Não podemos pensar em desenvolvimento econômico, reduzir as desigualdades sociais e em qualidade de vida sem discutirmos meio ambiente. - Carlos Moraes Queiros
ISSN 1678-0701 · Volume XXII, Número 88 · Setembro-Novembro/2024
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AVALIAÇÃO DO ESTADO DA ARTE DO AUDIOVISUAL NA REVISTA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO, COMO INSTRUMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM, COM ÊNFASE NAS EDIÇÕES 59 A 75
Suzana Carla da Silva Bittencourt1; Márcia Francineli da Cunha Bezerra2; Luiza Nakayama3
1Doutora em Ciência Animal. Integrante da Sala Verde Pororoca/ICB-CEABIO/UFPA. E-mail: suzy_bitt@yahoo.com.br. 2Doutora em Ciência Animal. Integrante da Sala Verde Pororoca/ICB-CEABIO/UFPA. E-mail: m.francineli36@gmail.com. 3Doutora em Genética Bioquímica e Molecular, professora titular e coordenadora da Sala Verde Pororoca: espaço socioambiental Paulo Freire. Av. Augusto Correa, 01 – Campus Universitário do Guamá, Instituto de Ciência Biológicas - Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade (ICB-CEABIO). CEP. 66075-110. Belém-PA. E-mail: lunaka@ufpa.br.
RESUMO: Verificamos no contexto da Revista Educação Ambiental em Ação como foram trabalhadas as palavras-chave: “cinema”, “audiovisual”, “vídeo”, “filme”, “documentário” e “desenho animado”. Palavras-chave: Filme.Documentário. Educação Ambiental. Cidadania.
ABSTRACT:We used the Revista Educação Ambiental em Ação to verify how the keywords: “movie theater”,“audio-visual”, “video”, “movie”, “documentary” and “cartoon” are worked, in the context of this Journal. Keywords: Movie. Documentary. Environmental Education. Citizenship.
INTRODUÇÃO Em uma primeira etapa, publicamos o artigo sobre como foram trabalhadas as palavras-chave: “cinema”, “audiovisual”, “vídeo”, “filme”, “documentário” e “desenho animado”, desde a primeira edição (Junho-Agosto/2002) até a edição 38 (Dezembro 2011/Fevereiro 2012) na Revista Educação Ambiental em Ação (BEZERRA et al., 2020). Na segunda etapa (BITTENCOURT et al., 2021), publicamos como essas seis palavras-chave se inserem na Revista, desde a edição 39 (Março-Maio/2012) até a edição 58 (Dezembro 2016/Fevereiro 2017). No presente artigo, pretendemos finalizar esta revisão bibliográfica, a saber, desde a edição 59 (Março-Maio/2017) até a atual (n. 75, Junho a Agosto de 2021). Nas buscas sistemáticas, para a revisão da literatura a partir das bases de dados on-line da Revista Educação Ambiental em Ação, desde a primeira edição até a atual, encontramos durante esse período: 266 produções com a palavra vídeo; 120 com filme; 86 com documentário; 72 com cinema; 49 com audiovisual e 13 com desenho animado. Utilizamos a palavra-chave “cinema” ou “audiovisual” ou “vídeo” ou “filme” ou “documentário” ou “desenho animado” na opção “Procurar” do site da revista, para a busca, em um ou mais dos campos da base de dados (como: título, abstract, palavras-chave, corpo de texto ou referências bibliográficas). Encontramos um artigo em que a palavra-chave audiovisual aparece no “key words”, mas em nenhuma outra parte do corpo do texto. Em seguida, tentamos agrupar, em ordem cronológica, os trabalhos obtidos nas buscas com as seis palavras-chave e verificamos que vários, evidentemente, se sobrepuseram. A primeira providência foi verificarmos como a palavra-chave mais ampla “cinema” aparece no contexto da Revista, imaginando o cinema como espaço físico e não como um instrumento de ação em Educação Ambiental (EA), mas constatamos que vários autores também tratavam as palavras-chave “filme” e “audiovisual” como sinônimo de “cinema”, assim como verificamos que é bastante comum tratarem, no mesmo artigo, filme e documentário como palavras sinônimas; também encontramos a expressão “vídeo documentário”. Assim, no item “INTRODUÇÃO” trabalhamos como essas palavras-chave se inserem na Revista, mas sem conotação/informação de como são utilizadas, para e em atividades práticas em EA, de acordo com as recomendações de Bezerra et al. (2020) e de Bittencourt et al. (2021). Excluímos todas as produções nas quais referendam autores da literatura que tratam diferentes formas de trabalhar a EA, por meio de manifestações artísticas em suas diversas modalidades dentre elas o cinema, que possui intrinsecamente um potencial gerador de interdisciplinaridade, elemento essencial da ação-reflexão em EA; além de artigos nos quais as palavras-chave podem ser encontradas apenas nas referências bibliográficas. Também não computamos trabalhos, cujos vídeos ao tentarmos acessar, apresentaram a notificação “vídeo indisponível”. Os artigos não selecionados foram os genéricos, em sua maioria, nos quais os próprios autores ou professores ou alunos de graduação entrevistados ou autores da literatura consultada, os quais citam que entre as fontes de informação e ou recurso didático e ou sobre meio ambiente/sobre EA estão os vídeos, os audiovisuais e os documentários, ou seja, em palestras interativas utilizam materiais audiovisuais, sem especificar o nome/título do recurso didático para posterior busca, nos meios cabíveis, e nem indício de um conteúdo mais específico; e em um trabalho encontramos “projetor audiovisual” para palestra e ou para oficina (denominada como “vídeo-aula” ou “vídeoaula”, por alguns autores). Também não foram selecionados trabalhos, nos quais são elaborados/produzidos materiais de divulgação (vídeo, catálogo, folhetos, cartazes, painéis, entre outros), por exemplo, frases como: “registraram em vídeos e áudios cada etapa dos projetos”, como metodologia das atividades desenvolvidas. Mais especificamente para o Curso Técnico em Agroindústria, para estudantes que já concluíram o Ensino Médio (modalidade a distância) ofertado por uma Instituição Federal de Ensino, que se localiza na região central do Estado do Rio Grande do Sul, Silva; Haetinger (2017) sugerem “inicialmente, o professor situar o estudante sobre o tema, fazendo uma prévia explanação sobre EA e gestão de resíduos. Essa explicação poderá ser uma atividade a distância, desenvolvida por meio de uma vídeo-aula”. Nesse contexto, destacamos ainda o artigo de Lucianer et al. (2019) sobre a percepção ambiental da biodiversidade do Pantanal e do Cerrado na cidade de Campo Grande - MS, onde a população foi indagada: “De onde vem o conhecimento que você tem em relação ao Pantanal e ao Cerrado?”