Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Apresentação
08/06/2021 (Nº 75) EDITORIAL EDIÇÃO 75º
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EDITORIAL EDIÇÃO 75º

Junho-Agosto/2021

Nesta edição adentramos em nosso vigésimo ano (XX). A cada ano percebemos que temos mais e mais a fazer. Os processos predatórios advindos de uma postura puramente economicista, que não leva em conta, nem a finitude daquilo que extraímos do meio ambiente para usar ao nosso bel-prazer, nem o desequilíbrio ecológico provocado por atitudes desajustadas e utilitaristas que predomina em nosso meio, e principalmente naqueles que são detentores do capital, mesmo com a pandemia, se aceleram.

Esta edição é uma pequena amostra do que vivenciamos e experimentamos nestes dias de pandemia, um fenômeno que conseguiu virar as nossas rotinas de cabeça para baixo. Seria grande a lista, se fôssemos registrar tudo o que deixamos de fazer, ou tudo o que tivemos que mudar a forma de fazer, e muitas destas mudanças chegaram para ficar, até quando o mundo for sacudido novamente.

Pelos títulos disponíveis, desde artigos acadêmicos até notícias e matérias  replicadas, relatos de experiências, artigos de opinião, reflexão, é possível perceber a grande transformação que ocorre no cenário das ações humanas. E quem é da Educação Ambiental sabe muito bem que a maior dificuldade que se enfrenta é a de mudar hábitos e atitudes, porque vivemos numa roda vida anual que sempre nos coloca nos mesmos lugares. É como se o roteiro de datas comemorativas fosse um tabuleiro gigante, no qual, somos as peças dos que jogam os dados e quem tira números mais altos, vence... E começa outra competição, sempre pelo mesmo caminho do qual não podemos deixar de passar: é o caminho do consumismo. O ciclo de vida, neste tabuleiro que gira a ciranda da vida na direção contrária da de um viver com significado, simplicidade, fraternidade, fica esquecido.  O mundo, do jeito que está, certamente precisa mudanças, e esta publicação acredita que é possível mudarmos essa direção, através da Educação Ambiental. Apresentamos o que muita gente tem feito, buscado, pesquisado, estudado, para que possamos direcionar as nossas ações, replicar o que está dando certo e corrigir o que não está. Precisamos aproveitar este momento para nos redescobrir, porque uma vida mais simples, prática, objetiva, solidária, fraterna, além de nos fazer bem à saúde física e mental, faz bem para tudo e todos.

Que cada texto seja uma luzinha que iluminará a quem deseja ajudar a fazer um mundo melhor.

Entre, este ambiente é feito pra você!

*Aproveitamos que este é o Mês do Meio Ambiente para homenagear muitas pessoas que seguiam nesta direção, abriram caminhos, e partiram nesta pandemia, por Covid, deixando grandes espaços vazios, porém, ficaram vivas as suas ações inspiradoras, como legado. Expressamos os nossos profundos sentimentos a todos os familiares, colegas, amigos, parceiros, destas e de tantas outras pessoas que partiram nesta pandemia, desejando força e superação dessa dor dilacerante.

 Que todos vocês que partiram deixando este rastro de luz num momento tão escuro pelo qual a humanidade passa, recebam a nossa homenagem e profunda gratidão!

Maurício Tuffani – São Paulo/São Paulo - Era referência no jornalismo científico brasileiro, com passagens por algumas das mais importantes publicações do país. mais de três décadas de carreira dedicados à divulgação de notícias sobre ciência, meio ambiente e ensino superior. A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) lamentou a sua morte. “Era um grande amigo e parceiro da APqC. Em 2018, a convite da entidade, promoveu uma palestra aos pesquisadores intitulada ‘Os desafios da visibilidade da pesquisa científica’, realizada no Instituto Biológico, em São Paulo. Na ocasião, afirmou que ‘em tempos obscurantistas, cuja tendência é desqualificar a informação científica, os cientistas têm o dever de sair de sua zona de conforto e dar as caras nas mídias sociais para ajudar a combater as chamadas fake news e tornar acessível o resultado de suas pesquisas’.” (FolhaUol)

 Esvanei Matucari Teixeira – Mato Grosso - Historiador, ativista e professor da Escola Estadual Criança Cidadã (Caic) e militante de movimentos sociais, especialmente das causas do povo indígena chiquitano. Ele também já atuou na Escola Rodrigues Fontes e prestou serviços a Universidade Federal Rural da Amazônia e para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em projeto Florescer, desenvolvido na área rural de Cáceres. (O Estado do Mato Grosso)

