Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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08/06/2020 (Nº 71) O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO DO PARÁ – CEASA: ALTERNATIVAS POSSÍVEIS
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O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO DO PARÁ – CEASA: ALGUMAS REFLEXÕES



Janise Maria Monteiro Rodrigues Viana, Doutoranda em Ciências do Desenvolvimento Socioambiental. Núcleo de Altos Estudos Amazônicos. (NAEA). Universidade Federal do Pará. janise_viana@hotmail.com



In memorian: Sérgio Cardoso de Moraes, Doutor em Educação, Núcleo de Meio Ambiente, Universidade Federal do Pará, scmoraes@ufpa.br



RESUMO

A Central de Abastecimento do Pará – CEASA, situada no Município de Belém enfrenta, atualmente, muitos problemas com a grande quantidade de alimentos, tais como, frutas, verduras, hortaliças, desperdiçados dentro de seus domínios. Quantidades estas potencialmente aproveitáveis, que são enviadas para o lixo diariamente, além do convívio de situações como: acúmulo de lixo, bueiros entupidos, água suja e lama no local. O desperdício alimentar gera consequências desastrosas para a economia e principalmente para a sociedade; visto que, o cenário mundial, assim como a Amazônia paraense, é marcado pela fome e miséria abundante. Diante disso, o trabalho tem como objetivo analisar de que forma os alimentos hortifrutigranjeiros desperdiçados na Ceasa, em Belém do Pará, podem ser reaproveitados. Este estudo está composto em cinco seções: na primeira realiza-se um debate acerca da sociedade de risco existente. Na segunda, apresenta-se a metodologia utilizada para o estudo. Na terceira seção, promove-se reflexões sobre a CEASA e o desperdício alimentar nesse contexto. Em seguida, discute-se a respeito de possíveis alternativas voltadas para gestão sustentável e por fim, na última seção são apontadas algumas conclusões.



PALAVRAS-CHAVE: Desaproveitamento. Alimentos. Sustentabilidade. CEASA.



ABSTRACT

The Supply Center of Pará - CEASA, located in the Municipality of Belém currently faces many problems with the large amount of food, such as fruits, vegetables, vegetables, wasted within their domains. These are potentially usable quantities, which are sent to the garbage daily, in addition to the coexistence of situations such as: accumulation of garbage, clogged culverts, dirty water and mud in the place. Food waste has disastrous consequences for the economy and especially for society; since, the world scenario, like the Amazon of Pará, is marked by hunger and abundant misery. Given this, the work aims to analyze how the fruits and vegetables wasted at Ceasa, in Belém do Pará, can be reused. This study is composed of five sections: in the first, a debate is held about the existing risk society. In the second, the methodology used for the study is presented. In the third section, reflections on CEASA and food waste are promoted in this context. Then, it discusses possible alternatives for sustainable management and finally, in the last section, some conclusions are pointed out.



KEYWORDS: Waste. Food. Sustainability. CEASA . Alternatives.

1 A sociedade de risco existente

A sociedade em que os sujeitos encontram-se inseridos, produtora de riscos, em especial os ambientais e tecnológicos de graves consequências, torna-se cada vez mais, reflexiva, mais autocrítica, e o conceito de risco passa a ocupar um papel estratégico para entender as características, os limites e as transformações do projeto histórico da modernidade (Beck, 1997). A nova realidade globalizada da modernidade resulta em crescente incerteza, mutabilidade e reflexividade.

Para Veiga (2007) Vive-se sobretudo ainda, desde a I Conferência da Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo (1972), uma emergência socioambiental, que sinaliza para a necessidade de compatibilizar as atividades humanas e o crescimento econômico com a manutenção. A visibilidade da problemática ambiental tem contribuído para fazer emergir no cenário mundial, várias reflexões que colocam em destaque as formas de relações sociais, meio ambiente e produção.

Considera-se que a sociedade pós-industrial, segundo Beck, (1997) confronta-se com uma crise, que mais do que ecológica ou material, é uma crise de valores, do estilo de pensamento, dos imaginários sociais, dos pressupostos epistemológicos e do conhecimento que sustentaram a modernidade. Hoje, a sociedade caracteriza-se como pós-racional, no sentido de que perdeu-se a certeza na razão instrumental, embora os riscos tenham sua origem na ordem instrumental da razão (Tristão, 2005).