. Os entrevistados responderam: “escola”, em primeiro lugar, indicando o papel da escola na aquisição dos conhecimentos sobre os dois biomas, seguidos de “televisão”; “internet”; “revistas” e “filmes”. Outras pessoas especificaram outras fontes: “experiência própria”, “fazenda”, “turismo”, “viagens”, “visitas”, “documentários”, “trabalhos em Centros de Pesquisa”, “conversas entre parentes e amigos”, “biólogos”, “palestras”, “vídeos”, “cartazes educativos” e “cursos para concursos”. À guisa de informação, Hüller et al. (2017) citam que a Educação à Distância (EAD) se caracteriza como uma modalidade educacional pela qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a aplicação de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo diversas atividades educativas em lugares ou tempos diversos, sendo vastos os conhecimentos proporcionados aos alunos, por meio de materiais didáticos impressos e digitais, de vídeo aulas, de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), de mediação da tutoria e de professores, porém, é necessário polos de apoio presencial. O acesso do aluno aos conteúdos e às atividades do curso se dá geralmente por um AVA, instrumentalizado muitas vezes por uma plataforma de aprendizagem como o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment: ambiente modular de aprendizagem dinâmica orientada a objetos), sendo também um sistema de gestão do ensino e aprendizagem (LMS - Learning Management System, ou CMS - Course Management System). Em relação à EA, os autores concluíram que é necessário convergir os assuntos relacionados à questão ambiental com a modalidade de EAD, para alcançar um número maior de estudantes e, com isso, despertar na população a necessidade de incorporar os princípios da sustentabilidade ambiental. Na seção “Para sensibilizar”, Strachman (2019) propõe que você acorde todos os dias de manhã e só tenha em sua mente bons pensamentos, sugerindo o vídeo no youtube: Marisa Peer, na série MindvalleyMasterclass. Nele, Marisa relata que ao conhecer melhor a vida de um senhor que a contratou, percebeu que ele nunca se sentiu bom o suficiente, então disse para repetir para si mesmo todos os dias: I AM ENOUGH, e como esta simples frase modificou para melhor e muito a vida dele e diversas outras pessoas. A autora recomenda também um documentário do Netflix chamado HEAL. Na seção “Práticas de Educação Ambiental”, Matos et al. (2017) sugerem documentários/vídeos curtos, que podem ser usados em aulas sobre o Antropoceno: Programa Capital Natural - A Era do Antropoceno (2 vídeos de Set/2015, 55’ ao todo), disponível em: encurtador.com.br/sLTVY (Parte 1) e encurtador.com.br/jmpFP (Parte 2); Conexão Futura (Canal Futura) – Antropoceno (Exibido em 28 de janeiro de 2016, 14’), disponível em: encurtador.com.br/yAWY0 e encurtador.com.br/xRTX3; Casa do Saber - Antropoceno: nossos rastros na Terra por Amâncio Friaça (Abril/2016, 2’40’’), disponível em encurtador.com.br/fsMOY; FURG. Contraponto #10 – Antropoceno (13.06.2016, 2 partes, 60’), disponível em: encurtador.com.br/tuCS9 (Bloco 1) e encurtador.com.br/bewK8 (Bloco 2); Climate change in the Anthropocene (Áudio em inglês, legendas em inglês, 2013, 70’), disponível em: encurtador.com.br/nGNRV Melodysheep e Elementa: Science of the Antropocene (Imagens, 2015, 1’42’’), disponível em: encurtador.com.br/xGJT2; Planet under pressure conference (Áudio em inglês, legendas em português, 2012, 3’27’’). Disponível em: encurtador.com.br/mwHY6; Material do Colóquio Internacional “Os mil nomes de Gaia: Do Antropoceno à Idade da Terra” (RJ - 2014) e disponível em: encurtador.com.br/fhnFK; Na mesma seção, Lamim-Guedes; Arosa (2018) apresentam o processo de construção coletiva do livro “Educação Ambiental na Educação Básica: entre a disciplinarização e a transversalidade da temática socioambiental” (disponível em: encurtador.com.br/qyIJL), o qual envolveu debates on-line, textos de pós-graduandos e de especialistas convidados. Nas webconferências focadas nos pós-graduandos da disciplina EA no Ensino Formal, com transmissão através da internet, usando como recursos: transmissão de vídeo e som, tela para compartilhar slides, espaço para debate escrito (chat) e lista de presentes; a ferramenta utilizada foi Blackboard Collaborate. Na seção “Reflexão" (encurtador.com.br/hkuKO), o grupo de cientistas que inclui Hans Joachim Schellnhuber, Will Steffen, Katherine Richardson, Jonathan Foley e o Prêmio Nobel Paul Crutzen, tentou quantificar as fronteiras biofísicas seguras fora das quais, eles acreditam, o Sistema Terrestre não pode funcionar em um estado estável. Nove fronteiras foram identificadas incluindo mudança climática, ozônio estratosférico, mudança no uso da terra, uso de água doce, diversidade biológica, acidificação dos oceanos, entradas de nitrogênio e fósforo na biosfera e nos oceanos, carregamento de aerossol e poluição química. O estudo sugere (Nature, edição de 24 de setembro: “Um Espaço Operacional Seguro para a Humanidade”: encurtador.com.br/sMU89) que três dessas fronteiras (mudança climática, diversidade biológica e entrada de nitrogênio na biosfera) podem já ter sido violadas. Os autores enfatizam que as fronteiras estão fortemente conectadas - cruzar uma fronteira poderá ameaçar gravemente a capacidade de permanecer dentro de níveis seguros das outras e o coautor Will Steffen afirma: “Estamos entrando na era Antropocênica, uma nova era geológica em que nossas atividades estão ameaçando a capacidade da Terra de regular-se a si mesma”. O artigo científico completo: “Fronteiras Planetárias: Explorando o espaço operacional seguro para a humanidade”, e entrevistas em vídeo, gráficos e outros materiais de suporte em: encurtador.com.br/iDST8 Na seção “Ações e projetos inspiradores”, Ribeiro (2017) conversa com Heloisa Carvalho, professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal e fundadora do Blog Cerrado, Te quero Bem (encurtador.com.br/cqsI4), que no Projeto Com-Vida em Ação e da Rede Cerrado Com-Vida tem propiciado contato direto de jovens com a natureza como, por exemplo, visitas às nascentes, levando os alunos a conhecerem as Unidades de Conservação abertas para EA e contagem de história da região. De acordo com a Heloisa, a proposta é despertar “a atenção para a grave situação do cerrado [...] as construções em áreas impróprias, onde se encontram as nascentes, gerando, além da falta de água, o desequilíbrio ecológico" (documentário: encurtador.com.br/eAS02). Na mesma seção, Olsen (2020) sugere o vídeo no qual mostra a Reserva Natural de Balloki, em 2019 e atualmente; no “antes e depois” dá para se ter uma ideia dos resultados que o Paquistão pretende alcançar com a iniciativa governamental de plantar 10 bilhões de árvores em 5 anos e, com isso, aumentar a cobertura florestal, recuperar áreas degradadas, proteger as reservas já existentes e a biodiversidade, além de gerar emprego, renda e melhorar a qualidade de vida no país; é possível ver a terra seca, sem nenhum verde há aproximadamente 1 ano e, nos dias de hoje, uma paisagem com vegetação (Ciclo Vivo, encurtador.com.br/pFT04). Ainda na seção “Ações e projetos inspiradores” (encurtador.com.br/goswA), informa que Natalie Kyriacou desenvolveu o Kids’ Corner, uma sala de aula digital que inspira crianças e educadores a participar da vida selvagem, da conservação ambiental e das ciências por meio de uma série de tecnologias de aprendizado, jogos e programas adotados no currículo. O Kids’ Corner oferece programas ambientais baseados em workshops, vídeos de animação, folhetos informativos, infográficos, material de leitura, anotações dos professores, jogos e atividades em casa, citando que a educadora também desenvolveu um aplicativo de jogos para dispositivos móveis chamado World of the Wild, que incentiva os jovens a construir seu próprio mundo e participar de cenários virtuais de conservação. No artigo, informam que a Wastebuster é outra inovadora em EA, firmando parceria com a ONU Meio Ambiente para promover mensagens ambientais; sua diretora, Katy Newnham, afirma: “Nossas metas estão alinhadas com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU [...]