Célio Augusto Pereira Rodrigues - São Paulo/Franca - Professor de biologia, ministrava curso de apicultura e lecionava no Eja (Educação de Jovens e Adultos).( COMDEMA - Conselhos - Município de Franca)

 Cristina Spera – São Paulo/São Caetano do Sul – Jornalista, sempre preocupada com nosso país, atuou por anos em projetos sociais de combate a desigualdades. Uma mulher inteligente, sensível, de caráter íntegro, sempre engajada em causas nobres, Cris Spera é uma perda enorme para o jornalismo e para o país.  Associação Profissão Jornalista (APJor)

Leliana Casagrande Luiz – Paraná - Geógrafa, professora, educadora ambiental e gestora da biodiversidade. Dedicou 20 anos da sua vida a cuidar desse cantinho de Mata Atlântica e por aqui contribuiu para que milhares de pessoas tivessem a chance de desfrutar as riquezas da Mata dos Godoy. (Parque Estadual Mata dos Godoy - PEMG)

José Augusto Saraiva – Bahia/Salvador – Participou do GRAU (Grupo de Risco Ambiental e Urbano da UFBA) e do GERMEN (Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental). Foi membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEPRAM por muitos anos. Desenvolveu estudos para minimizar as desigualdades sócio-espaciais urbanas, com propostas de inclusão e justiça social, tendo o Estado da Bahia como área de atuação básica e a região do Grande Recôncavo, como prioridade. Foi ainda professor do Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE. Servidor público de longa carreira, atuou em vários órgãos, tendo sido subsecretário da Secretaria Municipal de Cidade Sustentável – SECIS. Recentemente havia retornado ao seu órgão de origem, a Fundação Mário Leal Ferreira - FMLF. (Governo do Estado da Bahia)

Tarcisio Valerio da Costa – Paraíba - Consultor ambiental e economista da UFPB, natural de Guarabira, o ambientalista ganhou protagonismo no município de Bayeux onde ocupou uma liderança importante nas áreas de educação, meio ambiente e cultura a frente de projetos importantes para o desenvolvimento sustentável. Ocupou a secretaria de Meio Ambiente de Bayeux em várias gestões. Era extensionista da Pró Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UFPB, foi Secretário de Meio Ambiente de Bayeux, Diretor Executivo do Grupo Especializado em Tecnologia e Extensão Comunitária – GETEC e membro da Rede Paraibana de Educação Ambiental. (Polemicaparaiba)

Peter Crawshaw – Santa Catarina/Passos de Torres - Ele foi o principal especialista em onças do país. Nascido em São Vicente, em São Paulo, mudou-se ainda jovem para o Rio Grande do Sul. Formado em Ciências Biológicas em 1977 pela Unisinos, em Porto Alegre, fez mestrado e doutorado pela Universidade da Flórida. O biólogo trabalhou no IBDF, no Ibama e se aposentou em 2012 como analista ambiental do Cenap, centro especializado do ICMBio. Continuava participando de projetos de conservação de felinos enquanto morava em Passo de Torres, Santa Catarina. (MSNNotícias)

Heloísa Helena Luizari – São Paulo/Presidente Prudente - Ocupou cargos de diretoria nas secretarias municipais de Turismo e Meio Ambiente. Atualmente era professora de música, já atuou como coordenadora da Orquestra Municipal de Viola de Presidente Prudente da Secretaria Municipal de Cultura. Heloisa era musicista fundadora dos grupos vocais Chorus e A4 Vozes, do Conservatório Musical Santa Cecília de Presidente Prudente. (PrefeituraSP)

Lilo Clareto – Pará/Altamira - Fotojornalista  com passagens pela revista 'Época' e pelo jornal 'O Estado de S. Paulo', fez carreira denunciando violações de direitos humanos e crimes ambientais na região amazônica. Nascido em Passos (MG), ele morava em Altamira (PA), era conhecido na grande imprensa por trabalhos de denúncia de violações de direitos humanos e crimes ambientais na região amazônica.  (G1SP)