Num contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente, e dos seus ecossistemas, destaca-se a prevalência da racionalidade cognitivo-instrumental que agravou a situação ambiental do planeta. Expandiu-se a ideia de dominação da natureza e do seu uso, ignorando a função do contexto num processo linear compartimentado e compartimentalizador do conhecimento e das práticas sociais (Jacobi, Tristão e Franco, 2009).

O desfio da crise ambiental não se resume a economizar a vida e a natureza, mais sim, de pensar e construir outra Economia. A construção de uma nova economia requer a construção do objeto do conhecimento pela junção de várias disciplinas, a incorporação dos saberes desconhecidos e subjugados, ignorados das externalidades econômicas que se transformam nas condições de sustentabilidade do processo econômico e que constituem a complexidade ambiental (Leff, 2010).

Diante do paradigma da crise ambiental existente, marcada pelas frequentes agressões ao meio ambiente, como as queimadas, os lixos químicos domésticos, industriais e hospitalares, que são diariamente depositados no solo e nos rios de forma inadequada, sem o devido tratamento. O aumento do efeito estufa, o desmatamento desenfreado, a escassez de recursos hídricos, o aumento do consumismo exacerbado e da miséria humana, o desperdício alimentar também compõe essa crise ambiental existente. E se faz presente em um mundo, que contraditoriamente, ainda não foi capaz de alimentar todos os seus habitantes. Quando comparado a imensa capacidade de produzir alimentos, em praticamente todas as regiões do planeta, fica ainda mais contraditório.

Enquanto sujeitos individuais e coletivos, é possível exigir práticas sustentáveis para a produção, comercialização e reaproveitamento dos alimentos. Segundo dados das Organizações das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), ano 2013, estima-se a perda de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, ou seja, um terço do que é produzido no mundo. Isso reflete o desperdício também de águas, adubo, combustível e o esforço de milhares de trabalhadores para a produção desses alimentos. Ressalta-se ainda que quando vão para os aterros sanitários, esses alimentos produzem o gás metano, contribuindo para o aquecimento do planeta (http://issuu.com/ideiasnamesa/docs/revistaideiasnamesa1).

Assim, o presente estudo busca refletir acerca dos alimentos hortifrutigranjeiros desperdiçados na CEASA, localizada na Amazônia paraense e promover reflexões acerca de alternativas possíveis para o reaproveitamento dos mesmos. O trabalho está dividido em cinco seções. Na primeira seção há um debate acerca da sociedade de risco existente. Na segunda é apresentada a metodologia utilizada para o estudo. Por conseguinte, promove-se reflexões sobre a CEASA e o desperdício alimentar nesse cenário. Em seguida, discute-se a respeito de possíveis alternativas voltadas para gestão sustentável e por fim, na última seção são apontadas algumas conclusões.



2 Caminho metodológico percorrido

O objetivo desta pesquisa não está dado na realidade empírica, precisa ser construído pelo olhar sensível do pesquisador. Nesse sentido, pesquisar não significa simplesmente descrever o real, mas buscar compreender o movimento da realidade à luz de uma organização teórica (Araújo, 2008).

O presente trabalho caracteriza-se como uma Pesquisa Qualitativa, pois o cientista é ao mesmo tempo sujeito e o objeto de sua pesquisa e o desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela pequena ou grande, o importante é que a mesma seja capaz de produzir novas informações (Araújo, 2008).

A pesquisa é do tipo Estudo de caso, pois trata-se de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procura-se compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos fatores.

O lócus da pesquisa é a CEASA – PA (Centrais de Abastecimento do Pará), localizada no município de Belém, uma vez que este espaço, por se tratar de um centro de distribuição de hortifrutigranjeiros para comercialização, os itens que não estão em perfeitas condições para venda nos centros comerciais são descartados, mesmo que ainda possam ser consumidos.

Os procedimentos metodológicos contemplam técnicas de coleta de dados como: pesquisa bibliográfica, levantamento e análise de documentos que retratem acerca do desperdício de alimentos, no contexto brasileiro e paraense, no que se refere as Centrais de Abastecimento e a observação participante. Por fim é feita análise dos dados observados e coletados.



3 A Ceasa: aspectos conceituais, características e desperdícios

As CEASAS (Centrais Estaduais de Abastecimentos) foram criadas pelo Governo Federal Brasileiro na década de 60 com o intuito de solucionar o problema no sistema de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros em todo território nacional.