. Nunca foi tão importante fornecer aos jovens as ferramentas e a mentalidade para trabalhar juntos em prol de um futuro mais sustentável” (encurtador.com.br/ajCRU). Na mesma sessão, Olsen (2021) narra a trajetória do professor de geografia Marcio Francisco Martins, percorrendo 13 estados brasileiros de bicicleta, com lançamento de documentário sobre o valor e a preservação da água em diferentes realidades. Na seção “Notícias” (encurtador.com.br/cnHX6) é informado que a China inaugurou a ciclovia suspensa mais longa do mundo, em janeiro 2017, na província de Xiamen, cujo conceito do projeto foi desenvolvido por estudantes do ensino médio, no concurso anual de Ciência e Tecnologia da Juventude. O trajeto elevado é de quase oito quilômetros e corre abaixo do sistema elevado de BRT (Bus Rapid Transit) já existente, possuindo 11 saídas para estações de metrô e de ônibus e as bicicletas podem ser alugadas e devolvidas, em diversos locais em toda a cidade. A pista tem capacidade para atender até 2.000 bicicletas por hora e tem um limite de velocidade máximo de 24 km por hora, sendo que os portões de acesso à ciclovia fecham automaticamente quando ela atinge sua capacidade total. A parte mais alta do percurso fica a quase 5 metros do chão (vídeo encurtador.com.br/ctO03). Na mesma seção (https://bityli.com/PfjmH) é informado que o suíço Ernst Göstch, agricultor e pesquisador, já recuperou 480 hectares de terras degradadas através da agricultura sintrópica, um procedimento que consiste na criação de sistemas e de ambientes agrícolas inspirados em florestas, com o objetivo de produzir alimentos ao mesmo tempo em que restaura a natureza. Esse agricultor observou que, além da colheita de diversos frutos, sua fazenda acabou desenvolvendo uma espécie de microclima, restaurando 14 nascentes de água e repopulando a fauna no local. No seu documentário “Vida em Sintropia”, o suíço explica o novo conceito, apresentando entrevistas com especialistas no assunto, que falam sobre a importância do novo modelo agrícola em vídeo (http://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/agricultor-desenvolve-tecnica-de-sintropia-que-produz-alimentos-ao-mesmo-tempo-que-recupera-florestas/?utm_source=facebook.com&utm_medium=timeline&utm_campaign=noturna&utm_content=sintropia). Nessa seção, Valenza (2017) conta que o artista plástico Cláudio Spínola, dono e idealizador da Morada da Floresta, fez um vídeo explicando o seu negócio (https://bityli.com/UjUUg). Outra notícia, Safatle (2017/2018) afirma que para o agente econômico (a empresa ou o poder público) escolher a alternativa mais efetiva é preciso recorrer a ferramentas de valoração – e uma série delas tem sido criada mundo afora. Essas metodologias ajudam o aferir o capital natural do qual as empresas e os governos dependem e sobre os quais geram impactos (https://bityli.com/BEHzM /). Ainda na mesma seção, graduandos do curso de Engenharia Química da UFAM (https://bityli.com/wwwMB) elaboraram o sabão em pó biodegradável e criaram uma empresa para produzi-lo (vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=8kQbfu4jhBo&feature=youtu.be). Na seção “Sementes”, Assunção et al. (2017) informam sobre a Go Vegan Feira Criativa e Gastronômica, realizadas em Goiânia – GO, cujo tema foi EA e a responsabilidade com a vida. Já na 12ª. edição, a programação dos eventos passou a incluir atividades gratuitas ao público como bate-papos com participantes convidados e voluntários, cinema comentado, oficinas sobre sustentabilidade, alimentação sem animais, ética e consumo consciente, além das diversas programações e exposições; cabe destacar, a expressão “cinema comentado”, como atividade, embora os autores não tenham entrado em maior detalhamento, sobre o tema e assuntos tratados. Na mesma seção, Monteiro (2020) faz um ensaio reunindo reflexões e motivações para se atenuar os impactos decorrentes da pandemia COVID-19, contribuindo para mobilização solidária em prol da sustentabilidade e saúde coletiva. Dentre as ações simples e práticas socioambientais de impacto positivo, sugere participar de algum projeto de horta comunitária ou escolar, indicando o vídeo “Agroecologia em solos litorâneos”, no qual mostra a possibilidade de converter um terreno baldio em horta, aplicando princípios de agroecologia, permacultura e sintropia. Na seção “Dicas e Curiosidades” (http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2802), afirma-se que “É incrível o desenvolvimento das crianças que têm contato com a música desde bem pequenas, o que confirma ser um excelente recurso didático-pedagógico [...]. Através da música vivenciamos as artes: poesias, rimas, melodias, imaginação, e nos envolvemos com todos os sentidos”; por essa razão, sugerem a música “Todos irmãos - Homem Arara” (vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=1p2b5A68zTY). Na mesma seção, Adams (2017) indica o documentário “Terra – o filme” visualmente deslumbrante que explora a rica diversidade da vida de Yann Arthus-Bertrand & Michael Pitiot (https://www.youtube.com/watch?v=UGTNB...), nos fazendo “refletir sobre a vida e o seu real significado, evidenciando o quanto a nossa interferência é nociva para este planeta que nos acolhe e que sem ele não estaríamos aqui. Este filme nos faz repensar sobre progresso, desenvolvimento, evolução”. Na mesma seção (http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2946) disponibilizaram o filme "Mais que a Lama: Memórias, Ausências e História" (https://www.youtube.com/watch?v=RP6QFcJgsrA), para compartilhar a narrativa, a partir das memórias dos atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana - MG; este curta-metragem é resultado da parceria entre as universidades UFOP, UNIVALI e UNIVILLE, em articulação com o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), a Sala Verde de Itajaí e o Projeto das Escolas Sustentáveis. Ainda nessa sessão, (http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=4094), sugerem o vídeo (https://www.bbc.com/portuguese/media-56363650) o qual mostra uma floresta minúscula na Holanda, cuja técnica de plantio usada, chamada "Miyawaki", vem do Japão: ao plantar árvores em um solo fofo e rico em nutrientes, e próximas umas das outras, elas formam este pequeno ecossistema. Essa floresta rica e densa, segundo estudo da Universidade de Wageningen mostrou que atraiu 600 espécies de plantas e animais. Na seção “Dinâmicas e recursos pedagógicos” (http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=3308), uma sugestão de vídeo, na qual se pode acompanhar um dia de brincadeira em uma escola da Floresta no Canadá (https://lunetas.com.br/educacao-infantil-a-natureza-tambem-e-ferramenta-pedagogica/), sendo uma forma de educar crianças, investindo em uma criação mais sensível às questões atreladas