 Edson D'Almeida – Paraná/Piraquara  - Foi membro do Conselho Municipal de Piraquara por vários mandatos, onde apresentou inúmeras resoluções, protegeu e apoio a criação da TI indígena de Piraquara-PR, foi conselheiro do Coaliar, foi membro da UNEAP, do Fórum do Movimento Ambientalista, FEPAM, do CEMA Conselho Estadual do Meio ambiente do Paraná, foi Conselheiro da ADEA-ASSOCIAÇÃO DE DEFESA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL , do MAE Movimento de Ação Ecológica, da ARAYARA, e de outras ONG’s, participou de diversos Encontros de Entidades Ambientalistas e dedicou quase 40 anos de sua vida para as causas ambientais. Foram milhares de dias na Defesa e Preservação Ambiental e da Vida de animais e da coletividade, era uma pessoa inteligente, capaz de propor soluções e sempre adotou uma linha de conduta em sua atuação ambiental com seriedade, honestidade e respeito à natureza, jamais aceitando se calar. (MOVIMENTO AMBIENTALISTA DO PARANÁ)

 Robério Aleixo Anselmo Nobre – Amapá/Macapá – Era secretário de Estado do Meio Ambiente,  meteorologista e bacharel em direito, servidor de carreira da Embrapa e com longo histórico de contribuição à vida pública no Amapá. Atuou à frente das secretarias de Estado de Ciência e Tecnologia, e de Desenvolvimento Rural, foi diretor-presidente da antiga Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap). (Diário do Amapá)

 Gabriel Chagas – Ceará - "Semeador de solos áridos". Era desse jeito que Gabriel Chagas, de 27 anos, se descrevia em seu perfis nas redes sociais. O biólogo, integrante do Instituto VerdeLuz é um dos nomes que se destacavam na iniciativa de proteção as tartarugas marinhas no Ceará. (Jornal O Povo)

 Arcebispo Dom Mauro – Paraná/Cascavel - Ajudou muito na luta contra o FRACKING no Paraná e sempre foi um aliado na promoção das DIOCESES DE BAIXO CARBONO. Também efetuou a implantação da pastoral da sobriedade. De um Conhecimento profundo na Prevenção contra as drogas e tratamento aos dependentes químicos junto as comunidades terapêuticas. (Campanha Nacional NÃO FRACKING BRASIL)

 Vilmar Sidnei Demamam Berna – Rio de Janeiro/Niterói – Jornalista, escritor, editor, criou uma das primeiras mídias que tratava exclusivamente da pauta ambiental: o Jornal do Meio Ambiente. Foi, também, criador da REBIA – Rede Brasileira de Informação Ambiental, e recebeu o Prêmio Global 500 da ONU, maior reconhecimento das Nações Unidas aos que defendem o meio ambiente no mundo. Participou da fundação de várias organizações da sociedade civil dedicadas às lutas ambientais, entre as quais se destacam a Univerde, em 1980, em São Gonçalo; os Defensores da Terra, em 1984, na cidade do Rio de Janeiro; e a Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA), em Niterói. (G1 Rio)

 Eliane Aparecida Martins dos Santos – Rio Grande do Sul /Três Coroas - Ex-secretária de Meio Ambiente de Três Coroas (Prefeitura Três Coroas).

Luiz Fernando de Souza Santos – Amazonas - Professor do Programa de Pós-graduação em Filosofia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), doutor em Sociologia pela Ufam e também autor do livro 'O Panóptico Verde', um estudo sobre a Amazônia no contexto atual. (A Crítica)

 Juacir Pereira de Souza – Santa Catarina/Chapecó  - Profundamente engajado em causas sociais, coordenou centenas de ações sociais, a partir da ONG Verde Vida em parceria com clubes de serviço, associações empresariais e outras entidades públicas e privadas. (Ndmais)

 Fidélis Junior Martins da Paixão – Pará/Belém - Graduado em Direito pela UFPA, pesquisador colaborador da UFPA no Programa Interdisciplinar Trópico em Movimento, Fidélis Júnior da Paixão era Mestre em Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM/NUMA/UFPA), membro do Grupo de Estudos e Pesquisa Direitos de Gaia, conselheiro nacional do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), consultor em gestão ambiental, com experiência em análise e implementação de políticas públicas, desenvolvimento local e educação ambiental, e especialista em Projetos na Draxos Consultoria e Gestão Ambiental. Sempre atuou de forma engajada na área política e ambiental.  Tornou-se a voz do povo Amazônico e um grande defensor das políticas públicas de Educação Ambiental, Facilitador da REAPOP - Rede de Educação Ambiental e Políticas Públicas. (OABPA)