São empresas estatais ou de capital misto cujo objetivo é a promoção, desenvolvimento, regulação, dinamização, organização e comercialização da hortifruticultura a nível de atacado em uma determinada região. Essas Centrais de Abastecimento alugam seus armazéns, conhecidos como boxes, para empresas privadas que comercializam seus produtos diretamente com o consumidor final (Vilela, 2003).

O funcionamento da CEASA caracteriza-se pela participação efetiva de 3 agentes principais: 1-comerciantes; que são as empresas privadas que alugam os boxes com o objetivo de comercializar e armazenar os produtos. 2- produtores (fornecedores); são os interessados em comercializar seus produtos na CEASA através do envio de cargas aos comerciantes e 3- compradores (varejistas); qualquer pessoa ou empresa pode comprar na CEASA, pois o acesso ao local é livre. Entretanto, a CEASA é destinada a venda no atacado, sendo que as quantidades mínimas de compra são estabelecidas em volumes de atacado. Quanto maior o volume a ser comprado, maior a capacidade de negociação de preços (Vilela, 2003).

No Brasil estima-se que 2% dos 18 milhões de toneladas de alimentos comercializados nos 70 postos de CEASAS (Centrais de Estado de Abastecimento) do país são desperdiçados no processo de comercialização ainda nas Centrais de Abastecimento. Isso equivale a 360 mil toneladas de alimentos desperdiçados por ano (http://issuu.com/ideiasnamesa/docs/revistaideiasnamesa1).



Figura 1. Desperdício na CEASA –PA Figura 2. Alimentos no lixo, na CEASA -PA



Na Amazônia paraense esses dados também são preocupantes, pois no ano de 2013 cerca de 60 toneladas de alimentos foram parar diariamente no lixo. (http://www.ceasa.pa.gov.br/search/node/desperdicio). Os caminhos do desperdício são vários: desde a fase da produção; seja por problemas meteorológicos ou infestações biológicas na colheita, no transporte; as longas distâncias percorridas entre as estradas brasileiras, locomoção essa feita com meios de transportes muitas vezes inadequados, abertos e sem controle de temperatura e recebimento das matérias-primas, onde os locais não são apropriados para armazenamento, manuseio ou descarte do produto corretamente (http://issuu.com/ideiasnamesa/docs/revistaideiasnamesa1)

Avalia-se-que no Pará, do total de desperdício de alimentos, 10% ocorre durante a colheita; 50% no manuseio e transporte dos alimentos; 30% nas centrais de abastecimento e os últimos 10% ficam diluídos entre os supermercados e consumidores, representando valores entre 7,5 a 10 milhões de toneladas por ano no desperdício de alimentos (http://www.ceasa.pa.gov.br/search/node/desperdicio).

O nível das perdas alimentares nas cadeias produtivas e do desperdício existente nas etapas de comercialização no modelo produtivo predominante contrasta com importante parcela da população que se encontra em situação de insegurança alimentar. Neste sentido, a discussão sobre iniciativas que reduzem as perdas dos produtos alimentícios, particularmente na etapa de distribuição, e que facilitam o acesso aos alimentos às pessoas em situação de vulnerabilidade social, torna-se extremamente relevante.

A distribuição de alimentos é reconhecidamente desigual no mundo, afetando de forma relevante os padrões de consumo de uma população. São evidentes as diferenças na distribuição de alimentos nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, fato que deixa claro a relevância do fator político econômico, assim como as diferenças dentro do próprio país. Nos países desenvolvidos há uma abastada oferta de alimentos; porém, o consumo sob o ponto de vista nutricional, nem sempre é adequado, podendo ocorrer excessos. Ao mesmo tempo, as populações dos países em desenvolvimento convivem com a escassez de alimentos e não dispõem de recursos educativos, ambientais e até financeiros para obtenção dos mesmos, tendo como consequência a fome e/ou subnutrição (PEKKANIVEW, 1975).

Conferências internacionais realizadas nas últimas décadas, cujo anseio central foi por fim a pobreza, revelaram como todos os problemas primários da humanidade estão inter-relacionados: crescimento econômico, meio ambiente, desperdício de alimentos, urbanização, cuidados com as crianças, desenvolvimento econômico (Silva, 2010).

Os seres humanos partindo da sua cotidianidade desarmonizadora, devem ser atores da harmonia ambiental através do uso mais humanos de seus recursos, preocupando-se em levantar soluções que estão ao alcance de todos e que estão fortemente marcadas por ações de sobrevivência e voltadas para uma melhor qualidade de vida. Trata-se de saber vincular os problemas socioambientais e suas soluções com a vida cotidiana e com a busca das relações harmônicas (Gutiérrez e Prado, 2013).