à sustentabilidade e à importância da preservação do meio ambiente e em uma rotina mais verde. Nessa seção, Adams (2018/2019) propõe a “Dinâmica do Desafio Digital”, com a formação de grupos, sendo que cada grupo receberá um envelope contendo as tarefas a serem desenvolvidas, as quais deverão ser realizadas dentro de um determinado tempo estipulado pelo monitor; ao final, cada grupo apresenta os resultados das suas atividades para o grande grupo e compartilha estes resultados na rede criada para servir de ambiente virtual para a dinâmica. Haverá: 1. redator - que registra na forma escrita os resultados para cada questão resolvida e o tempo da execução; coordenador - que cuidará do tempo e do andamento do trabalho em grupo e um relator - que apresentará os resultados do desafio ao grande grupo, no final da atividade. Os resultados devem ser compartilhados no grupo virtual criado para a dinâmica – relatos, além de fotos, vídeos, matérias sobre boas ações ambientais (obtidos com aparelho celular), sendo que a avaliação da atividade poderá ser feita através de um bate-papo. Adams (2021) também sugere o blog “Histórias Ecológicas para Crianças” (http://historiasecologicas.blogspot.com/) o qual disponibiliza 10 vídeos com leitura de histórias ecológicas para crianças e serve, também, de indicações de livros infantis para despertar o interesse pela leitura e sensibilizar para uma conscientização ambiental. Na sessão “Entrevista”, Adams (2018) entrevistou Moises Lobos, o qual está à frente do Cinemagia 3D (companhia de cinemas 3D itinerantes), tendo como carro chefe o filme "O planeta pede socorro", além de "O Trenó Maluco", "A Era do Gelo", "Realidade Virtual" e "Rexy o Dinossauro", sendo os espaços exibidores muito diversificado: “Feiras do livro, inúmeras escolas, feiras, eventos culturais e ambientais, eventos natalinos e assim vai. Com certeza, foram mais de 200 escolas atendidas e o mesmo número de prefeituras e eventos”. Vale informar que em todo programa habitacional de interesse social que utiliza recursos federais deve desenvolver e executar Projetos de Trabalho Técnico Social (PTTS), a fim de qualificar e preparar as populações atendidas para a nova realidade que irão vivenciar. Borges; Schwanke (2018) realizaram pesquisa bibliográfica e documental, com o intuito de analisar como a EA está inserida nos PTTS, nos sítios eletrônicos de prefeituras e de empresas responsáveis pela execução do Trabalho Técnico Social, contemplando aqueles que já tinham contrato estabelecido com a Caixa Econômica Federal. Os autores citam, dentre outras, duas oficinas destinadas a crianças e a adolescentes, as quais foram alocadas em um cinema com apresentação de filmes, documentários e relatos de experiências, “com o objetivo de promover mudanças de atitude em relação ao meio ambiente, ao patrimônio e a vida saudável”, fortalecendo o conhecimento de crianças e de adolescentes e propiciando trocas de experiências e vivencias, e, consequentemente, o respeito, a solidariedade e os vínculos familiares e comunitários. Na sessão “Relatos de experiências”, segundo Medeiros; Bronzato (2021), a saúde ambiental, em um contexto de alunos em privação de liberdade, pode ser trabalhada em atividade sequencial usando um game de gerenciamento de hospitais, em alinhamento com a BNCC. A proposta tem cinco momentos, com cada etapa sendo descrita e discutida relacionando a conceitos-chave como: vírus, doenças, ecologia de doenças e evolução, sugerindo a produção de um vídeo o qual, posteriormente, poderá ser exibido, incentivando o pensamento crítico e reflexivo sobre a educação em saúde ambiental de forma holística. Mas nos lembramos também de um momento de lazer, na sessão de “Culinária”, Araujo (2020/2021) dá uma receita de estrogonofe de berinjela, delicioso, nutritivo, barato e saudável (site https://www.anda.jor.br/2019/02/06/estrogonofe-de-berinjela/). No entanto, retiramos produções nas quais citam que a escola ou outras instituições públicas e privadas possuíam um acervo de filmes ou filmoteca, para consulta, ou sala usada “para diversas atividades, como, por exemplo, vídeo aulas e exibição de filmes e de documentários”. Não computamos na sessão “Divulgação de Eventos” chamadas para participar de mostra de cinema ou enviar contribuição de filmes, de audiovisuais, de documentários/web-documentários e de vídeos/web-vídeos. Vale pontuar, na seção: “Prêmio: Selecionados” a colaboração de Moreira (2018) que realiza as atividades de sensibilização ambiental no “Projeto Brincando com a Natureza”, as quais são realizadas no Centro de Educação Ambiental Centro Sul, situado no Parque Municipal Professor Almicar Vianna Martins, capital mineira. Segundo a autora: “Terra, água, ar e fogo estão por toda a parte, são forças vitais que compõe toda a natureza e estão fora e dentro de nós [...]. Colocar a criança em contato com os 4 elementos é conectá-la com sua própria essência [...]”, afirmando que “brincar previne, trata e não possui contra indicações”, embasada no documentário Tarja Branca - A Revolução que Faltava (Direção: Cacau Rhoden, 2014). Siqueira et al. (2017/2018) realizaram um estudo sobre a percepção de discentes de cursos de graduação de uma instituição particular de ensino superior, localizada no município de Divinópolis – MG, sobre a etnocategoria “inseto”. Os autores consideraram que os meios informativos presentes no cotidiano das pessoas (internet, rádio, revistas, cinema e televisão) muitas vezes fornecem falsas informações direcionadas sob um ponto mercadológico regido por filmes de terror/suspense e uso de pesticidas, além disso, que raramente um filme se reporta positivamente aos artrópodes, pois estes normalmente exibem esses organismos a partir de imagens que levam a visar à morte, doenças, fome e periculosidades diversas, com o viés de provocar medo e pânico, muitas vezes através de formas fictícias (antropomorfizadas). Os autores concluíram que a percepção dos alunos parece ser uma construção não somente do conhecimento acadêmico-científico, mas também fruto dos saberes populares e culturais obtidos através da vivência cotidiana dos indivíduos e ressaltaram a importância de uma visão mais real e científica do grupo de organismos que compõe os insetos, pois os graduandos desse estudo, em breve estarão ocupando diferentes postos de trabalho nos mais diversos setores da sociedade, tendo reflexos diretos (positivos e negativos) sobre a nossa saúde, economia e equilíbrio ambiental, dentre outros. Menino et al. (2018) entrevistaram Bruno Sales, coordenador do Projeto “Click da Sustentabilidade” e professor da EMEIF Edson Luís, Belém- PA. Ele disse que queria algo mais para os alunos, pois já havia realizado a construção do jardinzinho da escola e passado vídeos. Assim, considerou fantástica a ideia de fazer o teatro de fantoche, pois trazia a história que ele havia trabalhado no laboratório de informática por meio da leitura. No final das atividades, nessa escola, o Prof. Bruno afirmou que o teatro de fantoches foi o ponto chave desse projeto. Na seção “Cidadania