 Simone Dalla Costa Lemos – Rio Grande do Sul/Bento Gonçalves - Iniciou o seu trabalho na prefeitura de Bento Gonçalves como professora dos anos iniciais, atuou como supervisora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação por 11 anos e, desde 2009, estava cedida para a secretaria do Meio Ambiente. Simone também teve passagem como professora  pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). (CLICRBS)

 Viviane Lysenko Canone – Paraná/Curitiba - Era fiscal da Prefeitura, tendo atuado por muitos anos na Rede de Proteção Animal. Contribuiu para a inclusão oficial da proteção animal entre as áreas de atuação dos integrantes do quadro de fiscais do município de Curitiba. Curitiba foi a primeira cidade do país a criar uma área específica para proteção animal dentro da função de fiscalização. (E-campus)

 Marciano Viana Paes – Rio de Janeiro - Atuava no Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Biólogo formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Marciano obteve títulos de mestrado e doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC. Especializou-se em microbiologia, com ênfase em virologia. Patógenos de grande importância para a saúde pública brasileira, os arbovírus, como dengue, chikungunya e Zika, foram o foco principal de suas pesquisas. Com estudos em modelo experimental e em amostras de pacientes, o cientista, que iniciou sua trajetória no Instituto no final da década de 1990, investigou aspectos histopatológicos e características da resposta imune nas infecções. Atualmente, Paes se dedicava à implantação do Biotério NB-3 para experimentação animal direcionada aos estudos sobre o vírus causador da Covid-19 (SARS-CoV-2), na Fiocruz, e à atividade de docência no Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical. (Jornal Terceira Via)

 Marcelo Menin – Amazonas/Manaus - Era professor associado da Ufam, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Zoologia, sub-curador da Coleção Zoológica Prof. Paulo Bührnheim, ministrava disciplinas de Zoologia Geral e Vertebrados. O biólogo apaixonado por anuros era autor de mais de 70 artigos, sete livros, sendo um deles de popularização da ciência - ‘Diferentes Formas de Nascer: conhecendo os girinos da Amazônia’-, e integrante de corpo editorial e revisor de importantes periódicos como Journal of Natural History e o Journal of Applied Ecology. Além disso, Menin atuou na formação e orientação de diversos alunos da graduação a pós-graduação e manteve inúmeras colaborações ativas com vários grupos de pesquisa e laboratórios do Inpa. (INPA)

 Ana Raquel Oliveira da Costa Possas – Amapá - Era Professora do Magistério Superior, com mestrado em Ciências Exatas e da Terra. Ingressou na UNIFAP em 28/03/1994, aposentou-se em 01/10/2019. No período de 2003 a 2006 foi Chefe Laboratório de Ensino de Matemática do Curso de Graduação em Matemática (LABMAT/CCM). Foi pioneira do Curso de Licenciatura em Matemática.

 Moemia Bandeira – Rondônia - Participou da fundação da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, entidade que luta, há 28 anos, pela preservação do meio ambiente e proteção aos povos indígenas da Amazônia. Foi professora entre as décadas de 1960 e 1970, época em que participava de um programa do governo que ensinava adultos a ler e escrever

 Amelia Mikami Orikasa – Paraná/Londrina - Publicou quase mil vídeos com dicas de como plantar e cuidar de hortaliças, receitas de pratos com vegetais plantados em casa e até dicas de beleza com ingredientes naturais. O canal dos dois no YouTube, conhecido como Horta do Ditian, tem 1,3 milhão de inscritos. No Instagram, a dupla é seguida por mais de 31 mil pessoas. (A Voz do Povo do Oeste)

 Alfredo Palau Pena – Goiás/Goiânia - Professor, biólogo e arqueólogo. Mestre em Biologia pela Universidade Federal de Goiás, dava aula nos cursos de arqueologia e biologia da PUC. Durante a carreira, ele lutou pela conservação da biodiversidade e de patrimônios históricos. Deixou sua importante contribuição como professor do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA PUC Goiás). (PortalG1)

 Higino Tenório – Amazonas/Manaus - Educador, é o que bastaria para falar de Higino Pimentel Tenório, liderança indígena do povo Tuyuka, da região do Alto Rio Negro, no Amazonas. Professor, mestre, conhecedor de vários saberes da Amazônia e referência para pesquisadores. Era professor da rede municipal de ensino em São Gabriel da Cachoeira, contribuiu e incentivou iniciativas pioneiras de parentes do Alto Rio Negro, como a criação do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi, em Manaus, criada pelo antropólogo João Paulo Barreto, do povo Tukano, que postou em sua página na rede social: “Hoje, o Centro de Medicina Indígena Bahserikowi perde um parceiro de sua trajetória. O Higino Tenório Tuyuca, professor, liderança indígena, kumü, defensor de nossa cultura parte deixando-nos muitas lições de vida. Higino foi um dos convidados da Amazônia Real para o lançamento do curta-metragem “Kumuã: os especialistas de cura do Alto Rio Negro”, no centro cultural Casa das Artes, em Manaus. Ele participou como um dos palestrantes, durante o evento. (Amazônia Real)

