinguível, mas não prontamente categorizável), não há uma preocupação em aprofundar esse reconhecimento, ao nível de origem, usos, importância, distribuição geográfica, nomes comuns, etc. (Corrêa et al., 2019). Por isso é fundamental no estudo da biologia os professores abordarem animais e plantas na mesma proporção, e procurar exemplos memoráveis de vegetais, equilibrando a atenção entre grupos (Schussler & Olzak, 2008; Ampraziz & Papadopoulou, 2018; Jose et al., 2019).

O diferente reconhecimento das plantas segundo o gênero (masculino, feminino), é consistente em diversos trabalhos (Amprazis et al., 2019). Para alunos de ensino fundamental dos Estados Unidos, meninas tiveram mais êxito em lembrar nomes de plantas que meninos (Schussler & Olzak, 2008), meninas são também mais interessadas por plantas ornamentais que meninos (Pany & Heidinger, 2017), e ainda meninas reconhecem plantas tóxicas mais rápido que os meninos (Prokop & Fančovičová, 2019). Corroborando esses estudos, também verificamos que as professoras prestam mais atenção nas plantas do que os professores (homens) - (ver: Torres-Avilez et al., 2016, para uma revisão sobre gênero e conhecimento de plantas).

A percepção pelas plantas pode ser melhorada quando temos um contato direto com a natureza, como exemplo, as aulas de campo. Elas nos possibilitam compreender aspectos que não poderiam ser compreendidos somente com leituras, ou com os slides em sala de aula. No desenvolvimento do ensino da botânica, as saídas de campo e o reconhecimento da flora nativa são fundamentais. As saídas oferecem maior sensibilização ao ambiente natural, e possibilitam a observação direta dos objetos de estudo e de muitos processos naturais (Salatino & Buckeridge, 2016; Ramalho et al., 2017).

Na medida que o interesse pela ciência botânica diminui, aumentam os riscos de existir um completo déficit de conhecimento da área, e o fato de perdermos o hábito de práticas e conhecimento da flora, poderá trazer prejuízos às próximas gerações e até mesmo ao meio ambiente (Salatino & Buckeridge, 2016; Krosnick et al. 2018). É preciso ampliar o conhecimento sobre a anatomia e morfologia das plantas, fisiologia, reprodução, biologia floral, para ser possível entender o papel dos vegetais em um mundo em constante aumento da demanda por alimento, e ameaçado por uma crise climática global (Pany & Heidinger, 2017).

Knapp (2019), chama a atenção que este debate não pode polarizar uma questão plantas versus animais como um todo, o mais apropriado seria: plantas versus animais que tem olhos como os nossos, pois a falta de percepção (cegueira) é também para minhocas, baratas e aranhas, que são animais também. Plantas são o planeta, uma grande parte da porção terrestre e marinha dos ecossistemas, dessa forma, para manter o planeta habitável para todos, superar a cegueira botânica na educação ambiental, é um bom modo de começar a agir (Knapp, 2019).



  1. Conclusão

O presente estudo avaliou a percepção das plantas pelos educadores, de uma forma a acessar os efeitos de uma possível cegueira botânica. Com o estudo concluímos que, embora os professores entrevistados tenham percebido plantas e animais de forma equilibrada, citam mais nomes de animais do que de plantas, mostrando que persiste sim, mesmo que parcialmente, a cegueira botânica entre os professores de ensino médio e fundamental da região do Alto Juruá, Acre.



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Ilustrações: Silvana Santos