Ambiental” (http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=3472) foi divulgada a I Ecoapostila a qual concretiza a construção de propostas pedagógicas e faz parte da rede “Grupo Transformar a Terra e Comunidade Ecopedagogia”; estando disponível para os educadores e cidadãos brasileiros na versão PDF/Gratuita- no Blog Transformar a Terra e no Site Ecopedagogia. No tema “Blogs/sites/Desenhos/Documentários (agrotóxicos)/Mapa das Feiras Orgânicas”, sugestão dos vídeos: O Veneno Está na Mesa 1 (https://www.youtube.com/watch?v=8RVAgD44AGg); O Veneno Está na Mesa 2 (https://www.youtube.com/watch?v=fyvoKljtvG4); em “Inseticidas e remédios naturais para combater mosquitos, moscas, formigas, pragas” os vídeos: Faça um repelente caseiro contra pragas do jardim (https://www.youtube.com/watch?v=LlbpXzqY4wQ); em “Carta da Terra para crianças, os vídeos: Muito Além do Peso (https://www.youtube.com/watch?v=TsQDBSfgE6k); em Experiência com lanches de fastfoods, A Dieta do Palhaço (https://www.youtube.com/watch?v=7z2bNEfzxTU); Bebês Fast Food/Fast Food Baby (http://www.youtube.com/watch?v=3dk6l2l_b3I); Obesidade Infantil (Campanha de prevenção em animação 2D, https://www.youtube.com/watch?v=cGUBYsLhfzc); Instituto ALANA - Projeto Criança e Consumo (https://www.youtube.com/watch?v=pSWs7sqbAQQ); em Canal de Vídeo (Instituto Caranguejo – Pratique Esportes, https://www.youtube.com/watch?v=6AM-rDYT5EU); em Canal de Vídeo/Música Agricultura Familiar (https://www.youtube.com/watch?v=JqchbSxvwNs); em Clone no Jardim (https://www.youtube.com/watch?v=04NNmiwreg); em Meio Ambiente por Inteiro: Produção de alimentos orgânicos (https://www.youtube.com/watch?v=WDzGYPOFdRs); Curso de Horta Orgânica - Aula 1 /e outros no canal (https://www.youtube.com/watch?v=xou1ckVzltk). Nos detivemos apenas em citar informações sobre documentários/vídeos/desenhos animados, objeto do nosso artigo, mas consideramos essenciais as informações de blogs, site, livros, manuais, cartilhas/guias, dentre outras contidas nessa produção, sendo leitura básica, para todos que pretendem trabalhar com práticas em EA, de forma holística. Na sessão “O Eco das Vozes”, Backes (2021a) relata que no início de 2021 foi anunciado que o ensino iria permanecer remoto em Novo Hamburgo - RS, sendo que as aulas ocorreriam diariamente no Meet, além dos atendimentos remotos por Classroom e WhatsAp. Na ocasião foi disponibilizado gratuitamente o PDF do Livro: A história da Ostra e da Borboleta, o Coronavírus e Eu (http://educacao.sorocaba.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/a-historia-da-ostra-e-da-borboleta-o-coronavirus-e-eu-ana-m-gomez.pdf), no qual trata de como lidar com as nossas emoções durante a pandemia, usando os nossos poderes internos, tendo a respiração o poder de acalmar mentes, corações e corpos. Neste contexto, a autora começou sua atividade de respiração pelo Meet de vídeos, do YouTube, com imagem e sons da natureza. Em seguida, usou vídeos, gravado por ela, sobre a natureza do Parcão (UC da cidade): o nascer do sol e a revoada de pássaros; os ventos que embalam as árvores; o som das águas dos arroios do Parcão e do arroio que percorre o bairro. Os alunos ouviram sons de flautas indígenas na floresta, assistiram a vídeos com músicas e imagens do universo, imaginando estar no seu lugar preferido, através da meditação. No final de cada meditação, a autora do artigo orientava os alunos, para que guardassem no coração os bons sentimentos que tínham vivido e sentido, e os convidava a enviar e compartilhar esses sentimentos para todo o Planeta, desejando que todas as pessoas e seres vivos se sentissem livres, leves, tranquilos e saudáveis. Os alunos foram convidados a postar no chat, como se sentiram durante a atividade. A autora salienta que: “Neste momento de ficar em casa, uma das formas encontradas para nos conectarmos com a natureza é através de vídeos que nos proporcionaram um contato, mesmo que virtual, com imagens e sons que nos remetem a ela”. Neste contexto, o objetivo do presente artigo foi realizarmos a última etapa do estado da arte sobre o tema, na Revista Educação Ambiental em Ação (a partir da edição 59 - Março/Maio de 2017 até a atual edição 75 de Junho/Agosto de 2021), tendo como palavras-chave: audiovisual, vídeo, documentário, filme e desenho animado, verificando os conteúdos abordados, público-alvo e metodologia pedagógica empregada, em e para EA. CAMINHOS METODOLÓGICOS Em Bezerra et al. (2020), na INTRODUÇÃO, realizamos um breve histórico da Sala Verde Pororoca: espaço socioambiental Paulo Freire e como a Revista Educação Ambiental em Ação se tornou um referencial teórico básico para os nossos artigos, principalmente a dois Projetos ligados à Pró-Reitoria de Extensão (PROEX-UFPA): “Filmes como instrumento para a inclusão social de alunos com necessidades especiais e para evitar o bullying na escola” e “EACINE como instrumento de aprendizagem em escolas de Belém – PA”. Assim, seguindo esse raciocínio, nos CAMINHOS METODOLÓGICOS realizamos “nossa garimpagem”, na qual referenciamos produções, em sua maioria, encontradas nos itens: “Eventos sobre Meio Ambiente e Educação Ambiental”, “Divulgação de Eventos” “Notícias”, “Dicas para uma Vida Melhor”, “Dicas e Curiosidades” e “Entrevistas”, na Revista Educação Ambiental em Ação. No artigo seguinte (BITTENCOURT et al., 2021) e neste artigo final, optamos por colocar a “nossa garimpagem” inicial, na INTRODUÇÃO, na qual referenciamos artigos de interesse geral, curiosidades e informações que encontramos nos itens: “Saber do fazer”; “Divulgação de Eventos”; “Dicas e curiosidades”; “Notícias”; “Sugestões bibliográficas”; “Dinâmicas e recursos pedagógicos”; “Reflexão”; “Sementes” e “Entrevista”, da Revista. Já a maioria dos trabalhos que compõe os Quadros 1 e 2 foram da seção “Artigos” e “Relatos de Experiências” da Revista Educação Ambiental em Ação e compõem a “nossa filtragem” do item “RESULTADOS E DISCUSSÃO”. Cabe destacar que algumas vezes, ficamos indecisos para optar por colocarmos uma determinada produção nos Quadros 1 e 2 (RESULTADOS E DISCUSSÃO), ou no texto da INTRODUÇÃO, como foi o caso de Adams (2018/2019), sobre a “dinâmica do desafio digital”. Acabamos inserindo na INTRODUÇÃO porque, com mais espaço, pudemos desenvolver melhor a proposta das atividades; além disso, esse trabalho se encontrava na seção “Dinâmicas e recursos pedagógicos” e não “Artigos” ou “Relatos de Experiências”. Este artigo tem cunho quali-quantitativo. Optamos pela pesquisa bibliográfica na Revista Educação em Ação, cujo objetivo é “colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 54). Para as análises quantitativas utilizamos o Programa EXCEL 2013 for Windows e para a qualitativa utilizamos a análise de conteúdo de Bardin (2011). RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a leitura minuciosa de todos os trabalhos encontrados, com os diferentes processos de seleção, fechamos este artigo com 53 trabalhos (Quadros 1 e 2). Quadro 1. Artigos publicados na revista Educação Ambiental em Ação obtidos usando as palavras-chave: audiovisual, vídeo, filme, desenho animado e documentário.