 Sérgio Trindade – (RJ/NY) - Engenheiro químico e pesquisador brasileiro, especialista em energias renováveis e consultor em negócios sustentáveis, ganhador do Nobel da Paz de 2007 por então fazer parte do IPCC, órgão que dividiu mencionado prêmio com Al Gore. Era membro do Comitê Científico para Problemas do Ambiente, agência associada à ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura. (Unesco)

 Severiano Mário Porto – Rio de Janeiro/Niterói - Nascido em Uberlândia, em Minas Gerais, ficou conhecido como o “arquiteto da Amazônia” ou “arquiteto da floresta”. “Ele foi responsável por conceber um modelo único de arquitetura amazônica e sustentável, que une técnicas desenvolvidas por ribeirinhos e caboclos com as mais modernas e inovadoras criações na arquitetura”, de acordo com nota do CAU do Amazonas. Porto estudou na Universidade do Brasil, que se tornaria a Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde recebeu o título de professor honoris causa, em 2003. Em nota, ainstituição afirma que o arquiteto “soube aproveitar de forma criativa os materiais e os costumes do lugar, desenvolvendo trabalho singular na Amazônia”. Foi eleito homem do ano, em 1987, pela revista francesa L’Architecture d’Aujourd’hui. Severiano desenvolveu muitos projetos no Amazonas entre eles:  o Estádio Vivaldo Lima, 1965, e o restaurante Chapéu de Palha, de 1967,  ambos já demolidos. Em 2016, por iniciativa da Assembléia Legislativa do Amazonas, com envolvimento do CAU/AM, diversas de suas obras foram tombadas, por seu interesse arquitetônico, histórico e cultura. Entre elas, está o Fórum Henoch Reis, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), o Banco da Amazonia e o Centro de Proteção Ambiental de Balbina, hoje em ruínas. (Em Tempo)

 Aritana Yawalapiti - da aldeia Piaraçu, Terra Indígena Capoto Jarina – Goiânia/Goiás – Nasceu em uma família de grandes lideranças. Desce criança, foi moldado para ser um chefe alto xinguano, com influência em todas as etnias do Alto Xingu. Era poliglota, falava pelo menos quatro línguas diferentes e sempre foi um grande mediador das relações de contato do mundo do branco com os xinguanos, com um estilo diplomático de ser. Todos os povos dos Xingu reconhecem a importância de Aritana Yawalapiti como uma grande referência para o Parque Indígena do Xingu, hoje conhecido como Território Indígena do Xingu (TIX). O grande líder sempre foi zeloso pelos aspectos culturais e guardião da cultura Alto Xinguana. (Socioambiental)

 Paulinho Paiakan - Liderança indígena histórica do povo Kayapó - um dos pioneiros do movimento indígena do Brasil e lutou contra usina Belo Monte - Bep’kororoti Payakan, seu nome na língua do povo Kayapó, ficou famoso nas décadas de 1980 e 1990 ao lutar pela inclusão dos direitos indígenas na Constituição Federal de 1988, pelo cancelamento do primeiro projeto da Hidrelétrica de Belo Monte (denominada de Kararô em 1989) e pela demarcação da Terra Indígena Kayapó (1991). Sua militância política teve apoio de Dorothy Stang, a religiosa americana assassinada em 2005 por grileiros em Anapu (PA). Foi ela quem ensinou Paulinho Paiakan a falar inglês. Ao dominar essa língua, conquistou a opinião pública internacional, levando a causa indígena para o resto do mundo. Sua luta rendeu Prêmios como o Global 500, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU). (Amazônia Real) 

(Representam, estes dois últimos, os mais de mil indígenas que já morreram pela Covid-19 no Brasil - Dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).)

 

Obrigada por tudo!

O legado que deixam vai nos ajudar a fazer muito mais! Sigam em paz!

Estarão sempre presentes em nossas ações e em nossos corações!



Equipe da Educação Ambiental em Ação





*Parte do texto disponível em 5 de Junho – Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia







Ilustrações: Silvana Santos