Diante dessas perspectivas, ressalta-se que a construção da sustentabilidade é embasada por uma racionalidade ambiental, que emerge em um campo conflituoso de interesses e concepções diversas, que põe em jogo uma disputa sobre os sentidos da sustentabilidade, problematizando o lugar do conhecimento, do saber e da ética na construção de um futuro sustentável, onde o saber ambiental questiona a relação do conhecimento com a objetividade, do ser com o saber e do ser com o outro (Silva, 2010).



4 Alternativas possíveis para uma gestão sustentável

Combater o desperdício de alimentos não é apenas uma questão de consciência humanitária, mais sim, uma questão de sobrevivência. O primeiro dos direitos humanos é o direito à vida, uma vez que pressupõe a garantia da própria existência.

Para que o ser humano permaneça vivo e que seu corpo e sua mente se desenvolvam de forma saudável, o acesso a uma alimentação adequada, a uma quantidade regular de calorias e nutrientes são fundamentais. Acerca disso a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Art. 25 cita que:



1.Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.



Desta forma, diante do que foi exposto, quais alternativas possíveis para pensar a sustentabilidade acerca do desperdício de alimentos num ambiente como a CEASA-PA? É relevante que se reflita na proposição de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Orgânicos nesses espaços, plano esse voltado a uma gestão específica para o desenvolvimento sustentável e que contemple ações como: 1- Implantação de práticas de Educação Ambiental para todos os que trabalham diariamente e residem nas proximidades das centrais de abastecimento; 2- Melhoria na eficiência do gerenciamento dos alimentos, visando reduzir os desperdícios; 3- Antes de ficarem impróprios para o consumo humano, pensar em formas e estratégias de reutilização e distribuição desses alimentos; 4- Desenvolver a reciclagem das embalagens e 5- Utilização de biodigestores: os resíduos orgânicos poderiam ser tratados em biodigestores para a produção de biogás e posterior energia térmica e elétrica como acontece em países desenvolvidos. Essa energia poderia servir para abastecer toda a CEASA incluindo suas câmaras frigoríficas.

O desenvolvimento sustentável é importante para a administração, pois através deste as organizações demonstram uma preocupação com as causas sustentáveis (GLADWIN; KENNELLY; KRAUSE, 1995). Repensar a sustentabilidade organizacional, significa, em síntese, agregar a gestão das organizações, a responsabilidade de intervir através de ações estratégicas voltadas para a ecoeficiência.

A ideia de ecoeficiência é intrínseca aos debates acerca da sustentabilidade organizacional (SAVITZ; WEBER, 2007). Quando a organização busca reduzir os impactos negativos causados por suas atividades e utiliza de modo mais responsável os recursos produtivos consumidos por ela, predominado aí, um interesse, uma busca pela eficiência, neste caso, pela ecoeficiência (BLEISCHWITZ, 2003).



5 Algumas Conclusões:

Pensar em estratégias para o gerenciamento de resíduos de uma CEASA significa apontar alternativas baseadas em sustentabilidade, isto é, pensar na tríade: economia - sociedade - meio ambiente. A população que hoje habita o planeta Terra deve atender suas necessidades sem, contudo, prejudicar que as populações futuras também atendam suas próprias necessidades.

Por fim, nesse processo, as pessoas são os principais agentes e beneficiários, isto é, é preciso que haja um diálogo entre as diversas políticas públicas afim de que se busque a redução da pobreza, possibilite o acesso ao consumo, a democracia, a prática dos direitos humanos, a participação. Combater o desperdiço alimentar, em suma, significa propor ações de equidade, justiça e inclusão social, crescimento de renda, satisfação das diversificadas necessidades humanas e participação das pessoas em ações que envolvam suas próprias vidas em prol do bem-estar social de todos.



Referências Bibliográficas

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GUTIÉRREZ, Francisco e PRADO, Cruz. Ecopedagogia e Cidadania Planetária. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2013.

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JACOBI, Pedro R, TRISTÃO, Martha e FRANCO, Maria Isabel G.C. A Função Social da Educação Ambiental nas práticas colaborativas: participação e engajamento. Cad. Cedes. Campinas. Vol 29, n 77, p.62 e 79. Jan/Abr 2009.

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Ilustrações: Silvana Santos