A partir do Quadro 1, criamos a categoria “Assunto” para resumir o conteúdo dos trabalhos (Quadro 2), procurando embasar no resumo proposto no próprio artigo, sendo que o N de ambos os quadros corresponde ao mesmo artigo. No entanto, o trabalho por não apresentar um resumo e, se tendo, não citar as cinco palavras-chave, analisamos o corpo do artigo e em que contexto essas palavras se inseriam. Assim, demos a nossa percepção, de modo que o “Assunto” é de livre interpretação das autoras deste artigo. Cabe destacar que percebemos que com o passar das edições, gradativamente, os autores foram melhorando a qualidade, em se tratando de melhor descrição/narração dos conteúdos apresentados nos artigos. Neste contexto, alguns artigos descrevem tão bem o conteúdo/aplicação das atividades utilizando vídeo, audiovisual, filme e documentário, assim como sua metodologia de trabalho, que tivemos dificuldade de fazer o resumo no Quadro 2, na categoria “Assunto”. Consideramos, no entanto, importante este esforço, para expor o conteúdo em um espaço pequeno (Arial, tamanho 10, espaçamento 1) porque esperamos que este artigo seja utilizado como estado da arte sobre o uso desses recursos audiovisuais, para ensino e aprendizagem em EA, dentro da conceituada Revista Educação Ambiente em Ação. Pensamos em fazer um levantamento dos assuntos tratados nos artigos com as palavras-chave, e, posteriormente, fazer uma análise quantitativa, mas percebemos ser inviável, pois muitos assuntos se entrelaçam e se embricam. No entanto, foi interessante constatar que vão de problemas ambientais, sendo que a maioria trata de: lixo, coleta seletiva e matéria orgânica e inorgânica, compostagem, redução e reciclagem, preservação do meio ambiente, consumismo, poluição, desmatamento, seguido de outros temas: EA e cidadania, políticas públicas em EA, cidadania e sustentabilidade, aquecimento global, bullying, uso consciente da água e de energia elétrica, ciclo da água, conceito de bacia hidrográfica, Estações de Tratamento de Água, interculturalidade e identidade, educação patrimonial, Criacionismo e Evolucionismo, cadeia e teia alimentar, biodiversidade, conservação da fauna silvestre, inclusão digital, questões éticas com seres vivos não humanos, dentre outros. Dividimos didaticamente o público-alvo em Ensino: Infantil, Fundamental, Médio e Superior, além de Básico (que abrangem os ensinos fundamental e médio). Ampliamos também o público para: Comunidade (em geral), Comunidade Escolar e Comunidade Universitária. A expressão “Ensino Fundamental” abrange, principalmente, alunos e ou professores de rede pública e particular de Ensino Básico em espaço formal (escolas, centros, colégios) e informal (ONG, Unidades de Conservação, associação de bairros, eventos, etc.), atuando como protagonistas e ou como plateia de audiovisuais. A expressão “Ensino Médio” compreende atividades em EA, executadas por alunos dessa categoria de análise, incluindo elaboração e execução de atividades, com apoio de professores da instituição e, às vezes, professores universitários. É pertinente destacar que em alguns artigos o público-alvo poderia ser o ensino fundamental e médio, no entanto, optamos por adicionar na categoria ensino fundamental, uma vez que temas que alcançam o nível fundamental, em termos de conteúdo e idade, atinge também o ensino médio, mas a condição inversa, nem sempre é verdadeira; no entanto, quando os autores do trabalho definem que o público-alvo são alunos do Ensino Médio ou Ensino Básico, respeitamos a decisão dos autores da obra. Neste contexto, destacamos o N. 30 (Quadros 1 e 2), no qual o público-alvo das atividades de EA eram pessoa com deficiência intelectual, em sua maioria com Síndrome de Down, e uma minoria de participantes com microcefalia e com deficiências não diagnosticadas (idade variando 5 a 45 anos), no entanto, as ações desenvolvidas, que analisamos, podem ser realizadas por alunos que cursam o ensino fundamental. Portanto, as expressões “Ensino Fundamental” e “Ensino Médio” podem abranger: alunos e ou professores de rede pública e particular de ensino básico em espaço formal, em informal e em não formal, atuando como protagonistas e ou como plateia da atividade audiovisual. Aqui também pode incluir alunos e professores de graduação (por exemplo, bolsistas de ensino ou de extensão e ou de pesquisa ou em estágio curricular obrigatório) e de pós-graduação, que organizaram e ou promoveram e ou mediaram os projetos e as atividades, para serem apresentadas em escolas, principalmente, direcionadas a crianças e a adolescentes. Neste contexto, os professores e seus alunos em nível superior atuaram no ensino básico e ou em comunidade, no sentido de promover uma EA holística, por esta razão, os incluímos nas categorias: Ensino Fundamental ou Ensino Médio. No caso das atividades desenvolvidas no âmbito universitário, o público-alvo foi considerado “Ensino Superior”, ou seja, a organização e o desenvolvimento dos projetos e das atividades foram realizados pelos e para os alunos de graduação de diferentes universidades e de cursos (Gerontologia, Biologia – licenciatura e bacharelado; Ciências Biológicas - licenciatura e bacharelado; Licenciatura em Ciências Naturais; Engenharia Ambiental; Engenharia Florestal, Biomedicina; Bioquímica; Química-licenciatura; Educação Física; Farmácia; Geografia; Oceanografia; Agronomia; Pedagogia; Artes Visuais – Licenciatura; Medicina Veterinária; Psicologia, Gestão Ambiental...) e docentes e alunos de pós-graduação (Desenvolvimento e Meio Ambiente; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Sustentabilidade em Recursos Hídricos; Ciências Ambientais; Multiunidades em Ensino de Ciências e Matemática; Manejo de Solo e Água; Ecologia e Monitoramento Ambiental; Engenharia Agrícola; Ecologia; Botânica; Genética; Ecologia Aquática e Pesca; Psicobiologia; Ciências da Educação; Ciências do Movimento Humano; Educação; Educação Ambiental; Educação para a Ciência; Ensino de Ciências e Matemática; Ensino de Ciência e Tecnologia; Ensino de Ciências; Biodiversidade, Meio Ambiente e Saúde; Ecologia Aquática e Pesca; Ciência, Tecnologia e Sociedade; Ciências, Tecnologia e Educação; Educação Profissional e Tecnológica; Práticas em Desenvolvimento Sustentável...). Destacamos as ações do Centro de Apoio Pedagógico Especializado do Recife (CAPE-PE), N 38, Quadros 1 e 2, direcionadas a professores que atuam no ensino básico; por consideramos a oficina como de capacitação no processo de inclusão do aluno com deficiência visual, definimos esses profissionais como público-alvo de ensino superior. Neste sentido, pensamos o termo “Comunidade”, inicialmente, como os alunos do ensino básico e seus familiares, os professores e os funcionários, principalmente quando ocorre um evento na escola, para apresentações da atividades desenvolvidas pelos alunos, usando vídeos, audiovisuais, slides, exibição de desenhos, murais, maquetes, painéis, dentre outros meios. Entretanto, em sentido mais amplo, englobaria a comunidade do entorno da escola, que poderia ter ou não parentes nessa escola. Assim, a maioria do público-alvo definido como “Comunidade”, seria aquele que participasse de atividades em ambientes formais, não formais e informais. Definimos como “Comunidade escolar” quando as atividades foram desenvolvidas em ambiente formal, com a participação direta de alunos, de professores e de funcionários da instituição. A expressão “Comunidade Universitária” compreende alunos de graduação e de pós-graduação, funcionários e outras pessoas que frequentam cotidianamente o campus, sendo que a coleta de dados foi realizada pelos alunos, com apoio de docentes universitários. É gratificante perceber, por meio dos assuntos e das metodologias abordados nos artigos, que a maioria dos autores tem uma visão holística de meio ambiente, como um espaço relacional dinâmico e em constante interação do homem com a natureza, de acordo com diversos autores (REIGOTA, 1995; SORRENTINO, 1998; GOMES et al., 2016, 2017), em um contexto mais amplo da EA para cidadania. Quadro 2. Assunto e público-alvo dos artigos publicados na Revista Educação Ambiental em Ação, usando as palavras-chave: audiovisual, vídeo, desenho animado, filme e documentário.
Baseado nos 53 artigos presentes nos dois quadros, sumarizamos “Assuntos” em nove períodos de coleta de trabalhos (embora não tenhamos encontrado nenhum trabalho no período de 2019/2020) e em oito “Público-alvo” (Figura 1). Figura 1. Distribuição de artigos das edições 59 a 75 (período 2017 a 2021), da revista Educação Ambiental em Ação, relacionada ao público-alvo, usando as palavras-chave: audiovisual, vídeo, filme, desenho animado e documentário.
Verificamos que em Bezerra et al. (2020) não houve trabalhos direcionados para o Ensino Infantil e em Bittencourt et al. (2021) apenas um artigo. No presente trabalho, houve três trabalhos direcionados com e para esse público-alvo (N. 16, N. 37 e N. 47, dos Quadros 1 e 2, e da Figura 1). Portanto, ainda são poucos os artigos que tratam de EA para a Educação Infantil, mas consideramos necessário sensibilizar as crianças para os problemas socioambientais, desde a tenra idade. Neste contexto, enfatizamos as atividades para evitar o consumido exagerado (Quadros 1 e 2, N. 16), uma vez que se tornou uma das características culturais mais marcantes em nossa sociedade, ou seja, “a valorização do ter em vez do ser”; esse tema um tanto abstrato foi trabalhado de forma lúdica, a partir de uma sequência didática desenvolvida por Couto; Viveiro (2018), sendo essencial para atingir esse público-alvo, mostrando às crianças que a lógica insustentável do consumo irracional deve ser minorada ou evitada, com a valorização de critérios de valores econômicos, sociais e éticos. Os outros dois temas trabalhados (N. 37 e N. 47) tratam da preocupação com a criança, cada vez mais isolada, agora ainda mais com a pandemia do coronavírus (COVID-19), em suas residências em centro urbano, demonstrando a importância do contato com a natureza, mesmo modificada. Portanto, não é demais lembrar a participação de duas escolas municipais de Novo Hamburgo – RS, de Mattana (2020/2021), no documentário internacional da Netflix "O Começo da Vida 2: Lá fora", o qual aparece na sessão Notícias, mas que destacamos nos quadros 1 e 2 (N. 47), dado a sua relevância, como afirma a diretora de Educação do Município, Neide Vargas: "Somos referência quando se trata de uma proposta que conecta a criança à natureza [...]. A Smed vem capacitando professores, equipes diretivas e investindo em espaços potentes para o desenvolvimento integral de nossas crianças e adolescentes." (MATTANA, 2020/2021). A respeito do próprio documentário, Backes (2020/2021b) sugere assisti-lo e repassa o site http://primeirainfancia.org.br/, sob o título: Maria Farinha Filmes lança “O Começo da Vida 2: Lá Fora”, no qual aborda a importância da conexão entre crianças e a natureza para transformações futuras. No texto do site, destacamos: “o longa conta com reflexões de grandes especialistas e pensadores das áreas do meio ambiente e infância como a Dra. Jane Goodall e o escritor Richard Louv, famílias e crianças de diversas culturas também relatam sua vivência e amadurecimento em torno do meio ambiente”. Na Revista Educação Ambiental em Ação, evidenciamos o papel da mídia enfatizando a prática educativa em EA no ensino básico, a partir de 2008 (BEZERRA et al., 2020) e essa tendência se ampliou em Bittencourt et al. (2021) e no presente artigo, com a maioria dos trabalhos direcionados ao ensino fundamental. Além disso, cada vez mais verificamos que a presença da comunidade também foi valorizada, indicando que os autores estão atuando também na educação informal e na não formal, como forma de aprendizado, que pode acontecer por meio das vivências individuais e das coletivas, tão essenciais para a formação de um ser humano cidadão quanto a educação formal ensinada nas escolas e nas universidades. Verificamos um aumento de trabalhos com e para o Ensino Médio e também criamos a categoria de análise EB (Ensino Básico), uma vez que os próprios autores do trabalho definiram que o público-alvo era esse, portanto, respeitamos a decisão dos autores. Cabe destacar que: 2017/2018; 2018/2019; 2019/2020 e 2020/2021 representam publicações referentes apenas ao período de Dezembro a Fevereiro, (respectivamente, n. 62; n. 66; n. 70 e n. 74) enquanto os anos 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021 representam trabalhos referentes aos meses de: Março a Maio; Junho a Agosto e Setembro a Novembro. Encontramos em Bezerra et al. (2020): 22 artigos (Quadros 1 e 2), no período de 2004 (n. 1) a 2011/2012 (n. 38), abrangendo oito anos de publicações e 38 edições. O artigo de Bittencourt et al. (2021),compreendeu o período de 2012 (n. 39) a 2015/2016 (n. 58), com 37 artigos (Quadros 1 e 2) nos 4 anos de publicações e 19 edições, demonstrando um aumento de publicações com as palavras-chave, em um curto espaço de tempo, na Revista Educação Ambiental em Ação, mantendo a sua regularidade trimestral. No presente artigo do estado da arte, que cobriu o período de 2017 (n. 59) até a edição atual de 2021 (n. 75), abrangendo quatro anos de publicações e 16 edições, demonstrando um aumento significativo de trabalho, com esse tema. Cabe informar que na edição n. 63 (volume 17, série 1 de Março-Junho/2018) houve o resultado do I PRÊMIO NACIONAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO. Na seção “Prêmio Destaques”, foram publicados 20 projetos e na “Prêmio: Selecionados”, 7 projetos. O primeiro projeto que conseguimos selecionar pela palavra-chave “audiovisual” foi o de Rocha; Viveiro (2018) no qual afirmaram que “para participação no prêmio, era necessário confeccionar um material audiovisual” (N. 12, Quadros 1 e 2). A partir desse projeto, lemos os outros 26 e verificamos que são referências, como forma de trabalhar a EA objetivando despertar na comunidade em geral a sensibilização ambiental, ou seja, vai ao nosso encontro no estado da arte, o desejo de exemplificar “como replicar e adaptar as ações propostas ou realizadas em outras comunidades, com ênfase no ensino básico”. Como grande parte dos projetos não foram capturados pelas nossas seis palavras-chave, lemos “Sobre o regulamento” para participação do prêmio, no qual informa que a Revista Educação Ambiental em Ação conta com: sistema de submissão de artigos para suas publicações trimestrais, alguns projetos inscritos foram enviados em forma de artigo, por basearem nas normas de publicação [...], e outros seguiram o roteiro descrito no regulamento. [...], os projetos apresentados trazem duas formatações diferentes, uma vez que ambos contemplam os requisitos científicos que garantem um trabalho sério, de qualidade e que envolve teoria e prática de Educação Ambiental. (ADAMS et al., 2018, s.p.). Portanto, aí está a razão porque os 27 projetos não foram capturados, usando as palavras-chave. Aconselhamos, no entanto, que os leitores leiam todos os projetos, porque, sem sobra de dúvida, eles têm méritos científicos e são indispensáveis para quem atua ou deseja atuar na área de EA, podendo ser adaptados e desenvolvidos em outras comunidades escolares e em comunidades em geral. Assim, ficamos satisfeitas por verificarmos a maior inclusão da comunidade nesse artigo, seja a comunidade em geral a comunidade universitária e escolar. Além disso, mostra cada vez mais o uso da TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) no contexto globalizado em que vivemos, ainda mais nesse período de pandemia do COVID-19, que estamos enfrentando. Nesse contexto, o uso de redes sociais e plataformas digitais estão sendo mais utilizadas para divulgação de diversos conteúdos, abrangendo maior número de pessoas e promovendo maior visibilidade aos temas abordados.
CONCLUSÃO Após a leitura de todos os trabalhos da Revista Educação Ambiental em Ação, os quais continham como palavras-chave cinema, audiovisual, vídeo, filme, documentário e desenho animado, nós constatamos que, de modo geral, os trabalhos podem representar a realidade cotidiana, vivida e ou imaginada, servindo para conhecer e ou para avaliar as possibilidades para resolução de problemas ambientais. Com o passar das edições, gradativamente, os autores foram melhorando a qualidade dos seus trabalhos, em se tratando de melhor descrição/narração dos conteúdos apresentados nos artigos. Também verificamos um aumento de professores e alunos, com cursos de pós-graduação strictu sensu, auxiliando as atividades em EA, no ensino básico. Vale lembrar que embora muitos artigos não tenham entrado nos Quadros 1 e 2, propiciaram boas dicas de filmes, de documentários/web-documentários, de vídeos/web-vídeos, de audiovisual e de desenhos animados, disponíveis nas mídias, mas que se encontram inclusos na INTRODUÇÃO, a maioria de cunho comunitário, aplicável a qualquer nível de instrução. Sabemos que o ser humano está em contínua construção do conhecimento, portanto, cinema, audiovisual, vídeo, filme, documentário e desenho animado podem ser instrumentos para o aprendizado constante, envolvendo diferentes públicos, principalmente quando se enfatiza os alunos do ensino básico. Neste contexto, sugerimos a confecção de roteiros para documentário/vídeo/filme/desenho animado, para e pelos próprios alunos, como forma de expressão e de criatividade, propiciando o fortalecimento e a elevação da autoestima, a socialização dos nossos discentes, para a construção de seres humanos, capazes de pensar e agir no mundo de forma responsável e significativa. Evidentemente, nessa nova realidade, o professor precisa repensar suas práticas pedagógicas, conhecer novos métodos e integrar várias tecnologias. Pelos 53 artigos selecionados, consideramos que as seis palavras-chave representam instrumentos de ensino e aprendizagem que possibilita a promoção de uma sensibilização ambiental positiva dentro da perspectiva pedagógica, educativa e ambiental, principalmente para o ensino básico, em ambiente formal, informal e não formal.
AGRADECIMENTOS À PROEX-UFPA pela concessão de bolsas Eixo Transversal, para o projeto: “Filmes como instrumento para a inclusão social de alunos com necessidades especiais e para evitar o bullying na escola” e Navega Saberes/INFOCENTRO, para o projeto: “EACINE como instrumento de aprendizagem em escolas de Belém – PA”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Em vista de termos anexados 53 artigos nos quadros 1 e 2, os quais podem facilmente ser encontrados na Revista Educação Ambiental em Ação, pelo título ou pelos autores ou pelo assunto, devido ao problema de espaço, resolvemos nos deter apenas nas referências que se encontravam no corpo do texto, sejam elas da própria revista, objeto deste estudo, ou de outras fontes. ADAMS, B. Blog com vídeos de leitura de histórias ecológicas para crianças. Educação Ambiental em Ação, n. 74, v. 19. Março-Maio/2021. Disponível em:http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=4119. Acesso em: 04.07.2021. ADAMS, B. Dica de filme. Educação Ambiental em Ação, n. 61, v. 16, série 3. Setembro-Novembro/2017. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2928. Acesso em: 04.07.2021. ADAMS, B. Dinâmica do desafio digital. Educação Ambiental em Ação, n. 66, v. 17, série 4. Dezembro/2018-Fevereiro/2019. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=3467. 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